Agatha— Ela está pelada, mamãe. — Danilo diz, tampando os olhos para não ver a bebê nua.Ele tinha acabado de acordar e eu estava dando banho em Cristal, ela se melou toda durante o lanche. — Ela está tomando banho, meu amor; por isso, está sem roupa. — Oi, Cristal. — Ele a cumprimenta, tocando em sua mãozinha, e ela j**a água no rosto dele.— Não pode molhar os outros, Cristal. — Briga, mas a menina ri e j**a mais água nele.Danilo percebe que ela quer brincar e logo se forma uma guerra de água.— Vamos trocar de roupa, mocinha? — Pego Cristal e a enrolo na toalha. — Você também, Danilo. Vá até o quarto onde estava dormindo e me traga sua bolsa.— Sim, mamãe.Ele sai e eu deito Cristal na cama para trocá-la. Visto a roupa que já tinha separado, sorrindo e brincando de fazer cócegas nela, que me presenteia com gargalhadas contagiantes.Visto Danilo com uma roupa enxuta, deixo os dois brincando no chiqueirinho, enquanto desço e pego algo para meu filho lanchar.Pego também a mamadeir
MichelHoras antes…Mais uma vez me encontro a caminho da empresa do Marcos Ferreira, para uma reunião de ajustes no contrato de prestação de serviço da empresa dele para com a minha.Há alguns dias fui convidado para a festa anual da empresa, pois sou agora um cliente importante deles e me aproximei ainda mais da senhorita Sarah.Percebi seu rolo com o pai de sua filha, Henrique, e até brinquei me oferecendo para lhe causar ciúmes.Tudo não passou de apenas flertes inocentes, pois eu via o amor que ela sentia por ele apenas ao olhar em seus olhos. Sarah não conseguia esconder o que sentia por ele, mas Henrique sempre cometia um deslize com ela. Não sei o que aconteceu entre eles no passado, mas que isso ainda pairava entre eles, isso acontecia.Parei meu carro no estacionamento da empresa e desci do carro.— Bom dia, senhorita Sarah. — falo, pegando sua mão e beijando o dorso.— Bom dia, Michel. — Me cumprimenta com um lindo sorriso.— Sempre linda e encantadora. — Elogio, não consegu
MichelSarah se afastou e me deixou com a bela jovem e só então notei haver um menino com ela. — A Cristal vai ficar bem, mamãe? — ele perguntou chorando, e sua mãe se abaixou, ficando de frente para ele e o acalmou.— Sim, meu amor, ela vai ficar bem. A doutora cuidará do “dodói” dela e logo vocês estarão brincando juntos.Ela se endireitou e focou sua atenção em mim.Sorrio e falo palavras que a acalmem.— Não se preocupe. A bebê ficará bem. Não foi culpa sua.— Sei que não, mas é que gosto muito da menina Cristal e me doeu vê-la com o rosto sangrando.— Imagino que sim. — Não aguento o ímpeto que sinto de tocar sua mão e assim o faço.— Sente-se. Pegarei uma água para você.— Não precisa. — falou sem graça, com as bochechas ganhando um leve tom rosado.— Pode trazer chocolate para mim, moço? — O menino que estava com ela, seu filho, pediu, me dando um lindo sorriso de janelinha.O menino era muito bonito, com a pele de um tom dourado como se pegasse sol diariamente, mas, se tratand
AgathaUm mês depois…O churrasco na casa da senhorita Sarah estava animado, como todo mês, quando reuniam amigos e familiares para aproveitar momentos juntos. Admirava essa amizade, mas o que realmente me deixava nervosa era a presença do senhor Michel. Seu olhar intenso me desconcertava, e Sarah, querendo integrá-lo ao grupo, o convidara, o que certamente desagradaria ao ciumento senhor Henrique.Henrique, porém, demonstrava ser um homem melhor a cada dia, cuidando de Sarah e Cristal com carinho. No começo, duvidei da reconciliação deles, mas ele provou ter mudado. Ainda sentíamos a falta do senhor Gustavo, cuja morte recente deixava saudades, mas seguíamos em frente.Fui ao quarto de Cristal para dar-lhe um banho e vesti-la para o almoço, enquanto Sarah e Henrique terminavam os preparativos. — Mamãe, eu quero vestir uma roupa bem bonita. A Helena vem hoje.Danilo falou, parando na minha frente. Sarah me pediu para trazê-lo para brincar com Helena. Eles estavam se dando bem e eu j
Agatha— Cuidado para não cair, Danilo. — Gritei por ele e cobri os olhos com as mãos quando ele pulou na piscina, direto nos braços de Michel.Céus! Se eu tivesse algum problema de coração, eu já teria morrido, tenho certeza.Desde que terminamos o almoço, ele não parava de correr e pular. Ele já havia caído e ralado o joelho, mas não parava. E quem cuidou do “dodói” dele foi Helena, ela era a enfermeira oficial da turma.Théo e Cristal também não paravam quietos, tentando acompanhar cada brincadeira dos maiores. Os gêmeos de Dylan e Cristine eram furacões e tinham uma energia e tanto.Miguel, sempre que via Cristal, corria para beijá-la ou tentar pegá-la nos braços. Agora vê se pode? Um menino de um pouco mais de 7 anos querendo arrastar um bebê de um pouco mais de um ano para as suas brincadeiras.Ele tagarelou o quanto estava feliz em rever a menina com quem ele conversou ainda na barriga da mãe.Isso aconteceu no dia do casamento do Marcos e da Amely. Nesse dia, Safira, ex-esposa
Agatha— Agatha, o que houve? Quem te ligou para você ter ficado assim tão aflita?— Minha advogada. Ela acabou de me dizer que Guilherme conseguiu uma liminar para compartilhar a guarda do Danilo comigo e que está bem próximo de conseguir a guarda total. Eu não quero perder meu filho Michel, não quero, não posso.— Agatha? Por que está chorando? Aconteceu algo com seus pais? — Sarah veio até nós, aflita, e me tirou dos braços de Michel.— Não, está tudo bem com meus pais. É meu filho, é com Danilo.— O que houve com Danilo? Ele está dormindo com as outras crianças. — Ela estava confusa.Olhei por cima de seu ombro e vi que todos nos olhavam. Eles tinham semblantes preocupados, então resolvi contar toda a verdade. Eu ainda não falara nada para ela, mas talvez eles me ajudassem a encontrar outra saída.— Podemos conversar na frente deles. — Apontei com o queixo para os demais e fomos até eles.Eu não tinha me afastado muito, então nós só demos alguns passos.Sentei-me em um dos sofás da
MichelOuvir todo o relato do que Agatha sofreu mexeu comigo, não negarei. Ela sofreu muito com tão pouca idade, teve que amadurecer rápido, a se ver grávida e sem o apoio do pai da criança. Do homem que só a iludiu para roubar sua inocência.Sei que existem muitos homens ruins por aí, mas ainda me choca ver de perto o que alguns deles podem fazer com meninas tão boas e inocentes como Agatha.Por outro lado, fiquei feliz em ver como Sarah e seus amigos a acolheram, se importaram com seu problema e se dispuseram a ajudar. Eles são pessoas boas e com corações enormes. Coisa bem diferente das pessoas de onde eu vim.Pessoas mesquinhas, aproveitadoras e que só pensam em se dar bem, passando por cima de qualquer um para alcançar seus objetivos.Ouvi-a dizer o que sua advogada propôs e logo me veio à mente o ultimato que meu pai me deu . Eu precisava me casar e ela de um marido que a auxiliasse a não perder a guarda do filho. Iríamos unir o útil ao agradável e salvar a nós dois de destino
AgathaÀ medida que o dia foi passando, a ansiedade crescia em mim. Era algo incontrolável e, ao mesmo tempo, bom, eu não sei explicar. Sei que esse jantar promete coisas, porque conversamos e trocamos flertes na casa da Sarah e ele revelou que também se sente atraído por mim.Michel é um homem lindo, sexy, gentil e muito encantador. Seu jeito me desmonta e faz pensar coisas, coisa que nunca senti por homem nenhum, nem quando namorei Guilherme. Eu me senti assim tão afetada e ansiosa por descobrir o que ele conseguia fazer com uma mulher. Talvez fosse porque eu era apenas uma menina que não tinha uma vida sexual ativa e nem pensava muito nisso. Porque ele nunca foi carinhoso ao me tomar e me fazer mulher. É confuso e, em simultâneo, me instiga a imaginar as coisas que Michel deve saber fazer.Sei que ele é bem mais velho que eu e muito experiente também, o que me causa um desconforto. Ao mesmo tempo em que quero descobrir coisas novas em seus braços, coisas que sei que ele será capaz