Janne Romano Levanto do sofá em um pulo enfurecido, mas ele me segura pela cintura, me impedindo de se afastar dele._ Onde pensa que vai? – Pergunta me mantendo presa – Não seja impaciente. A festa da sua amiga não vai mudar de lugar se você se atrasar um pouquinho._ O que vai fazer? – Pergunto e logo três mulheres seminuas entram na sala. Matteo senta no sofá espaçoso, me puxando para o seu colo. A música da sala fica mais agitada e os seguranças saem fechando a porta, nos deixando apenas com as dançarinas._ Quem disse que podia sair de casa sozinha com um vestido curto desses, Janne Romano? – Ele sussurra a pergunta com seu rosto colado ao meu, puxando a gravata do pescoço com uma mão, enquanto me prende com a outra. As garotas começam a dançar de forma obscena, no ritmo da música agitada._ E com que tipo de roupa eu deveria vir? Uma saia no tornozelo? – Pergunto tentando me soltar dele – Mande elas saírem daqui. Não vou admitir que fique aqui sozinho com três mulheres
Janne Romano Matteo e eu aproveitamos a sala VIP para mais uma rodada, desta vez comigo sentada no colo dele. Não sei se era o lugar, a música ou a bebida, mas foi intenso, avassalador, diferente de todas as outras vezes. Simplesmente perfeito. Antes de deixarmos a boate, passei na festinha de Dulce para me despedir, mas ela estava trilouca, dançando no colo de um dos strippers. Dulce era fogo. Desisti da despedida e deixei a boate com Matteo na minha cola. No dia seguinte, acordei tarde e para variar, Matteo já não estava na cama. Desde que tínhamos nos casado, eu nunca tinha visto ele levantar. Ele realmente levava a sérios seus treinos matinais. Quando desci para o café da manhã, me dei conta de que já era quase o horário do almoço, então decidi aguardar._ Para a dona da casa, você é muito despreocupada – Reclamou nona atrás de mim._ Não vamos ter nenhuma ocasião especial nona – Me defendi dando um passeio na cozinha._ Ainda não aprendeu a fazer os pratos favorito
Matteo Romano_ Puxa – Janne reclama sem paciência, enquanto eu tento subir o zíper de seu vestido. Já estávamos atrasados para o jantar e aquele era o terceiro vestido que ela tentava vestir._ Eu não vou – Ela bufa furiosa – Nenhuma roupa me serve – Reclama._ Tem uma infinidade de vestidos aqui. Com certeza vai encontrar algo que fique bom._ Não. Eu queria esse – Reclama inconformada._ Queria esse, mas ignora o cardápio da nutricionista. É meio ilógico._ Por favor amor – Ela choraminga sentando na cama._ Não faz esse biquinho. Você está linda. Escolha outra roupa._ Você acha mesmo? Eu acho que estou engordando._ Gorda ou magra, você é a minha bambina comilona._ Matteo... – Ela chia brava, mas não resisto a provocação. Ela realmente era uma fofura mesmo com o rostinho mais cheio e os quadris mais largos. Meu celular toca. Eu atendo e deixo Janne brigando com os vestidos. O casamento de Fabrizio não foi uma ideia apreciada pelo restante da família, o que já era esperad
Matteo Romano Como era o esperado, ficamos hospedados na mansão Caccini. Luigi ficou encarregado da segurança do local e todos os funcionários contratados para o evento foram revistados. Luigi era muito eficiente quando o assunto era segurança. Ele tinha um faro fino para encontrar qualquer irregularidade. Janne, Giorgina e Diana aproveitaram a tarde para passearem por Roma e fazerem compras, já nona foi visitar sua irmã, tia Bastiana. Fabrizio e eu passamos o restante da tarde reunidos no escritório da mansão, reavaliando a certidão de casamento do velho Caccini que tinha deixado sua esposa sem direito a absolutamente nada por causa do casamento com separação total de bem. Da mesma forma que meu pai fez com Geovana. No nosso mundo, isso era muito comum, pois era uma forma de garantir a fidelidade da esposa, o que era um tanto redundante, já que traição nunca terminava bem. Quando a mulher não morria, fugia sem direito a nada._ No seu caso, o casamento será com comunhã
Janne Romano(Cinco meses depois) Olho para o espelho terrivelmente chateada ao ver que já não entro mais em meus vestidos. Por mais que eu tente, já estou usando quarenta e dois. Aquilo me aborrece intimamente. Eu precisava admitir que estava exagerando nas massas e nos doces. Não dava para ficar comendo tudo o que aparecia pela frente enquanto meu marido a cada dia que passava continuava com o abdome trincado._ Que carinha é essa bambina? – Matteo pergunta assim que sai do banho com a toalha ainda presa nos quadris._ Eu estou engordando – Admito decepcionada._ Você está cada dia mais gostosa._ Matteo – Eu o repreendo irritada. Era por causa de suas conversas que eu me acomodava – Acabou. A partir de hoje só vou comer saladas._ Só precisa levar os treinos mais a sério._ Quanto mais eu treino, mais fome eu sinto._ Então vamos recontratar a nutricionista que você dispensou. _ Sim – Concordo decidida e ele segura o meu rosto beijando a minha boca ainda sorrindo._ Isso
Matteo Romano Janne tinha sérios problemas com seus traumas do passado. Segundo o endocrinologista, ela tinha predisposição para engordar e hipotireoidismo, o que só complicava um pouco mais as coisas, então me pergunto, o que ela passou na casa de seus tios para ficar tão magra. Só de pensar, sinto raiva por não ter estrangulado seu malditö primo. Tentei ajuda-la de algumas maneiras, mas não queria que isso parecesse forçado, pois poderia piorar suas preocupações. Eu não tinha medo de que engordasse, mas não suportava ver como ela se olhava no espelho. Parecia sempre magoada e insatisfeita e isso facilmente derrubava o seu humor. Ajoelhei diante dela e beijei sua barriga. Sei o quanto estava sendo egoísta em estar tão feliz naquele momento. O médico falou que gravidez gemelar, por si só já oferecia riscos, associado aos medos dela e a sua deficiência de hormônio, tudo se tornava ainda mais complicado, mas eu não podia evitar. Eram meus filhos que ela estava esperando, cara
23 anos depois _ Só me mostra quem foi? – Beatriz exige a prima mais nova, possuída de raiva. _ O de camisa branca – Aurora responde constrangida – Por favor, não faz nada, só vamos embora... _ Fica aqui – Beatriz se solta da prima que insistia em segurá-la e caminha até o aglomerados de garotos em volta de um carro esportivo de luxo. Era noite e como sempre naquele horário, o pátio da faculdade estava cheio de garotos idiotäs exibindo seus carros, bebendo, contando lorotas e paquerando garotas. _ Então é você o babac@ que saiu com a minha prima e depois espalhou pra todo mundo? – Ela encara o grupo de cinco rapazes altos e fortes, sem se deixar intimidar. _ Está falando comigo? – O rapaz de camiseta branca e calça jeans pergunta voltando sua atenção pra ela. O descaso com que ele olhou pra ela e fez a pergunta terminou de enfurece-la. Beatriz se considerava uma mulher calma, educada e realmente gentil, mas com aquele tipo de pessoa ela não tinha qualquer tolerância.
Matteo Romano(13 anos antes) _ Vá – Papai ordena. Meu coração naquele momento já estava estrangulado dentro do peito. A mulher olha pra mim, me avaliando com um sorrisinho safado, enquanto eu me esforçava para não deixar ninguém perceber o meu pânico. Não sei o que papa seria capaz de fazer se descobrisse que seu filho mais velho, que adorava exibir como troféu, estava tremendo como um frouxo. O pior é que eu já tinha idade. Já tinha quatorze anos e nada. Papai dizia que tinha perdido a virgindade dele com onze e que com sete, seu pai já o levava para os cabarés. Era por isso que desde pequeno eu sempre o acompanhava naqueles lugares. Confirmei com a cabeça e levantei sério. Não sabia bem que cara meu pai esperava de mim, mas com certeza não devia ser a cara de morte que estava exibindo. Eu estava suando por baixo das roupas. Se eu não conseguisse, a surra em casa seria garantida, mas o pior não era isso. A última mulher com quem não tinha consegui nem mesmo ficar duro,