Capítulo 227 Don Alexei KimEu estava a poucos metros do tumulto, observando com o olhar atento cada movimento. O confronto entre Yuri e Nazar tinha sido, no mínimo, inesperado – e, de certa forma, revelador. Mas enquanto os ânimos se acalmavam, aproximei-me devagar, sentindo uma estranha admiração por Yuri.— Nazar! — chamei, a voz firme, porém com um tom irônico.Ele se virou, ainda com um sorriso maroto nos lábios, aquele mesmo sorriso que parecia guardar segredos.— Sim, Don... — veio caminhando comigo.— É meu caro, você poderia ter passado o dia sem essa bagunça — eu disse, ele deu de ombros com um ar de desdém divertido.— Pior que estou gostando desse garoto – completou ele, com os olhos cintilando de surpresa e resignação. — Não sei explicar... acho que nasceu pra isso e nem sabia.— Eu não disse? Yuri vai longe. Vamos ver muita coisa ainda. Mas agora temos um assunto pendente. Enquanto caminhávamos juntos pelo corredor que separava o amplo jardim do escritório, nossa conve
Capítulo 228Don Alexei KimPeguei o telefone da mão de Nazar sem hesitar, levando-o ao ouvido. Minha voz saiu baixa, mesmo no estado em que eu estava de nervos.— Saudações, Salvatore.— Alexei Kim — havia um tom curioso na voz do irmão de Don Pablo. — A que devo a honra dessa ligação?— Você indicou uma vaga de babá na minha casa para alguém?Do outro lado da linha, um breve silêncio, seguido por um suspiro.— Sim. Para uma mulher que ajudou minha esposa, Maria. Algum problema com a Neide?Eu girei a arma lentamente nos dedos, observando a babá sem piscar. A tensão na sala era grande, e Nazar se mantinha quieto, mas atento.— Preciso que me confirme se ela é de confiança.Enquanto falava, ergui a arma e apontei diretamente para Neide. Seus olhos arregalaram por um instante, mas permaneceu imóvel, respirando fundo. Se estava mentindo, era boa nisso.— Neide é uma das pessoas mais confiáveis que eu conheço — garantiu Salvatore sem hesitação. — Ela salvou a vida de Maria mais de uma ve
Capítulo 229 Don Alexei Kim Caminhei até a sala, a mente ainda processando as palavras que ouvi de Neide. O controle absoluto que eu sempre fazia questão de manter estava no limite, mas meu rosto permanecia impassível. Eu nunca deixava transparecer nada além do que queria que os outros vissem. Ao entrar, vi Nazar descendo as escadas com uma mala em mãos. Ele parou ao me notar, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Ivete surgiu da cozinha, limpando as mãos no avental e franzindo o cenho ao encará-lo. — Foi demitido? — perguntou ela, sem rodeios. O silêncio se espalhou pelo ambiente por um instante. Nazar sequer teve tempo de abrir a boca antes que eu cortasse qualquer especulação. — Apenas ganhou uma boa folga. — Minha voz soou firme, sem espaço para dúvidas. — Ah, entendi — puxou um óculos do avental, parecia analisar meu Consigliere, alguém pigarreou. Meus olhos percorreram rapidamente os rostos na sala. Ali estavam: Fred, Marco e Maicon, mas foi o ol
Capítulo 230 Anastasia Kim Sentei no sofá ao lado de Malu, sentindo a adrenalina do treino ainda correndo pelo meu corpo. Tatiana, Duda e Ivete também se acomodaram, todas curiosas para ouvir o que Malu tinha a dizer. Eu ainda estava processando o que acabou de acontecer—o tiro, o acerto com meus olhos fechados, o olhar de Yuri—mas fiz o possível para me concentrar. Malu recostou-se um pouco, acomodando a barriga, e começou a falar com aquele tom de calma e autoridade que só ela tem. Observei seu carinho com os bebês, ela não parou de acariciar nem um segundo. É incrível essa conexão entre uma mãe e um filho. As vezes me pergunto se Ayla chegou a sentir algo pelo menos parecido com isso alguma única vez. . — O que vocês fizeram hoje foi ótimo. Mas saber manejar uma arma é apenas uma parte. A verdadeira força está na estratégia, em saber quando usar e quando recuar — saí dos meus pensamentos com as frases da minha cunhada. Tatiana assentiu, interessada, enquan
Capítulo 231 Anastasia Kim (Dia seguinte) Pisquei algumas vezes, me espreguiçando devagar enquanto sentia a textura dos lençóis contra minha pele. O quarto estava silencioso. Virei um pouco o rosto, e foi quando percebi que Yuri já estava acordado, me observando. Seu braço estava apoiado no travesseiro, a cabeça inclinada enquanto seus olhos percorriam meu rosto com um brilho curioso. — Bom dia — murmurei, rouca pelo sono. Yuri não respondeu de imediato. Apenas ergueu a mão e deslizou os dedos pela minha bochecha, seu toque estava leve e distraído. — Você tem dormido melhor — ele comentou baixinho, o polegar roçando suavemente minha pele. Assenti, sentindo uma sensação reconfortante se espalhar por mim. — Sim. Acho que sim. Ele soltou um pequeno som de aprovação, mas não se afastou. Em vez disso, inclinou-se um pouco mais, seu rosto tão perto que eu podia sentir a respiração dele contra meus lábios. Finalmente me beijou suavemente. Quando se afas
Capítulo 232 Anastasia Kim — Tão linda assim, toda entregue para mim… — Yuri murmurou, os dedos firmes separando minhas coxas um pouco mais. Eu arquejei quando sua língua tocou meu clitóris, desenhando círculos lentos e provocantes. Ele sabia exatamente como me fazer desmoronar, e o fazia com perfeição. Suas mãos seguravam minha cintura com firmeza, mantendo-me imóvel enquanto ele me devorava com dedicação. Minha respiração parecia errada quando ele aprofundou os movimentos, sugando e lambendo em um ritmo torturante. Um de seus dedos deslizou para dentro de mim, movendo-se com precisão, acompanhando o ritmo da língua. — Você está tão molhada… — ele sussurrou contra minha pele antes de voltar a me lamber. Eu enterrei os dedos no lençol, mordendo o lábio para não gemer alto demais. Mas Yuri não queria silêncio. Com a outra mão, ele deslizou por meu quadril até alcançar meu seio, apertando-o com possessividade antes de beliscar meu mamilo. — Quero te ouvir, Anas
Capítulo 233 Yuri Pushkin Anastasia dormia ao meu lado, a respiração calma e profunda, a pele ainda quente contra os lençóis. Observei-a por um instante, o peito subindo e descendo suavemente, os cabelos espalhados sobre o travesseiro. Ela parecia tão serena, mas eu não conseguia dormir. Desvencilhei-me com cuidado do seu abraço, movendo-me lentamente para não despertá-la. Beijei seu ombro antes de me levantar, pegando a calça que estava jogada no chão. Meu corpo ainda carregava os vestígios do que havíamos feito, mas minha mente já estava longe, mergulhada nos problemas que não me deixavam em paz. Saí do quarto em silêncio e fui direto para meu escritório. A mesa estava coberta de papéis, anotações e diagramas. Mapas de rotas de transporte, esquemas de segurança da mansão Kim, e os arquivos que consegui reunir sobre a máfia japonesa. Me sentei na cadeira, esfregando o rosto com as mãos antes de pegar um dos documentos. Os japoneses não atacam sem um propósito claro.
Capítulo 234 Don Alexei Kim Acordei com um incômodo estranho. O quarto estava em silêncio, a luz da manhã entrando suavemente pelas cortinas, e por um momento, tudo parecia normal. Então senti um movimento ao meu lado. Maria Luíza estava deitada de costas, a respiração irregular, a testa franzida. Sua mão segurava firme a borda do lençol, os dedos tensos. — Malu? — Minha voz saiu rouca pelo sono, mas o alerta já se acendeu dentro de mim. Ela demorou um segundo para responder, como se estivesse processando. — Está tudo bem… — murmurou, sem me olhar. Mas não estava. Me apoiei no cotovelo, observando seu rosto. Seu peito subia e descia mais rápido do que o normal, e quando minha mão deslizou sobre sua barriga, senti os músculos tensos, como se houvesse uma pressão interna acontecendo. — Você está com dor? — Ela hesitou. E essa hesitação foi a merda da confirmação. — Malu… — Minha voz ficou mais grave. Ela fechou os olhos com força. — Eu não queria te preocupar