Um bilhete

Capítulo 75

Maria Luíza Duarte

Com movimentos calmos, lavei cada parte dele, minhas mãos se moviam com precisão e cuidado. Não havia pressa, apenas um desejo genuíno de cuidar.

Quando terminei, Alexei inclinou-se para mim, puxando-me para um abraço. A água ainda corria, mas ele não parecia se importar. Envolveu-me com força, como se precisasse daquele momento mais do que qualquer palavra poderia expressar.

— Você é a única coisa que me mantém inteiro, Malu — murmurou contra meu cabelo, a voz rouca e carregada de emoção.

Eu o apertei ainda mais, deixando que ele sentisse meu coração batendo forte contra o peito dele. Não precisei dizer nada. Ele sabia que eu estava ali, que sempre estaria.

Ficamos assim por alguns minutos, em silêncio, apenas com o som da água preenchendo o espaço ao nosso redor. Senti a tensão dele diminuir pouco a pouco, os ombros antes rígidos, agora mais relaxados.

Quando finalmente se afastou, apenas o suficiente para me olhar, havia
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