Horas passaram e bem rápido coloquei uma roupa bem fresca e esperei o Oliver chegar. Sim eu vou sair com ele, minha mãe trabalha em um hospital e por ser médica teria que ficar lá hoje. Então para não ficar no tédio decidi ir sair com o Oliver, mas sem segundas intenções.
Escutei barulho de carro estacionando e fui até a janela vendo Oliver saindo do carro, respirei fundo e caminhei até a porta abrindo a mesma antes dele bater.
- Uau, você está linda. – Oliver falou me olhando de cima a baixo.
- São seus olhos. – Sorrir.
Eu estava usando um macacão preto com uma jaqueta jeans. Entramos no carro dele e conversamos numa boa, na maioria das vezes eu estava rindo das idiotices do Oliver, chegamos na lanchonete, procuramos uma mesa e logo fizemos nossos pedidos.
- Então como está indo seu casamento? – Perguntou hesitando em me olhar.
Estranhei sua pergunta.
- Hã... Por que?
- É que... Você parece mais feliz do que antes.
Dei um meio sorriso e mordi meus lábios, o que eu iria falar? Não sabia que estava tão na cara assim... Estou feliz porque Robert está voltando a ser como era, não estou?
- Aconteceram algumas coisas... Não quero falar sobre isso...
- Tudo bem. – Sorriu.
Mudamos de assunto e começamos a falar de jogo, depois de gostos, até que ele falou que gosta de assistir filmes. Oliver é um apaixonado por cinema e toda essa área artística, ele me chamou para ir na casa dele amanhã para assistir.
- Não sei...
- Por favor, eu deixo você escolher o filme. – insistiu.
- Oliver, eu acho que...
- Não aceito um não. Amanhã estarei em frente a casa da sua mãe! – falou fazendo bico como se estivesse bravo.
Eu tive que rir e foi o que fiz, não tem como falar que Oliver não é lindo, pois ele é e quando faz bico fica a coisa mais linda.
- Tá bom, Oliver tá bom.
Ele sorriu vitorioso e terminamos de comer nosso lanche. Passavam das dez horas da noite quando Oliver me deixou em frente à casa da minha mãe.
- Entregue. – falou.
- É chegamos. – Falei olhando para janela.
Ele pegou na minha mão esquerda e apertou chamando minha atenção.
- Você vai amanhã? De certeza?
- Vou.
- Contarei os segundos.
Ficamos nos olhando. O que eu estou fazendo? Por que me sinto tão atraída? Está com ele era bom, muito bom, mas não sei o que sinto em relação a isso.
- Eu sou casada, não te incomoda? – Perguntei.
- Não irei fazer nada que não queira, Luiza. Mas também não estou dizendo que eu não vou tentar.
Ele me puxou para um abraço e me apertou como se não quisesse que eu fosse embora, seu rosto estava na curva do meu pescoço. Ele deu um beijo, alisando minha costas.
- Até amanhã. Às seis da tarde. – Sussurrou no meu ouvido.
E me soltou. Oi? Hã? Ele sorriu e com certeza eu estava corada. Merda! Dei um tchau meio sem jeito e saí do carro indo em direção à casa sem olhar para trás.
Depois de um banho que me fez sentir acalmar, deitei na cama esperando o sono vim. Ele disse que estava contando os segundos, que clichê. Ri com meu pensamento, mas não vou negar que também estava contando os segundos.
Eu estou? Sim, estou.
[...]
- Então desculpe por não vim para casa ontem, querida.
- Mãe, não precisa pedir desculpa, ontem eu nem fiquei em casa.
- Ah, saiu?
- Sim.
- Sério? – Ficou curiosa – Um novo amor talvez?
- Mãe, eu sou casada...
- E? Robert já te traiu várias vezes...
- Mãe...
- Não sei como está com ele ainda. Gustavo vai sobreviver sem o pai e mesmo o Robert sendo um traficante a justiça está do seu lado.
E mais uma vez voltamos para esse assunto se eu fizesse o que minha mãe dizia, eu já teria ido na delegacia contar todos os podres do Robert, mas eu não faria isso. Eu ainda o amo.
- Vamos mudar de assunto?
Ela suspirou.
- Tudo bem, por que não trouxe meu neto?
- Cláudia queria ver ele, sem a minha presença é claro. Então o Robert foi levar ele e eu preferi ficar.
Minha mãe negou com a cabeça, mas preferiu não aprofundar no assunto. Tomamos nosso café da manhã e ficamos conversando o resto da tarde já que ela só iria trabalhar umas cinco horas da tarde.
Quando deu a hora para minha mãe se arrumar eu aproveitei para me arrumar também, ele veio às seis então para não atrasar preferi me arrumar.
[...]
- Nossa! Sua casa é linda. – Falei ao sair do carro.
A casa dele ou melhor a mansão dele era muito grande. Por fora tinha um jardim e do lado dava para ver a piscina. Oliver saiu do carro sorrindo e segurou minha mão me levando para dentro da mansão, assim que entramos passamos pelo um pequeno corredor que dava na sala.
Olhei ao redor vendo o quanto é linda por dentro.
- O que você está fazendo por aqui? – Oliver perguntou.
Olhei para frente vendo um homem branco de cabelo preto vindo em direção a gente, notei que ele tinha uma arma na cintura, mas ele tampou com o casaco. Fiquei quieta e observando.
- Não achei que estivesse acompanhado. – O homem falou.
- Mas estou e já falei que me avisasse quando viesse.
Oliver não parecia estar estressado ou algo parecido, apenas parecia ter estranhado que aquele homem estivesse ali.
- Já estou de saída. – falou cumprimentando Oliver.
- Depois nós falamos, Fernando.
O tal Fernando assentiu e olhou para mim, depois de sair sem falar mais nada. Oliver foi para o sofá e eu me sentei do seu lado, eles pareciam ser amigos.
- Oliver, você nunca me disse no que trabalha. – Falei tentando puxar assunto.
- Trabalho na empresa do meu pai. – falou dando de ombros.
Se eu acreditei? Claro que não. Poderia ser? sim, mas tem algo a mais ai.
Oliver ligou a enorme televisão que tinha na nossa frente e me entregou o controle.
- Escolha aí o que vamos ver, vou pegar algo para comermos.
Concordei e ele saiu da sala.
A imagem daquele homem com a arma na cintura não saia da minha cabeça, mas preferia não pensar muito nisso. Quando sair daqui penso sobre isso. Já estou aqui, não posso me desesperar. Acho que Oliver não me machucaria. Eu acho.Oliver voltou para a sala com uma vasilha cheia de pipoca e uma garrafa de refrigerante, colocou em cima da mesinha da sala e saiu de novo logo voltando com os copos.- Então escolheu?- Sim.Olhei para a televisão e cliquei no primeiro filme que vi.- Amanhecer parte 2? – Ele fez uma careta.- Quer escolher outro?Ele riu e negou com a cabeça, eu resolvi sentar no chão e ele me acompanhou. Ficamos assistindo o filme, comemos e conversamos numa boa. Era bom estar ali com ele, eu me divertia e muito, quando chegou na parte que Bella e Edward iam transar, Oliver colocou o abraço em volta do meu ombro.- Por que naquele dia que te conheci, você estava chorando? – Ele sussurrou.Nós dois mantenhamos o olhar no filme.- Porque meu marido tinha acabado de me trair.N
Acordei já lembrando da noite de ontem, foi tudo tão bom, tão maravilhoso e tão inesquecível. Abrir meus olhos com um sorriso no rosto, olhei para o lado vendo Oliver deitado e meu sorriso só aumentou. Como ele pode ser tão perfeito?Acariciei seu rosto e dei um selinho nele. Quando me afastei vi um sorriso se formar no seu rosto e logo ele abriu os olhos.- Eu não importaria de ser acordado, assim mais vezes. – falou.- Desculpe, não era minha intenção te acordar.Oliver negou com a cabeça e se aproximou me abraçando e dando um cheiro no meu pescoço.- O que quer fazer hoje?- Tenho que ir para casa...- Ah, não Luiza... – Oliver se afastou um pouco e me encarou – Vai mesmo volta para ele?- Ele vai voltar amanhã, provavelmente de tarde. Tenho que está lá...Oliver sentou na cama de costas para mim, ainda estamos completamente nus.- O cara te trai e você ainda quer ficar com ele. – falou indignado.- Eu não fiz nada de diferente na noite passada. – Falei irônica.- A diferença é que
P.V. LUIZADepois que Oliver me deixou na casa de minha mãe, não entramos mais em contato e eu meio que agradeço por isso. Cheguei na mansão do Robert e o mesmo já havia chegado. Ouvi a voz do Gustavo me encheu de alegria.- Mamãe. – Gustavo me gritou assim que me viu.- Ai que saudades!Peguei ele no colo e o enchi ele de beijos o fazendo rir. Abracei meu pequeno bem forte fazendo ele reclamar, mas não soltei. Sentei no sofá e ajeitei o Gustavo no meu colo.- Como foi a viagem?- Foi bom.- Gostou de está com a vovó?- Sim, ela comprou um monte de brinquedos para mim mamãe. – Falou todo animado.- Mais brinquedos? Mais bagunça. – Ri.- Eu vou juntar tudinho. – Prometeu.Ri mais ainda. Sabemos que isso não vai acontecer, Gustavo junta a metade dos brinquedos e começa a enrolar para juntar o resto.- Sei. E seu pai?Gustavo ficou emburrado e apoiou a cabeça no meu ombro.- O que foi bebê?- Papai brigou comigo, mamãe.- Brigou?- Sim.- Você fez bagunça?- Não, mamãe eu não fiz. – Gust
No dia seguinte quando acordei Robert não estava mais na cama. Levantei e fiz minhas higienes, coloquei uma roupa e liguei para a Giu. Pedi que se o Robert perguntasse por mim, ela confirmasse que estou com ela. Giu concordou e não me fez perguntas. Agradeci mentalmente por isso. Avisei para a babá do Gustavo falar para o Robert que eu iria para a casa da Giu caso ele perguntasse. Hoje não acordei bem e sem paciência.Peguei meu carro e fui para a casa do Oliver. Tenho que decidir logo o que quero. Não posso e nem quero ficar desse jeito. Confesso que Oliver me faz sentir bem e não seria nada difícil estar com ele se não tivesse o Robert, mas também confesso que quero o Robert.Droga! Por que é tão difícil?Não posso deixar tudo isso ficar mais confuso ainda. Parei o carro em frente da mansão do Oliver e disquei o número dele, espero que ele esteja em casa. Precisa esta em casa.- Alô? – Falou rude assim que atendeu.- Hum.. está tudo bem?Silêncio.- Luiza?- Sim, sou eu. Está ocupad
P.V. RobertQuando resolvi sair do galpão já estava começando anoitecer, passei o dia todo fora de casa. Espero que Luiza não fique brava com isso. Como não tinha comido nada, eu e os garotos resolvemos passar numa lanchonete, antes de cada um seguir seu rumo. Antes de entrar meu celular começou a tocar, então falei para os garotos irem na frente que logo eu iria.Peguei meu celular achando que seria a Luiza me ligando para saber onde eu estava, pelo contrário, me surpreendi ao ver o nome da Viviane na tela.- Alô?- Oi Robert, tudo bem? – falou animada.- Tudo e com você?- Estou bem... atrapalho?- Não. Então o que manda?- Estou indo para São Paulo! O convite de ficar na sua casa ainda está valendo?Oh, não... A Luiza não vai gostar. Porém eu tinha falando que sim, não posso voltar atrás.- Hã... Claro, você chega quando?Talvez eu ainda tenha tempo...- Amanhã de manhã.Eu não tenho muito tempo.- Tá bom... Eu te busco no aeroporto. Me avise quando chegar.- Pode deixar, beijos.-
P.V. OLIVER- Oliver! Oliver! – Fernando entrou na minha sala gritando.- Que foi cara? Para que gritar! – Levantei da cadeira.- Você não vai acreditar quem está em São Paulo. – Ele jogou uma pasta em cima da minha mesa.Peguei a pasta e abri. Nela mostrava fotos de uma morena de cabelos longos e depois de mais algumas fotos eu conseguia reconhecer o rosto.- O que ela está fazendo aqui? – Sussurrei.- Não sei, mas você não sabe do pior...- O que?- Viviane está na casa do Robert!- Será que... ?!- Não sei, mano.Merda! Só me faltava essa.- Continuem de olho.Fernando concordou e saiu do meu escritório.Essa garota não pode atrapalhar meus planos, não agora. Com certeza ela vai dar um jeito de entrar em contato comigo. Isso é questão de tempo, mas espero que isso não atrapalhe eu e a Luiza.Luiza não pode saber que conheço a Viviane.P.V. LUIZA- Então quando ela vai embora? – insistir.- Luiza... Duas semanas, só te peço duas semanas.- Robert não estou brincando.- Caralho, Luiz
P.V. RobertAcordei na cama sozinho novamente. Foi a mesma coisa ontem, fui para o banheiro, fiz minhas higienes e saí do meu quarto indo para o quarto do Gustavo. E como ontem Luiza estava lá dormindo com ele, suspirei e saí do quarto.Precisamos conversar, mas quando o assunto é Viviane, a Luiza se recusa a querer falar. Cheguei na cozinha e encontrei com Viviane que estava tomando seu café.- Fiquei sabendo que saiu ontem. – Chamei sua atenção e abracei.- É, fui conhecer a cidade.Sentei de frente para ela e comecei a tomar café. Minutos depois escutei risadas da Luiza e Gustavo, eles apareceram na cozinha. Gustavo parou de rir e Luiza continuou sorrindo, mas não olhou para Viviane.- Pai me pega no colo? – Gustavo perguntou.Sentei ele no meu colo e peguei seu suco e bolo. Luiza sentou do meu lado e iria começar a se servir, mas seu celular tocou avisando que chegou mensagem. Ela respondeu rápido e guardou o celular.- Quem era? - Perguntei.Viviane soltou uma risada baixa.- Mi
P.V. RobertUm mês havia se passado, Viviane ainda está aqui em casa e com isso vem as brigas entre ela e a Luiza, mas não posso tirar ela daqui, não agora.Já que Viviane começou a me ajudar em uns assaltos e carregamentos junto com os garotos, essa garota tinha várias ideias. Então foi uma boa tirar a Luiza disso, não quero nenhum envolvimento dela nessa vida, não mais.Mas agora Luiza mais sai em vem de ficar em casa e passou a ignorar a Viviane por completo. Ela podia pegar leve com a Viviane que está aqui para ajudar a gente.E mesmo eu pensando por esse lado ela não gostou, então nosso envolvimento não tem sido uma grande harmonia e só mantemos a aparência para nosso filho. Mas minhas tentativas de ter uma conversa com ela e voltar tudo como antes estão valendo.Ainda quero a Luiza e ela vai ser minha. Ou melhor, ela é minha!P.V. LUIZAUm mês!!! UM MÊS!!!!Essa garota está me enlouquecendo, nunca achei que pudesse odiar tanto uma pessoa como odeio ela. Viviane acha que é a do