Capítulo 1 – Reconquistá-lo
Acordei e olhei ao redor. Mais um dia. Me sentei na cama e abracei meu próprio corpo, não faço ideia de que hora seja, mas deve ser de manhã ainda. Pela janela dá para ver que o dia está lindo. Pude escutar o barulho do chuveiro o que significa que ele ainda não tinha saído. Que milagre. A maioria das vezes que eu acordo ele já tinha saído.
Eu e Robert dividimos o mesmo quarto, mesmo que não estejamos juntos de verdade, preferimos manter as aparências para outras pessoas e os empregados. Ainda mais na frente do nosso pequeno. Ouvi a porta do banheiro sendo aberta e abracei mais o meu corpo. Ele ainda tem tanto de mim e não vê.
– Você está passando mal? – Ele perguntou.
Gostaria que estivesse preocupado e que a resposta realmente fosse importante para ele, mas só perguntou por perguntar mesmo.
- Não. – Respondi.
Robert estava com a toalha envolta da cintura e entrou no closet. Não demorou muito e logo saiu usando uma cueca box.
- A noite terá uma festa para irmos. – Robert falou mal humorado como sempre. – Esteja apresentável. – Ele se sentou na cama de costas para mim.
- Alguma vez já te decepcionei nessas festas. – Falei irônica.
Eu sabia muito bem dos elogios que recebo quando vou nessas festas com Robert, principalmente dos seus amigos. Esses não poupavam elogios. As mulheres dos amigos dele ficam com raiva de mim só porque eu me visto bem e recebo elogios até demais. Tenho que concordar que alguns desses homens vivem fazendo elogios sem necessariamente e não respeitam a mulher que tem do lado.
- Você se acha demais...
- É apenas convivência com você. – Rebato.
Ele me olhou e sorriu malicioso.
- Aposto que queria ter convivência com meu amigo aqui...
Antes que eu pudesse falar algo, Robert subiu em cima de mim, prendendo minhas mãos no alto da cabeça. E mesmo que eu pudesse raciocinar o que ele faria. Robert começou a beijar meu pescoço e dando leves chupadas que com certeza ficaria marcas, Robert olhou para mim e pressionou seu membro contra minha intimidade me fazendo soltar um gemido.
- Você sempre será minha. – Sussurrou. – Mas eu já não sou seu e faz tempo.
Aquilo doeu, doeu muito e não consegui impedir de uma lágrima descer. Robert saiu de cima de mim e logo a porta foi aberta e o Gustavo pulou na cama.
- Bom dia, papai. – Ele deu um abraço no Robert. – Bom dia, mamãe. – Ele beijou minha bochecha e me olhou confuso. – Por que está chorando mamãe?
Robert pegou ele.
- Você já está acordado? Que milagre é esse? – Robert perguntou fazendo cosquinha no filho.
Robert poderia ser assim mais vezes em relação a mim, ser carinhoso, mas não. Parece que me deixar mal é o que mantém ele bem.
Precisava de um tempo para mim depois desse acontecido. Levantei indo no banheiro, tomei banho, fiz minha higiene e saí do banheiro enrolada na toalha. Robert e Gustavo não estavam mais no quarto, coloquei uma roupa fresca e fiz um coque no cabelo.
Eu sei que ele me ama só está com raiva ainda. Ele acha que vou tirar o Gustavo dele a qualquer momento só porque fiz isso uma vez. Mas eu quero minha família de volta, quero ele de volta e eu vou conseguir. Uma hora ele vai ceder e vamos ser uma família de verdade novamente.
Sair do quarto e fui para a cozinha comer algo, a casa está muito em silêncio, eles devem ter saído ou estão na piscina. Comi um sanduíche de frango e bebi um refrigerante e fui à procura deles, ficando parada aqui não vou conseguir conquistar Robert.
P.V. Robert
Vê-la sentada ali olhando para o nada me fez ficar preocupado, mas é claro que eu não iria demonstrar. Luíza não merece nenhum sentimento meu além de raiva. Logo respondeu minha pergunta e vi que ela só estava fazendo charme.
Hoje teria uma festa na casa do Caleb para nos distrair, só nessa semana conseguimos três carregamentos e todas foram com sucesso. Então merecíamos uma festinha para comemorar. Festas são sempre bem-vindas.
Luiza tem um corpo maravilhoso e confesso que estou com saudade, mas desde que ela tentou fugir e levou meu filho junto. Eu só a provoquei e deixo ela mexida, ela é minha querendo ou não e sempre será. O pior erro dela foi fugir tirando meu filho de mim. Isso eu não poderia perdoa assim tão fácil.
Agora tem que pagar as consequências, sorte que não matei ela só não fiz isso pelo nosso filho.
Peguei o Gustavo e fomos para a piscina, liguei para o Dennis para vim e em questão de minutos ele chegou. Deitei na espreguiçadeira enquanto o Dennis estava com Gustavo na piscina.
- Ah, então vocês estão aqui. – ouvi a voz da Luiza.
- Mamãe, eu estou brincando com o tio Dennis. – Gus falou todo animado.
Ela sorriu para ele.
- Oi, Luh, tudo bem? – Dennis falou.
- Tudo sim Dennis e você?
- Estou bem e você continua linda como sempre.
Luiza sorriu tímida pelo comentário do Dennis, desde que conheci a Luiza eu acho que ele é afim dela, mas ele deixa claro que não. Então por que tantos elogios?
- São seus olhos, Dennis, mas agradeço. – Ela sorriu e se sentou na borda da piscina.
- Minha mãe é gostosona tanto nos peitos quanto na bunda. – Gus falou piscando para mãe.
- Gustavo! – Ela o repreendeu. – Quem está te ensinando isso? Não quero meu bebê falando essas coisas.
Ele abaixou a cabeça. Por mais que o Gustavo tenha apenas quatro anos ele é bem esperto e aprende as coisas fácil, deve está claro que eu que ensinei, não é?
- Não chame o garoto assim, ele já está bem grandinho. – Falei rude.
Ela se virou e me olhou.
- Chamo o meu filho como eu quiser. – Respondeu no mesmo tom.
Luiza, a ousada está voltando?
- Vai afeminar o garoto...
- O que eu falo ou faço é pouco para as coisas que você ensina para ele.
P.V. LUIZA
- Mamãe, você está linda.
- Obrigada, meu amor.
Hoje optei por usar um vestido preto e um salto alto.
- Eu quero ir, mamãe. – Gustavo fez biquinho. – Leva eu, por favor.
Ai que coisa linda. Me abaixei para ficar na altura dele, hoje eu teria que resistir aos seus encantos.
- Mamãe não pode te levar a festa de gente adulta...
- Mas eu já sou adulto! – falou cruzando os bracinhos.
- Oh, não vou poder te levar hoje, mas prometo te levar no parque amanhã ou no shopping à noite. O que acha?
Ele parou para pensar.
- O papai vai ir?
- Se ele quiser...
- Tá bom! Shopping a noite e vou pegar várias gatinhas... – Lancei um olhar para ele. – Vou brincar muito no parque que tem lá.
- Isso aí. Agora vai procurar sua babá. – Falei sorrindo.
Ele saiu correndo do quarto logo sumindo de vista, me olhei no espelho e fiz um coque frouxo no cabelo.
- O que você prometeu para ele esquecer da festa?
O Robert apareceu no quarto, ele está usando uma camisa branca, calça preta e sapato preto.
- Como você sabia que ele queria ir? – Perguntei vendo o reflexo dele pelo espelho.
- Ele foi até a mim pedindo, eu não consegui dizer não. Então falei para ele ir falar com você. – falou dando de ombros. – E então o que falou?
- Prometi levar ele no shopping amanhã a noite e ele quer que você vá...
- Vou ver o que posso fazer. – Robert disse se sentando na cama.
- Pelo seu filho, com certeza você vai...
- E por outro motivo eu iria? – Perguntou debochado.
A casa do Caleb estava super cheia, ele amava uma festa. Robert pegou na minha mão e seguimos até o dono da casa. Esse é o momento que mantemos as aparências. - Até que fim vocês chegaram. – Caleb nos cumprimentou animado. - Luiza demorou demais para se arrumar. – Robert falou. Mentiu, eu nem demorei tanto assim! Fui até rápida demais. - Sei como é as mulheres. – Caleb falou rindo. Pela sua voz, ele já está bêbado. Logo Giulia apareceu, ficamos conversando enquanto os meninos ficaram conversando entres eles. De longe eu pude ver a Laila e assim que ela me viu fechou a cara. - Não fica assim, Luh. Laila já está exagerando. - Talvez ela esteja certa... - Não! Você queria o bem do seu filho e até ela mesmo sabe que o Robert não presta. Está exagerando demais. – Giu tentava me deixar tranquila. Eu sinto falta da Laila, ela que me apresentou o Robert. Laila sempre esteve comigo, era uma dando força a outra e agora nem nos falamos mais. Não tinha como ficar bem com nossa situação.
P.V. LUIZAAcordei com um sorriso no rosto. Minha noite não foi das melhores, pelo menos não na festa. Agora tenho um amigo novo. E consegui melhorar um pouco a minha noite, mesmo não sendo uma das melhores companhias naquele momento.FlashBack OnPraticamente fomos o caminho todo em silêncio, eu apenas falava o caminho para ele. Eu estou meio nervosa como se eu fosse uma adolescente com seu primeiro namoro, mas não.. Sou uma mulher casada e tenho filho. Acabei rindo com o meu pensamento.- Que foi? – Perguntou risonho.- Nada não. – Respondi depois de rir.- Vai falar. – insistiu.Respirei fundo e parando de rir.- Não é nada de importante.Olhei para ele sorrindo e o mesmo estava sorrindo. Que sorriso.- Então me fala um pouco de você.Aí merda! Não posso falar muita coisa, ainda mais que sou casada com o Robert, apenas porque ele tem muitos inimigos e eu não conheço Oliver direito. Mas o que falar? Minha vida está resumida a Robert.- O que você quer saber? – Perguntei.- Hum... Q
Foi uma luta tirar Gustavo daquele parque, mas foi só falar que eu chamaria o Robert que ele resolveu sair. Emburrado, mas saiu. Perdi a moral com esse garoto, meu Deus.Quando Robert estacionou o carro, Gustavo já dormia no banco de trás. Enquanto Robert levou meu pequeno pro quarto eu fui para o banheiro tomar um banho, sem muita demora terminei o banho coloquei o short do pijama e um tope. Sair do banheiro e me deitei com a esperança do sonho vim.Robert entrou, passou pelo banheiro e em questão de minutos já estava deitado ao meu lado.- Vai pra casa da sua mãe, que horas?Abri meus olhos.- Não sei.- O motorista pode...- Eu tenho meu carro...- Questão de segurança...- Eu sei me defender... Você me ensinou.Ouvir ele suspirar. Raramente eu ajudava ele e os meninos a pegar uns carregamento, planejar assalto e etc. Com isso aprendi a lutar e usar uma arma.- As vezes esqueço disso.- Que horas vai amanhã? – Perguntei.- Depois do almoço. Tem certeza de que não quer ir?Tenho?-
Horas passaram e bem rápido coloquei uma roupa bem fresca e esperei o Oliver chegar. Sim eu vou sair com ele, minha mãe trabalha em um hospital e por ser médica teria que ficar lá hoje. Então para não ficar no tédio decidi ir sair com o Oliver, mas sem segundas intenções.Escutei barulho de carro estacionando e fui até a janela vendo Oliver saindo do carro, respirei fundo e caminhei até a porta abrindo a mesma antes dele bater.- Uau, você está linda. – Oliver falou me olhando de cima a baixo.- São seus olhos. – Sorrir.Eu estava usando um macacão preto com uma jaqueta jeans. Entramos no carro dele e conversamos numa boa, na maioria das vezes eu estava rindo das idiotices do Oliver, chegamos na lanchonete, procuramos uma mesa e logo fizemos nossos pedidos.- Então como está indo seu casamento? – Perguntou hesitando em me olhar.Estranhei sua pergunta.- Hã... Por que?- É que... Você parece mais feliz do que antes.Dei um meio sorriso e mordi meus lábios, o que eu iria falar? Não sab
A imagem daquele homem com a arma na cintura não saia da minha cabeça, mas preferia não pensar muito nisso. Quando sair daqui penso sobre isso. Já estou aqui, não posso me desesperar. Acho que Oliver não me machucaria. Eu acho.Oliver voltou para a sala com uma vasilha cheia de pipoca e uma garrafa de refrigerante, colocou em cima da mesinha da sala e saiu de novo logo voltando com os copos.- Então escolheu?- Sim.Olhei para a televisão e cliquei no primeiro filme que vi.- Amanhecer parte 2? – Ele fez uma careta.- Quer escolher outro?Ele riu e negou com a cabeça, eu resolvi sentar no chão e ele me acompanhou. Ficamos assistindo o filme, comemos e conversamos numa boa. Era bom estar ali com ele, eu me divertia e muito, quando chegou na parte que Bella e Edward iam transar, Oliver colocou o abraço em volta do meu ombro.- Por que naquele dia que te conheci, você estava chorando? – Ele sussurrou.Nós dois mantenhamos o olhar no filme.- Porque meu marido tinha acabado de me trair.N
Acordei já lembrando da noite de ontem, foi tudo tão bom, tão maravilhoso e tão inesquecível. Abrir meus olhos com um sorriso no rosto, olhei para o lado vendo Oliver deitado e meu sorriso só aumentou. Como ele pode ser tão perfeito?Acariciei seu rosto e dei um selinho nele. Quando me afastei vi um sorriso se formar no seu rosto e logo ele abriu os olhos.- Eu não importaria de ser acordado, assim mais vezes. – falou.- Desculpe, não era minha intenção te acordar.Oliver negou com a cabeça e se aproximou me abraçando e dando um cheiro no meu pescoço.- O que quer fazer hoje?- Tenho que ir para casa...- Ah, não Luiza... – Oliver se afastou um pouco e me encarou – Vai mesmo volta para ele?- Ele vai voltar amanhã, provavelmente de tarde. Tenho que está lá...Oliver sentou na cama de costas para mim, ainda estamos completamente nus.- O cara te trai e você ainda quer ficar com ele. – falou indignado.- Eu não fiz nada de diferente na noite passada. – Falei irônica.- A diferença é que
P.V. LUIZADepois que Oliver me deixou na casa de minha mãe, não entramos mais em contato e eu meio que agradeço por isso. Cheguei na mansão do Robert e o mesmo já havia chegado. Ouvi a voz do Gustavo me encheu de alegria.- Mamãe. – Gustavo me gritou assim que me viu.- Ai que saudades!Peguei ele no colo e o enchi ele de beijos o fazendo rir. Abracei meu pequeno bem forte fazendo ele reclamar, mas não soltei. Sentei no sofá e ajeitei o Gustavo no meu colo.- Como foi a viagem?- Foi bom.- Gostou de está com a vovó?- Sim, ela comprou um monte de brinquedos para mim mamãe. – Falou todo animado.- Mais brinquedos? Mais bagunça. – Ri.- Eu vou juntar tudinho. – Prometeu.Ri mais ainda. Sabemos que isso não vai acontecer, Gustavo junta a metade dos brinquedos e começa a enrolar para juntar o resto.- Sei. E seu pai?Gustavo ficou emburrado e apoiou a cabeça no meu ombro.- O que foi bebê?- Papai brigou comigo, mamãe.- Brigou?- Sim.- Você fez bagunça?- Não, mamãe eu não fiz. – Gust
No dia seguinte quando acordei Robert não estava mais na cama. Levantei e fiz minhas higienes, coloquei uma roupa e liguei para a Giu. Pedi que se o Robert perguntasse por mim, ela confirmasse que estou com ela. Giu concordou e não me fez perguntas. Agradeci mentalmente por isso. Avisei para a babá do Gustavo falar para o Robert que eu iria para a casa da Giu caso ele perguntasse. Hoje não acordei bem e sem paciência.Peguei meu carro e fui para a casa do Oliver. Tenho que decidir logo o que quero. Não posso e nem quero ficar desse jeito. Confesso que Oliver me faz sentir bem e não seria nada difícil estar com ele se não tivesse o Robert, mas também confesso que quero o Robert.Droga! Por que é tão difícil?Não posso deixar tudo isso ficar mais confuso ainda. Parei o carro em frente da mansão do Oliver e disquei o número dele, espero que ele esteja em casa. Precisa esta em casa.- Alô? – Falou rude assim que atendeu.- Hum.. está tudo bem?Silêncio.- Luiza?- Sim, sou eu. Está ocupad