A casa do Caleb estava super cheia, ele amava uma festa. Robert pegou na minha mão e seguimos até o dono da casa. Esse é o momento que mantemos as aparências.
- Até que fim vocês chegaram. – Caleb nos cumprimentou animado.
- Luiza demorou demais para se arrumar. – Robert falou.
Mentiu, eu nem demorei tanto assim! Fui até rápida demais.
- Sei como é as mulheres. – Caleb falou rindo.
Pela sua voz, ele já está bêbado. Logo Giulia apareceu, ficamos conversando enquanto os meninos ficaram conversando entres eles. De longe eu pude ver a Laila e assim que ela me viu fechou a cara.
- Não fica assim, Luh. Laila já está exagerando.
- Talvez ela esteja certa...
- Não! Você queria o bem do seu filho e até ela mesmo sabe que o Robert não presta. Está exagerando demais. – Giu tentava me deixar tranquila.
Eu sinto falta da Laila, ela que me apresentou o Robert. Laila sempre esteve comigo, era uma dando força a outra e agora nem nos falamos mais. Não tinha como ficar bem com nossa situação.
- Por favor, não fique assim amiga. – Ela me abraçou de lado. – Você tem a mim.
Sorri para Giu, ela e os garotos foram os únicos a não virarem as costas para mim. Os meninos no começo não falavam muito comigo, mas por um lado eles me entendiam. Acho que não queria falar no começo por serem mais amigos do Robert.
Depois de algumas horas de festa, rindo e dançando decidi procurar o Robert. Quero consertar as coisas entre a gente. Sei que não será fácil, mas tenho que tentar o máximo possível. Estou confiante e se eu mostrar que realmente quero ele e nossa família, acredito que Robert vai ceder.
Andei pela aquela multidão sorrindo e cumprimentando algumas pessoas já que toda hora alguém falava “ Oi garota do Robert”, “ Oi Sra. Castanheira”, “Como vai tia”... Aposto que nem sabem meu primeiro nome.
Sim, tinha até uns que me chamavam de tia e olha que era gente muito mais velha do que eu. Veja só eu com 20 anos sendo chamada de tia por homens com mais de 27 anos. Eu tinha que rir com essa situação. Não vou reclamar com coisa boba, mas que era engraçado, isso era. Minha risada acabou assim que vi o Robert beijando outra.
Eu não existo mais para ele? Estamos na casa de seus amigos e ele pouco se importa com isso. E porque manter as aparências? Pra que perder tempo fingindo para os outros? Sou apenas um estorvo para ele. Sequei as lágrimas que cismaram em cair e me virei rapidamente saindo dali. Preciso sair daqui, mas por falta de atenção acabei esbarrando em alguém. Laila.
- Não olha para onde anda, não? – Ela gritou.
Deixei as lágrimas caírem sem me importar. Pude ver ela com aquele antigo olhar, aquele que mostrava que estava disposta a me ajudar. Ignorei e sai correndo porta afora. Algumas pessoas me chamaram e eu ignorei todas. Eu precisava sair dali.
Corri tanto, corri até me cansar e percebi que já estava bem longe da casa do Caleb. Respirei fundo e parei um pouco. Sorri pensando como consegui correr tanto de salto alto, tirei minha sandália e caminhei descalço pela calçada. As imagens do Robert com aquela mulher vieram por mais que eu quisesse me esquecer. Eram tantas lágrimas que decidi sentar no meio fio e me acalmar um pouco.
Será que não me ama mais? Será que devo desistir de tentar? Por que ele não pode facilitar as coisas? Pra que fazer eu sofrer tanto? São tantas perguntas e nenhuma resposta. Toda confiança que eu tinha antes não existe mais.
- O que aconteceu para uma garota tão linda como você está chorando?
Sequei minhas lágrimas com a mão e olhei para cima vendo um moreno alto, com um corpo definido e cheios de tatuagens me encarando sorrindo.
- Prazer, sou Oliver. Mas pode me chamar de Levi.
Ele estendeu a mão para me cumprimentar, eu encarei alguns segundos, me levantei e depois a apertei.
- Luiza.
- Fico feliz em te conhecer, Luiza.
Dei um meio sorriso. Cara ele é um gato! Não pense nisso Luiza! Mas que ele é, ele é. E eu estou tão destruída meu Deus. Minha maquiagem deve estar toda borrada, com certeza estou um trapo de pessoa. Queria está em condições melhores, um pouco de dignidade.
- Acho melhor eu ir embora…
Não adianta nada ficar chorando pela rua. Melhor ir para casa e chorar o quanto quiser sem ser questionada.
- Ah, por favor deixa eu te levar então… – Ele se ofereceu.
- Não precisa, posso ir sozinha.
Para falar a verdade eu não sabia o certo por quê eu estava recusando. Meus pés estão doendo e sobre ele ser um desconhecido… Bem, já convivi bastante e sei me cuidar. Oliver está sendo muito educado e não parece que vai me fazer algum mal, mas que em ver cara, não vê coração.
- Eu insisto. – Ele deu um meio sorriso. – Você não parece estar muito bem, por favor.
Olhei ao redor e sem chances de pedir um táxi ou até um ônibus e eu não voltaria para a casa do Caleb. O que pode acontecer?
- Tá bom.
P.V. Robert
Como a Luiza resolveu sumir pela festa, decidi ir me divertir um pouco. Eu, Dennis, Caleb e o Biel fizemos uma disputa de quem bebia mais, mas não deu para saber quem ganharia já que um grupo de mulheres resolveram vim até nós.
Confesso que no começo fiquei tentado a me afastar de uma loira que estava me dando mole, mas por que eu estou fazendo isso?
Pergunta sem resposta então tenho que aproveitar a loira, então acabei com o pouco espaço que tinha entre a gente, puxei ela pela cintura e coloquei minha mão na sua nuca a trazendo para mais perto. Assim ficamos por um tempo até que sentir alguém começar bater na minha costas. Quem é a louca?
Ah, que não seja a Luiza se não dou na cara dela aqui mesmo. Me virei dando de cara com a Laila.
- O que foi louca?
Ela colocou as mãos na cintura.
- Você esqueceu que é casado? – Perguntou brava.
- Você esqueceu que não estamos realmente juntos? – falei sarcástico.
Revirei os olhos e voltei a minha atenção para a loira, mas como a Laila tirou a noite para perturbar, me puxou fazendo olhar para ela.
- Mas parece que ela quer tentar ficar bem com você.
- Ah, parece? Legal posso voltar a beijar essa garota que não sei o nome? – apontei para atrás de mim onde está a loira.
Está muito melhor ficar com a loira que não sei o nome em vez de ficar discutindo com a minha irmã.
- Não! Você vai atrás da Luiza...
- Desde quando você resolveu ficar amiguinha dela de novo? – Agora foi minha vez de se estressar.
Laila parou de falar com Luiza depois que ela fugiu com meu filho e desde então nunca voltaram a se falar. Agora quer dar uma de amiguinha? Fala sério! Laila ficou muito mal quando Luiza foi embora com Gustavo. Ela era muito apegada ao sobrinho.
- O que você está fazendo com ela é errado... Robert não finja que não a ama, que não se importa com ela. Luiza saiu daqui chorando.
Prestei atenção no que ela dizia, tudo que a Laila disse é verdade, mas não posso esquecer o que ela fez... Mas também não quero que nada de ruim aconteça com ela. Tenho que parar de me enganar. Se acontecer algo com Luiza…
Droga! Laila sorriu e eu ignorei ela. Sair da casa do Caleb, eu entrei no meu carro e fui à procura dela. Luiza não poderia estar muito longe por aqui não tem ponto de táxi e muito menos de ônibus. Então o único jeito dela ir para a casa seria ir a pé até um certo ponto que aí sim conseguiria um táxi.
Olhei pelo bairro e não achei ela. Decidi voltar para casa na esperança dela estar lá. Minutos que se tornaram segundos por causa da velocidade que eu dirigia, cheguei em casa e corri pela casa na procura dela.
Passei pelo quarto do Gustavo e o mesmo estava dormindo sem sinal da mãe, faltava só o nosso quarto e nessa hora fiz uma pequena oração pedindo que Luiza esteja lá.
Sorri ao encontrar minha garota deitada em nossa cama e pelo que parece sem nenhum arranhão. Fui ao banheiro tomar um banho rápido e coloquei só uma cueca e deitei ao seu lado. Abracei ela por trás e afundei meu rosto no seu cabelo sentindo aquele cheiro maravilhoso.
Talvez eu deva dar uma chance para nós dois.
P.V. LUIZAAcordei com um sorriso no rosto. Minha noite não foi das melhores, pelo menos não na festa. Agora tenho um amigo novo. E consegui melhorar um pouco a minha noite, mesmo não sendo uma das melhores companhias naquele momento.FlashBack OnPraticamente fomos o caminho todo em silêncio, eu apenas falava o caminho para ele. Eu estou meio nervosa como se eu fosse uma adolescente com seu primeiro namoro, mas não.. Sou uma mulher casada e tenho filho. Acabei rindo com o meu pensamento.- Que foi? – Perguntou risonho.- Nada não. – Respondi depois de rir.- Vai falar. – insistiu.Respirei fundo e parando de rir.- Não é nada de importante.Olhei para ele sorrindo e o mesmo estava sorrindo. Que sorriso.- Então me fala um pouco de você.Aí merda! Não posso falar muita coisa, ainda mais que sou casada com o Robert, apenas porque ele tem muitos inimigos e eu não conheço Oliver direito. Mas o que falar? Minha vida está resumida a Robert.- O que você quer saber? – Perguntei.- Hum... Q
Foi uma luta tirar Gustavo daquele parque, mas foi só falar que eu chamaria o Robert que ele resolveu sair. Emburrado, mas saiu. Perdi a moral com esse garoto, meu Deus.Quando Robert estacionou o carro, Gustavo já dormia no banco de trás. Enquanto Robert levou meu pequeno pro quarto eu fui para o banheiro tomar um banho, sem muita demora terminei o banho coloquei o short do pijama e um tope. Sair do banheiro e me deitei com a esperança do sonho vim.Robert entrou, passou pelo banheiro e em questão de minutos já estava deitado ao meu lado.- Vai pra casa da sua mãe, que horas?Abri meus olhos.- Não sei.- O motorista pode...- Eu tenho meu carro...- Questão de segurança...- Eu sei me defender... Você me ensinou.Ouvir ele suspirar. Raramente eu ajudava ele e os meninos a pegar uns carregamento, planejar assalto e etc. Com isso aprendi a lutar e usar uma arma.- As vezes esqueço disso.- Que horas vai amanhã? – Perguntei.- Depois do almoço. Tem certeza de que não quer ir?Tenho?-
Horas passaram e bem rápido coloquei uma roupa bem fresca e esperei o Oliver chegar. Sim eu vou sair com ele, minha mãe trabalha em um hospital e por ser médica teria que ficar lá hoje. Então para não ficar no tédio decidi ir sair com o Oliver, mas sem segundas intenções.Escutei barulho de carro estacionando e fui até a janela vendo Oliver saindo do carro, respirei fundo e caminhei até a porta abrindo a mesma antes dele bater.- Uau, você está linda. – Oliver falou me olhando de cima a baixo.- São seus olhos. – Sorrir.Eu estava usando um macacão preto com uma jaqueta jeans. Entramos no carro dele e conversamos numa boa, na maioria das vezes eu estava rindo das idiotices do Oliver, chegamos na lanchonete, procuramos uma mesa e logo fizemos nossos pedidos.- Então como está indo seu casamento? – Perguntou hesitando em me olhar.Estranhei sua pergunta.- Hã... Por que?- É que... Você parece mais feliz do que antes.Dei um meio sorriso e mordi meus lábios, o que eu iria falar? Não sab
A imagem daquele homem com a arma na cintura não saia da minha cabeça, mas preferia não pensar muito nisso. Quando sair daqui penso sobre isso. Já estou aqui, não posso me desesperar. Acho que Oliver não me machucaria. Eu acho.Oliver voltou para a sala com uma vasilha cheia de pipoca e uma garrafa de refrigerante, colocou em cima da mesinha da sala e saiu de novo logo voltando com os copos.- Então escolheu?- Sim.Olhei para a televisão e cliquei no primeiro filme que vi.- Amanhecer parte 2? – Ele fez uma careta.- Quer escolher outro?Ele riu e negou com a cabeça, eu resolvi sentar no chão e ele me acompanhou. Ficamos assistindo o filme, comemos e conversamos numa boa. Era bom estar ali com ele, eu me divertia e muito, quando chegou na parte que Bella e Edward iam transar, Oliver colocou o abraço em volta do meu ombro.- Por que naquele dia que te conheci, você estava chorando? – Ele sussurrou.Nós dois mantenhamos o olhar no filme.- Porque meu marido tinha acabado de me trair.N
Acordei já lembrando da noite de ontem, foi tudo tão bom, tão maravilhoso e tão inesquecível. Abrir meus olhos com um sorriso no rosto, olhei para o lado vendo Oliver deitado e meu sorriso só aumentou. Como ele pode ser tão perfeito?Acariciei seu rosto e dei um selinho nele. Quando me afastei vi um sorriso se formar no seu rosto e logo ele abriu os olhos.- Eu não importaria de ser acordado, assim mais vezes. – falou.- Desculpe, não era minha intenção te acordar.Oliver negou com a cabeça e se aproximou me abraçando e dando um cheiro no meu pescoço.- O que quer fazer hoje?- Tenho que ir para casa...- Ah, não Luiza... – Oliver se afastou um pouco e me encarou – Vai mesmo volta para ele?- Ele vai voltar amanhã, provavelmente de tarde. Tenho que está lá...Oliver sentou na cama de costas para mim, ainda estamos completamente nus.- O cara te trai e você ainda quer ficar com ele. – falou indignado.- Eu não fiz nada de diferente na noite passada. – Falei irônica.- A diferença é que
P.V. LUIZADepois que Oliver me deixou na casa de minha mãe, não entramos mais em contato e eu meio que agradeço por isso. Cheguei na mansão do Robert e o mesmo já havia chegado. Ouvi a voz do Gustavo me encheu de alegria.- Mamãe. – Gustavo me gritou assim que me viu.- Ai que saudades!Peguei ele no colo e o enchi ele de beijos o fazendo rir. Abracei meu pequeno bem forte fazendo ele reclamar, mas não soltei. Sentei no sofá e ajeitei o Gustavo no meu colo.- Como foi a viagem?- Foi bom.- Gostou de está com a vovó?- Sim, ela comprou um monte de brinquedos para mim mamãe. – Falou todo animado.- Mais brinquedos? Mais bagunça. – Ri.- Eu vou juntar tudinho. – Prometeu.Ri mais ainda. Sabemos que isso não vai acontecer, Gustavo junta a metade dos brinquedos e começa a enrolar para juntar o resto.- Sei. E seu pai?Gustavo ficou emburrado e apoiou a cabeça no meu ombro.- O que foi bebê?- Papai brigou comigo, mamãe.- Brigou?- Sim.- Você fez bagunça?- Não, mamãe eu não fiz. – Gust
No dia seguinte quando acordei Robert não estava mais na cama. Levantei e fiz minhas higienes, coloquei uma roupa e liguei para a Giu. Pedi que se o Robert perguntasse por mim, ela confirmasse que estou com ela. Giu concordou e não me fez perguntas. Agradeci mentalmente por isso. Avisei para a babá do Gustavo falar para o Robert que eu iria para a casa da Giu caso ele perguntasse. Hoje não acordei bem e sem paciência.Peguei meu carro e fui para a casa do Oliver. Tenho que decidir logo o que quero. Não posso e nem quero ficar desse jeito. Confesso que Oliver me faz sentir bem e não seria nada difícil estar com ele se não tivesse o Robert, mas também confesso que quero o Robert.Droga! Por que é tão difícil?Não posso deixar tudo isso ficar mais confuso ainda. Parei o carro em frente da mansão do Oliver e disquei o número dele, espero que ele esteja em casa. Precisa esta em casa.- Alô? – Falou rude assim que atendeu.- Hum.. está tudo bem?Silêncio.- Luiza?- Sim, sou eu. Está ocupad
P.V. RobertQuando resolvi sair do galpão já estava começando anoitecer, passei o dia todo fora de casa. Espero que Luiza não fique brava com isso. Como não tinha comido nada, eu e os garotos resolvemos passar numa lanchonete, antes de cada um seguir seu rumo. Antes de entrar meu celular começou a tocar, então falei para os garotos irem na frente que logo eu iria.Peguei meu celular achando que seria a Luiza me ligando para saber onde eu estava, pelo contrário, me surpreendi ao ver o nome da Viviane na tela.- Alô?- Oi Robert, tudo bem? – falou animada.- Tudo e com você?- Estou bem... atrapalho?- Não. Então o que manda?- Estou indo para São Paulo! O convite de ficar na sua casa ainda está valendo?Oh, não... A Luiza não vai gostar. Porém eu tinha falando que sim, não posso voltar atrás.- Hã... Claro, você chega quando?Talvez eu ainda tenha tempo...- Amanhã de manhã.Eu não tenho muito tempo.- Tá bom... Eu te busco no aeroporto. Me avise quando chegar.- Pode deixar, beijos.-