KJ
Quando o Cobra e a Letícia começaram a se beijar na minha frente, quase se comendo, eu vi que era hora de sair fora da cozinha e ir no quarto da Isabella para ver como ela tava.
Tô preocupadaço com a mini marmita, porque apesar dela ser afrontosa na frente de todo mundo, já tinha percebido que ela é muito sensível. Uma vez ela chorou por eu ter comido o último pedaço de pizza. Tudo bem que ela disse que foi pela TPM, mas passei a pegar mais leve com o que eu falava e fazia. Odeio ver mulher chorando. É o meu ponto fraco.
— Ei, minotaura! - bato duas vezes na porta.
— Entra. - ouço sua voz chorosa e giro a maçaneta.
— Qual foi, Isa? Tu tem que parar de chorar por tudo, porra. Parece um bebê, namoral - falo rindo e entro no cômodo, fechando a porta atrás de mim.
Ela estava deitada de bruços no colchão, coberta por um lençol fino e nossa senhora das punhetas, que corpo, cara!
— Mas eu sou um bebê e para eu parar de chorar, você tem que me dar de mamar. - ela fala em tom de brincadeira, mas toda maliciosa e eu ignoro a provocação para não fazer merda.
Além de mina do Victor, eu não podia esquecer que ela é irmã da Letícia e consequentemente, cunhada do Cobra. Eu estaria fodido três vezes caso acontecesse algo a mais entre eu e ela, prefiro nem pensar.
— Já decidiu se vai na visita ver o Victor? - pergunto, tentando mudar de assunto, e sentando na beirada da sua cama.
— Ainda não. - Isa responde com a voz baixa e dá um suspiro profundo.
— Posso te dar a minha opinião? - pergunto e a mesma assente. — Faz o que tu achar melhor. Ninguém tem nada a ver com a sua vida não, Isabella.
— É, eu sei. Obrigada por ficar do meu lado. Nunca vou conseguir te agradecer a altura. - Isa abri um sorriso e caralho, como ela é gata.
Nem boto fé que o Victor perdeu uma mina dessa pra comer a rodada da Joyce.
— Nada que uma mamada no meu pau não resolva. - respondo sem pensar.
Eu tenho que parar de tirar brincadeiras pesadas com garotas comprometidas ou vou acabar morto.
— Será se cabe na minha boca? A Lívia falou que era enorme e grosso. - arregalo os olhos com as suas palavras.
— Desde quando tu e a Lívia são amigas? - pergunto completamente surpreso.
Nesse morro, a gente não pode fazer nada escondido. Todo mundo sabe da vida de todo mundo. Bando de zé povinho fofoqueiro. Misericórdia.
— Não somos, mas ela me adicionou no Facebook ontem à noite, depois de ter ficado contra a Joyce e a garota se expõe até demais. Gostei dela! - nós dois rimos. — Afinal, vocês estão namorando ou só ficando?
— Ela é gente boa. A gente ficou algumas vezes, o oral dela é pica, mas descobri que o irmão dela é o Cabeça, o cara que era sub dono daquele morro que a gente invadiu para resgatar a Letícia, por isso não confio muito nela.
— É o quê? Por que o Cobra aceitou que a Lívia ficasse aqui, já que ela não é confiável? - Isabella levanta-se rapidamente da cama e senta-se ao meu lado.
Só uma boa fofoca para despertar a preguiçosa.
— Na verdade, foi a Letícia que pediu, ou seja, mandou e o Cobra obedeceu. Parece que a Lívia ajudou a tua irmã naquela fita do sequestro e depois ficou recebendo ameaça de morte por causa disso, então teve que vir pedir proteção aqui no morro, tá ligada? - explico a situação.
— Ela tem um filho, não é? Eu vi nas fotos do Facebook.
— Não é filho, é sobrinho. O moleque é filho do Cabeça com a Bianca.
— Bianca, aquela que tem a sobrancelha de carvão? - Isa pergunta e eu caio na gargalhada.
— Essa mesma.
— Menino do céu, estou em choque. Me sentindo em uma novela mexicana do SBT. Todo mundo já comeu todo mundo nesse morro. Só eu que só fiquei com o Victor, porque sou a única que presta. - Isabella fala e eu reviro os olhos.
— O Victor e a Grazi, né safada? - falo e a Isabella fica com o rosto vermelho.
— Saudades da Grazi, inclusive. É uma pena ela ter ido embora daqui. Gostava bastante dela. Além de chupar uma boceta como ninguém, era uma ótima amiga.
— Resumindo: a Grazi parece comigo, mas sem pau.
— Ah, você também chupa bem uma pepeca, KJ?
— Oxe, óbvio.
— Será que chupa mesmo? Dizem que homens heterossexuais não sabem nem onde o fica o clitóris. - Isabella fala aproximando o rosto do meu e eu sinto que não vou resistir a tentação.
— Pois eu sou um hetero diferenciado. Se tu quiser posso mostrar para tu. - falo entrando no seu joguinho.
KJQuando eu dei por mim, a Isabella já tava me beijando com vontade e tesão. Uma das minhas mãos estava puxando seu cabelo e a outra estava apertando a sua cintura.Não sei que porra eu tava fazendo, mas meu pau tava duro demais para eu conseguir pensar. Sabia que existia a possibilidade de eu morrer, mas seria muito errado negar sexo selvagem pra uma mina gostosa como a Isabella. Se eu morresse, pelo menos, morreria feliz e esvaziado.De repente, Isabella sobe no meu colo e aumenta a intensidade do nosso beijo, nossas línguas se tocavam ao mesmo tempo que nossos lábios se chocavam com força. Ela roçava seu corpo no meu e caralho, como eu quero foder ela.
IsabellaMinha nossa senhora da falta de dignidade, o que eu fui fazer da minha vida? Eu quase transei com o melhor amigo do Victor e o meu cunhado ainda flagrou essa porra.Que deus tenha misericórdia da minha alma de putiane.Resolvo ligar pro Victor e dizer que vou ir sim vê-lo. Preciso resolver minha vida logo de uma vez e só conseguiria isso o encarando face a face.Pego meu celular, destravo e vou até as chamadas perdidas e ligo para o número que havia me ligado mais cedo.— Fala. - uma voz diferente do Victor soa do outro lado da linha.Por essa a idiota não esperava.Eu esqueci completamente que o celular é dividido entre vários presos.— Ah, oi. Eu queria falar com o Victor. Você po
Depois que fiz as comidas que o Victor gosta e separei alguns itens de higiene e limpeza que ele poderia precisar, eu resolvi dormir um pouco para descansar e acordei horas depois.Me levanto, vou até o banheiro e tomo um banho quente demorado e aproveito para pensar um pouco e relaxar.Eu ainda não sei o que fazer e muito menos o que falar quando estiver na frente do Victor. Planejar nunca fez meu estilo, mas confesso que tenho medo de fraquejar e deixar ele me manipular ou medo dele me dizer que tudo não é como eu estou pensando e eu acreditar nas suas mentiras. Minha cabeça está uma bagunça e eu não sei o que esperar, a única certeza que tenho é de que preciso ir vê-lo, querendo ou não.Ele ainda é meu namorado, ainda é o homem que eu amo e o meu primeiro amor, é tudo muito confuso e complicado, mas a gente precisa conversar.Ainda mais depois da burrada que fiz com o KJ, que aliás não atendeu minhas ligaçõ
VictorCara nem boto fé que a Isabella tá aqui. Achei que eu nunca mais ia ver ela, papo reto, ela tá com tanto ódio de mim depois de todas as merdas que foram falar para ela ao meu respeito que eu estava conformado que tinha perdido o amor da minha vida por causa de uma fita errada.— Me escuta. Antes de qualquer coisa, só me escuta. - peço.— Eu estou aqui para isso, Victor. Ouvir o que você tem a me dizer e depois ir embora e nunca mais voltar nesse lugar. - Isabella fala firme e eu sinto meu coração apertar só de pensar na possibilidade dela nunca mais ficar comigo.— Não fala isso, porra. Eu não fiz nada de errado, amor. Eu juro. - falo com sinceridade.— Amor? - ela pergunta dando uma risada irônica.— Sim. Você é o meu amor. - me aproximo dela e a mesma anda para atrás até
IsabellaEu não sabia se deveria acreditar no Victor, mas com certeza eu sabia que não ia aguentar dizer não para ele nesse momento. — Quer continuar? - ele questiona. - Se tu não quiser, de boas. A gente para aqui mesmo.— Ai Victor, força a barra para eu fingir que fui induzida por você. - brinco e ele ri. — Tu sabe que eu jamais te machucaria. - suas mãos acariciam meu rosto e eu sorrio.— Estou com medo de me arrepender, eu vim decidida a terminar, eu não devia fraquejar assim.— Tu me quer? - ele pergunta começando a descer a mão pelo meu corpo e
Depois do sexo, deitamos um ao lado do outro tentando recuperar o fôlego e controlar nossas respirações que ainda estavam descompassadas.— Tu ainda tá tomando remédio pra não engravidar? - Victor pergunta e eu reviro os olhos, porque sabia o quanto ele queria um filho e eu não estava nenhum pouco preparada para ter um bebê saindo pela minha vagina.No momento, só queria minha boceta sendo arrombada por paus e não por mini humanos chorões.— Sim, e eu não vou parar de tomar o anticoncepcional, porque não quero ser mãe tão cedo.— Quer ficar curtindo a vida na putaria, dando pra outros machos, né?— Você acha que se eu quiser dar minha boceta para outro homem, um filho teu vai impedir?— Esquece.— Sou muito nova para engravidar, Victor. Mesmo se acontecesse de eu ficar grávida por acidente, eu iria abortar, porque não quero estragar a minha vida. Quero fazer uma faculda
Depois que eu parei de chorar dentro do carro e já estava mais calma, o KJ me levou para a casa e quando chegamos, encontrei a Letícia sentada no sofá com o rosto inchado como se tivesse chorado a noite toda. Vou matar o Cobra. - Qual foi, marmita? - KJ pergunta preocupado e ela olha para nós dois com uma feição tão triste que parte meu coração em mil pedacinhos ao vê-la daquele jeito. Eu e ela sempre brigamos e temos nossas implicâncias até hoje, mas nunca deixamos de nos amar e cuidar uma da outra. Nunca vou esquecer que a Letícia aceitou perder a virgindade com um traficante só para colocar comida na nossa mesa. Quantas pessoas se sacrificariam a esse ponto pela família? - Eu e o Cobr
KJVer a Isabella com aquele pijama curto pra caralho, deixou meu moleque animadaço. Puta que pariu, eu tinha que sentir tesão logo na mina do Victor, que é meu parceiro desde menor? Eu tenho que aprender a segurar minha onda cara, porque se a mãe da Isa não tivesse chegado e atrapalhado a minha investida, é bem provável que a gente tava brincando de fazer neném até agora na cozinha. Ainda bem que a coroa dela não notou nada. Pelo menos, eu acho. Espero, né. Se ela percebeu e falar para a Letícia, me considerem um homem morto e sem pau.