Capítulo 235 Don Alexei Kim Eu nunca fui um homem de esperar. Nunca tolerei a ineficiência. Mas naquele momento, tudo dentro de mim estava à beira de um colapso. Assim que Malu foi levada para a sala de triagem, os médicos a cercaram, preparando o ultrassom para verificar a posição dos bebês. Eu permaneci ali, ao lado dela, segurando sua mão com força. Seus olhos estavam pesados, a respiração irregular. — Vai ficar tudo bem, minha linda. Aguenta firme. Eu não vou sair do seu lado, nunca. O gel frio foi espalhado sobre sua barriga, e o médico começou a deslizar o aparelho. A tela iluminou-se com a imagem dos nossos filhos. Mas antes que qualquer explicação fosse dada, o corpo de Malu enrijeceu de repente. Sua cabeça tombou para trás, os olhos reviraram, e um som estrangulado escapou de sua garganta. — O quê…? — Meu coração parou. Então ela começou a convulsionar. — Porra! — gritei, puxando a arma instintivamente. O desespero bateu de uma forma que nunca havia ex
Capítulo 236 Don Alexei Kim Duas horas depois, Malu estava na sala de recuperação, ainda inconsciente. Meus filhos estavam na UTI neonatal, sendo monitorados, mas fora de perigo. Eu estava ao lado da cama dela, segurando sua mão. — Você conseguiu, minha linda. Os dois nasceram bem. Nossa filha é a sua cara… E o menino, bom… parece que puxou minha carranca, mas é garoto mais bonito de todo o hospital. Só perde para Beatrice que claro... Tem o encanto da mãe dela. Sorri, mas era um sorriso cansado. O médico entrou, visivelmente hesitante. — Senhor Kim… Me virei para ele, mas não estava num bom momento para conversar. — Fale. — Precisamos conversar sobre a condição da sua esposa. — Cruzei os braços, impaciente. — Ela teve eclâmpsia. A pressão subiu a um nível crítico, o que causou a convulsão. Se tivéssemos demorado mais para agir, poderíamos ter perdido tanto ela quanto os bebês. Minha mandíbula travou. — Eu já mandei vocês salvarem ela, porra. Voc
Capítulo 237 Anastasia Kim Sofia bocejou e aconchegou-se ainda mais em mim, e ali, com ela em meus braços, senti uma paz que poucas vezes experimentei. Eu ficaria ali até que ela pegasse no sono, sabendo que, quando acordasse, sua família estaria maior. Depois que Sofia adormeceu, a coloquei na cama com cuidado e a cobri com um cobertor macio. Beijei sua testa e saí do quarto com a Neide, fechando a porta devagar. Segui pelo corredor e fui até o quarto da minha mãe. Bati levemente antes de entrar. Ela estava sentada na poltrona, vestida com um roupão escuro, e me observou com seus olhos atentos. Ivete estava ao lado dela, ajeitando um cobertor em suas pernas. — Oi, mãe — disse suavemente, aproximando-me. Ela sorriu com os olhos, expressando o que sentia. Me ajoelhei ao seu lado e segurei sua mão. — Você está bem? Ela assentiu. — Sofia está ansiosa para conhecer os irmãos — contei — E já começou a fazer perguntas difíceis. Neide riu. — A mais di
Capítulo 238 Anastasia Kim Tatiana respirou fundo, tentando conter os soluços, mas sua voz saiu trêmula quando finalmente falou: — É difícil para mim… — murmurou, quase num sussurro. — Eu tento ser forte, mas não estou conseguindo. Me mantive em silêncio, deixando-a desabafar no próprio tempo. — Desde os treze anos, fui treinada para isso. Meu pai sempre foi rígido… Sempre exigiu perfeição. Eu não podia errar, não podia hesitar, não podia ter medo. Mas eu tenho… — sua voz falhou, e ela engoliu em seco. — Medo de quê? — perguntei suavemente. Ela em nenhum momento demostrou medo. Pelo contrário, é tão segura, tão perfeita. Ela passou as mãos trêmulas pelo rosto, rindo sem humor. — De tudo. Do que vai acontecer depois que esse casamento for consumado. Eu nem conheço o homem com quem vou me casar, Anastasia. Nunca o vi. Vou sair da casa do meu pai, talvez morar em outro país. Franzi a testa, chocada. — Você nunca o viu? Tatiana negou com a cabeça, o olhar
Capítulo 239 Anastasia Kim Tatiana permaneceu em silêncio por alguns instantes, absorvendo minhas palavras. Seu olhar parecia perdido, como se estivesse tentando encontrar dentro de si mesma alguma esperança para se agarrar. — Você precisa descansar — falei suavemente. — Pelo menos um pouco. Ela me olhou com hesitação, como se o simples conceito de descanso fosse algo estranho para ela. — Eu não sei como fazer isso. Se posso fazer... Suspirei e me levantei, indo até o armário e puxando uma roupa mais leve. Algo confortável, que ela pudesse vestir sem sentir o peso daquela armadura de tecidos caros e apertados. — Comece tirando essas roupas — sugeri, entregando o conjunto para ela. — Você não precisa ficar vestida como se estivesse prestes a se apresentar para um julgamento. Aqui no quarto você pode respirar. Tatiana pegou as peças com cuidado, como se fossem algo proibido. Ela hesitou por um momento, mas depois soltou um suspiro cansado e se levantou, indo até o banheir
Capítulo 240 Don Alexei Kim Dois dias se passaram, e tivemos alta. Desci as escadas do hospital com Maria Luíza ao meu lado. Ela ainda parece frágil, mas segura um dos bebês com delicadeza, como se tivesse nascido para isso. No meu braço, o outro pequeno dorme tranquilo, alheio ao mundo, e no outro carrego as malas. O carro já está nos esperando, Fred atento como sempre. — Segure a criança Fred! E segura direto ou eu te mato. — Logo avisei e ele se apressou. Um dos soldados segurou as malas e foi arrumando no carro. Quando olhou para Andrey no meu colo eu o encarei — Pode deixar que meu filho eu prefiro segurar. — Sim Don. — Assim que virou as costas vi Malu dando risada. Quando me olhou disfarçou. Abri a porta para Malu entrar primeiro, observando enquanto ela se ajeitava, fui colocando os gêmeos nas cadeiras. Antes de Fred dar partida, pego o celular e faço uma ligação rápida. — Yuri, a encomenda já chegou? Ele não demora a responder. — Já está tudo cer
Capítulo 241 Yuri Pushkin Saí da sala sem perder tempo e fui até o computador do escritório de Alexei. O nome do noivo de Tatiana estava naquele e-mail, e algo me dizia que não seria uma informação agradável. Caminhei e senti Fred me seguir. Assim que entrei, liguei o computador e acessei o e-mail mencionado. — Vamos ver quem é o cara — murmurei, rolando a tela até encontrar o anexo com o nome do homem. Quando li o nome, minha expressão endureceu. — Hassan Al-Fayez. Fred assobiou baixo atrás de mim. — Esse nome não me soa nada amigável. — Nem deveria. É árabe. — E se for ligado à máfia de lá, as regras sobre casamento são... rigorosas — comentou. — "Rigorosas" é um jeito bonito de dizer que a mulher vira propriedade, né? Olhei para Fred, que já pegava seu próprio laptop e começava a digitar. Ele era rápido nesse tipo de pesquisa. — Ok... Hassan Al-Fayez — murmurou enquanto analisava as informações. Seus olhos se estreitaram. — Bom... Ele não é velh
Capítulo 242 Yuri Pushkin O banheiro era pequeno. Anastasia estava presa entre mim e a madeira, os olhos brilhando de desejo. Eu deslizei a mão por sua cintura, sentindo a pele quente sob os dedos. Meu corpo colado ao dela, minha respiração pesada contra seu pescoço. Ela suspirou quando tracei um caminho com os lábios, mordiscando sua pele enquanto minhas mãos subiam, contornando seus seios por cima do tecido justo. — Yuri... — sua voz saiu ofegante, e perdi o controle ali mesmo. Meus dedos apertaram sua cintura antes de descerem lentamente, provocando. O arrepio que percorreu seu corpo foi visível, e isso só fez meu desejo aumentar. Anastasia arqueou levemente as costas quando deslizei a mão por dentro da sua calça, sentindo o calor entre suas pernas, deslizando por sua boceta molhada. — Você está quente — murmurei contra sua orelha, mordendo levemente o lóbulo — Eu sei como gosta quando eu te toco, mas hoje não vou conseguir. Preciso te foder desesperadamente e