Recado da autora: A eclâmpsia é grave. Para prevenir complicações. O acompanhamento médico precisa ser rigoroso e indispensável. Fazer um pré-natal desde o primeiro mês de gestação e ser levado a sério. Também manter repouso. Malu precisará monitorar sua pressão arterial regularmente, manter uma alimentação equilibrada e evitar esforço excessivo. O descanso adequado e a hidratação também são fundamentais. Caso sinta qualquer sintoma anormal, deve buscar atendimento imediato. Agora que os bebês nasceram, o foco não pode ser apenas neles—Malu precisará cuidar de si mesma para estar saudável e forte para essa nova fase. Cuidem-se também.
Capítulo 240 Don Alexei Kim Dois dias se passaram, e tivemos alta. Desci as escadas do hospital com Maria Luíza ao meu lado. Ela ainda parece frágil, mas segura um dos bebês com delicadeza, como se tivesse nascido para isso. No meu braço, o outro pequeno dorme tranquilo, alheio ao mundo, e no outro carrego as malas. O carro já está nos esperando, Fred atento como sempre. — Segure a criança Fred! E segura direto ou eu te mato. — Logo avisei e ele se apressou. Um dos soldados segurou as malas e foi arrumando no carro. Quando olhou para Andrey no meu colo eu o encarei — Pode deixar que meu filho eu prefiro segurar. — Sim Don. — Assim que virou as costas vi Malu dando risada. Quando me olhou disfarçou. Abri a porta para Malu entrar primeiro, observando enquanto ela se ajeitava, fui colocando os gêmeos nas cadeiras. Antes de Fred dar partida, pego o celular e faço uma ligação rápida. — Yuri, a encomenda já chegou? Ele não demora a responder. — Já está tudo cer
Capítulo 241 Yuri Pushkin Saí da sala sem perder tempo e fui até o computador do escritório de Alexei. O nome do noivo de Tatiana estava naquele e-mail, e algo me dizia que não seria uma informação agradável. Caminhei e senti Fred me seguir. Assim que entrei, liguei o computador e acessei o e-mail mencionado. — Vamos ver quem é o cara — murmurei, rolando a tela até encontrar o anexo com o nome do homem. Quando li o nome, minha expressão endureceu. — Hassan Al-Fayez. Fred assobiou baixo atrás de mim. — Esse nome não me soa nada amigável. — Nem deveria. É árabe. — E se for ligado à máfia de lá, as regras sobre casamento são... rigorosas — comentou. — "Rigorosas" é um jeito bonito de dizer que a mulher vira propriedade, né? Olhei para Fred, que já pegava seu próprio laptop e começava a digitar. Ele era rápido nesse tipo de pesquisa. — Ok... Hassan Al-Fayez — murmurou enquanto analisava as informações. Seus olhos se estreitaram. — Bom... Ele não é velh
Capítulo 242 Yuri Pushkin O banheiro era pequeno. Anastasia estava presa entre mim e a madeira, os olhos brilhando de desejo. Eu deslizei a mão por sua cintura, sentindo a pele quente sob os dedos. Meu corpo colado ao dela, minha respiração pesada contra seu pescoço. Ela suspirou quando tracei um caminho com os lábios, mordiscando sua pele enquanto minhas mãos subiam, contornando seus seios por cima do tecido justo. — Yuri... — sua voz saiu ofegante, e perdi o controle ali mesmo. Meus dedos apertaram sua cintura antes de descerem lentamente, provocando. O arrepio que percorreu seu corpo foi visível, e isso só fez meu desejo aumentar. Anastasia arqueou levemente as costas quando deslizei a mão por dentro da sua calça, sentindo o calor entre suas pernas, deslizando por sua boceta molhada. — Você está quente — murmurei contra sua orelha, mordendo levemente o lóbulo — Eu sei como gosta quando eu te toco, mas hoje não vou conseguir. Preciso te foder desesperadamente e
Capítulo 243 Yuri Pushkin Saí do banheiro primeiro, ajeitando a roupa enquanto sentia meu corpo ainda quente da forma como Anastasia se entregou para mim. Eu precisava me recompor antes de voltar para o treinamento. Ao chegar à área de treino, os soldados estavam focados, mas bastou me verem para que se enrijecessem, atentos à minha postura. Cruzei os braços, observando-os por alguns segundos antes de tomar a decisão. — Por hoje, acabou, Tatiana — anunciei, minha voz firme. Eles se entreolharam, surpresos, mas nenhum ousou questionar. Apenas assentiram e começaram a se dispersar. Eu não estava no clima para treinar mais nada. Fred disfarçou o sorriso. Ainda sentia Anastasia em mim, o cheiro dela impregnado na minha pele, e minha cabeça já estava ocupada o suficiente com outras questões que precisavam de atenção. Enquanto caminhava de volta, vi Anastasia saindo do banheiro. Ela ainda estava corada, os cabelos úmidos do suor, bagunçados porquê arranquei o prendedor
Capítulo 244 Ivete (Lembranças de quando tudo começou, depois da sua primeira vez com Fred em Roma) Eu não sabia o que estava fazendo. Quer dizer, eu sabia. Eu estava indo pro quarto do Fred, como ele pediu. Mas cada passo que eu dava pelo corredor me fazia questionar se eu tinha enlouquecido de vez. O pano da camisola esbarrava nas minhas pernas, pesada e quente demais. O tecido branco e largo era quase um vestido de noiva—se noivas usassem ceroulas por baixo porque estavam sem calcinha. O que era o meu caso. Eu parei diante da porta dele, respirando fundo. Meu coração estava a mil, minhas mãos suavam dentro das mangas compridas da roupa. Eu me sentia confortável, com as pantufas fofas nos pés e a touca de dormir cobrindo até minha testa. Mas era assim que Fred concordou, certo? Bem coberta. Extremamente coberta. Engoli em seco e bati na porta. — Entra. — A voz de Fred veio do outro lado, casual, tranquila, como se ele não tivesse acabado de bagunçar minha ca
Capítulo 245 Ivete Fiquei ali parada, olhando para a porta que Fred acabou de fechar atrás de si. Minha boca abriu, mas nenhuma palavra saiu. Eu queria chamá-lo de volta, queria dizer algo—qualquer coisa—mas a verdade era que minha língua parecia presa. Ele estava certo. Eu escondia coisas dele. E talvez tenha passado tempo demais achando que isso nunca seria um problema. Acho que chegou o momento de contar, só preciso respirar. Relaxar e colocar a pantufa de cabra que comprei nova. Sempre dava certo. Suspirei, sentando na beira da cama. A conversa rodava na minha cabeça como um disco riscado. Fred nunca tinha falado assim comigo antes. Nem mesmo quando me pegou no pulo pela primeira vez, enfiada em um monte de pano como uma maluca. Mas agora… agora ele parecia cansado. Irritado. Talvez até magoado. E eu não sabia o que fazer com isso. . Passei o dia andando pela casa, sem vontade de sair do quarto, trabalhando sem mostrar os dentes, mas, quando o sol começou a
Capítulo 246 Ivete — Quem foi o maledetto que fez isso em você? — Fred puxou a arma do coldre com raiva ao perguntar. — Não importa mais. — Me senti ridícula, exposta, meu corpo todo tremeu. — Como não importa? Não estou dizendo pelas marcas simples nos seus seios, mas o que ficou aqui... — colocou a mão no lugar do meu coração. — O figlio de puttana que te cortou vai ser picado em pedaços. Quem foi? — eu apenas neguei e abaixei a cabeça. Fred deve estar pensando o mesmo que eu, que não deveria ter visto as marcas de cortes com facas. Ele colocou a arma sobre o móvel, veio e beijou meu rosto, depois meu pescoço, mas eu não conseguia olhar pra ele. — Meu amor, vem comigo? Vem e dá uma olhada nesse espelho... — ele me virou devagar e quando percebi já estava de olhos abertos — Olha como você é linda. Não precisa esconder nada de mim. — Faz muitos anos que não me olho no espelho — criei coragem, observei a minha imagem. — Me descreva o que vê... — acaric
Capítulo 247FredEu nunca senti algo tão devastador. Nunca pensei que pudesse doer tanto ouvir a dor de alguém que amo. Mas doeu. Doeu como se cada cicatriz no corpo dela fosse cravada em mim. Como se cada golpe que ela levou tivesse atingido minha pele.Eu só queria proteger Ivete, mas nesse momento, percebo que não posso protegê-la do passado. Ele já tinha acontecido. Eu não podia impedir que a ferissem, que a marcassem, que a transformassem na mulher que se esconde de si mesma, e por mais raiva que eu sinta daqueles maledettos que a agrediram, não posso ressuscitar para fazê-los pagar com minhas próprias mãos. Mas pelo menos agora, eu podia impedir que ela se escondesse de mim.Ela estava ali, nos meus braços, e eu acariciava cada centímetro dela como se minha vida dependesse disso. Talvez dependesse mesmo. Eu nunca me senti assim por ninguém. Eu já tinha desejado mulheres antes, já tinha me encantado, me apaixonado, mas nunca tinha sentido essa necessidade de fazer alguém se sent