Capítulo 230 Anastasia Kim Sentei no sofá ao lado de Malu, sentindo a adrenalina do treino ainda correndo pelo meu corpo. Tatiana, Duda e Ivete também se acomodaram, todas curiosas para ouvir o que Malu tinha a dizer. Eu ainda estava processando o que acabou de acontecer—o tiro, o acerto com meus olhos fechados, o olhar de Yuri—mas fiz o possível para me concentrar. Malu recostou-se um pouco, acomodando a barriga, e começou a falar com aquele tom de calma e autoridade que só ela tem. Observei seu carinho com os bebês, ela não parou de acariciar nem um segundo. É incrível essa conexão entre uma mãe e um filho. As vezes me pergunto se Ayla chegou a sentir algo pelo menos parecido com isso alguma única vez. . — O que vocês fizeram hoje foi ótimo. Mas saber manejar uma arma é apenas uma parte. A verdadeira força está na estratégia, em saber quando usar e quando recuar — saí dos meus pensamentos com as frases da minha cunhada. Tatiana assentiu, interessada, enquan
Capítulo 231 Anastasia Kim (Dia seguinte) Pisquei algumas vezes, me espreguiçando devagar enquanto sentia a textura dos lençóis contra minha pele. O quarto estava silencioso. Virei um pouco o rosto, e foi quando percebi que Yuri já estava acordado, me observando. Seu braço estava apoiado no travesseiro, a cabeça inclinada enquanto seus olhos percorriam meu rosto com um brilho curioso. — Bom dia — murmurei, rouca pelo sono. Yuri não respondeu de imediato. Apenas ergueu a mão e deslizou os dedos pela minha bochecha, seu toque estava leve e distraído. — Você tem dormido melhor — ele comentou baixinho, o polegar roçando suavemente minha pele. Assenti, sentindo uma sensação reconfortante se espalhar por mim. — Sim. Acho que sim. Ele soltou um pequeno som de aprovação, mas não se afastou. Em vez disso, inclinou-se um pouco mais, seu rosto tão perto que eu podia sentir a respiração dele contra meus lábios. Finalmente me beijou suavemente. Quando se afas
Capítulo 232 Anastasia Kim — Tão linda assim, toda entregue para mim… — Yuri murmurou, os dedos firmes separando minhas coxas um pouco mais. Eu arquejei quando sua língua tocou meu clitóris, desenhando círculos lentos e provocantes. Ele sabia exatamente como me fazer desmoronar, e o fazia com perfeição. Suas mãos seguravam minha cintura com firmeza, mantendo-me imóvel enquanto ele me devorava com dedicação. Minha respiração parecia errada quando ele aprofundou os movimentos, sugando e lambendo em um ritmo torturante. Um de seus dedos deslizou para dentro de mim, movendo-se com precisão, acompanhando o ritmo da língua. — Você está tão molhada… — ele sussurrou contra minha pele antes de voltar a me lamber. Eu enterrei os dedos no lençol, mordendo o lábio para não gemer alto demais. Mas Yuri não queria silêncio. Com a outra mão, ele deslizou por meu quadril até alcançar meu seio, apertando-o com possessividade antes de beliscar meu mamilo. — Quero te ouvir, Anas
Capítulo 233 Yuri Pushkin Anastasia dormia ao meu lado, a respiração calma e profunda, a pele ainda quente contra os lençóis. Observei-a por um instante, o peito subindo e descendo suavemente, os cabelos espalhados sobre o travesseiro. Ela parecia tão serena, mas eu não conseguia dormir. Desvencilhei-me com cuidado do seu abraço, movendo-me lentamente para não despertá-la. Beijei seu ombro antes de me levantar, pegando a calça que estava jogada no chão. Meu corpo ainda carregava os vestígios do que havíamos feito, mas minha mente já estava longe, mergulhada nos problemas que não me deixavam em paz. Saí do quarto em silêncio e fui direto para meu escritório. A mesa estava coberta de papéis, anotações e diagramas. Mapas de rotas de transporte, esquemas de segurança da mansão Kim, e os arquivos que consegui reunir sobre a máfia japonesa. Me sentei na cadeira, esfregando o rosto com as mãos antes de pegar um dos documentos. Os japoneses não atacam sem um propósito claro.
Capítulo 234 Don Alexei Kim Acordei com um incômodo estranho. O quarto estava em silêncio, a luz da manhã entrando suavemente pelas cortinas, e por um momento, tudo parecia normal. Então senti um movimento ao meu lado. Maria Luíza estava deitada de costas, a respiração irregular, a testa franzida. Sua mão segurava firme a borda do lençol, os dedos tensos. — Malu? — Minha voz saiu rouca pelo sono, mas o alerta já se acendeu dentro de mim. Ela demorou um segundo para responder, como se estivesse processando. — Está tudo bem… — murmurou, sem me olhar. Mas não estava. Me apoiei no cotovelo, observando seu rosto. Seu peito subia e descia mais rápido do que o normal, e quando minha mão deslizou sobre sua barriga, senti os músculos tensos, como se houvesse uma pressão interna acontecendo. — Você está com dor? — Ela hesitou. E essa hesitação foi a merda da confirmação. — Malu… — Minha voz ficou mais grave. Ela fechou os olhos com força. — Eu não queria te preocupar
Capítulo 235 Don Alexei Kim Eu nunca fui um homem de esperar. Nunca tolerei a ineficiência. Mas naquele momento, tudo dentro de mim estava à beira de um colapso. Assim que Malu foi levada para a sala de triagem, os médicos a cercaram, preparando o ultrassom para verificar a posição dos bebês. Eu permaneci ali, ao lado dela, segurando sua mão com força. Seus olhos estavam pesados, a respiração irregular. — Vai ficar tudo bem, minha linda. Aguenta firme. Eu não vou sair do seu lado, nunca. O gel frio foi espalhado sobre sua barriga, e o médico começou a deslizar o aparelho. A tela iluminou-se com a imagem dos nossos filhos. Mas antes que qualquer explicação fosse dada, o corpo de Malu enrijeceu de repente. Sua cabeça tombou para trás, os olhos reviraram, e um som estrangulado escapou de sua garganta. — O quê…? — Meu coração parou. Então ela começou a convulsionar. — Porra! — gritei, puxando a arma instintivamente. O desespero bateu de uma forma que nunca havia ex
Capítulo 236 Don Alexei Kim Duas horas depois, Malu estava na sala de recuperação, ainda inconsciente. Meus filhos estavam na UTI neonatal, sendo monitorados, mas fora de perigo. Eu estava ao lado da cama dela, segurando sua mão. — Você conseguiu, minha linda. Os dois nasceram bem. Nossa filha é a sua cara… E o menino, bom… parece que puxou minha carranca, mas é garoto mais bonito de todo o hospital. Só perde para Beatrice que claro... Tem o encanto da mãe dela. Sorri, mas era um sorriso cansado. O médico entrou, visivelmente hesitante. — Senhor Kim… Me virei para ele, mas não estava num bom momento para conversar. — Fale. — Precisamos conversar sobre a condição da sua esposa. — Cruzei os braços, impaciente. — Ela teve eclâmpsia. A pressão subiu a um nível crítico, o que causou a convulsão. Se tivéssemos demorado mais para agir, poderíamos ter perdido tanto ela quanto os bebês. Minha mandíbula travou. — Eu já mandei vocês salvarem ela, porra. Voc
Capítulo 237 Anastasia Kim Sofia bocejou e aconchegou-se ainda mais em mim, e ali, com ela em meus braços, senti uma paz que poucas vezes experimentei. Eu ficaria ali até que ela pegasse no sono, sabendo que, quando acordasse, sua família estaria maior. Depois que Sofia adormeceu, a coloquei na cama com cuidado e a cobri com um cobertor macio. Beijei sua testa e saí do quarto com a Neide, fechando a porta devagar. Segui pelo corredor e fui até o quarto da minha mãe. Bati levemente antes de entrar. Ela estava sentada na poltrona, vestida com um roupão escuro, e me observou com seus olhos atentos. Ivete estava ao lado dela, ajeitando um cobertor em suas pernas. — Oi, mãe — disse suavemente, aproximando-me. Ela sorriu com os olhos, expressando o que sentia. Me ajoelhei ao seu lado e segurei sua mão. — Você está bem? Ela assentiu. — Sofia está ansiosa para conhecer os irmãos — contei — E já começou a fazer perguntas difíceis. Neide riu. — A mais di