AgathaDesço do ônibus e caminho apressada para a casa da senhorita Sarah. Acabei me atrasando hoje, por sorte ela não acordou bem e não trabalhará.Desconfio que esse mal-estar dela seja um novo bebê a caminho, mas ainda não lhe falei das minhas suspeitas.Ela já está praticamente morando com o senhor Henrique e com o pedido de noivado feito, só faltam marcarem a dada do casamento.— Bom dia! — cumprimento o porteiro e alguns dos seguranças e segui pelo condomínio até a casa dela.Sarah em breve vai se mudar para a casa do senhor Henrique, que fica no mesmo condomínio do seu irmão, eu não sei se continuarei a trabalhar como “babá” da menina Cristal.Se bem que agora me casando com o Michel, também não sei se ele me deixará trabalhar como “babá”. Ele é um homem importante, milionário e ter sua esposa, mesmo que de mentira, trabalhando como “babá”, não pega bem para sua imagem.Terei que conversar com ele sobre isso.— Bom dia. — saudei sorrindo, mas Sarah fez uma careta e saiu corren
AgathaEu sabia que quando chegasse essa hora eu iria sofrer, só não imaginei que seria tanto.Ver meu filho chorando e pedindo que não deixe o pai, um estranho que nunca o quis, o levar partia o meu coração. Mas eu não podia ir contra uma ordem judicial e impedir que ele ficasse com o menino.Eu sabia que se me negasse a deixar que Guilherme passasse o dia com nosso filho, ele iria direto para um juiz amigo seu e fazer-lhe me tirar à guarda do meu filho, alegando que eu estava fazendo alienação parental.— Filha, nosso menino tem mesmo que ir com esse canalha? — minha mãe sussurrou a pergunta.— Sim, mãe, ele precisa ir, são ordens do juiz.— Mamãe, eu não quero ir. — pediu Danilo, mais uma vez.— Meu amor, — me abaixei, ficando na altura dele. — não posso impedir, um juiz decretou que você precisa ficar ao menos uma vez na semana com o seu pai.— Ele não é meu pai. O vovô é meu pai!— Deixe de birra, Danilo, — a voz grave e raivosa de Guilherme o fez se encolher. — Você já é grande
AgathaAs 19h em ponto, Michel estava na porta da minha casa a minha espera.— Boa noite! — saudei sorrindo.— Boa noite, Agatha. Está linda. — ele pegou minha mão e beijou meu rosto.Sorrimos e ele abriu a porta para do seu carro para que eu entrasse.Acomodei-me e pus o cinto de segurança.Ele fechou a porta e deu a volta entrando no carro. Pôs o cinto e deu partida no carro.— Eu pedi que fizessem nosso jantar no meu apartamento, tudo bem?— Sim, fico até mais confortável, não vou mentir.Ele sorriu e apertou minha coxa fazendo um arrepio gostoso irradiar por todo meu corpo.Minutos depois já estávamos em seu apartamento.Tirei meu casaco ao entrar, estava um friozinho gostoso essa noite.Antes que eu fosse me sentar no sofá, Michel me puxou e tomou minha boca em um beijo sedento e bem quente.— Eu estava louco para te beijar. — confessou ao encerrar o beijo.— Também estava. — circulei os braços em seu pescoço e o beijei.Abri a boca recebendo sua língua e nos devoramos apenas nos
MichelEnquanto Agatha dorme ao meu lado eu a olho.Estou feliz por aceitar os meus termos e não ter colocado empecilho para assinarmos o contrato de casamento.Eu havia falado com ela para conversarmos sobre o casamento no domingo, mas estava com saudade dela e louco para me enterrar nela de novo. Então a convidei para jantar e passarmos a noite juntos.Sabia que ela estaria triste e preocupada com o filho na casa do bastardo do pai dele, então queria distraí-la e por consequência foder a noite toda. O sexo com Agatha era um dos melhores que eu já tive e nossa conexão na cama e fora dela era surreal. Eu gostava só de estar perto dela, de vê-la e ouvir sua voz.Isso me mostrava que não seria terrível passar um ano ao lado dela em um casamento de fachada como pensei que seria quando meu pai me propôs esse absurdo.Afastei seu cabelo e dei um beijo em sua testa antes de sair da cama e ir tomar um banho para despertar completamente. Já de banho tomado, saí do banheiro, pelado mesmo, e me
AgathaDuas semanas depois…— Olá, meu povo. — Amely chega nos cumprimentando com um sorriso do rosto.— Oiii. — a cumprimentamos.— Me coloca no chão, papai, eu quero brincar com os meus amiguinhos. — Helena pede, se remexendo nos braços do Marco.Ele a coloca no chão e Theo ao ver a irmã sair correndo para perto das outras crianças, resmunga e se mexe querendo descer do colo da mãe.Amely o coloca no chão e ele sai cambaleando até os outros. Tanto ele como Cristal já andam, ambos já têm um ano e meio.Estamos todos na casa da Duda e do Alan, por ser aniversario dela. Como ela está na final da gravidez e os bebês podem nascer a qualquer momento, resolvemos comemorar aqui na casa dela.Todos já sabem que estou noiva do Michel, mas não falamos para os meninos que nosso casamento é de fachada, as meninas sabem, mas estão guardando esse segredo. Eles estranharam nosso envolvimento e repentino, contudo, nós dissemos que nos apaixonamos a primeira vista e não tinha porque esperar para term
Agatha — E na escola eu tinha a prof. Amely que agora é minha mamãe. Eu que quis que ela fosse minha mamãe, sabia? — Danilo faz que não com a cabeça. — Foi, sim, eu disse querer que ela fosse minha mamãe porque ela me dava muito amor e chocolatinho. O Lucas me dá chocolate e florzinha. — ela deu uma risada sapeca. — Fiz meu papai lindo ir à casa da tia Amely levar bolo de chocolate e quando ele a viu de roupa de dormir… — fez suspense e rimos. — se apaixonou. Eles se casaram e eu ganhei uma mamãe. Ela é minha mamãe no papel e tudo. — Helena dá um sorriso lindo. — Agora sou muitão de feliz e ganhei até um irmãozinho. Não sou filha da barriga da minha mamãe Amely como meu irmão Théo, mas sou do coração e ela me ama muitão. Quando eu crescer e me casar com o Lucas, terei uma filha do coração também. Uma do coração e dois da barriga e vou amá-los, igual minha mamãe Amely me ama.— Oh! — Amely estava chorando nos braços do Marcos. Todos estávamos emocionados.— Que história é essa de se
AgathaDois meses depois…Passo as mãos pelo vestido de noiva simples que visto e foco no meu reflexo diante do espelho.Hoje é o dia do meu casamento com o Michel e estou muito nervosa.Nunca pensara que um dia eu estaria me casando com um homem mediante um contrato, um casamento por conveniência com alguém que conheço há apenas 5 meses.Nesses dois meses que se passaram e que convivemos muito para nos adaptar mutuamente e ver como seria nossa vida juntos, eu fiz minha mente crer estar fazendo isso única e exclusivamente pelo meu filho.Meu Danilo, só em falar nele meu peito se enche de orgulho e felicidade.Danilo está no céu com meu casamento com o Michel. Ele o aceitou tão bem e eles desenvolveram uma afinidade tão linda de se ver que quem não os conhece acredita serem pai e filho, bom, aquelas pessoas que não têm preconceito lógico.Danilo tem pele escura, não tão escura como o pai, mas escura. É o que se chamam de negro de pele clara. Sou branca de olhos verdes e Michel branco d
AgathaAo chegar na entrada do ambiente decorado para o casamento, sorrio ao ver todas as pessoas que conheci em pouco tempo, mas que já tornaram especiais para mim.Eu não queria um casamento. Queria ir até o cartório e apenas assinar os papeis que me farão esposa do Michel, mas minha advogada disse que isso ajudaria no processo, pois com a repercussão do meu casamento com o herdeiro das indústrias Michel, iria me dá uma credibilidade enorme perante o juiz na luta pela guarda do Danilo.Eu já a tenho, pois Guilherme nunca reconheceu sua paternidade e quero seguir assim, com meu filho comigo para sempre. Guilherme quer a guarda para ele e que eu veja nosso filho apenas nos finais de semana, mas eu jamais aceitarei isso. Jamais!Danilo, que está ao lado da minha mãe, sorri largo a me ver e faz menção de vir até mim, contudo minha mãe o impede. Balanço a cabeça confirmando que o deixe vir até onde estou e ela o solta.Danilo corre e para na nossa frente, meu pai o pega no colo e eu beij