Muito além da história, a escrita se tornou uma grande fuga, uma vida paralela aos desafios do mundo.
Escrevo porque amo, mesmo não sendo uma pessoa que se considere uma grande conhecedora da língua portuguesa, me considero com uma imaginação fértil e divido com todos meu jeitinho e minha mente não muito convencional.O mundo não nos traz flores todos os dias, mas podemos regar o que já nos foi oferecido, adubar para fazer um grande jardim ao nosso redor. Podemos contribuir para florir as vidas de outras pessoas com nossas palavras e principalmente nossa paixão pelo que fazemos!Copyright © 2019 por Jê Agne Título original: Uma praça inocente Revisão: Shainnee, keplerking e MSL 2ª edição Jerusa Agne mais conhecida como Jê Agne, nascida e criada em um bairro pobre de Porto Alegre, em meio a tantas adversidades começou a escrever para tentar superar uma crise de síndrome do pânico, começou a pegar gosto pela escrita e surge a primeira obra publicada em 1º de novembro de 2018. Amante de séries, filmes e literatura, divide o seu tempo entre a família e o trabalho. Hoje Jê mora com sua família em uma pequena cidade de Santa Catarina, Taió, onde continua escrevendo. Jê diz que sua vida está no auge da juventude. Alegre, extrovertida, tem a música como companheira para escrever e se inspirar. Além de trazer em suas histórias um pouco de sua personalidade e vivência pessoal. Tudo que faz é com amor, pois acredita que nada que se faça sem amor é b
Dedico este exemplar para todos os amigos, revisores, parceiros e divulgadores que acreditaram e me apoiaram a realizar mais este sonho, em especial minha família, meu marido e minhas filhas que estão sempre ao meu lado me incentivando. Agradeço a minha filha, Shai, companheira de madrugadas, críticas e apoio. Aos que em momento algum duvidaram do meu trabalho e se mantiveram firmes em todas as ocasiões, em cada conquista, em cada decepção, alegrias e tristezas. Fica um forte carinho por tudo que cada pessoa fez e faz por mim, e minha sincera gratidão para todos que de uma forma ou de outra cruzaram meu caminho, tornando-o mais agradável nesta grande jornada chamada vida!
Melinda Shwast, quem sabe a jovem mais querida e simpática da pequena cidade Islamorada, com seus vinte anos vivendo com a avó. Uma jovem loira, olhos verdes, cabelos compridos, um sorriso que ilumina um ambiente, seus pais morreram quando Linda tinha penas três anos, ela viveu sua infância brincando na praia e na praça de sua cidadezinha, estudou nos melhores colégios e seu ensino superior na melhor faculdade da Flórida, voltou à sua cidade para cuidar da avó e dirigir uma empresa de empreendimentos da família. Ela não está mais acostumada com uma cidade pequena, pouco mais de 6.000 habitantes. Ainda acredita que correr de noite na praia ou na praça é seguro. Logo ela descobrirá que sua vida irá mudar muito... - Onde foi, vovó? Não consigo achar e já estão me esperando lá na lanchonete! - Querida, eu disse que está no sofá... - Só um pouco velhinha, vou atender o telefone, só um pouquinho! Não saia daí. - Oi, Fil! - Você vem? - Sim, e
- Bom dia, vovó! Estou indo na casa da tia Debby, quer ir junto comigo? - Vai passar o dia lá, filha? Sabe que sua tia e eu não nos acertamos muito! - A senhora não se dá bem com ela! Na verdade irei almoçar, depois nós três vamos na casa do Gui! - Gui mora em uma cidade ao lado, Marathon, fica meia hora de Islamorada. - Não gosto desse menino, ele é diferente! – A vovó deu uma pausa. - Ele é muito diferente! E você irá me trazer quando eu quiser? - Trago sim, é só me pedir! Imagina como o tio Loidy irá ficar feliz! E o Gui não é diferente, ele só não gosta de meninas, mas eu também não, nem por isso sou diferente! - A vovó Sarah olhou para Melinda com cara de reprovação. - Ok, desculpe! Eu trago a senhora, vovó! As duas chegaram na casa do tio Leo, que as crianças apelidaram carinhosamente de Loidy, por causa da sua esposa Débora apelidada de Debby. - Como a trouxe? - Não sei, deve ser minha beleza, tio! - Irei colocá-
- Oi, querida! - Oi, Rique, você não virá? - Estou no trabalho ainda! Mas se quiser posso largar tudo aqui... - Não! Eu vou embora então, o Fil e o Gui foram não sei onde, a Fê tem prova amanhã, a Bibi e a Bella tiveram que viajar... - Ai, estou me sentindo horrível, agora... Já jantou? - Sim, vou para casa estudar uma proposta feita para empresa. - Faz assim, me espera em casa, podemos ver algo! - Deixa assim, sábado nós fazemos algo! - Então tá, desculpa, querida eu não sabia. Beijo, Lindinha! Melinda desligou o telefone e começou a responder um e-mail. Quando terminou, levantou a cabeça e tomou um susto. Havia um belo homem parado na sua frente, mas não o mesmo que havia encontrado na porta do seu prédio e também na noite anterior, quando estava indo embora da empresa, este era alto, cabelos e olhos pretos, uma silhueta bem desenhada e uma boca que parecia ter sido contornada pelas mãos do melhor artista do m
- Aonde você irá? Eu vim te ver, não me fala mais nada então? Passamos o dia juntos e não me disse que iria sair! - Ai Filipe, não começa! - Vai sair com o Henrique, só pode para não me falar nada! - Uhum! Vou jantar com ele sim. Por isso não te falei! - Não gosto de vocês dois juntos! - Eu sei... Filipe cheirou o pescoço de Melinda e a abraçou. - Linda! - Eu não quero mais falar sobre isso! - Não, eu estou dizendo que está linda! Melinda estava com um vestido de cetim preto tomara que caia, e a parte da saia ficava armado um pouco acima do joelho e um sapato vermelho combinando com sua bolsa, seus cabelos estavam presos com algumas mechas caídas sobre os ombros. - Ah! Entendi. Obrigada. - O interfone, abre para o Rique, por favor, Fil! - Nossa, como você está parecida com seu primo. Acho que irei desistir do encontro! - Entra, ela está perguntando para o espelho se tem al
- Aonde irá, Linda? - Embora! - Vai caminhando? Espera! Eu não quis te ofender, Lindinha! Melinda estava furiosa com Filipe. Saiu sozinha, e já estava tarde. Ela saiu sem olhar para trás. - Quero ficar sozinha. - Espera! - Me deixa. Volta para buscar seu carro! - Melinda, me espera, por favor! Ela parou no meio de algumas árvores e virou para ele. Levantou o rosto cheio de lágrimas e fitou Filipe. - Eu até admito, Filipe, que você faça o que quiser se a discussão em reunião for profissional. Concordo que brigue, discuta e me conteste. Você é o Diretor financeiro daquela porcaria de empresa que fui obrigada a assumir. Agora, não coloque minha vida pessoal na mesa, eu nunca fiz isso com você nem quando a licitação foi em favor da empresa do Gui, mesmo sabendo que não era a melhor opção, eu te apoiei... - Escuta, Melinda! - Não, eu não irei te escutar. O que você fez? Expor-me daquela forma. D
Leo entrou no escritório de Melinda e sentou em sua frente. Ela ficou olhando para o tio esperando ele começar a falar. Então ele estufou o peito e em meio a um suspiro ele começou. - Você não tem a obrigação de levar a empresa nas costas, querida. Você precisa descansar. O Fil e você já estão ajustando as contas e o trabalho está fluindo como o esperado. Acho que está se desgastando por pouca coisa, não quero que jogue sua vida aqui dentro. - Tio Loyde, não acho que estou jogando minha vida aqui, quero que tudo funcione para eu não precisar viver aqui. Penso em tirar férias e não ter que voltar no meio por ter problemas que ninguém consiga resolver. - Entendo, mas, mesmo assim. Pense que sua vida no momento está confinada aqui dentro e com sua avó, pouco vejo você saindo com seus amigos, e toda vez que vejo você na praia ou na praça está calculando ou em contato com o trabalho. Não larga a droga desse celular nem para conversar. - Falou tirando o celular da