AgathaEntro em casa, fecho a porta atrás de mim e me encosto nela, fechando os olhos e absorvendo todas as palavras que Michel acabou de me falar. Casamento. Parece loucura uma coisa dessas, mas o que está em jogo é a guarda do meu filho. Só a ideia de Guilherme tirá-lo de mim já me apavora.Deus, me dá um sinal. Pedi ainda de olhos fechados.— Algum problema, filha? — questionou meu pai.— Só uma leve dor de cabeça, pai. — Fui até ele e abracei, beijando sua bochecha.— Se estiver algo acontecendo, você nos contaria, não é?Suspirei.— O senhor me conhece bem, não é?— Sou seu pai, meu amor. — Ele beija minha testa. — E você sempre foi transparente, nunca conseguiu nos esconder nada.— Preciso falar com o senhor e a mamãe. — Peguei sua mão e me sentei com ele no sofá. Minha mãe estava nos observando da cozinha e logo se juntou a nós.— Guilherme entrou com uma ação judicial requerendo a guarda do Danilo.— O quê? Ele não pode fazer isso. — Se exaltou minha mãe.— Ele pode, mãe, ele p
Michel— Bom dia, pai.— Bom dia, filho. Dormiu mal? — me questionou devido à hora em que me levantei.— Tive um pouco de insônia.— Problemas na empresa?— Não, apenas a cabeça cheia mesmo. Eu queria avisar ao senhor que no domingo teremos convidados para o almoço.— Alguém que conheço? Importante?— Sua futura nora e seu neto.Ele levantou-se de súbito e olhou-me com os olhos arregalados.— Isso é uma brincadeira de mau gosto? Porque se for, eu vou te dar as palmadas que não dei quando era criança, Michel.Dei uma risada involuntária.— Não é, pai. O senhor queria um neto, pois bem, o terá.Falei e fui até a cozinha pegar algo para comer. Eu estava faminto.— Você não pode me jogar algo assim e sair como se não fosse nada. — disse, entrando na cozinha.Cortei um pedaço de bolo posto na mesa e me servi de café.— Pois bem, pai, eu irei me casar e no domingo trarei sua futura nora para que a conheça. Ela é a babá da filha do irmão do Marcos, o dono da empresa de tecnologia que nos pres
Agatha.Desço do ônibus e caminho apressada para a casa da senhorita Sarah. Acabei me atrasando hoje, por sorte ela não acordou bem e não trabalhará. Desconfio que esse mal-estar dela seja um novo bebê a caminho, mas ainda não lhe falei das minhas suspeitas.Ela já está praticamente morando com o senhor Henrique e, com o pedido de noivado feito, só falta marcarem a data do casamento.— Bom dia! — cumprimento o porteiro e alguns dos seguranças e sigo pelo condomínio até a casa dela.Sarah em breve vai se mudar para a casa do senhor Henrique, que fica no mesmo condomínio do seu irmão. Eu não sei se continuarei a trabalhar como “babá” da menina Cristal. Se bem que, agora me casando com o Michel, também não sei se ele me deixará trabalhar como “babá”. Ele é um homem importante, milionário, e ter sua esposa, mesmo que de mentira, trabalhando como “babá”, não pega bem para sua imagem.Terei que conversar com ele sobre isso.— Bom dia! — saudei sorrindo, mas Sarah fez uma careta e saiu corre
Agatha.Estava ciente de que, quando chegasse essa hora, eu iria sofrer, só não imaginei que seria tanto. Ver meu filho chorando e pedindo que não deixe o pai, um estranho que nunca o quis, levá-lo partia o meu coração. Mas eu não podia ir contra uma ordem judicial e impedir que ele ficasse com o menino. Mas se me negasse a deixar que Guilherme passasse o dia com nosso filho, ele iria direto para um juiz amigo seu e o faria me tirar a guarda do meu filho, alegando que eu estava fazendo alienação parental.— Filha, nosso menino tem mesmo que ir com esse canalha? — Minha mãe sussurrou a pergunta.— Sim, mãe, ele precisa ir, são ordens do juiz.— Mamãe, eu não quero ir. — pediu Danilo, mais uma vez.— Meu amor, — me abaixei, ficando na altura dele. — não posso impedir, um juiz decretou que você precisa ficar ao menos uma vez na semana com o seu pai.— Ele não é meu pai. O vovô é meu pai!— Deixe de birra, Danilo, — a voz grave e raivosa de Guilherme o fez se encolher. — Você já é grande p
AgathaÀs 19h em ponto, Michel estava na porta da minha casa à minha espera.— Boa noite! — saudei, sorrindo.— Boa noite, Agatha. Está linda. — Ele pegou minha mão e beijou meu rosto.Sorrimos e ele abriu a porta do seu carro para que eu entrasse.Acomodei-me e pus o cinto de segurança.Ele fechou a porta e deu a volta, entrando no carro. Pôs o cinto e deu partida no carro.— Eu pedi que fizessem nosso jantar no meu apartamento, tudo bem?— Sim, fico até mais confortável, não vou mentir.Ele sorriu e apertou minha coxa, fazendo um arrepio gostoso irradiar por todo meu corpo.Minutos depois, já estávamos em seu apartamento.Tirei meu casaco ao entrar, estava um friozinho gostoso essa noite.Antes que eu fosse me sentar no sofá, Michel me puxou e tomou minha boca em um beijo sedento e bem quente.— Eu estava louco para te beijar. — confessou ao encerrar o beijo.— Também estava. — Circulei os braços em seu pescoço e o beijei.Abri a boca, recebendo sua língua, e nos devoramos, apenas no
MichelEnquanto Agatha dorme ao meu lado, eu a olho. Estou feliz por ela aceitar os meus termos e não ter colocado empecilho para assinarmos o contrato de casamento.Havia falado com ela para conversarmos sobre o casamento no domingo, mas estava com saudade dela e louco para me enterrar nela de novo. Então a convidei para jantar e passarmos a noite juntos. Sabia que ela estaria triste e preocupada com o filho na casa do bastardo do pai dele, então queria distraí-la e, por consequência, foder a noite toda. O sexo com Agatha era um dos melhores que eu já tive e nossa conexão na cama e fora dela era surreal.Eu gostava só de estar perto dela, de vê-la e ouvir sua voz.Isso me mostrava que não seria terrível passar um ano ao lado dela em um casamento de fachada, como pensei que seria quando meu pai me propôs esse absurdo.Afastei seu cabelo e dei um beijo em sua testa antes de sair da cama e ir tomar um banho para despertar completamente. Já de banho tomado, saí do banheiro, pelado mesmo,
AgathaDuas semanas depois…— Olá, meu povo. — Amely chega nos cumprimentando com um sorriso no rosto.— Oiii. — a cumprimentamos.— Me coloca no chão, papai, eu quero brincar com os meus amiguinhos. — Helena pede, se remexendo nos braços do Marco.Ele a coloca no chão e Theo, ao ver a irmã sair correndo para perto das outras crianças, resmunga e se mexe querendo descer do colo da mãe.Amely o coloca no chão e ele sai cambaleando até os outros. Tanto ele quanto Cristal já andam, ambos já têm um ano e meio.Estamos todos na casa da Duda e do Alan, por ser aniversário dela. Como ela está na final da gravidez e os bebês podem nascer a qualquer momento, resolvemos comemorar aqui na casa dela. Todos já sabem que estou noiva do Michel, mas não falamos para os meninos que nosso casamento é de fachada, as meninas sabem, mas estão guardando esse segredo.Eles estranharam nosso envolvimento repentino, contudo, nós dissemos que nos apaixonamos à primeira vista e não tinha por que esperar para ter
Agatha— Que história é essa desse garoto se engraçando para minha filha?— E eu já disse que não vou namorar com ele, papai. — Milena se defende. — Eu não quero namorar e Danilo é um bebê ainda. Meu filho é o mais novo do grupo.Por Deus! Essas crianças vão nos enlouquecer com essa história de namorar. Eles só têm cerca de 7 anos.— Eu não sou um bebê! Sou um menino grande, um super menino, forte e que protege minha mamãe. E você vai namorar comigo, sim, eu já disse que você é minha. — diz todo autoritário e possessivo.— Eu não sou sua. — Ela rebate brava. — Você não é meu dono e meu papai disse que homem nenhum pode mandar em mim.— Essa é minha garota. — Dylan diz, orgulhoso, e leva um tapa da Cristine.— Ai. — Ele resmunga, nos fazendo rir.— Mamãe, diz para a Milena que ela é minha e que vai casar comigo quando eu for grande.— Meu filho, não é assim que as coisas funcionam e você ainda é meu bebê e não deve pensar em namorar.— Eu não disse, ele é um bebê. — Milena diz, rindo, e