Mais um dia como outro qualquer, acordo cedo preparo o café para Olavo, depois que ele sai para o trabalho Bárbara e eu tomamos café e fomos arrumar a casa, Olavo gosto de tudo bem arrumado e sem um grão de pó, as vezes a vontade de desistir é grande, mas o que me motiva a suportar tudo é a vingança, quero ver o nome dele arrastado na lama, ainda não sei como me vingar dele, já que eu não saio de casa, mas tenho certeza que quando eu conversar com Anny, ela me ajudará em minha vingança.
Olavo chegou e como sempre foi se banhar e depois voltou para que eu colocasse a sua comida, me pergunto para que ele quis se casar com uma pessoa bem mais jovem que ele? Me sentei para comer e ele provou o frango.
— Quem preparou esse frango? – Ele perguntou parecendo satisfeito.
— Foi Barbara. – Digo a ele já sabendo o que viria a seguir.
— Quero que passe mais tempo na cozinha para que aprenda com ela, você entendeu? – Assenti e ele sorriu satisfeito. — Você é uma péssima cozinheira, mas pelo menos dessa vez trouxe o vinho adequado. — Outra coisa: Sábado temos um jantar para irmos e seus pais também irão, vou mandar o motorista trazer a roupa que escolherei e quero você pronta às dezenove horas, nenhum minuto a mais entendida?
— Como quiser Olavo. – Digo cabisbaixa.
No dia seguinte eu não estava nenhum pouco animada mesmo sabendo que iria finalmente sair de casa. Como combinado o motorista trouxe a roupa e me entregou, me vesti e fiquei esperando Olavo chegar para que podermos ir. Ele chegou e olhou as minhas vestimentas e depois de aprovar os acessórios saímos. Já dentro do carro ele me fez uma centena de recomendações como se eu fosse uma criança.
Quando entro no grande salão fico deslumbrada, o lugar é muito lindo e luxuoso, assi que vejo meus pais vou cumprimenta-los juntamente com Olavo.
– Filha, que bom te ver, seu marido me disse que você estava indisposta esses dias? – Me pergunto de que, mas preferia apenas sorrir.
— Já estou bem melhor,. – Dou dois beijos em sua face se tem uma coisa que eu sei fazer é fingir que estou bem.
— Olavo vou levar, Jane para cumprimentar umas amigas da alta sociedade. – Minha mãe sorriu para Olavo.
— Não demorem. – Foi a vez do meu pai dizer., assim que nos afastamos minha mãe sorri.
— Esses homens são demais, eles nos querem por perto o tempo todo. – Minha mãe se faz de tonta.
— Para exibir vocês como um troféu. – Minha mãe e eu nos viramos e fico muito contente por ver a minha melhor amiga.
— Ola, Suzanny. – Minha mãe diz entredentes.
— Olá para a senhora também.
— Anny, que bom vê-la aqui. – Digo e abraço a minha amiga.
– Também é bom ver você amiga, menos com essas roupas de velha, você é tão linda por que se esconder no meio disso. – Ela aponta para as minhas roupas.
— Essas são roupas de mulheres casadas com magnatas e não roupas promíscuas como as de certas pessoas. E a propósito Suzanny, por que está aqui? – Minha mãe nem consegue disfarçar o desprazer que ela sente ao ver minha amiga.
— Renata, se você não lembra o meu pai também é um magnata, só que ele vive no século XXI, ele não finge viver no século passado e nem me submete a situações que não quero. Ah! E antes que fale algo contra a minha família lembre-se que a sua família depende da minha. – Minha amiga diz com um sorriso no rosto e deixa a minha mãe sem palavras.
— Jane, vamos cumprimentar as senhoras.
— Eu vou com vocês já que adoro cosplay.
Sorri para minha amiga que retribuiu, minha mãe ficou com tanta raiva que foi andando na frente e nem se lembrou de mim. Quando minha amiga percebeu que minha mãe estava bem longe, me puxou.
— Amiga, você está bem de verdade? – Ela olhou para mim me analisando.
— Estou vivendo o próprio inferno de Dante, mas sei que ficarei bem. amiga preciso falar com você e você minha rapper, louca como se encontra?
— Você sabe como sou, um esqueminha ali, outro acolá, enfim vivendo do meu jeito. Meu bem, você está com uma cara nada boa.
— Amiga, eu preciso de um…— Antes que eu pudesse terminar a frase minha mãe apareceu e nos mandou apressar, ela olhou para mim e perguntou se eu estava bem e digo que sim.
Cumprimentamos todas aquelas mulheres metidas à besta e depois de um tempo voltamos para o lado do meu pai e do meu marido, minha amiga se juntou a nós e mesmo meus pais e Olavo torcendo os narizes tiveram que engolir a presença dela. Um tempo depois meu pai e Olavo foram chamados para uma sala
— Amiga, torço tanto para você ser feliz. – Ela diz na frente da minha mãe e eu preciso disfarçar para nãos er pega.
— Eu sou feliz amiga, sério.
— Você contou tantas vezes essa mentira que acredita nelas.
Minha amiga me abraça e eu falo em seu ouvido que preciso de um celular discreto, ela sorri e disse que dará um jeito de conseguir um para mim, agradeço a ela e fingimos não ter dito nada. Estava conversando quando Anny me cutucou e mostrou com a cabeça o homem que nos olhava, quando dei por mim o estava analisando, mas como não admirar? O homem é moreno, cabelos pretos, olhos arredondados, o corpo parece ser definido e se veste muito bem com ternos feitos sob medida. Ele percebeu que eu o encarava e sorriu andando em nossa direção.
— Amiga, o cara está vindo em nossa direção. – Digo a Anny que sorri.
— Claro! Você o comeu com os olhos. – Ela diz me deixando sem jeito.
— O que as duas estão falando baixo? – Minha mãe pergunta e desviamos o assunto.
— Olá, boa noite, sou Eduardo Barreto o anfitrião do jantar. – O homem pega a minha mão e deposita um beijo.
— Boa noite, eu sou Jane Cesário Ferreti. – Digo a ele que sorriu.
— Então você é a famosa Jane. – Olho para ele sem entender.
— Famosa, por que? – Pergunto curiosa e antes que ele possa responder minha mãe se apresenta e vejo que ele não manteve a mesma cordialidade que estava tendo para comido.
— Já que ninguém me apresenta, eu sou a Suzanny Freitas.
— Muito prazer, eu escuto seus rappers Anny Z. – Ele diz a minha amiga que sorri.
— Sabia que quem escolheu meu nome foi a Ane minha amiga do coração. – Ela me abraça muito aperto.
— Já que vocês têm gostos peculiares, Jane e eu vamos deixar vocês conversarem em paz. – Minha mãe pega a minha mão e começamos a andar.
Ela estava ralhando comigo quando a minha amiga se juntou a nós mais uma vez, minha mãe não gostou muito e ficou irritada.
— Mãe, por que não trouxe o Bento? – Assim que escuta o nome do meu irmão ela torce o nariz.
— Você sabe que seu irmão é como nós, então ele não entende nada disso e às vezes é melhor ficar longe dele um pouco.
—- Como pode a senhora falar uma coisa dessas do seu próprio filho? Bento pode ser deficiente, mas é uma pessoa e entende as coisas melhor que muito que se dizem “normais”.
Minha mãe se calou enquanto minha amiga olhava para ela irritada, mas como eu não estava querendo ver uma briga, puxei minha amiga para mim e ficamos conversando.
— Por que você não ficou conversando com o Eduardo? Ele é bonito e gosta das suas músicas.
— Ane, você é muito tapada, não percebeu que ele estava olhando para você, acho que ele gostou de você. – Ela diz me fazendo ficar sem jeito.
— Eu sou uma pessoa casada. – Digo a ela.
— Que pode se divorciar. – Se ela soubesse que Olavo já havia me comprado ficaria revoltada, resolvi mudar de assunto e ficamos falando das suas músicas até que meu pai e Olavo se junta a nós novamente, ele não gostou nada de me ver com minha amiga, mas como a minha mãe estava perto ele relaxou.
O jantar foi anunciado e nos sentamos à mesa, minha amiga aproveitou para se sentar ao meu lado e ficar provocando Olavo só espero que essas brincadeiras não tenham consequências para mim. Senti que estava sendo observada e quando olhei ao redor encontrei Eduardo me olhando e antes que Olavo percebesse que eu estava olhando para outro homem eu decidi o ignorar.
Quando estávamos voltando para casa ele começou a me indagar sobre as pessoas que conversei enquanto ele estava fora com meu pai e eu disse a ele que fiquei o tempo todo ao lado de minha mãe e da minha amiga, Olavo ralhou comigo por estar com Suzyanne, mas não passou disso para o meu alivio.
Na manhã seguinte assim que Olavo saiu para a empresa dona Bárbara me indagou sobre o jantar e eu contei tudo a ela que ficou muito feliz em saber que pelo menos eu me divertir mesmo que fosse um pouco, claro que ocultei a ela a parte de ter conhecido Eduardo, olhei para a mão em que ele havia me dado o beijo e ainda sinto o formigamento, o que era muito estranho, Bárbara percebeu que eu estava aérea e me perguntou se havia acontecido alguma coisa e eu disse que não. Fizemos a limpeza do lugar, na verdade Bárbara fez a maior parte do trabalho, pois estava com muitas cólicas, Olavo veio almoçar e ficou muito irritado com o fato do meu ciclo menstrual ter chegado.— Eu tinha certeza que desta vez você estava grávida. – Ele disse desapontado.— É uma pena Olavo, mas ainda não foi dessa vez. – Se ele soubesse o que faço com certeza, ele me trancaria no quarto e jogava a chave fora.Mais uma vez ele foi para o trabalho e me senti aliviada por não estar em sua presença, a noite por estar
Uma semana se passou desde que minha amiga conseguiu me entregar o celular, terminei de ler o livro que Eduardo me entregou e eu agradeci mentalmente por isso.Quando finalmente meu marido saiu para trabalhar eu corri para ligar o celular para conversar com a minha amiga, quando recebi uma ligação, achei estranho, pois só minha amiga tinha esse número, mas mesmo assim eu resolvi atender.— Olá! – A pessoa disse.— Olá, quem está falando por favor? – Ouço o sorriso da pessoa.— E então já eu o livro?— Eduardo? – Perguntei nada convicta.— Exatamente, eu peguei o seu número com a sua amiga, espero que não se importe. – Preciso falar sério com a Anny.— Já li sim, obrigada por me enviar o livro.— Então eu vou te enviar um outro mais tarde, peça a sua governanta para pegar, espero que goste.— Não quero ter problemas com meu marido.— Fique tranquila, é só para o seu entretenimento, eu soube que você não pode sair de casa, então espero que leia para não se sentir entediada. – Não tenho
Deixei Bárbara limpando o quarto e fui para o jardim, pois estava muito curiosa para ler aquela carta, me sentei no banco e abri a carta para ler.Querida atual esposa do meu marido;Se você está lendo esta carta é porque eu desisti de viver, não pense que sou fraca só porque desistir,mas é que esse mundo já não tinha mais esperanças para mim, assim como você eu também fui “vendida pelos meus pais” que não se importaram com a minha dor, só se importavam com seu bem estar e dinheiro e isso Olavo tem de sobra a oferecer. Quando eu não aguentava mais esse sofrimento, ele me trancou em um quarto e não me deixava me alimentar adequadamente, por favor não seja como eu, faça de tudo para fugir desse inferno que ele chama de mansão, Olavo é uma pessoa cruel e que não mede esforços para conseguir o que quer. Faça tudo que puder para escapar e outra coisa meu bem não confie em Bárbara, pois ela é a maior responsável por muita coisa que me aconteceu, mas uma coisa no terceiro quarto de hóspede
Olavo FerreteMe casar com Jane foi um ótimo negócio, pois ela é tonta e não faz perguntas sobre o meu trabalho, na verdade eu a desejava desde que tinha dez anos, podem me chamar de pedófilo, mas eu nunca toquei em um fio de seu cabelo até que ela completasse a maioridade. Na verdade, desde os onze anos ela é minha, seus pais me deram ela como garantia da dívida quando emprestei dinheiro para eles manterem a boa vida, os dois nunca se importaram com ela e se não fosse eu seria um idota qualquer. Aquele corpo macio e jovem a meu dispor me faz sentir rejuvenescido, mas não impede de que eu tenha uns casos por fora, porque ela é muito inexperiente ainda, mesmo passando cinco anos.— Está pensando em que patrão? – Um dos meus funcionários do clube clandestino perguntou.— Pensando seriamente em mandar minha mulher passar uma temporada aqui para que ela aprenda um pouco mais.— O senhor, vai deixar que outros homens a toquem? – Ele perguntou e eu sorri.— Só os autorizados.— O senhor é m
Jane Cesário FerreteNo dia seguinte acordei cedo e fui preparar o café enquanto esperava por Bárbara, assim que ela desceu se juntou a mim na cozinha.— Bom dia Jane, o Olavo não está aqui, você não precisa acordar tão cedo – ela me diz pegando o bule das minhas mãos.— Trabalhar me ajuda a pensar.— Você precisa descansar, eu vi você voltando ontem sabe como é arriscado, já pensou se o senhor Olavo descobre que você saiu a noite, ele pode te castigar e Deus sabe lá como. – Fiquei olhando para a cara dela por um tempo e não gostei nada desse papo que ela acabou de dizer.— Mas você não me trairia, não é? – Pergunto a ela que negou — Barbara, somos duas adultas e estar na hora de pormos as cartas na mesa, eu sei que você traiu a Vanessa, em partes você foi responsável pelo o que aconteceu a ela.Barbara começou a chorar e eu deixei que ela se acalmasse para me contar o que havia acontecido, ela ficou chorando por um bom tempo e quando finalmente se acalmou começou a me contar.— É ve
Eduardo Barreto No dia seguinte eu vi meu celular e tinha uma mensagem de Jane.“Senhor Eduardo Barreto, li o livro que me emprestou durante a madrugada e devo confessar que gostei bastante, amei de cara a Camila o ponto alto era ela ser estabanada. Já o Lucas eu achei ele meio idiota no começo, mas depois eu passei a gostar, o final eu amei de verdade, mal posso esperar pelo proximo livro, espero que seja tão surpreendente.” Um sorriso brotou dos meus lábios, sabia que ela iria gostar do livro.— Senhor Eduardo Barreto, tem um homem estranho aqui para vê-lo. – Meu mordomo me avisa e eu sabia exatamente de quem se tratava— Bernard, peça para que ele entre, por favor – ele se vai e não demora muito retorna com Denis. — Pode ir agora Bernard, obrigado.— Fala ai Ed – Denis diz estendendo a mão e eu a aperto.— Quais são as novidades?— Tá tudo de boa. Você tá tão diferente, patrão? – Ele diz olhando para mim e fecho a cara.— O que você tem haver com isso? – Pergunto a ele que rapi
A semana passou rapidamente e amanhã Olavo estará de volta para a minha tristeza, minha amiga perguntou se eu gostaria de sair com ela a noite e topei na hora, quando todos foram dormir eu consegui dar uma escapa e me encontrei com minha amiga fomos para uma praça e ficamos conversando por um bom tempo, eu não tinha a menor vontade de voltar para casa, mas depois de ler o diário de Vanessa resolvi ser a melhor esposa que Olavo gostaria de ter.— Amiga, não vejo a hora de você se livrar daquele traste que chama de marido. – Ela deu uma risadinha.— Eu sei Anny, mas a cada página do diário que leio, mais medo eu tenho de Olavo. – Isso é uma verdade.— Jane, acho que você deveria parar de ler esse diário, pois ele está mexendo com a sua cabeça e não de uma forma positiva.— Eu até tenho vontade de parar de ler ele, mas a cada vez que passa eu descubro mais coisa sobre Olavo, você sabia que ele trancava a Vanessa no quarto sem comida e isso só porque ela se recusava a fazer amor com ele.
Fui para a cozinha ver como estava o que precisava ser feito e não demorou muito a minha amiga apareceu com olhar pesaroso.— O que houve amiga, por que está com essa carinha triste? – Pergunto a ela que suspira.— Eu estava conversando com Carlos e o celular dele tocou e o idiota ficou todo animadinho e depois nem me deu mais ideia e começou a conversar animadamente o desgraçado me deixou plantada falando sozinha.— Amiga, você sabe que ele é um cafajeste, não sabe?— Mas ele é o amor da minha vida amiga. – Acho que ela não aprendeu nada, não adianta.Bárbara diz que está tudo sob controle e eu levo minha amiga para meu quarto, assim que ela entra e se arrepia.— O que houve Anny?— Amiga, esse lugar é mórbido, como consegue dormir aqui? – Ela pergunta alisando seu braço.— Dormindo amiga. – Anny olhou para mim como se eu fosse louca.Ficamos conversando por um bom tempo até minha mãe aparecer e ralhar comigo por não estar com os meus “convidados”, só ela mesma para agir desse jeit