Capítulo 248 Ivete Acordei com uma leveza que há muito tempo não sentia. Durante anos, guardei minha história dentro de mim como um segredo sujo, um peso que me impedia de respirar livremente. Mas agora… agora Fred sabia. E ele continuava aqui. Virei o rosto devagar e encontrei-o ao meu lado, dormindo tranquilamente. O peito subia e descia em um ritmo sereno, e sua mão ainda estava pousada sobre minha cintura, como se quisesse garantir que eu não sumiria. Sorri sozinha. Eu era dele, mas, acima de tudo, estava aprendendo que ainda era de mim mesma. Saí da cama sem fazer barulho e fui até o banheiro. Lavei o rosto, passei uma água nos cabelos e, ao sair, tirei o uniforme que acabei dormindo e me peguei olhando no espelho depois de tanto tempo sem fazer isso por conta própria. Talvez ele tivesse razão, eu não fosse tão feia quanto pensava. A minha barriga reta, uma cintura discreta, mas pernas bonitas. Os seios eu evitei, embora já não estivesse tão feias as cicatriz
Capítulo 249FredAndei de um lado para o outro no corredor, sentindo o peso da ansiedade no peito. Já fazia alguns minutos que eu tinha deixado Ivete sozinha com o presente, e agora tudo o que eu conseguia pensar era: Ela aceitou?A ideia de que ela poderia simplesmente ignorar o vestido e o hijab, continuar com seu uniforme largo e fingir que nada aconteceu me deixava inquieto. Eu queria que ela se visse como eu a via. Queria que ela soubesse que não precisava se esconder de mim. Mas será que ela confiava o suficiente para dar esse passo?Suspirei, passando a mão pelos cabelos, tentando manter a calma. Não queria parecer um idiota desesperado, principalmente perto dos soldados da casa. Mas, droga, eu estava desesperado.De repente, ouvi o som de passos no chão polido. Meu coração pulou uma batida, e quando olhei para frente, senti o mundo sair do eixo.Ivete apareceu no final do corredor.E eu quase esqueci como se respirava.O vestido vermelho envolvia seu corpo de uma maneira tão
Capítulo 250 Fred Eu segurei a mão de Ivete e a levei para fora, sentindo a energia radiante que ela emanava. Ela estava diferente hoje. Mais leve, mais solta. E eu sabia que isso significava muito para ela. — Agora me conta, onde você vai me levar com esse vestido escandaloso? — Ivete perguntou, olhando ao redor, enquanto caminhávamos até o carro. — Escandaloso? Eu diria perfeito. — Abri a porta para ela entrar. — E vamos ao melhor restaurante da Rússia. Ela parou no meio do movimento e me encarou. — Fred… você sabe que eu não como pouco, né? — Seu olhar era sério. — Sei. — E que eu nunca usei tantos talheres na vida? — Eu te ensino. — E que eu vou comer tanto que você vai se arrepender de me trazer? — Ivete, só entra no carro. — Soltei uma risada, pegando-a pela mão. — Tá bom, tá bom! Mas se eu passar vergonha, eu juro que… — Você nunca passa vergonha. Ela rolou os olhos, mas sorriu. Assim que chegamos ao restaurante, percebi que Ivete não con
Capítulo 251 Ivete Ainda parecia um sonho. Eu nunca estive num lugar tão chique. Nunca vesti algo tão bonito. Nunca pensei que sentiria algo assim... um calor no peito que não vinha da comida quente ou do ambiente sofisticado, mas da felicidade pura e genuína que se espalhava dentro de mim. Minha senhora me considera amiga. "Amiga". A palavra ecoava na minha mente enquanto eu segurava o celular de Fred, ainda em choque com o que tinha acabado de ouvir. Meu Deus, minha senhora… Maria Eduarda… a mulher que eu tanto admirava, que me ensinou a ser mais forte, que me mostrou que eu não precisava viver escondida na cozinha, que atirar seria muito mais interessante. Ela me vê como amiga. Senti meu peito se encher de um jeito que nunca aconteceu antes. — Fred… — Comecei, mas não sabia nem como terminar. Ele apenas sorriu e pegou minha mão sobre a mesa. O toque dele era quente, firme, confortável. Como se dissesse que ele entendia, que estava ali comigo nesse mom
Capítulo 252 Ivete Fred apenas sorriu, tentando me acalmar. — Ivete, relaxa… — Relaxar?! — Virei para o garçom, séria. — Moço, onde está o gerente? Quero saber se tem um parcelamento sem juros! Fred soltou uma gargalhada, segurando meu pulso antes que eu me levantasse. — Ivete, para com isso. Não é necessário. — Para com isso?! Meu fígado vai ser leiloado depois dessa conta! Ele estava chorando de rir agora. — Você não quer discutir com o dono do lugar. Tenho certeza, então senta. — E quem é esse magnata? Aposto que posso negociar. Fred deu um sorriso malandro. — Yuri Pushkin. Eu congelei. — Ah, não. O garoto bravo?! — Meu amigo, Ivete. O garçom, que estava segurando a conta, de repente puxou o papel de volta e se curvou ligeiramente. — Perdão pelo engano, senhor. Eu pisquei, confusa. — Engano? Que diacho é isso? Eu não vou pagar mais caro. O cliente tem direito de escolher quando tem dois preços, sabia? O garçom pigarreou e, num tom mais formal,
Capítulo 253 Fred Eu nunca me diverti tanto quanto ao ver Alexei completamente sem palavras. O Don, sempre tão astuto e imponente, ficou paralisado, encarando Ivete como se visse um fantasma. O orgulho inflou meu peito. Ela tinha conseguido. Estava irreconhecível. Eu sabia que ela era bonita, mas vê-la se transformando diante de todos, arrancando reações de surpresa e admiração, me deu uma satisfação inesperada.Porém, essa satisfação logo se misturou com outra coisa. Um incômodo estranho. Malu rodopiava Ivete, elogiando cada detalhe do vestido, dos sapatos, do cabelo. O mordomo que desceu as escadas em seguida, assobiou e deu um sorriso malicioso. — Caramba, Ivete… Olha só você — comentou, cruzando os braços. — Fred, você tem certeza que quer que ela fique assim andando por aí? Eu ri, mas um desconforto crescia dentro de mim. O mordomo não era o único encarando Ivete com novos olhos. Até Alexei, depois de se recuperar do choque, analisava-a de cima a baixo como se t
Capítulo 254 Fred O ar ao nosso redor parecia eletrificado. Eu podia ouvir meu próprio coração batendo alto, o sangue correndo quente em minhas veias. Ivete não se moveu, não fugiu, não se escondeu. Apenas abriu os olhos lentamente, me encarando pelo espelho com uma expressão de expectativa e provocação. — Quero sentir você fazer o que disse. Tire minha toalha devagar, me faça acreditar que fiz a melhor escolha da minha vida em me despir pra você. Porra. Foi tudo o que precisei ouvir para enlouquecer. Meus dedos envolveram o encosto da cadeira e, com um único movimento, puxei-a para trás, fazendo Ivete ofegar levemente com o impacto. Me abaixei ao lado dela, minhas mãos deslizando lentamente pelos seus braços até alcançar a ponta da toalha. Eu podia sentir o calor da pele dela através do tecido, e isso só me incendiou ainda mais. — Você não faz ideia do que acabou de me dar, Ivete — sussurrei, aproximando meus lábios do seu pescoço. — Mas eu vou te mostrar. Soltei
Capítulo 255 Fred Minha respiração estava pesada, meus dedos apertavam a pele quente de Ivete enquanto eu a segurava no colo. O corpo dela estava completamente entregue, e eu podia sentir o calor pulsante entre suas pernas, pressionando contra mim. Meus olhos percorreram cada centímetro da pele dela, absorvendo cada detalhe que por tanto tempo me foi negado. Desci os lábios pelo pescoço dela, mordiscando e beijando, sentindo o gosto da sua pele e ouvindo seu suspiro trémulo contra meu ouvido. Minhas mãos deslizaram pelas costas nuas, segurando-a firme enquanto a levava até a cama. Deitei-a sobre os lençóis macios e a admirei por um momento, absorvendo o brilho de desejo em seus olhos. Eu não conseguia mais pensar em nada que não fosse tocá-la, senti-la completamente minha. Subi sobre ela, encaixando meu corpo contra o dela, e afundei meus lábios novamente em seus seios. Minha língua deslizou em círculos ao redor do bico rígido, enquanto minha mão percorria sua coxa e sub