Henry Davis MichelLevo o copo de uísque à boca enquanto olho a foto do meu casamento. Emanuele, minha falecida esposa, foi a mulher mais bela que já tive a oportunidade de ver e a amei alucinadamente durante todos os anos em que convivemos.Ainda a amo, na verdade.Casei-me com ela ainda muito jovem, com 20 anos, e logo depois tivemos o nosso único filho, Michel. Fui feliz com ela até o dia de sua morte, há 10 anos. A sua perda foi a dor mais intensa que já senti. Algo que não desejo nem para o meu pior inimigo.Emanuele morreu decorrente de um acidente de carro quando ainda morávamos em Nova York. Após passar três dias internada, recebi a notícia de que seu quadro havia se agravado e, para minha tristeza e infelicidade, ela não resistiu e morreu, levando minha vida com ela. Dessa união feliz que tivemos, nasceu Michel, o meu único filho.Ele já tem 40 anos, nunca se casou e me dá muitos cabelos brancos com sua vida promíscua. Sua vida é de noitadas e sexo sem compromisso, o que me d
AgathaOlhei para o homem à minha frente e me perguntei pela décima vez o que vi de diferente em sua pessoa que me fez me apaixonar. Ele é mesquinho e sem escrúpulos. Enganou-me, traiu-me e humilhou-me da pior forma que um ser humano poderia fazer a outro.Guilherme, o pai do meu filho, me iludiu e, depois que tirou minha inocência, me largou como se eu fosse um nada, me acusando de querer lhe dar o golpe da barriga. O pior absurdo que eu podia ouvir de alguém que me enganou e insistiu até me ter em sua cama.Nunca quis ser dele, não estava pronta o suficiente para entregar minha virgindade, mas na minha mente de menina tola, eu deveria me entregar. Ser dele por completo, afinal éramos namorados. Guilherme era mais velho e dizia ter suas necessidades de homem feito. Que precisava de sexo e, se eu o amava, deveria me entregar a ele. Eu não estava preparada para isso, mas Guilherme dizia que me abandonaria se eu não fizesse o que ele tanto me pedia. Ele enganou-me, fez-me sentir mal e, n
MichelQuando meu pai veio com essa história de casamento arranjado, eu quis jogar tudo para o alto e dizer que eu renegava minha herança, mas que não me sujeitaria a isso.Era algo insano e louco, e ele, com certeza, não estava com suas faculdades mentais em perfeito estado para me obrigar a fazer tal coisa.Porra! Como eu iria me casar com uma mulher que não amo só para dar um neto àquele velho doido?Porque meu pai não deve estar bem!Ele foi ao conselho de sócios, colocou-os contra mim para que eu pudesse me casar e dar a merda de um neto a ele. E ainda teve a cara de pau de colocar a minha mãe, — única mulher que preenche meu coração — na história só para me fazer ceder ao seu capricho.Estou odiando meu velho nesse momento.Foi a merda do ultimato mais sem noção que eu já recebi na vida. Ou me caso e lhe dou um neto, ou ficarei na sarjeta sem um centavo do que é meu por direito. Sim, meu, porque sou seu único herdeiro, então, tudo o que ele construiu e dei seguimento me pertence
MichelOuço o despertador tocar e resmungo. Não gosto de acordar cedo e odeio a pessoa que inventou que devemos trabalhar às 7h / 8h da manhã. Para mim, o expediente de qualquer empresa deveria começar a partir das 10h da manhã.Viro para o lado, suspirando por ter que sair da minha cama quente e confortável para ter que fechar contratos. Estico minha mão e desligo o despertador, chuto o lençol e me levanto da cama, esticando os braços para acordar meu corpo. Bocejo algumas vezes e esfrego os olhos na tentativa de acordar completamente.Sigo direto para o banheiro, mijo, lavo as mãos e depois ligo o chuveiro e deixo a água escorrer um pouco até estar na temperatura que eu gosto. Entro debaixo da água e começo a tomar banho. Durmo pelado, então sempre que acordo, eu vou direto para o chuveiro me lavar.Após finalizar o banho, pego uma toalha e enxugo o cabelo e seco o corpo de leve. Aqui no Rio de Janeiro é bem quente, então não costumo me enxugar completamente. Entro no meu closet, peg
AgathaFecho a porta atrás de mim e ajeito a bolsa de Danilo e a minha no meu ombro.Hoje, ele irá comigo para a casa da dona Sarah.Meus pais já estão em idade avançada e, como Danilo não poderá ir à aula, pois sua professora está doente, eu irei levá-lo parao meu trabalho.Apesar de eu só ter 22 anos, minha mãe e meu pai já têm 60 e 65 anos, respectivamente. Eles se casaram com mais de 30 anos e minha mãe levou quase 10 para me ter.Ela não podia engravidar e teve que fazer um longo tratamento até conseguir. Como ela já tinha quase 40 anos quando nasci, o médico achou melhor ela não tentar outra gravidez e correr riscos desnecessários, pois ela já havia realizado o sonho de ser mãe.Meus pais sempre me apoiaram e me deram de tudo.Cuidam do meu filho muito bem, mas Danilo só tem 5 anos e está na fase de brincar, correr e explorar todas as coisas possíveis, então, eu faço de tudo para não sobrecarregá-los ao cuidar dele.Hoje eles vão precisar sair e não poderão ficar com o neto. Meu
Agatha— Ela está pelada, mamãe. — Danilo diz, tampando os olhos para não ver a bebê nua.Ele tinha acabado de acordar e eu estava dando banho em Cristal, ela se melou toda durante o lanche. — Ela está tomando banho, meu amor; por isso, está sem roupa. — Oi, Cristal. — Ele a cumprimenta, tocando em sua mãozinha, e ela j**a água no rosto dele.— Não pode molhar os outros, Cristal. — Briga, mas a menina ri e j**a mais água nele.Danilo percebe que ela quer brincar e logo se forma uma guerra de água.— Vamos trocar de roupa, mocinha? — Pego Cristal e a enrolo na toalha. — Você também, Danilo. Vá até o quarto onde estava dormindo e me traga sua bolsa.— Sim, mamãe.Ele sai e eu deito Cristal na cama para trocá-la. Visto a roupa que já tinha separado, sorrindo e brincando de fazer cócegas nela, que me presenteia com gargalhadas contagiantes.Visto Danilo com uma roupa enxuta, deixo os dois brincando no chiqueirinho, enquanto desço e pego algo para meu filho lanchar.Pego também a mamadeir
MichelHoras antes…Mais uma vez me encontro a caminho da empresa do Marcos Ferreira, para uma reunião de ajustes no contrato de prestação de serviço da empresa dele para com a minha.Há alguns dias fui convidado para a festa anual da empresa, pois sou agora um cliente importante deles e me aproximei ainda mais da senhorita Sarah.Percebi seu rolo com o pai de sua filha, Henrique, e até brinquei me oferecendo para lhe causar ciúmes.Tudo não passou de apenas flertes inocentes, pois eu via o amor que ela sentia por ele apenas ao olhar em seus olhos. Sarah não conseguia esconder o que sentia por ele, mas Henrique sempre cometia um deslize com ela. Não sei o que aconteceu entre eles no passado, mas que isso ainda pairava entre eles, isso acontecia.Parei meu carro no estacionamento da empresa e desci do carro.— Bom dia, senhorita Sarah. — falo, pegando sua mão e beijando o dorso.— Bom dia, Michel. — Me cumprimenta com um lindo sorriso.— Sempre linda e encantadora. — Elogio, não consegu
MichelSarah se afastou e me deixou com a bela jovem e só então notei haver um menino com ela. — A Cristal vai ficar bem, mamãe? — ele perguntou chorando, e sua mãe se abaixou, ficando de frente para ele e o acalmou.— Sim, meu amor, ela vai ficar bem. A doutora cuidará do “dodói” dela e logo vocês estarão brincando juntos.Ela se endireitou e focou sua atenção em mim.Sorrio e falo palavras que a acalmem.— Não se preocupe. A bebê ficará bem. Não foi culpa sua.— Sei que não, mas é que gosto muito da menina Cristal e me doeu vê-la com o rosto sangrando.— Imagino que sim. — Não aguento o ímpeto que sinto de tocar sua mão e assim o faço.— Sente-se. Pegarei uma água para você.— Não precisa. — falou sem graça, com as bochechas ganhando um leve tom rosado.— Pode trazer chocolate para mim, moço? — O menino que estava com ela, seu filho, pediu, me dando um lindo sorriso de janelinha.O menino era muito bonito, com a pele de um tom dourado como se pegasse sol diariamente, mas, se tratand