Matteo Romano Meu braço doía muito, mas o que mais incomodava era o peso de meu corpo. Parecia que estava vestido de chumbo. Tentei tirar Lyra do carro e cambaleei tonto. Eu só não a derrubei porque Fabrizio a segurou a tempo._ Merdä! – Xinguei com o corpo todo suado._ Tragam ele – Fabrizio deu ordem aos outros e minha visão terminou de escurecer de vez. Quando retornei, estava dentro da sala do doutor Nakano, uma sala com instrumentos cirúrgicos dentro de nossa residência. Ele estava comprimindo a ferido e mesmo com a anestesia ainda senti dor._ Vou precisar limpar isso direito – Ele explica e eu cerro o maxilar segurando a dor._ Desta vez vai precisar de um cirurgião plástico e mesmo assim ficará com uma cicatriz._ Atingiu o osso?_ Não. O senhor tem sorte – Ele terminou de fechar o curativo – Vai poder dormir no seu quarto, mas amanhã vou precisar de alguns exames para ter certeza de que não ficou nada aí dentro._ Não se preocupe. Fui conduzido para o quarto com
anne di Santis Chego na manhã seguinte e a casa parece mais cheia do que o esperado. Eu agora era a noiva de Matteo, no entanto ainda era a cuidadora da irmã dele. Como ninguém tinha me demitido, qual era o problema em continuar garantindo o meu emprego? Afinal, os cinco milhões do acordo, eu só veria a cor depois de dois anos. Matteo tinha dito que poderia usar seu cartão de crédito, mas isso não estava incluso sacar dinheiro de sua conta e também eu não seria doida de ficar usando o cartão dele a torta e a direita. Não era do tipo que gostava de ser chamada no canto pra ganhar mijada._ Vemmmm... – Giorgina me puxa pelo braço, me arrastando em direção a sala. Pelo tanto de carro na frente da mansão, ela com certeza iria aproveitar para dar seu show. Ela adorava chamar atenção usando um bode expiatório, no caso, eu. Cheguei a sala principal arrastada por Giorgina e me deparei com mais gente do que o esperado. Congelei na mesma hora, parando onde estava._ Matteo, a Janne
Lyra Müller Depois de conseguir recuperar minhas ações e colocar a bandida no lugar dela, tudo o que eu queria era retornar para casa e ver meus filhos. Diana e Janne insistiram que deveríamos ficar para o almoço, contudo não tinha nenhuma intensão de continuar ali._ Não podemos negar isso a elas Lyra – Eduarda choraminga fazendo beicinho – Já estamos aqui, não podemos fazer uma desfeita dessas. Além disso, nossos maridos estão em reunião então vamos ajudar nona, estou com saudades dela._ Saudades de verdade? – Janne pergunta olhando para Eduarda desconfiada._ Claro – Eduarda segue em direção a cozinha e Janne vai atrás dela. Fico parada no meio da sala inquieta e sem rumo. Pensar que Brian e Matteo estavam trancados dentro de uma sala era no mínimo preocupante. Repeti a mim mesma que não me importava mais com nada do que viesse dos dois, contudo, o entalo estava ali, como uma espinha atravessada na garganta._ Lyra – Me assusto com Diana atrás de mim – Será que podemos convers
Lyra Müller Eduarda se despediu de Luigi e Diana; eu fiz o mesmo. Matteo nos acompanhou até a sala, se despedindo de Lian. Apesar de Brian estar ao lado de Lian, ele não o cumprimentou. A situação não deixava de ser estranha. Eu ainda não sabia o que tinha sido decidido entre Lian e Matteo, mas confiava no bom senso de Lian._ Eu espero que tudo tenha se resolvido da melhor forma possível – Falei assim que Matteo parou na minha frente. Ele concordou com a cabeça – Sua noiva é uma mulher realmente adorável, espero que saiba reconhecer isso – Me despedi dele com um aperto de mão. Apesar de todas as coisas, eu não conseguia sentir raiva dele e realmente queria que as coisas dessem certo para os dois. Abracei Janne com carinho, ela era uma moça encantadora, na flor da juventude. Não consegui me despedir da menina Giorgina, mas pude dar um forte abraço em nona, que beijou meu rosto com carinho, depois beijou minhas mãos. Ela era uma velhinha linda. Brian estava de pé ao lado
Brian Müller O nível de loucura que atingi naqueles últimos meses, exigiam internação em ala psiquiátrica. Sempre confiei em minha esposa, Lyra nunca me deu qualquer motivo para desconfiar dela. Uma mulher maravilhosa, determinada, inteligente e independente, o problema era o malditö italiano. O desgraçado parecia um cachorro salivando no rastro dela. O malditö era um capo, enquanto eu nunca tinha segurado uma arma na mão. Sempre disse a Lian que não nasci pra isso e nunca tive vergonha em admitir isso. Vergonha tem que ter esses vermes que não respeitam as leis e tomam para si o que querem na força. Cansei de acordar no meio da madrugada suado com pesadelos insanos dele me tomando ela e ainda me enterrando vivo. Eu estava enlouquecendo e nos últimos meses, Lyra não parecia melhor do que eu. Lian, como sempre tentava me acalmar, garantindo que Matteo Romano não era doido, que sabia que se tocasse em Lyra estaria comprando briga diretamente com ele, mas eu não confiava
Janne di Santis Olho para o espelho do quarto de Dulce, uma semana depois de toda a confusão com dona Geovana e me vejo dentro de um vestido de noiva. Agora já não existia mais nenhuma dúvida de que eu era maluca. _ Eu não consigo acreditar que você está casando de mentirinha – Dulce diz me olhando como se estivesse enfeitiçada._ Você não acreditar, tudo bem, mas vê se não fica repetindo isso em voz alta – Bato nas saias do vestido, dando uma última olhada antes da campainha tocar. Meu coração imediatamente acelerou. Caramba! Senti até um nó na garganta._ Chegou a hora – Falei e Dulce se apressou em abrir a porta. Agora, a cada passo que eu dava, meu coração parecia cada vez mais estrangulado. Como é que eu iria me casar com alguém que eu mal tinha trocado meia dúzia de palavras? A situação seria no mínimo desconfortável. Diana não aceitava mais que eu a chamasse de dona. Ela me demitiu formalmente do emprego ao perceber que eu não tinha intensão de sair e disse que ag
Janne di Santis Um carro preto comprido e luxuoso estava parado na frente do apartamento de Dulce e todos que estavam na rua olhavam pra mim e cochichavam. A rua estava bem mais cheia que o habitual. A fofoca de que eu estava grávida, agora iria criar pernas, cabeças e braços. A minha sorte era que ninguém pagava as minhas contas. Entrei no carro e Fabricio fechou a porta, autorizando o motorista a partir. Arrumei o véu que pinicava meus braços e senti o estômago embrulhar. Drogä! Se eu não me acalmasse, acho que teria um treco. Juntando o que tinha acontecido com meus pais e a tal festa de casamento de mentirinha, eu sinceramente já estava transpirando como um peru dentro do forno. Apertei as mãos suadas. Era isso, agora não tinha mais volta. Eu era uma mulher adulta e tinha tomado minha decisão. Ficaria casada com Matteo por dois anos, depois iria embora da Itália com Dulce. Depois de tudo o que aconteceu, meu pai nunca me perdoaria e eu também não iria mendi
Matteo Romano(Três dias após o retorno de Lyra para Nova York)_ Levanta desse sofá – A voz de Fabrizio mastiga meu juízo já fodidö._ Se tiver algo para resolver, fale com Luigi – Aviso sem tirar o braço dos olhos._ Você pelo menos tomou banho? Esse lugar está fedendo! – Ele reclama abrindo as janelas._ Merdä – Bufo contrariado, sentindo o vento sacudir as cortinas derrubando objetos do escritório antes silencioso._ Só me deixa na minha – Peço irritado. Eu estava na fosso. Não conseguia aceitar que Lyra tinha me descartado como se fosse um pedaço de merdä._ Isso já está ficando feio – Fabrizio reclama parado no meio da sala, ainda olhando pra mim inconformado – Você levou um pé na bundä, tudo bem, admito que isso não é divertido, mas ficar jogado desse jeito como um pedaço de lixö a troco de nada. Fala sério. Isso a gente faz quando quer chamar a atenção da garota, mas Lyra está do outro lado do pacífico sem se quer lembrar da sua existência._ Fodä-se onde ela está ou o que ela