Janne di Santis Olho para Matteo sem entender ao certo o que ele quer dizer com a história de não ir para o infernö. O que isso significava exatamente? Ele não podia estar me propondo um casamento de verdade, podia? – A pergunta revirou meu estômago ao avesso. Ele abriu a porta do carro e me estendeu a mão. Saí do carro sem segurar a mão dele. Por algum motivo, estava com medo de chegar perto dele. Eu estava em estado de puro pânico. Depois de ter assinado o contrato, se a gente conversou três vezes, foi muito e em quase todas as vezes, Fabrizio estava conosco. Eu não podia me casar de verdade por mil e um motivos, desde o fato dele ser um mafioso até o fato de eu nunca ter beijado na boca. - Você está bem? – Ele sussurrou a pergunta perto de meu ouvido, com uma tranquilidade assombrosa, colocando sua mão em minhas costas. Estampei um sorriso que nem sabia que tinha, enquanto parte dos convidados nos observavam, outros estacionavam seus carros. Dei um passo à frente, ten
Matteo Romano Estávamos no final das felicitações quando Fabrizio disse que precisava me mostrar algo. Deixei Janne e fui ver do que se tratava. Fabrizio não teria me chamado se o assunto não fosse de meu interesse. Entramos no carro e seguimos para o casarão, onde geralmente torturávamos criminosos._ Achamos o responsável pela brincadeira com sua esposa – Disse Fabrizio – Advinha? – Olho pra ele curioso._ Tadeu._ Ex- namorado?_ Primo dela. Digamos que ela tem uma família complicada. A tia berrou que ela está grávida e o pai a rejeitou por causa disso._ Por que não me falou nada disso antes?_ Aconteceu um pouco antes da festa. Mandei buscar os pais dela na tal vila e quando chegaram, parece que ela não tinha contado nada sobre o casamento._ Vamos ter que dar um jeito de contornar essa situação._ Pra depois ela sair fugida do marido? Talvez seja melhor deixar as coisas como estão._ Isso não será mais necessário._ E o acordo?_ Vou fazer uma proposta diferente pra ela.
Janis de Santis Retornei para o banheiro com o vestido aberto, me olhei no espelho e tampei a boca para não gritar. Eu era louca. Louca. Completamente pirada. Não conseguia acreditar que tinha deixado Matteo ver meus seiös. O que aquilo significava? – Não, não tinha restado nenhuma dúvida. Ele queria mais que um casamento de mentirinha. Mas o que tinha mudado? O que tinha acontecido pra ele querer mais? Ou será que estava apenas querendo se aproveitar da situação favorável. Dulce disse que tinha que ser menos neurótica, que precisava ser mais resolvida em minha vida amorosa. Matteo não era homem pra casar, mas era o homem ideal para perder a virgindade e me divertir um pouco. Disse que se eu não me aproveitasse dessa chance, com toda certeza me arrependeria depois e acho que ela está certa. Tomei um banho rápido e vesti a roupa que Diana separou pra mim. Para o infernö se ele ia se aproveitar de mim, eu também iria me aproveitar dele. Dulce estava certa, a vida era
Matteo Romano Minha esposa reprovou em todos os testes de ser uma boa menina. Aceitou a proposta de um mafioso, concordando em forjar um falso matrimônio, depois quase chorou ao mentir para o padre, em seguida cogitou a possibilidade de sair com meu dinheiro sem ter prestado qualquer serviço, acreditando apenas em minha boa vontade ou em seu sorriso bonito. Saio do carro conferindo a pista de voo e quando fui buscar Janne, ela já estava de pé ao lado do carro me esperando. _ Nunca saia do carro antes que eu abra a porta – Avisei perto de seu ouvido, por causa do barulho das hélices – Pode ser perigoso. _ Ah, certo, desculpa – Ela se encolhe um tanto tímida – É que eu... – Ela tentou se desculpar, mesmo não havendo necessidade. Nós dois não nos parecíamos muito, ela era muito espontânea e isso me deixava em estado de alerta, era como se o tempo todo estivesse preparada para fazer algo errado e pedir desculpas. Eu nem consigo me lembrar quando foi que saí com uma mulh
Janis i Santis Acordo na manhã seguinte completamente desnorteada, então lembro do casamento, da viagem e de Matteo dirigindo. Penso nele e um frio passa pela minha barriga. Será que ele estava no banheiro? – Pensei apertando os cobertores. Eu estava meio perdida com ele. Tipo, meu primeiro beijo quase terminou na perda de minha virgindade. Eu não era puritana, mas as coisas estavam acontecendo rápido demais. Saí da cama meio desconfiada, nas pontas dos pés e quando abri a porta do banheiro, ele não estava lá. Olhei toda a suite, depois abri a porta para ver alguma coisa. A porta se abriu para uma sala no mesmo estilo recoberto de madeira. O lugar parecia vazio, mas decidi não arriscar. Olhei para o meu corpo, me dando conta de que estava usando apenas uma camisa comprida masculina, provavelmente uma camisa dele. Fui até a janela e puxei as cortinas. A visão do lugar me deixou sem reação. A janela de vidro exibia uma paisagem repleta de montanhas com gelo n
Janne di Santis Antes de retornarmos ao chalé, passamos na farmácia e compramos anticoncepcional. Aquilo foi estranho, bem estranho. Talvesz para os outros fossem normal, pra mim não era. Matteo também pegou uns preservativos e nessa hora eu me enfiei entre as gondolas, sem condicoes de olhar para o pessoal do caixa.Quando retornamos ao chalé, ele pediu que eu trocasse de roupas e colocasse tênis. Apesar da neve, não estávamos no inverno, era inicio da primavera, mas ainda estava um pouco frio._ Isso é por causa do bolo? – Pergunto desconfiada. Eu odiava exercícios físicos tanto quanto odiava beterrabas._ Não gosta de trilha? _ Não sou muito aventureira._ Tem um lugar legal que precisa conhecer. Vamos – Ele começou a caminhar por uma trilha estreita e eu me vi obrigada a ir atrás dele mesmo duvidando de suas convicções. Eu definitivamente não gostava de nada radical, nem mosquitos, nem insetos. Drog@! Eu odiava fazer exercícios e ele parecia meio fissurado nisso. Acho q
Janne di Santis Ele se encaixa entre as minhas pernas e desta vez estou com minha pequena pulsando de desejo. Meu corpo pede por ele de um jeito descontrolado. Matteo me beija e me beija e isso só me deixa mais louca. Ele posiciona seu membrö em minha entrada e eu aperto seus ombros buscando por ele. Ele começa a entrar e a dor vem me fazendo choramingar. Ele se mantem firme e enfiando a mão entre nossos corpos, volta a massagear meu clitoris. Eu relaxo e ele volta a entrar. A dor me faz gemer, contraindo toda a minha musculatura._ Você é muito grosso – Reclamo e ele ri mordendo meu queixo. Cada vez que eu o via sorrir por algo que eu dizia, era único, mesmo em um momento como aquele._ Logo você vai estar gostando disso – Ele puxa minha orelha com os dentes, a chupando, depois enfia a língua em meu ouvido me fazendo sentir uma excitaçãö que desconhecia._ Aii... – Gemo quando ele me penetra um pouco mais._ Você quer que eu pare?_ Não. Quero que faça isso acontecer, só que
Janne Romano Acordo na manhã seguinte e como no dia anterior, Matteo não está no quarto. Tomo um banho demorado, lavo e seco os cabelos. Meu corpo todo está dolorido. Não sei se por causa da caminhada, ou se pela minha primeira vez. Tínhamos combinado de ir esquiar, mas estava sentindo uma preguiça monstruosa. Tudo o que eu queria era comer e continuar jogada naquela cama. Puxei as cortinas das janelas, deixando a claridade invadir o quarto, deitei na cama e puxei a bandeja de morangos para o meu colo. Eu estava morrendo de fome. Comecei a comer as frutas e a pensar na noite anterior. Eu não era mais virgem. Só de pensar, aquilo já era motivos suficiente para comemorar. Lembrei do meu passados, das garotas metidas da escola que esnobavam em cima de mim, lembrei também dos garotos idiot@s que me menosprezaram e joguei as pernas para o alto sorrindo. O mundo não girava, capotada. Eu ainda voltaria naquela vila apenas para esfregar na cara deles que quem ria por últi