Se ele pensa que vou ir atrás dele está muito enganado, sentei novamente na cadeira. Comecei a procurar algo sobre a Viviane. Minutos passaram e nada. Sem querer acabei indo para “meus documentos” do computador do Oliver, antes de sair olhei o nome das pastas e uma mensagem chamou a atenção “Viviane Pereira”. Não poderia ser a mesma Viviane Pereira ou seria? Oliver seria mesmo capaz de me esconder? Eu não ficaria surpresa quanto a isso. Olhei em direção a porta e nenhum sinal do Oliver é agora ou nunca. Abrir a pasta e várias fotos de Viviane apareceu na tela, umas era um dossiê falando que ela é dona do tráfico de New York... Está de brincadeira? Se ela é dona para que vim para o Brasil? Parece que a sorte está do meu lado, novas fotos apareceram e nessas tinha fotos dela junto com o Oliver, eles já... Já... Respirei fundo uma mistura de raiva, tristeza e até mesmo ciúmes fugiu, mas não deixaria isso me atrapalhar. Selecionei algumas fotos e coloquei para imprimir, Oliver aparece
- Sinto lhe informar, mas a sua queridinha… – Luiza diz com odio. – Não é quem você pensa.Ela falava com uma certa dificuldade por causa dos soluços, tinha uma pasta em sua mão e ela me entregou. Fiquei encarando a pasta por um tempo até decidir abrir, hoje eu não vou abrir mais nenhuma pasta porque é capaz de eu abrir e mostrar a babá do meu filho como uma espiã.Não tinha como não ficar surpreso com o que eu vi. Nas fotos mostrava Viviane com Oliver e umas falava que ela é dona de uma parte de New York.- Parece que nós dois fomos enganados. – Comentei.Olhei para Luiza analisando seu rosto, olhos avermelhados assim como o rosto por ter chorado. Co
- É melhor você ir embora...- Eu não vou! Eu sei que você vai ir atrás da pessoa que fez isso, então seria bem mais fácil juntarmos nossas forças.Minha vontade de matar a pessoa que fez isso com Luiza é grande, mas com a ajuda do Oliver? Porra o cara além de meu inimigo, transou com a minha mulher...- Eu não confio em você.Oliver deu um meio sorriso.- E nem precisa. Estou fazendo isso por ela... Também não gosto de você, mas infelizmente gostamos da mesma mulher.Parei para pensar e ele estava certo. Droga! Por um lado ele está certo porque se juntarmos noss
P.V. LUIZAUm pano estava sobre meu rosto, meu corpo doía e eu não conseguia abrir os olhos por completo. Para falar a verdade eu mal sentia o meu corpo. Eu sei que estava em movimento, ainda na cama de hospital, mas alguém empurrava a cama com uma velocidade.Para onde estão me levando?- De quem é esse corpo? Ele não deveria estar aqui.. – ouvir uma voz masculina.- Não se preocupe, estou cuidando disso... – Ouvir a voz da Viviane.Lembrei que ela estava no meu quarto. Será que ela está me tirando do hospital? Mas por que...? Eu queria gritar e pedir por ajuda, mas não conseguia.[...]<
P.V. MAITE FlashBack On - Oi May, quanto tempo. – Robert disse. Eu não consegui respondê-lo, minhas lágrimas não deixariam. Estou tão mal com tudo que aconteceu que me aproximei mais de Robert e abracei ele. Assim que soube que minha irmã estava em coma, vim com o Gustavo para São Paulo. É difícil fingir que estava bem perto do Gustavo, mas dei o meu melhor. Eu precisava vir e ver minha irmã pessoalmente. - Me diz que ela vai ficar bem, por favor. – Implorei. Imagino que não esteja sendo fácil para ele e eu não estou ajudando em nada, mas estava difícil me controlar agora. Eu mal conseguia falar de tanto que soluçava. Robert não falou nada e me abraçou mais forte, era nítido o esforço que Robert fazia para não chorar. Ele sempre se mantém forte e infelizmente não teria o que me dizer sobre Luiza. Encarei ele e o mesmo começou a secar minhas lágrimas. - Por que não me avisou antes? - Tínhamos esperança dela acordar. Minha irmã entrou em coma a um mês atrás e só faz dois dias qu
Estacionei o carro de qualquer jeito mesmo e entrei na mansão, procurei por Oliver e nada. Vou no seu escritório e nada. Aonde esse homem está? Bufei e subi para o segundo andar na esperança de encontrar ele e encontrei não do jeito que eu esperava. Entrar no seu quarto sem sua permissão o risco de encontrar ele só de cueca ou pior totalmente sem roupa é bem grande, mas seria bem melhor que encontrar ele deitado na cama e olhando a foto da Luiza. Suspirei. Eu não gosto de vê-lo desse jeito. Me aproximei dele e sentei do seu lado. - Oi. - Oi, May. Ele deitou a cabeça no meu colo e comecei a fazer cafuné nele. Manter a animação tem sido cada dia mais difícil e pensar que a Luiza é o motivo disso tudo dói demais. É o motivo da nossa alegria e nossa tristeza já que ela não acorda. - Você não deveria estar arrumado… – Tento puxar assunto. - Não vou sair hoje. - Oliver... - Não, Maite. – Ele se recusa. – Se veio para me tirar de casa está perdendo seu tempo. Resolvi não falar mais
- Robert... - Parece que já tem gente ofegante... E olha que nem começamos. – Ele sorriu. - É claro... Faz um bom tempo que não faço isso. - Mas é tão bom... - E se os meninos chegarem? – Respirei fundo. – Não vão estranhar? - Relaxa, May. - Ah... Eu não aguento mais... Robert parou na minha frente e começou a rir. - Nossa May! Isso que dá não fazer exercícios físicos, mas agora terá que fazer sempre. Tem que ter disposição para viver na adrenalina. – Ele me olhou bem ainda rindo de mim. – E você está precisando. Muito. Me sentei na calçada e abri minha garrafa d'água. - Já entendi Robert. Revirei os olhos. Ele tirou o dia para me zoar. - Quando você morava aqui fazia exercícios. Por que parou? – Robert sentou do meu lado. - Lá eu tinha minha própria rotina e não cabia os exercícios. Uma vida completamente diferente de agora. Ficamos em silêncio até que notei o Robert me olhando e sorrindo. - Que foi? Robert negou com a cabeça ainda sorrindo. - Fico feliz que tenha vol
P.V. Robert - Será que ela ficou chateada? – Oliver perguntou. - Não sei. - May tem um temperamento forte. - Verdade. – Concordo. - Ela deveria entender... - Mulheres da família dela são muito teimosas, não adianta discutir. – falei enquanto dirigia. – Será perda de tempo. - Mas estamos fazendo isso para o bem dela. – Oliver tenta argumentar. - E ela sempre vai achar que pode se defender sozinha, Luiza puxou o jeito da irmã. – falei sem pensar. – Talvez pior. Oliver se mexeu meio desconfortável no banco ao meu lado. A gente nunca falava sobre a Luiza quando estamos um perto do outro ou tentamos evitar falar. O melhor mesmo seria não falar, não sei bem. É complicado esse assunto. - Acho que não a conhecia tão bem assim. – Oliver falou encarando a janela. - Acho que eu também... - Ela não iria te trair se eu não tivesse forçado a barra... Se a tivesse deixado em paz talvez Luiza estaria aqui. – Ele respirou fundo – Viviane também. - Ela teve os motivos dela para ir até o fim