AgathaAssim que chegamos a casa, Danilo disse estar com sono.Ele brincara bastante com as outras crianças e seu cansaço era visível. Levei-o para seu quarto, lhe dei banho e o coloquei para dormir. Ainda era cedo, então o deixaria dormir só até a hora do jantar.Entrei no meu quarto após deixar meu filho dormindo no dele e fui surpreendida com braços fortes envolvendo minha cintura.— Estou com saudade, Agatha, — Michel inspirou meu cheiro. — Para de me torturar e me deixar te tocar. — pediu beijando meu pescoço.— Michel…— Sei que você também está com saudade das nossas transas, eu quero muito te foder e sei que você quer ser fodida, então vamos dar o que nosso corpo quer.— Meu corpo não me controla Michel. — saí dos seus braços. — Você me magoou bastante durante esse mês, me deixou aqui sozinha por vários dias, vive mais na empresa do que aqui, foge do que sente e só me procura quando quer sexo. Desculpa, mas tenho dignidade.— Agatha…— Me diz o que há aqui dentro qu
Agatha Após terminar meu banho, saio do banheiro enrolada em uma toalha e sigo para o closet. Pego um conjunto de lingerie e um vestido soltinho e me visto. Prendo o cabelo em um coque e saí do quarto. Suspirei assim que a porta se fechou atrás de mim e fui até o quarto do meu filho e conferi se ele ainda estava dormindo. Entrei em seu quarto e caminhei devagar até sua cama e me inclinei dando-lhe um beijo em sua testa. Não consegui controlar as lágrimas que vieram ao meu rosto ao lembrar tudo o que Michel falou e um aperto se deu em meu peito. Quando engravidei do Danilo só tinha 15 anos, uma menina ainda e a primeira coisa que Guilherme me pediu ao ouvir que eu estava grávida foi que eu realizasse um aborto. Ali, naquele momento doloroso e angustiante, meu mundo caiu e me desesperei só com a possibilidade de perder meu filho. Um ser inocente que não merecia sofrer pelos erros dos pais. Naquele dia enfrentei o Guilherme e resolvi ali que teria meu filho e o criaria sozinha, n
AgathaViro-me, fixando os meus olhos no rosto sereno de Michel. Ele dorme tão lindamente que preciso esforçar para não suspirar e tocar seu rosto bonito enfeitado pela barba rala que já toma conta de todo seu maxilar.Michel se mexe na cama e abre os olhos e sorri fraco.Pisca os olhos e foca ao seu redor, parecendo meio desnorteado, na certa por dormir por quase doze horas.— Bom dia. — saúdo sorrindo.— Que horas são? — ele pergunta, franzindo o cenho em confusão.— Já passa das seis da manhã. — respondi.— Caramba! — ele passa as mãos pelo cabelo e rosto. — Nunca dormi tantas horas. — resmungou e se virou, fitando meus olhos.— Você estava cansado, Michel, e não era só fisicamente. Falar do seu passado esgotou todas as suas forças. — aleguei.— Ainda me sinto um pouco aéreo. — ele se senta na cama e eu faço o mesmo.— É normal após dormir tantas horas seguidas.— Obrigado por me escutar sem me julgar, por ficar ao meu lado. — ele toca meu rosto e tenta me beijar, mas viro o rosto
Capítulo 31MichelDepois que a Agatha falou que deixaria de dormir no nosso quarto, eu tomei banho e saí de casa sem nem tomar café.Ao chegar na empresa solicitei algo para comer a minha secretária e me joguei no trabalho na tentativa der tirar da minha mente toda a confusão que estava minha vida, mas nada do que eu fizesse durante o dia foi capaz de obter essa proeza.Já passava das dezoito horas da noite quando cheguei em casa, falei com Danilo e meu pai e subi para meu quarto para falar com Agatha e tentar fazê-la voltar na decisão absurda de praticamente vivermos separados morando na mesma casa.— Boa noite, Agatha. — saudei ao entrar no nosso quarto.— Boa noite, Michel.Olhei em volta e vi que boa parte de suas coisas já não estavam mais ali.— Agatha, repense sua decisão. Podemos nos acertar. — pedi buscando de dentro de mim uma calma que eu não tinha.— Ela já foi tomada, Michel, e não voltarei na minha decisão. — Por que você tem que ser tão cabeça dura? Que merda!— Eu nã
Agatha Dias depois…Aperto as mãos com força na vã tentativa de controlar meu nervosismo. Olho para as pessoas a minha frente sem realmente enxergá-las e tento sorrir para disfarçar a angústia que há em meu peito.— Vai dar tudo certo, Agatha. Você conseguirá a guarda do Danilo definitivamente. — minha advogada fala confiante.— Isso mesmo. Guilherme não conseguirá ficar com o seu filho, sendo que ele nunca o quis. — Sarah aperta as minhas mãos em apoio.Minha garganta está travada de emoção. Nunca pensei que teria amigos tão fiéis. Aqui na sala de espera para a audiência da guarda do meu filho está, Sarah, Amely e Cristine. Seus maridos ficaram com os filhos, todos na casa do Michel, mas me deram todo o apoio antes de eu vir para a audiência.O senhor Henry e Michel também ficaram com o Danilo em casa. Eu não quis trazê-lo, não quis sujeitar meu filho a isso.— Estou confiante, mas algo me diz que Guilherme irá jogar baixo para me tirar o meu filho.Eu estava com uma sensação estra
AgathaAndei para fora do fórum, com meu celular em mãos e a chamada para o número de Michel, encaminhada.Ele atendeu no toque e me pediu desculpa por demorar a tender.— Sem problemas, eu quero falar com Danilo.— Claro, vou passar para ele.O ouvi chamar por meu filho e logo a voz de Danilo chegou aos meus ouvidos acalmando meu coração.— Oi, mamãe. A senhora já está vido para casa? Aqui está bem divertido, eu estou brincando na piscina com Helena, Miguel e Milena. — ele falou alegre.— Oi, meu amor. Que bom que está se divertindo! A mamãe demorará um pouco, mas logo, logo estarei aí para brincar com vocês também.— Está certo, mamãe, agora vou brincar. Te amo.— Também te amo meu filho. Beijo e se divirta, em breve estarei com você.— Beijo, mamãe.Ele entregou o celular ao Michel e logo sua voz grossa tomou o lugar da voz fina e alegre do meu filho.— Como estão as coisas por aí?— Estamos na pausa dada pelo juiz para avaliar as provas anexadas ao processo. Como já era esperado,
Agatha— … Decidi que a criança, Danilo Souza Michel, deve ter sua guarda alterada para Guarda Alternada. A Guarda Alternada confere de maneira exclusiva a cada genitor a guarda no período em que estiver com seu filho. Sendo assim alternando‑se os períodos de convívio da criança com cada pai. O que difere da Guarda Compartilhada, onde a guarda é exercida conjuntamente pelos pais, ou por duas, ou mais pessoas conjuntamente de forma que compartilhem o exercício das funções paternas e maternas, no cotidiano da criança/adolescente. Nessa Guarda Alternada o tempo da criança será dividido de forma igualitária entre cada um dos pais.Eu estava chocada coma decisão do juiz, eu teria que dividir o tempo do meu filho com o canalha do pai dele. Se eu ficar um mês com o Danilo, Guilherme terá que ficar um mês com ele também. Eu ficarei, semanas, meses longe do meu filho. Eu não posso permitir isso, eu não aguentarei.— Exemplo: a criança morará uma semana na casa de cada genitor, alternadamente.
MichelTodos estavam entretidos olhando as crianças brincar, mas eu não. Minha mente estava longe, estava na Agatha.Sentia-me angustiado com tudo o que estava acontecendo, por não poder estar lá com ela.— O que tanto te preocupa? Sei que sua mente não está aqui. Onde ela está? — meu pai me questionou se sentando ao meu lado.Eu estava com raiva dele por ter me destituído da empresa, mas a raiva estava começando a abrandar. Nesses dias peguei-me refletindo sobre como tenho conduzido minha vida nos últimos anos e me dei conta de muita coisa errada que vinha fazendo.— Na Agatha. Senti-a aflita quando me ligou para falar com Danilo. Sei que errei com ela, pai, e com o senhor também, mas não gosto de vê-la sofrer. Sei que se perder a guarda do filho será o fim para ela.— Por que não assumi logo seus sentimentos por ela? Sei que se apaixonou por ela, Michel, não negue.— Já disse os meus motivos para isso.— Isso é só uma desculpa para fugir dos seus sentimentos. Sei que não se acha dig