Olavo Ferrete
Me casar com Jane foi um ótimo negócio, pois ela é tonta e não faz perguntas sobre o meu trabalho, na verdade eu a desejava desde que tinha dez anos, podem me chamar de pedófilo, mas eu nunca toquei em um fio de seu cabelo até que ela completasse a maioridade. Na verdade, desde os onze anos ela é minha, seus pais me deram ela como garantia da dívida quando emprestei dinheiro para eles manterem a boa vida, os dois nunca se importaram com ela e se não fosse eu seria um idota qualquer. Aquele corpo macio e jovem a meu dispor me faz sentir rejuvenescido, mas não impede de que eu tenha uns casos por fora, porque ela é muito inexperiente ainda, mesmo passando cinco anos.
— Está pensando em que patrão? – Um dos meus funcionários do clube clandestino perguntou.
— Pensando seriamente em mandar minha mulher passar uma temporada aqui para que ela aprenda um pouco mais.
— O senhor, vai deixar que outros homens a toquem? – Ele perguntou e eu sorri.
— Só os autorizados.
— O senhor é mesmo cruel.
— Por que diz uma coisa dessas? Se esqueceu que Vanessa passou uma temporada aqui.
— E como esquecer a sua falecida esposa chorava o tempo todo, às vezes dava até pena.
— Eu não sabia que te pagava para ter pena. – Ele estava prestes a me responder, mas eu logo o cortei. — Eu disse que estava pensando, mas não só farei isso se ela começar a me dar dor de cabeça e me desobedecer.
— Falou e disse, chefe, estou indo receber as novas mercadorias.
Frank se retira e quando estava prestes a ver as novas mercadorias que chegaram meu telefone tocou e quando fui ver quem era atendi.
— Oi, Olavo, como vai? – Angelo pai de Jane pergunta e já sabia que ele estava querendo.
— Se está ligando para pedir dinheiro saiba que não te darei agora, estou ocupado.
— Eu sei, meu genro querido é que eu estou precisando pagar uns empréstimos, estou quase reerguendo a empresa você precisa ver. – Não sei por que ele não me convence com suas palavras.
— Está precisando de quanto agora? – Pergunto a ele e ouço o seu sorriso.
— Cinquenta mil, já resolve a minha vida, ah! E ainda estou esperando a minha participação nos seus prostíbulos.
— Você é um canalha miserável.
— E você um pedófilo é por isso que nos damos bem.
— Você não vai ganhar dinheiro sem trabalhar, vai ter que pôr a mão na massa e me ajudar com as boates. – Mais uma vez ele sorri, eu sabia que Angelo era um canalha assim que o conheci, afinal quem vende a própria filha? Bom! Pelo menos quem ganhou fui eu.
— Só dizer o que tenho que fazer. Outra coisa será que você não permite que a Jane venha nos visitar? O Bento está muito triste esses dias e sei que é falta da irmã.
— Sinceramente não por que você teve um filho tão inútil. Como estou me sentindo generoso vou ligar para ela e permitir que saia amanhã.
— Não podia ter escolhido um marido melhor para a minha filha e a respeito do meu dinheiro.
— Vai estar na sua conta amanhã, agora me deixe trabalhar.
Desligo o telefone e vou atrás de Frank e analiso as garotas, uma a uma e realmente todas eram muito lindas, com certeza meus negócios vão alavancar com essas gatas.
Próximo a noite ligo para Jane e aviso a ela que amanhã permitirei que veja seus pais e antes que eu desligasse fiz as minhas recomendações e ela prometeu que cumprirá todas. Como eu disse, adoro a obediência cega da minha esposa.
Vasquez me liga e disse que tenho um problema para resolver no Chile e outro no Canadá, parece que a minha viagem vai durar mais do que eu gostaria. Liguei para Fábio e mandei que ele me encontrasse no Canadá, fui para o hotel e me preparei para mais um dia de viagem, espero que não seja uma merda grande para resolver.
Eduardo Barreto.
Desde do meu jantar não consigo tirar aquele belo par de olhos da minha mente, como pode uma mulher tão bela ficar escondida no meio daquelas roupas horrendas, Olavo é realmente um desgraçado que tem medo de ser traído por isso submete a sua esposa a regras idiotas que só uma mente deturpada poderia pensar.
Minha amizade com Anny está sendo bem proveitosa, pois através dela eu vou conseguir chegar a Jane e salvá-la, assim como tentei salvar Vanessa, fui até a minha biblioteca e procurei um livro diferente para que ela lesse dessa vez e vasculhando os títulos acabei optando por um livro nacional que gostei bastante e acho que ela vai gostar também, encaixotei o livro e enviei mensagem para Anny.
“Será que o seu entregar pode vir buscar uma caixa?” – Pergunto e a resposta não demora a chegar.
“Claro! Já sei, vai mandar mais um livro para ela?” – Ela enviou vários emojis e não sei o significado disso.
“Os livros são as melhores companhias e para ela que está na situação em que se encontra eu sei que vai precisar para se distrair.”
“Você é muito legal, Eduardo.” – Agradeço a ela e travei o telefone.
As últimas palavras de Anny me fazem pensar, com certeza ela iria me querer bem distante da sua amiga se soubesse quem realmente sou, mas por hora eu prefiro que ela não saiba de nada.
Como combinado o entregador chegou e lhe dou a caixa, voltei para os meus afazeres, pois mesmo a minha empresa sendo de fachada não posso deixar que ela caia os rendimentos. No final do dia cheguei em meu apartamento, joguei a gravata em um canto e me servi de uma taça de vinho, estava degustando a minha bebida até que novamente os olhos de Jane me vieram à mente. Eu não fico tão fascinado por alguém desde Amanda. Meu celular apitou e quando vi era o número de Jane.
“Vai me dizer que esse livro também é da sua biblioteca pessoal?” – E tenho certeza que deve estar rindo do título.
“Por que? Um homem não pode apreciar um bom romance?”
“Sim, ele é meu eu já li. Tenho certeza que vai amar.”
“O título: Entre livros e lápis de cor é interessante, nunca li nada desses autores, espero gostar assim que eu terminar a leitura volto aqui para te dizer o que achei, me deixe ir agora.”
“Por que já vai?” Pergunto a ela e a imagino sorrindo.
“Por que tenho coisas a fazer e depois quero começar a leitura.” – Ela me agradeceu mais uma vez e sei que por hoje ela não me enviará mais mensagem.
Jane Cesário FerreteNo dia seguinte acordei cedo e fui preparar o café enquanto esperava por Bárbara, assim que ela desceu se juntou a mim na cozinha.— Bom dia Jane, o Olavo não está aqui, você não precisa acordar tão cedo – ela me diz pegando o bule das minhas mãos.— Trabalhar me ajuda a pensar.— Você precisa descansar, eu vi você voltando ontem sabe como é arriscado, já pensou se o senhor Olavo descobre que você saiu a noite, ele pode te castigar e Deus sabe lá como. – Fiquei olhando para a cara dela por um tempo e não gostei nada desse papo que ela acabou de dizer.— Mas você não me trairia, não é? – Pergunto a ela que negou — Barbara, somos duas adultas e estar na hora de pormos as cartas na mesa, eu sei que você traiu a Vanessa, em partes você foi responsável pelo o que aconteceu a ela.Barbara começou a chorar e eu deixei que ela se acalmasse para me contar o que havia acontecido, ela ficou chorando por um bom tempo e quando finalmente se acalmou começou a me contar.— É ve
Eduardo Barreto No dia seguinte eu vi meu celular e tinha uma mensagem de Jane.“Senhor Eduardo Barreto, li o livro que me emprestou durante a madrugada e devo confessar que gostei bastante, amei de cara a Camila o ponto alto era ela ser estabanada. Já o Lucas eu achei ele meio idiota no começo, mas depois eu passei a gostar, o final eu amei de verdade, mal posso esperar pelo proximo livro, espero que seja tão surpreendente.” Um sorriso brotou dos meus lábios, sabia que ela iria gostar do livro.— Senhor Eduardo Barreto, tem um homem estranho aqui para vê-lo. – Meu mordomo me avisa e eu sabia exatamente de quem se tratava— Bernard, peça para que ele entre, por favor – ele se vai e não demora muito retorna com Denis. — Pode ir agora Bernard, obrigado.— Fala ai Ed – Denis diz estendendo a mão e eu a aperto.— Quais são as novidades?— Tá tudo de boa. Você tá tão diferente, patrão? – Ele diz olhando para mim e fecho a cara.— O que você tem haver com isso? – Pergunto a ele que rapi
A semana passou rapidamente e amanhã Olavo estará de volta para a minha tristeza, minha amiga perguntou se eu gostaria de sair com ela a noite e topei na hora, quando todos foram dormir eu consegui dar uma escapa e me encontrei com minha amiga fomos para uma praça e ficamos conversando por um bom tempo, eu não tinha a menor vontade de voltar para casa, mas depois de ler o diário de Vanessa resolvi ser a melhor esposa que Olavo gostaria de ter.— Amiga, não vejo a hora de você se livrar daquele traste que chama de marido. – Ela deu uma risadinha.— Eu sei Anny, mas a cada página do diário que leio, mais medo eu tenho de Olavo. – Isso é uma verdade.— Jane, acho que você deveria parar de ler esse diário, pois ele está mexendo com a sua cabeça e não de uma forma positiva.— Eu até tenho vontade de parar de ler ele, mas a cada vez que passa eu descubro mais coisa sobre Olavo, você sabia que ele trancava a Vanessa no quarto sem comida e isso só porque ela se recusava a fazer amor com ele.
Fui para a cozinha ver como estava o que precisava ser feito e não demorou muito a minha amiga apareceu com olhar pesaroso.— O que houve amiga, por que está com essa carinha triste? – Pergunto a ela que suspira.— Eu estava conversando com Carlos e o celular dele tocou e o idiota ficou todo animadinho e depois nem me deu mais ideia e começou a conversar animadamente o desgraçado me deixou plantada falando sozinha.— Amiga, você sabe que ele é um cafajeste, não sabe?— Mas ele é o amor da minha vida amiga. – Acho que ela não aprendeu nada, não adianta.Bárbara diz que está tudo sob controle e eu levo minha amiga para meu quarto, assim que ela entra e se arrepia.— O que houve Anny?— Amiga, esse lugar é mórbido, como consegue dormir aqui? – Ela pergunta alisando seu braço.— Dormindo amiga. – Anny olhou para mim como se eu fosse louca.Ficamos conversando por um bom tempo até minha mãe aparecer e ralhar comigo por não estar com os meus “convidados”, só ela mesma para agir desse jeit
— O que aconteceu com você Jane? Estava tentando me humilhar no jantar ou o que? Sinceramente você me irritou muito, principalmente quando me afrontou por conta do retardo do seu irmão. – Eu até estava ouvindo tudo calada, mas quando ele começou a falar da condição do meu irmão eu não aguentei.— Já te pedi para não tratar o meu irmão desse jeito, ele não pediu para nascer com deficiência.— E novamente você está me repreendendo, você já esqueceu o que te digo: Você não é ninguém para me repreender, mas essa não é nem o assunto mais grave.— Eu não quero ver você falando com Eduardo novamente e outra, não gostei nenhum pouco dele ter dado um beijo em seu rosto.— Mas eu não fiz nada, foi ele que me beijou.— Ele te beijou duas vezes e você permitiu sim, estava parecendo uma vagabunda.— Você está passando dos limites. Eduardo não fez nada demais, ele se despediu de mim na frente de todos e eu não vi… – Antes que eu pudesse me pronunciar senti meu rosto ardendo e na hora as lágrimas ro
No dia seguinte acordei bem cedo e fui para cozinha ajudar Bárbara, assim que me viu ela pediu para que eu me sentasse, mas preferi ocupar a minha mente.— Menina, vá se sentar, o seu rosto com certeza está todo dolorido. – Ela diz com ternura.— Eu sei, mas prefiro trabalhar, sabe como é aquele ditado: “Cabeça vazia oficina do diabo.” – Ela começou a rir.— Menina, só você mesmo para me fazer rir.Estávamos conversando quando Olavo desceu, sentou na mesa e ficou esperando ser servido eu estava com ódio dele, mas não podia deixar transparecer.— Esse seu rosto está uma nojeira, vai tratar dele porque não quero ouvir meu irmão dizendo que eu fiz alguma coisa com você. – Apenas assinto e começo a servir o seu café, depois de saciado ele se levanta para ir ao serviço. — Não espere por mim, pois chegarei tarde e mais uma coisa eu iria te proibir de ir ao jardim, mas depois de ver o estado do seu rosto resolvi te dar mais uma chance, só que é a última e lembre-se da próxima vez não sei tão
Depois daquele dia Olavo começou a chegar cada vez mais tarde, ontem mesmo ele chegou com um perfume adocicado e eu sabia que era de mulher, mas não me atrevi a questionar, depois de somar minhas experiências com o diario de Vanessa eu começo a entendê-la chega realmente uma hora que você simplesmente desiste de lutar, doutora aparecia para me aplicar a injeção e verificar o meu estado, ela sempre me olhava com pesar e aquilo me deixava sem graça, minha mãe ligou para saber se eu estava seguindo a risca as coisas com meu marido, ela nunca se preocupa em perguntar o meu estado, as únicas coisas que me alegravam eram receber as mensagens e ligações da minha amiga e de Eduardo, se não fosse pelos dois eu não sei o que seria da minha vida, Olavo me ligou e mandou que preparasse sua bagagem para cinco dias de viagem, fiquei muito contente quando soube da notícia, Bárbara perguntou porque eu estava dançando animada e contei a novidade para ela.— Você está igual Vanessa, ela ficava desse je
No dia seguinte acordei super animada, estar com Eduardo foi bem legal e em poucas horas ele me fez esquecer da minha vida. Depois de fazer minhas higienes peguei meu celular e minha amiga tinha visualizado, mas me respondeu e sei que ela ainda está com raiva de mim.“Oi, amiga, ainda está com raiva de mim? Sei que está mais eu quero que saiba que você mora no meu coração e quando eu não quis te contar sobre o que aconteceu comigo, era por que eu não queria que você acabasse discutindo com Olavo e as coisas piorassem para mim, Anny, você é a melhor amiga que tenho na verdade única minha irmã de outra mãe. Sem pressa quando se sentir à vontade para conversar comigo, estarei aqui para você” – Enviei a mensagem e a resposta não chegou.Nosso recorde de ficar sem se falar é de doze horas, mas já tem mais de vinte e quatro horas que não nos falamos, vou dar mais espaço para ela, meu celular apita com uma mensagem e quando vou ver é Eduardo me convidando para um passeio mais tarde e eu ace