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Descobertas e Presentes Inesperados

Na manhã seguinte assim que Olavo saiu para a empresa dona Bárbara me indagou sobre o jantar e eu contei tudo a ela que ficou muito feliz em saber que pelo menos eu me divertir mesmo que fosse um pouco, claro que ocultei a ela a parte de ter conhecido Eduardo, olhei para a mão em que ele havia me dado o beijo e ainda sinto o formigamento, o que era muito estranho, Bárbara percebeu que eu estava aérea e me perguntou se havia acontecido alguma coisa e eu disse que não.  Fizemos a limpeza do lugar, na verdade  Bárbara fez a maior parte do trabalho, pois estava  com muitas cólicas, Olavo veio almoçar e ficou muito irritado com o fato do meu ciclo menstrual ter chegado.

— Eu tinha certeza que desta vez você estava grávida. – Ele disse desapontado.

— É uma pena Olavo, mas ainda não foi dessa vez. – Se ele soubesse o que faço com certeza, ele me trancaria no quarto e jogava a chave fora.

Mais uma vez ele foi para o trabalho e me senti aliviada por não estar em sua presença, a noite por estar com crises mais fortes ele me mandou dormir em um dos quartos de hospedes e eu agradeci por isso. Um tempo mais tarde Bárbara entrou com uma xícara de chá e um pacote que ela me avisou que era para mim. Sabia que a minha amiga daria um jeito de conseguir um celular, assim que ela saiu eu tranquei a porta e peguei o pacote que parecia pesado demais para ser apenas um celular.

Abri a caixa e tinha um celular e um livro, Anny odeia ler, será que ela comprou o livro para me ajudar a passar pelos meus problemas, mas por que ela compraria o diário de uma paixão? Abri o livro e vi que havia um bilhete e peguei para ler.

Desculpe, ser imprudente, porém eu soube que você é apaixonada por Nicholas Sparks e como compartilho da mesma paixão tomei a liberdade de te enviar este livro da minha biblioteca particular. Espero que leia pela trigésima vez r.s. 

                                                                                                            Eduardo Barreto. 

Oi? Como assim? Nos vimos apenas uma vez e ele está me mandando presentes, se Olavo pega isso eu estou lascada, estava prestes a pedir a Bárbara para se livrar do livro, mas lembrei que ele disse que havia pego de sua biblioteca particular, como ele soube que eu gosto de Nicholas Sparks? Com certeza isso é coisa da minha amiga.  Coloquei o livro ao lado e peguei o celular, apertei o botão e ele ligou rapidamente e logo de cara eu vi a mensagem da minha amiga.

“Ane, não fica chateada, mas Eduardo fez algumas perguntas sobre você e respondi, espero que não se importe, outra coisa eu cadastrei o celular em meu nome, por favor sempre me atualize sobre você.” – Eu sabia que tinha dedo da minha amiga, mas ao invés de eu estar chateada com ela só consigo rir.

“Você não tem jeito menina, mas de vez em quando ligue aqui para casa temos que manter a encenação.” – Pensei que ela estava dormindo, mas rapidamente ela me enviou uma mensagem.

“Oi, amiga, pode deixar, quer que eu dê um jeito de mandar uma câmera para você, eu estava pesquisando sobre isso e falei com o amigo do meu primo que é fotógrafo em um dos estúdio de David, ele me deu algumas dicas de câmera pequena e potente. Você vai poder tirar várias fotos e armazenar para revelar quando estiver livre.” – Minha amiga é muito melhor que qualquer fada madrinha.

“Você faria, isso por mim mesmo?” – Pergunto a ela que revira os olhos.

“Mais é claro minha best. Amanhã à tarde eu dou um jeito de mandar para você, avisa a Bárbara.”

“Você é a melhor.” – Ela me envia uma porção de emojis de coração.

“Agora, vá descansar, porque eu sei que deve estar com cólica.” 

Agradeci a ela por tudo e me deitei, peguei o livro em minhas mãos e fiquei alisando a capa, não resisti e comecei a ler. No dia seguinte acordo bem melhor da cólica, mas minto dizendo que ainda sentia dores agudas, só para permanecer no quarto em que estava.

— Jane, você parece tão feliz. – Ela diz olhando para mim.

— Minha amiga me enviou um livro, é por isso que estou contente. – Digo a ela que sorri.

— E o celular quer que eu consiga um para você? –Ela perguntou e eu neguei.

— Não precisa, obrigada, minha amiga me mandou um.

— Se precisar, esconda em meu quarto, pois é o único canto da casa que Olavo não entra. – Agradeço a Bárbara, mas ainda me pergunto por que ela está sendo tão legal comigo e me ajudando se trabalha para Olavo.

Como a casa não precisa de uma grande limpeza fui para o jardim, um segurança sempre fica de guarda e não me deixa passar quando estou proibida de ir ao jardim, mas como eu não estou passei tranquilamente. O senhor Ramirez estava cuidando das orquídeas então me sentei e fiquei olhando todo o cuidado que ele tinha.

— Nem tinha te visto aí. – Ele diz e me dá um sorriso. — Tão bom poder ver a senhora.

— Por favor me chame de você, eu amo vê-lo cuidar das flores, vou ficar quietinha e prometo não atrapalhar.

— A sen… Você não me atrapalha em nada. – Ficamos ali por horas vendo-o cuidar do jardim e conversando, não demorou muito e eu o estava ajudando.

O senhor Ramirez me ensina com a maior paciência sobre o que eu tinha que fazer, um tempo depois um dos seguranças me chama avisando que eu deveria entrar, esqueci que meu tempo aqui é limitado. Fui para a cozinha e ajudei Bárbara, com a refeição pronta e a cozinha limpa, pedi licença a ela para poder tomar um banho e parecer apresentável para quando Olavo chegasse, pois essa é uma de suas muitas exigências que eu sempre tenho que estar arrumada e limpa antes que ele chegasse, eu sou uma mistura de cinderela e rapunzel.

Minha amiga me enviou mensagem e ficamos conversando quando ouvi o carro de Olavo chegar, desliguei o celular e pedi a ela para ligar para o telefone fixo.

— Oi amiga, tudo bem com você? – Ela diz e reprimo a vontade de rir.

— Estou muito bem. 

— Ninguém pode estar bem com o tosco do seu marido. 

— Pode não parecer, mas Olavo é um bom marido. 

— Jane te dá casa e comida é obrigação dele e te dar jóia não o torna um bom marido também.  Quando você vai acordar amiga, ele te trata como uma retardada, você é a posse dele e apenas isto e tudo ele desconta em você. 

— Anny, deve ser da idade, Olavo é maduro e como um magnata ele trabalha tanto que chega cansado e acaba descontando nos outros. 

— Amiga, você está se ouvindo? Você está defendendo alguém que te trata pior que pano de chão. 

— O meu casamento é ótimo. – Digo um pouco mais alto como se estivesse nervosa.

— Espero de coração que um dia você acorde de seu sono profundo, bela adormecida. 

— Amiga, eu estou bem de verdade. 

— Se você diz não está aqui quem falou. – Ela desligou e quando me virei para trás e  fingi tomar um susto.

Ele olhava para mim satisfeito, missão cumprida Jane, você precisa sempre mostrar lealdade cega a ele. Jantamos e ele se retirou para descansar e eu fui para o quarto de hóspedes, liguei o telefone e minha amiga me enviou uma mensagem.

“Atuação perfeita amiga, desculpa falar aquilo tudo assim.” – Ela me disse e  não falou nada além da verdade.

“Não se preocupe, não fiquei magoada, pois tudo que disse é verdade.”

“E por que não sai dessa amiga, eu te ajudo a fugir, meu pai não vai se importar em te ajudar também.”

“Acredite amiga, isso é o que mais quero fazer, mas antes eu preciso resolver uma coisa.” 

“Conte comigo.” – Conversei um pouco mais com a minha amiga e desligo o telefone.

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