A noite chegou. Eu não queria sair do meu quarto e assim eu fiz. Passei o dia todos no quarto e não fazia questão de sair. Maria, uma das mais antigas empregadas da casa, trouxe minha comida no quarto. Sei que estou cheio de coisas para fazer e não deveria está aqui no quarto parado. Tempo é dinheiro e ficar aqui parado só está fazendo eu perder, por que ficar dentro de um quarto sendo que estou cheio de coisas para resolver? Porque depois da minha conversa com Viviane fiquei bem pensativo em relação da Luiza me trair. Amo a Luiza, mas eu perdoaria uma traição dela?Eu traí ela várias vezes, mas ambos concordamos em tentar novamente, não foi?Não sei o que mais pensar, não quero pensar mais e as coisas piorarem... Apenas queria ela aqui e senti-la de novo. Meio que necessitava ter Luiza agora. Eu poderia sair para uma das minhas boates e pegar qualquer uma, mas Luiza não é qualquer uma. Isso a torna diferente, ela sabe ser o que nenhuma outra mulher é. Não sei explicar, mas não é difí
Se ele pensa que vou ir atrás dele está muito enganado, sentei novamente na cadeira. Comecei a procurar algo sobre a Viviane. Minutos passaram e nada. Sem querer acabei indo para “meus documentos” do computador do Oliver, antes de sair olhei o nome das pastas e uma mensagem chamou a atenção “Viviane Pereira”. Não poderia ser a mesma Viviane Pereira ou seria? Oliver seria mesmo capaz de me esconder? Eu não ficaria surpresa quanto a isso. Olhei em direção a porta e nenhum sinal do Oliver é agora ou nunca. Abrir a pasta e várias fotos de Viviane apareceu na tela, umas era um dossiê falando que ela é dona do tráfico de New York... Está de brincadeira? Se ela é dona para que vim para o Brasil? Parece que a sorte está do meu lado, novas fotos apareceram e nessas tinha fotos dela junto com o Oliver, eles já... Já... Respirei fundo uma mistura de raiva, tristeza e até mesmo ciúmes fugiu, mas não deixaria isso me atrapalhar. Selecionei algumas fotos e coloquei para imprimir, Oliver aparece
- Sinto lhe informar, mas a sua queridinha… – Luiza diz com odio. – Não é quem você pensa.Ela falava com uma certa dificuldade por causa dos soluços, tinha uma pasta em sua mão e ela me entregou. Fiquei encarando a pasta por um tempo até decidir abrir, hoje eu não vou abrir mais nenhuma pasta porque é capaz de eu abrir e mostrar a babá do meu filho como uma espiã.Não tinha como não ficar surpreso com o que eu vi. Nas fotos mostrava Viviane com Oliver e umas falava que ela é dona de uma parte de New York.- Parece que nós dois fomos enganados. – Comentei.Olhei para Luiza analisando seu rosto, olhos avermelhados assim como o rosto por ter chorado. Co
- É melhor você ir embora...- Eu não vou! Eu sei que você vai ir atrás da pessoa que fez isso, então seria bem mais fácil juntarmos nossas forças.Minha vontade de matar a pessoa que fez isso com Luiza é grande, mas com a ajuda do Oliver? Porra o cara além de meu inimigo, transou com a minha mulher...- Eu não confio em você.Oliver deu um meio sorriso.- E nem precisa. Estou fazendo isso por ela... Também não gosto de você, mas infelizmente gostamos da mesma mulher.Parei para pensar e ele estava certo. Droga! Por um lado ele está certo porque se juntarmos noss
P.V. LUIZAUm pano estava sobre meu rosto, meu corpo doía e eu não conseguia abrir os olhos por completo. Para falar a verdade eu mal sentia o meu corpo. Eu sei que estava em movimento, ainda na cama de hospital, mas alguém empurrava a cama com uma velocidade.Para onde estão me levando?- De quem é esse corpo? Ele não deveria estar aqui.. – ouvir uma voz masculina.- Não se preocupe, estou cuidando disso... – Ouvir a voz da Viviane.Lembrei que ela estava no meu quarto. Será que ela está me tirando do hospital? Mas por que...? Eu queria gritar e pedir por ajuda, mas não conseguia.[...]<
P.V. MAITE FlashBack On - Oi May, quanto tempo. – Robert disse. Eu não consegui respondê-lo, minhas lágrimas não deixariam. Estou tão mal com tudo que aconteceu que me aproximei mais de Robert e abracei ele. Assim que soube que minha irmã estava em coma, vim com o Gustavo para São Paulo. É difícil fingir que estava bem perto do Gustavo, mas dei o meu melhor. Eu precisava vir e ver minha irmã pessoalmente. - Me diz que ela vai ficar bem, por favor. – Implorei. Imagino que não esteja sendo fácil para ele e eu não estou ajudando em nada, mas estava difícil me controlar agora. Eu mal conseguia falar de tanto que soluçava. Robert não falou nada e me abraçou mais forte, era nítido o esforço que Robert fazia para não chorar. Ele sempre se mantém forte e infelizmente não teria o que me dizer sobre Luiza. Encarei ele e o mesmo começou a secar minhas lágrimas. - Por que não me avisou antes? - Tínhamos esperança dela acordar. Minha irmã entrou em coma a um mês atrás e só faz dois dias qu
Estacionei o carro de qualquer jeito mesmo e entrei na mansão, procurei por Oliver e nada. Vou no seu escritório e nada. Aonde esse homem está? Bufei e subi para o segundo andar na esperança de encontrar ele e encontrei não do jeito que eu esperava. Entrar no seu quarto sem sua permissão o risco de encontrar ele só de cueca ou pior totalmente sem roupa é bem grande, mas seria bem melhor que encontrar ele deitado na cama e olhando a foto da Luiza. Suspirei. Eu não gosto de vê-lo desse jeito. Me aproximei dele e sentei do seu lado. - Oi. - Oi, May. Ele deitou a cabeça no meu colo e comecei a fazer cafuné nele. Manter a animação tem sido cada dia mais difícil e pensar que a Luiza é o motivo disso tudo dói demais. É o motivo da nossa alegria e nossa tristeza já que ela não acorda. - Você não deveria estar arrumado… – Tento puxar assunto. - Não vou sair hoje. - Oliver... - Não, Maite. – Ele se recusa. – Se veio para me tirar de casa está perdendo seu tempo. Resolvi não falar mais
- Robert... - Parece que já tem gente ofegante... E olha que nem começamos. – Ele sorriu. - É claro... Faz um bom tempo que não faço isso. - Mas é tão bom... - E se os meninos chegarem? – Respirei fundo. – Não vão estranhar? - Relaxa, May. - Ah... Eu não aguento mais... Robert parou na minha frente e começou a rir. - Nossa May! Isso que dá não fazer exercícios físicos, mas agora terá que fazer sempre. Tem que ter disposição para viver na adrenalina. – Ele me olhou bem ainda rindo de mim. – E você está precisando. Muito. Me sentei na calçada e abri minha garrafa d'água. - Já entendi Robert. Revirei os olhos. Ele tirou o dia para me zoar. - Quando você morava aqui fazia exercícios. Por que parou? – Robert sentou do meu lado. - Lá eu tinha minha própria rotina e não cabia os exercícios. Uma vida completamente diferente de agora. Ficamos em silêncio até que notei o Robert me olhando e sorrindo. - Que foi? Robert negou com a cabeça ainda sorrindo. - Fico feliz que tenha vol