Acordei com o meu celular tocando e queria matar o filho da puta que ousa me acordar às onze horas da madrugada, mas ao olhar para tela, vejo que é o mesmo número que o Victor me mandou mensagem e automaticamente sorrio.
Se ele está me ligando, é porque sente saudades de mim, certo?
Decido não atender, porque primeiro queria falar com a Letícia sobre o que ela acha de eu ir visitar o meu ex namorado na cadeia.
Querendo ou não, minha irmã já tem uma grande experiência com esse lance de ir fazer visitas íntimas para presidiário e talvez, só talvez, saiba me dar um bom conselho sobre o que devo fazer.
Suspiro profundamente e me espreguiço na cama e logo em seguida, me levanto e vou até o banheiro.
Ao me olhar no espelho, percebo que estou com olheiras bastante aparentes embaixo dos meus olhos.
Isso é o que se ganha em se apaixonar por um bandido. Além de chifres, ainda fico acabadinha igual a Joyce. Saudades de quando eu dormia mais de oito horas por dia, porque agora só consigo pegar realmente no sono pela manhã ou se tomar um remédio para dormir.
Primeiro lavo meu rosto e depois escovo os meus dentes. Tiro meu pijama e entro no box e por algum motivo, lembro do Victor e começo a chorar. As lágrimas escorrem pelo meu rosto sem pedir licença.
Ele foi tão cretino comigo e eu ainda penso nele em quase todos os momentos dessa vida miserável. Penso em como ele está na prisão, se está comendo direito, se está conseguindo tomar banho, se tem roupa limpa... Eu me odeio por ser tão idiota e ainda me preocupar com esse homem.
Por que Deus me fez tão burra?
Eu deveria estar curtindo a minha vida e não chorando por causa de um cara que me traiu.
Giro o registro do chuveiro e deixo a água morna cair sobre o meu corpo nu, me fazendo relaxar durante uns minutos e o choro cessa.
Eu preciso esquecer o Victor. Eu sei disso. Mas também preciso ser mulher o suficiente para encara-lo, pelo menos uma vez, e dizer que chegou ao fim, que não vou perdoar seu erro. Ou caso contrário, vou ser sempre "estar no nome dele" e vou ficar impedida de conhecer outras rolas, tipo a do Fábio.
— Se afogou, cunhadinha? - ouço a voz do Cobra, do outro lado da porta, e saio dos meus pensamentos negativos sobre o Victor.
— O que foi? Aconteceu alguma coisa com o Victor? - pergunto, angustiada.
— A gente só quer fazer uma orgia. Sai logo daí, Minotaura. Meu pau já tá batendo na testa. - KJ responde, em um tom de voz brincalhão.
— Oxe, está tendo uma festa no meu quarto com esse tanto de gente aí? - pergunto rindo.
Me apresso em terminar de tomar banho, me enrolo em uma toalha branca e saio do banheiro, encontrando o KJ e o Cobra no meu quarto.
KJ me olha dos pés a cabeça e por alguns instantes, seu olhar para no meu e pela primeira vez, acho que ele sentiu tesão em mim.
— Não, não e não. Para de secar a mina, porra. Isso já rolou uma vez e não vou deixar rolar de novo, papo reto. - Cobra dá um soco no ombro do KJ, que parece se tocar do que estava fazendo e desvia seu olhar do meu. -Vacilão.
— Foi mal, Isa. Às vezes, a cabeça de baixo fala mais alto que a cabeça de cima.
— Tudo bem, KJ. - respondo sem graça. — Mas afinal, o que vocês querem comigo?
— O Victor quer que tu vá na visita dele. - Cobra fala e senta-se na beira da cama. — Sei que tu não quer, mas...
— Eu vou sim! - respondo, o interrompendo e ele me olha incrédulo.
— Ah, mas não vai mesmo! Eu não vou deixar a minha irmãzinha passar por essa humilhação, jamais. - Letícia entra no quarto, nos surpreendendo e eu sabia que ia ser difícil convencê-la.
Letícia— Quem você pensa que é para pedir para a minha irmãzinha ir em um presídio para visitar o seu irmão, Cobra? Não, não, não! - afirmo. — É ela quem tem que decidir isso, coração, e não a gente. - ele fala com a voz suave, tentando me convencer. — Cobra, não. Eu não vou deixar... Isso é muita humilhação por um cara que sequer merece. - cruzo os braços e o encaro completamente decidida. — O Victor a traiu. Isso foi uma puta de uma sacanagem.— Me deixem a sós com a minha irmã, por favor. - Isabella pede com educação. — Nós vamos nos entender sozinhas. Não precisamos de interferência de outras pessoas.— Beleza,
KJQuando o Cobra e a Letícia começaram a se beijar na minha frente, quase se comendo, eu vi que era hora de sair fora da cozinha e ir no quarto da Isabella para ver como ela tava. Tô preocupadaço com a mini marmita, porque apesar dela ser afrontosa na frente de todo mundo, já tinha percebido que ela é muito sensível. Uma vez ela chorou por eu ter comido o último pedaço de pizza. Tudo bem que ela disse que foi pela TPM, mas passei a pegar mais leve com o que eu falava e fazia. Odeio ver mulher chorando. É o meu ponto fraco.— Ei, minotaura! - bato duas vezes na porta. — Entra. - ouço sua voz chorosa e giro a maçaneta.
KJQuando eu dei por mim, a Isabella já tava me beijando com vontade e tesão. Uma das minhas mãos estava puxando seu cabelo e a outra estava apertando a sua cintura.Não sei que porra eu tava fazendo, mas meu pau tava duro demais para eu conseguir pensar. Sabia que existia a possibilidade de eu morrer, mas seria muito errado negar sexo selvagem pra uma mina gostosa como a Isabella. Se eu morresse, pelo menos, morreria feliz e esvaziado.De repente, Isabella sobe no meu colo e aumenta a intensidade do nosso beijo, nossas línguas se tocavam ao mesmo tempo que nossos lábios se chocavam com força. Ela roçava seu corpo no meu e caralho, como eu quero foder ela.
IsabellaMinha nossa senhora da falta de dignidade, o que eu fui fazer da minha vida? Eu quase transei com o melhor amigo do Victor e o meu cunhado ainda flagrou essa porra.Que deus tenha misericórdia da minha alma de putiane.Resolvo ligar pro Victor e dizer que vou ir sim vê-lo. Preciso resolver minha vida logo de uma vez e só conseguiria isso o encarando face a face.Pego meu celular, destravo e vou até as chamadas perdidas e ligo para o número que havia me ligado mais cedo.— Fala. - uma voz diferente do Victor soa do outro lado da linha.Por essa a idiota não esperava.Eu esqueci completamente que o celular é dividido entre vários presos.— Ah, oi. Eu queria falar com o Victor. Você po
Depois que fiz as comidas que o Victor gosta e separei alguns itens de higiene e limpeza que ele poderia precisar, eu resolvi dormir um pouco para descansar e acordei horas depois.Me levanto, vou até o banheiro e tomo um banho quente demorado e aproveito para pensar um pouco e relaxar.Eu ainda não sei o que fazer e muito menos o que falar quando estiver na frente do Victor. Planejar nunca fez meu estilo, mas confesso que tenho medo de fraquejar e deixar ele me manipular ou medo dele me dizer que tudo não é como eu estou pensando e eu acreditar nas suas mentiras. Minha cabeça está uma bagunça e eu não sei o que esperar, a única certeza que tenho é de que preciso ir vê-lo, querendo ou não.Ele ainda é meu namorado, ainda é o homem que eu amo e o meu primeiro amor, é tudo muito confuso e complicado, mas a gente precisa conversar.Ainda mais depois da burrada que fiz com o KJ, que aliás não atendeu minhas ligaçõ
VictorCara nem boto fé que a Isabella tá aqui. Achei que eu nunca mais ia ver ela, papo reto, ela tá com tanto ódio de mim depois de todas as merdas que foram falar para ela ao meu respeito que eu estava conformado que tinha perdido o amor da minha vida por causa de uma fita errada.— Me escuta. Antes de qualquer coisa, só me escuta. - peço.— Eu estou aqui para isso, Victor. Ouvir o que você tem a me dizer e depois ir embora e nunca mais voltar nesse lugar. - Isabella fala firme e eu sinto meu coração apertar só de pensar na possibilidade dela nunca mais ficar comigo.— Não fala isso, porra. Eu não fiz nada de errado, amor. Eu juro. - falo com sinceridade.— Amor? - ela pergunta dando uma risada irônica.— Sim. Você é o meu amor. - me aproximo dela e a mesma anda para atrás até
IsabellaEu não sabia se deveria acreditar no Victor, mas com certeza eu sabia que não ia aguentar dizer não para ele nesse momento. — Quer continuar? - ele questiona. - Se tu não quiser, de boas. A gente para aqui mesmo.— Ai Victor, força a barra para eu fingir que fui induzida por você. - brinco e ele ri. — Tu sabe que eu jamais te machucaria. - suas mãos acariciam meu rosto e eu sorrio.— Estou com medo de me arrepender, eu vim decidida a terminar, eu não devia fraquejar assim.— Tu me quer? - ele pergunta começando a descer a mão pelo meu corpo e
Depois do sexo, deitamos um ao lado do outro tentando recuperar o fôlego e controlar nossas respirações que ainda estavam descompassadas.— Tu ainda tá tomando remédio pra não engravidar? - Victor pergunta e eu reviro os olhos, porque sabia o quanto ele queria um filho e eu não estava nenhum pouco preparada para ter um bebê saindo pela minha vagina.No momento, só queria minha boceta sendo arrombada por paus e não por mini humanos chorões.— Sim, e eu não vou parar de tomar o anticoncepcional, porque não quero ser mãe tão cedo.— Quer ficar curtindo a vida na putaria, dando pra outros machos, né?— Você acha que se eu quiser dar minha boceta para outro homem, um filho teu vai impedir?— Esquece.— Sou muito nova para engravidar, Victor. Mesmo se acontecesse de eu ficar grávida por acidente, eu iria abortar, porque não quero estragar a minha vida. Quero fazer uma faculda