Jane nem conseguiu ter uma reação imediata. — Ah… calma, como assim? Não entendi. — Ela estava sentindo-se estúpida. — Eu só tenho uma casa, Wayne. — A partir de hoje, pode considerar que tem duas, então. — Ele falou tranquilamente e Jane continuou a encará-lo. Ele estava voltado para a estrada, mas podia sentir o olhar dela sobre ele. — Estamos indo para a minha casa, Jane. — Por quê? “É, Wayne, por quê?”, ele se perguntou e limpou a garganta. — Porque é mais seguro, Jane. A sua casa foi invadida e eu prefiro que fique comigo do que ali, desprotegida. Ainda mais com a perna desse jeito. — Ele falou e Jane ainda estava chocada. — Vou contratar uma enfermeira para ajudá-la. Minha casa tem uma estrutura mais… fácil. Jane abriu a boca algumas vezes, tentando encontrar as palavras corretas, mas uma das dificuldades era decidir exatamente o que ela diria. — Wayne, eu agradeço, mas isso é demais. — ela engoliu a saliva, sentindo como se pudesse se sufocar. — Você me operou e não cobr
Jane estava ficando toda vermelha e Wayne aproximou ainda mais o rosto do dela. A razão dizia a ela que Wayne não podia estar falando sério, ela não era desejável, não como estava. Porém, não foi ele mesmo que disse que a queria? E… parecia de fato excitado. Além disso, não era como se ele precisasse aplicar qualquer tipo de golpe nela. No máximo, ele queria sexo. Isso não era ruim, era? “Pelo menos se eu me for, não terei arrependimentos!”Jane colocou a mão na nuca de Wayne e o puxou mais para ela, selando os lábios deles. Wayne queria se acomodar no meio das pernas dela, mas com a perna quebrada, ele temia que acabaria machucando Jane. Ele era muito maior do que ela, e mais largo. Sendo assim, ele colocou apenas uma das pernas dele ali, encostando o joelho na intimidade de Jane, pela calcinha. Ela gemeu. — Droga, eu não sei como… — ele falou, pensando nas possibilidades. Se fosse ele com a perna quebrada, ela poderia sentar nele. E colocá-la de quatro não era uma boa ideia, já qu
Uma moça de aproximadamente vinte e seis anos entrou, com os cabelos presos num coque baixo, com uma rede em volta dos fios, e um uniforme de enfermeira. Ela olhou para Jane e sorriu calorosa. — Olá! Eu sou Adrienne Powell! — ela se apresentou e Jane sentiu uma simpatia imediata pela moça de pele âmbar. — Serei sua nova enfermeira daqui para frente. Se tudo der certo. Era nítido que a jovem estava nervosa e Wayne olhou para Jane, esperando ver se ela aprovava ou não. Pela expressão doce do rosto dela, ele entendeu como um positivo. — Desde que cuide bem de Jane e ela se sinta bem, já deu certo. — Wayne disse e suspirou. — Senhorita Powell, eu recebi ótimas recomendações da senhorita. Espero que atenda às expectativas. — Eu também! — ela soltou sem pensar e apertou os lábios, olhando para baixo, encabulada. Jane a achou fofa. — Perdão, essa é a primeira vez que trabalho sozinha assim. Wayne sabia disso e ficou inclusive um pouco apreensivo sobre as capacidades da moça. Ela não era
— Hey! — Eve reclamou ao ver um homem entrando na frente dela, na fila. Ele não se moveu e ela o cutucou nas costas, chamando-lhe a atenção. — Não pode fazer isso. Com licença! O homem se virou e, para Eve, parecia que o tempo se movia em câmera lenta. Por um segundo, ela ficou embasbacada com a visão: alto, olhos verdes, cabelos escuros perfeitamente penteados, traços que ela considerou muito harmoniosos, como uma estrela de Hollywood. Mas o encanto durou apenas até que ele abrisse a boca. — Por que está me cutucando? Qual o seu problema? — A frieza não só na voz, como no olhar, deixaram Eve com ainda mais raiva. O homem claramente era rico, pelo terno feito sob-medida, mas sem um pingo de educação!— Eu quem pergunto! O senhor furou a fila! — Ela olhou para trás, com uma das mãos na cintura, e viu que não tinha mais ninguém além dela. Ao se voltar para a frente, o homem já estava com as costas para ela. Eve ajeitou os óculos no rosto e o cutucou novamente. — O senhor ouviu? Ele
"Ele deve ser o pai da Rose, Archer Galloway!", ela pensou, já que aquele homem tinha os mesmos olhos do bebê que ela cuidaria de agora em diante. "Como eu não me dei conta disso antes?" Eve queria muito dizer uns bons desaforos para aquele homem, porém, se ele era mesmo o pai da criança, poderia demiti-la. E, naquele momento, Eve precisa muito de um emprego. Ela respirou fundo. — Eu sou Everleigh Johnson, senhor. — Ela lançou um sorriso caloroso para ele e ofereceu a mão, mas a carranca dele aumentou.— Está me seguindo, é isso? Como entrou aqui?! — Ele praticamente rosnou. — Quer saber? Eu vou chamar a polícia, agora mesmo! O sangue de Eve congelou nas veias. Polícia? Ela não podia ter problemas com a polícia! — Senhor, eu… Eu sou apenas a…Archer segurou ferozmente o braço de Eve, que choramingou. Ele afrouxou um pouco o aperto, mas não a soltou, arrastando-a para fora do quarto. Eles desceram as escadas e Shannon, que estava antes saltitando de felicidade, murchou assim que v
Eve deu um passo para trás e colocou a mão na cabeça da criança, como se a consolasse após ouvir aquelas palavras horríveis. “Esse homem não merece esse neném lindo!”, Eve ficou chorosa. Ela não compreendia como um pai podia falar daquele jeito. — O que você quer dizer com isso? — Shannon questionou. — Tem um apartamento. Roselyn vai ficar lá com a babá, eu as manterei com tudo o que for necessário. — Menos a sua presença. — Shannon parecia chorar. — Eu não posso, ok? Ainda não consigo digerir isso.— Se não saísse por aí com mulheres aleatórias, em vez de se casar de uma vez, isso não teria acontecido!”— Não vou discutir! — Archer falou e o som dele se afastando foi ouvido por Eve.Eve retornou para dentro do quarto e fez a criança dormir. Quando já estava para sair, Shannon estava na sala, esperando por ela. — Você nem jantou! — Ela disse. — Não tem problema. Vou comer em casa. — Eve respondeu e sorriu fraco. — Até amanhã, sra. Ballilis.— Eve… Eu tenho que te dizer uma cois
Archer se virou com calma. Ele não queria ter parado em loja nenhuma porque se alguém o reconhecesse… — Quem é você? — Ele perguntou, franzindo a testa. Aquela pessoa não lhe era estranha. O homem, de cabelos curtos e óculos, com uma barba cheia, sorriu, estendendo a mão. — Eu sou David Thomas! — Ele se apresentou e Archer inspirou fundo. Aquele era o "repórter perigo". O homem que sempre entregava os maiores furos das celebridades. "Mas que inferno!", Archer praguejou mentalmente. Ninguém sabia da existência de Rose. Ele não havia informado ao público, ainda mais que a mãe da criança havia simplesmente a abandonado na porta da casa dele e sumido! Eve se aproximou, Rose no colo e o bebê-conforto na outra mão. — Prontinho — Ela falou, esticando o cartão Black para Archer. — Quem é essa? — David perguntou, sorridente. — E que criança mais linda! — Não vê que é a filha deles? — A senhora idosa, que não havia se afastado, respondeu. Archer apertou os lábios, pensando que
— O senhor vai descontar do meu salário? — Ela perguntou calmamente. Archer pensou inicialmente que Eve estivesse se fazendo de boba, até perceber no olhar dela que não, ela realmente não havia compreendido a malícia nas palavras dele. Ele apenas engoliu em seco. — Vou.A expressão de Eve murchou e ela olhou para baixo, tristonha. — Eu compreendo. Perdão, novamente. — Eve disse, derrotada. Antes de Archer falar qualquer coisa, ouviu-se um barulho alto, um ronco. Eve, com o rosto vermelho de vergonha, levou a mão à barriga e olhou de esguelha para Archer.— Isso…— ele começou a perguntar. Eve se levantou rápido, o rosto queimando. — Isso daí foi a sua barriga roncando? — Archer perguntou e Eve o olhou, mas logo desviou o olhar. — Se está com fome, por que não vai comer? Ela apertou os lábios e se virou para Archer. — Eu comeria, mas não tem nada, aqui. O que tinha eu usei para alimentar Rose. — Ela inspirou fundo, enquanto Archer parecia não compreender o que ela falava. — Pr