Capítulo 251 Ivete Ainda parecia um sonho. Eu nunca estive num lugar tão chique. Nunca vesti algo tão bonito. Nunca pensei que sentiria algo assim... um calor no peito que não vinha da comida quente ou do ambiente sofisticado, mas da felicidade pura e genuína que se espalhava dentro de mim. Minha senhora me considera amiga. "Amiga". A palavra ecoava na minha mente enquanto eu segurava o celular de Fred, ainda em choque com o que tinha acabado de ouvir. Meu Deus, minha senhora… Maria Eduarda… a mulher que eu tanto admirava, que me ensinou a ser mais forte, que me mostrou que eu não precisava viver escondida na cozinha, que atirar seria muito mais interessante. Ela me vê como amiga. Senti meu peito se encher de um jeito que nunca aconteceu antes. — Fred… — Comecei, mas não sabia nem como terminar. Ele apenas sorriu e pegou minha mão sobre a mesa. O toque dele era quente, firme, confortável. Como se dissesse que ele entendia, que estava ali comigo nesse mom
Capítulo 252 Ivete Fred apenas sorriu, tentando me acalmar. — Ivete, relaxa… — Relaxar?! — Virei para o garçom, séria. — Moço, onde está o gerente? Quero saber se tem um parcelamento sem juros! Fred soltou uma gargalhada, segurando meu pulso antes que eu me levantasse. — Ivete, para com isso. Não é necessário. — Para com isso?! Meu fígado vai ser leiloado depois dessa conta! Ele estava chorando de rir agora. — Você não quer discutir com o dono do lugar. Tenho certeza, então senta. — E quem é esse magnata? Aposto que posso negociar. Fred deu um sorriso malandro. — Yuri Pushkin. Eu congelei. — Ah, não. O garoto bravo?! — Meu amigo, Ivete. O garçom, que estava segurando a conta, de repente puxou o papel de volta e se curvou ligeiramente. — Perdão pelo engano, senhor. Eu pisquei, confusa. — Engano? Que diacho é isso? Eu não vou pagar mais caro. O cliente tem direito de escolher quando tem dois preços, sabia? O garçom pigarreou e, num tom mais formal,
Capítulo 253 Fred Eu nunca me diverti tanto quanto ao ver Alexei completamente sem palavras. O Don, sempre tão astuto e imponente, ficou paralisado, encarando Ivete como se visse um fantasma. O orgulho inflou meu peito. Ela tinha conseguido. Estava irreconhecível. Eu sabia que ela era bonita, mas vê-la se transformando diante de todos, arrancando reações de surpresa e admiração, me deu uma satisfação inesperada.Porém, essa satisfação logo se misturou com outra coisa. Um incômodo estranho. Malu rodopiava Ivete, elogiando cada detalhe do vestido, dos sapatos, do cabelo. O mordomo que desceu as escadas em seguida, assobiou e deu um sorriso malicioso. — Caramba, Ivete… Olha só você — comentou, cruzando os braços. — Fred, você tem certeza que quer que ela fique assim andando por aí? Eu ri, mas um desconforto crescia dentro de mim. O mordomo não era o único encarando Ivete com novos olhos. Até Alexei, depois de se recuperar do choque, analisava-a de cima a baixo como se t
Capítulo 254 Fred O ar ao nosso redor parecia eletrificado. Eu podia ouvir meu próprio coração batendo alto, o sangue correndo quente em minhas veias. Ivete não se moveu, não fugiu, não se escondeu. Apenas abriu os olhos lentamente, me encarando pelo espelho com uma expressão de expectativa e provocação. — Quero sentir você fazer o que disse. Tire minha toalha devagar, me faça acreditar que fiz a melhor escolha da minha vida em me despir pra você. Porra. Foi tudo o que precisei ouvir para enlouquecer. Meus dedos envolveram o encosto da cadeira e, com um único movimento, puxei-a para trás, fazendo Ivete ofegar levemente com o impacto. Me abaixei ao lado dela, minhas mãos deslizando lentamente pelos seus braços até alcançar a ponta da toalha. Eu podia sentir o calor da pele dela através do tecido, e isso só me incendiou ainda mais. — Você não faz ideia do que acabou de me dar, Ivete — sussurrei, aproximando meus lábios do seu pescoço. — Mas eu vou te mostrar. Soltei
Capítulo 255 Fred Minha respiração estava pesada, meus dedos apertavam a pele quente de Ivete enquanto eu a segurava no colo. O corpo dela estava completamente entregue, e eu podia sentir o calor pulsante entre suas pernas, pressionando contra mim. Meus olhos percorreram cada centímetro da pele dela, absorvendo cada detalhe que por tanto tempo me foi negado. Desci os lábios pelo pescoço dela, mordiscando e beijando, sentindo o gosto da sua pele e ouvindo seu suspiro trémulo contra meu ouvido. Minhas mãos deslizaram pelas costas nuas, segurando-a firme enquanto a levava até a cama. Deitei-a sobre os lençóis macios e a admirei por um momento, absorvendo o brilho de desejo em seus olhos. Eu não conseguia mais pensar em nada que não fosse tocá-la, senti-la completamente minha. Subi sobre ela, encaixando meu corpo contra o dela, e afundei meus lábios novamente em seus seios. Minha língua deslizou em círculos ao redor do bico rígido, enquanto minha mão percorria sua coxa e sub
Capítulo 256 Don Alexei Kim Eu observava a movimentação na casa, absorto em meus próprios pensamentos, quando vi que a porta foi aberta. Malu entrou, com um sorriso ligeiramente sarcástico, como se soubesse exatamente o que se passava pela minha mente. — Você está distraído, Alexei. Deve ser por causa das crianças, não é? — Ela comentou, se aproximando e sentando ao meu lado — São maravilhosos, mas dois... Eu a olhei por um momento, tentando encontrar as palavras certas. As crianças eram um bom motivo para preocupação, claro, mas o que realmente me consumia naquele momento era Ivete. A mudança dela havia me deixado perplexo. Porque teve essa transformação tão repentina? A mulher que acabei de ver, não era mais a mesma que passou tanto tempo em minha casa. Ela estava bem vestida, sem a velha touca e com um ar de confiança que nunca tinha demonstrado antes. Eu não sabia o que pensar disso. — Não é só isso, Malu. Ivete... Ela está diferente. Eu não a reconheço mai
Capítulo 257 Ivete Acordei com os primeiros raios de sol atravessando a cortina do quarto. Por um instante, me permiti apenas respirar fundo e apreciar aquele momento de tranquilidade. No entanto, fui surpreendida ao ouvir a porta se abrir suavemente. Levantei ligeiramente a cabeça e saltei da cama. Ao me ver pelada, de peito balangando e cabelo bagunçado, arranquei a cortina depressa e senti algo caindo sobre a minha cabeça. — Ah! Caramba! — Destruí a cortina. Vi Fred entrar com uma sacola grande nas mãos, um sorriso discreto no rosto. — Bom dia, Ivete. Não precisa se cobrir. Trouxe algo para você — disse ele, caminhando até a cama e pousando a sacola ao meu lado. Olhei para ele, curiosa, e então para a sacola. Fiquei triste quando vi o rasgo na cortina, mas era tarde. Fred observou o estrago. — Depois eu dou um jeito nisso. Agora abra a sacola... Meu coração bateu mais rápido quando a abri e vi o que havia dentro: vestidos, conjuntos modernos d
Capítulo 258 Ivete A gente precisa saber escolher as batalhas que quer lutar. Essa, por exemplo, eu sabia que não era minha. Então, levantei as mãos e dei um passo para trás, antes que Don Alexei resolvesse testar a minha resistência ao impacto de balas. — Don Alexei, veja bem, os bezerrinhos crescerão fortes e saudáveis! Mas se preferir, posso chamá-los de leõezinhos, filhotes de tigre... ou quem sabe pequenos imperadores? Tem tanta opção! — abri meu sorriso mais encantador, mesmo com a mãe dele ainda segurando uma almofada como se fosse um escudo de batalha. Alexei apenas me lançou aquele olhar de quem estava considerando se valia a pena me jogar pela janela ou não. Então, ele resmungou algo, balançou a cabeça e voltou a sua atenção para a mãe e os gêmeos. Essa era minha deixa. Dei passos cuidadosos para trás, esperando que ninguém me seguisse, e assim que cheguei na porta, saí em disparada. Meus pés tocaram o chão do corredor como se eu estivesse fugindo de um touro furios