Capítulo 120 Don Alexei Kim (Uma hora depois) Os meus soldados avançavam pela estrada de terra atrás dos meus primos, com uma precisão militar. Cada veículo estava lotado com meus homens, armados e prontos para o que viesse. Nazar dirigia o carro principal, ao meu lado, com Yuri e Fred no banco de trás. — Don — Yuri começou, quebrando o silêncio. — Alguma instrução específica? Virei levemente a cabeça para ele. — Sim. Não faça nada até eu mandar. Ele assentiu, calado. Era uma ordem simples, mas carregava o peso de um aviso. Eu não toleraria um erro dele. Chegamos ao portão principal da propriedade. Dois guardas desatentos estavam encostados, fumando, mas antes que pudessem reagir, meus homens os neutralizaram em silêncio. O portão foi aberto, e os soldados entraram. A mansão onde Nikolay e Areta estavam, era luxuosa, mas o que chamou minha atenção foi a cena à beira da piscina. Os dois estavam relaxados, como se o mundo ao redor não existisse. Areta
Capítulo 121 Maria Luíza Duarte A manhã estava serena, mas eu sabia que precisava escolher as palavras certas. Alexei havia voltado na madrugada com Yuri e Fred, todos visivelmente cansados. Ele me contou por alto o que tinha acontecido com seus primos, mas agora a minha mente estava ocupada por outro assunto. Enquanto ele terminava de organizar algumas coisas no escritório, respirei fundo e entrei no cômodo. — Alexei, posso te pedir uma coisa? — minha voz saiu mais baixa do que eu esperava. Ele inclinou a cabeça, me analisando, e sorriu levemente. — Claro. O que foi, meu amor? Me aproximei, sentando-me no braço da poltrona onde ele estava. Coloquei uma das mãos sobre seu ombro, sentindo a tensão que ainda residia ali. — Eu queria saber... — fiz uma pausa, escolhendo bem as palavras. — Se posso contar sobre a gravidez para a minha família. E aqui, para todos os outros. Alexei estreitou os olhos ligeiramente, mas não era um olhar de desaprovação. Era apena
Capítulo 122Um mês depois – Aniversário de SofiaMaria Luíza Duarte A casa estava deslumbrante, como um verdadeiro conto de fadas. Era impossível não sorrir ao olhar para cada canto decorado com flores, balões em tons pastéis e detalhes pensados exclusivamente para a nossa pequena princesa. Sofia completava seu primeiro aninho, e eu não poderia estar mais feliz.A comemoração era ao ar livre, no imenso jardim da nossa casa. Uma tenda branca abrigava as mesas com toalhas de renda, doces finos e o bolo magnífico de três andares com delicadas flores comestíveis. Sofia estava no meu colo, usando um vestido rosa claro que combinava perfeitamente com a tiara dourada em seus cabelos finos. Ela ria ao ver os enfeites e, vez ou outra, tentava agarrar algum balão que flutuava perto de nós.— Nossa menina está linda demais — Alexei sussurrou, aproximando-se com um sorriso cheio de ternura. Ele passou o braço pela minha cintura e beijou o topo da cabeça de Sofia, que soltou uma gargalhada.— É
Capítulo 123 Maria Luíza Duarte (3 meses depois) A vida na família Kim é bastante agitada, embora Alexei não me deixe intervir nos negócios mais perigosos, eu sempre estou nesse meio de alguma forma. A minha barriga de cinco meses está enorme, já começou a ficar difícil de segurar a Sofia no colo, mas quem resiste a essa gostosura? — Mamãe, olha... aqui! — falou toda fofinha, pausadamente, mostrando a florzinha vermelha entre as brancas no jardim, com o dedinho apontado e aquele sorrisinho onde ainda faltavam alguns dentes. — É linda, meu amor. Vamos deixá-la aí para que cresça mais, não é? — ela ficou me olhando e negou mexendo a cabecinha — Você quer a florzinha, meu anjo? Sofia apontou novamente pra flor. — Tudo bem. Ela parece meio perdida perto das outras, vamos colocar num vasinho, meu amor? — sorri pra pequena que agora me deu um sorriso lindo, mostrando parte da gengiva onde não nasceram os dentes de trás. Quando tirei a flor, Sofia par
Capítulo 124 Don Alexei Kim O motor do carro rugia enquanto eu dirigia como um louco pela estrada. A cada curva, meu coração batia mais forte. O medo e a fúria se misturavam como um coquetel explosivo. Fred continuava a me guiar pelo rádio, mas cada segundo parecia uma eternidade. — Mais dois quilômetros à frente, Don! Siga pela direita no cruzamento. — Fred falava rapidamente. — Entendido. Espero que você esteja certo, Fred, ou juro que vou acabar com quem cruzar meu caminho! Apertei ainda mais o volante, meus olhos focados na estrada, enquanto passava por cima de cones de trânsito e quase atropelava um motorista desavisado. — Don, o sinal... — Fred hesitou do outro lado da linha. — Que se foda se está fechado, vou atravessar. — Não Don, ele falou de outro sinal. — Yuri comentou e meu desespero aumentou. — Quê? — Está fraco, o sinal. Estou tentando rastrear, mas parece que eles estão usando algum bloqueador de sinal. — COMO ASSIM? — Gritei no rádio. — VOCÊ DIS
Capítulo 125 Don Alexei Kim O motor do carro ressoava alto enquanto estacionávamos a algumas quadras do prédio informado. Minhas mãos ainda tremiam de raiva, mas eu precisava manter o foco. Malu e Sofia estavam em algum lugar, e nada nem ninguém iria me impedir de encontrá-las. Virei para Yuri enquanto ajustava meu relógio. — Vamos entrar devagar. Não quero barulho até termos certeza. Fred continua monitorando, e eu lidero a operação. Se alguém for pego de surpresa, resolva. Entendido? Yuri e os outros homens acenaram afirmativamente, todos armados e preparados. Saímos dos carros e caminhamos pelas ruas estreitas e mal iluminadas, os sons de Moscou abafados pela tensão no ar. O prédio indicado estava à nossa frente. Era um bloco antigo, com janelas sujas e paredes descascadas, perfeito para esconder gente suja. — Dois na retaguarda, dois na entrada. Quero tudo coberto. Yuri, comigo. Entramos silenciosamente no saguão. O lugar cheirava a mofo. Lá no fundo, um
Capítulo 126Don Alexei KimEu nunca fui homem de rezar, mas enquanto nosso carro avançava pelas ruas de Moscou, com Malu desfalecida nos meus braços e Sofia agarrada ao peito de um dos meus homens, eu me peguei sussurrando orações para qualquer poder superior que quisesse ouvir.Yuri dirigia como um louco, passando por sinais vermelhos e desviando de outros veículos sem a menor hesitação. Cada segundo que passava parecia uma eternidade. O som do motor rugindo ecoava como uma contagem regressiva para o pior.— Don, estamos quase lá — Yuri disse, olhando rapidamente pelo retrovisor.Malu estava pálida, sua respiração fraca. Sofia soluçava baixinho, seu pequeno corpo tremendo. Meu coração estava em pedaços, mas minha mente permanecia afiada.— Acelere, Yuri. Não quero ouvir desculpas, só quero que cheguemos a tempo.— Sim, Don. — Ele apertou ainda mais o pé no acelerador, e o carro praticamente voou pelas ruas.— Vem com o papai, princesa... — segurei a Sofia para que se acalmasse, enqu
Capítulo 1 Maria Luíza Duarte Desci as escadas de casa correndo, com um sorriso no rosto e um envelope na mão. Eu queria surpreender o Marco, contar sobre o laudo médico e como os resultados foram bons. A porta de Marco estava apenas encostada. Coloquei a mão na maçaneta e a abri devagar. Meu coração acelerou imediatamente. — Marco? — Uma dor aguda atravessou meu peito. Marco estava ali... completamente nu, sobre outra mulher, que gemia enquanto se agarrava ao pescoço dele. No mesmo sofá onde eu estive ontem, onde ele tentou me tocar, mesmo sabendo que era um dos soldados do meu pai, e eu poderia ser exilada por isso. A cena ficou gravada em minha mente. Ele parecia tão satisfeito com ela. Ouvi seus gemidos de prazer quando ele se afundou entre suas pernas, e aquilo queimou dentro de mim. Amassei o envelope na mão e joguei com força em Marco, e ele se levantou num salto, surpreso. — MALU? CO... COMO VEIO PARAR AQUI? — gritou, ainda nu, enquanto avançava na minha dire