Capitulo 58: bônus Cristine Meses depois... Estávamos no jardim da nossa casa vendo as crianças brincar. Era aniversário dos gêmeos e nossos amigos estavam aqui com os filhos para comemorarmos juntos. Eu os conheci por meio de Dylan que era amigo de Marcos, que se casou com Amely há dois anos e por consequência Henrique, irmão de Marcos, assim como Sara, sua esposa, Maria Eduarda, amiga de Amely, e seu marido Alan. Nós nos tornamos bem amigos, quase família. Sara senta ao meu lado rindo das palhaçadas que Henrique fazia com os meninos. — Meu marido é um palhaço. — Ele gosta muito das crianças. — Sim, só seu ciúmes com nossas filhas que me dá nos nervos. — sorrio para ela. Dylan não é diferente quando o assunto é Milena. — Raquel está cada dia mais esperta. — ela estava engatinhando no cercadinho com os filhos da Duda e do Alan. — Sim. — ela olhou para a filha batendo palmas ao conseguir pegar o brinquedo e sorriu. Eu voltei meus olhos para o celular onde tinha chegado u
Capítulo 59 Sara Assim que fiquei sozinha com Henrique, me virei e o olhei. — Fui abusada por um amigo dos meus irmãos quando eu tinha 18 anos. — falei de uma vez… — O quê? — seu tom de voz fora alto. — Me diz que isso é mentira. Isso é mentira, não é? — suplicou, gesticulando com as mãos, sem saber como agir depois do o revelara. Sem poder conter, as lágrimas não paravam de cair, neguei com a cabeça. — Infelizmente é verdade, Henrique. Anderson me violentou, se aproveitou que eu estava bêbada e abusou de mim. Henrique pegou um copo que estava sobre a mesa e o quebrou na parede. Ainda bem que estávamos sozinhos, ou teríamos gritos ecoando pela cozinha devido ao susto do copo se espatifando na parede. Sem conseguir mais controlar meu corpo devido à angústia que me tomava, me sentei e comecei a chorar mais fortemente. Henrique logo me alcançou, me abraçou apertado e me consolou. — Me perdoe. Perdoe-me. — pediu. Levantei o rosto e fitei seus olhos negros. — Pelo quê? — questi
Capítulo 60 Sara Assim que saímos da casa de Cristine e Dylan, seguimos para nossa casa. Estava triste e abalada por tudo que me aconteceu hoje. Henrique também estava calado, refletindo sobre tudo que lhe contei. As coisas estavam estranhas e um clima quase fúnebre havia se instaurado entre nós. — Você está bem? — Henrique me perguntou. Ele estava com Cristal em seus braços. Ela dormia profundamente. Já havíamos chegado a nossa casa. — Não, mas vou ficar. — Peguei Raquel de sua cadeirinha e nos encaminhamos para dentro de casa. — Subimos para o andar dos quartos e colocamos as meninas em suas camas. Raquel já havia mamado e logo pegaria no sono. Eu não precisava ficar com ela até dormir e era grata por isso. Após nossas filhas dormirem, saímos do quarto delas e fomos para o nosso. — Henrique? — o chamei. — Sim? — me respondeu em tom de pergunta. — Está tudo bem? — meu lábio tremeu ao lhe perguntar isso. Confesso que temia sua resposta, temia que me visse de outro
Capítulo 61: Bônus Cristine Três meses depois Olho pela janela de uma das salas do fórum e suspiro. Estou bem próxima de condenar Anderson e sua esposa. Consegui reunir muitas provas contra ele e convenci diversas mulheres, que ele abusou, a depor contra ele. Ele vai a júri popular e sua condenação é certa. Sara é uma dessas mulheres que aceitaram prestar queixa contra ele. Foram meses de noites em claro estudando, investigando e reunindo provas para chegar onde estamos hoje. A revelação sobre o estupro que Sara sofreu caiu como uma bamba, abalando a todos. Henrique se culpou ainda mais por tudo que fez a ela depois que soube pelo que ela passou nas mãos de Anderson. Seus irmãos se culparam como já era esperado e quiseram fazer justiça com as próprias mãos. Foi tenso controlar todos os ânimos naquele dia. A história foi revelada no final da festa. Sara me deixou encarregada de contar todos os detalhes do caso e depois revelou que fora uma das vítimas dele. No dia da festa só es
Epilogo Henrique Dias depois... Ouvi a risada das minhas filhas e meu coração se aqueceu. Se me dissessem que estaria feliz por estar casado e ter me tornado um homem de família, eu daria um soco na cara da pessoa. Família, mulher e filhos nunca fora meu desejo, mas o destino sabia que eu precisava disso. Sou grato a Deus por ter me dado a minha família e meus bens mais preciosos que são minhas filhas e minha esposa. — E esse sorriso bobo? — Marcos, meu irmão, parou ao meu lado e colocou a mão em meu ombro. — Elas são tão lindas. — suspirei, olhando para minha família. — Fico tão feliz por você, irmão. Ver o quanto amadureceu, e o homem de caráter que se tornou me deixa muito feliz. — Sara e minhas filhas são as responsáveis por isso. Eu as amo com a minha vida. Meu irmão concordou com a cabeça e retirou a mão do meu ombro. Seus olhos focaram em Amely e um sorriso bobo surgiu em seus lábios. — Quando estamos destinados a amar, o destino sempre dá um jeito de nos unis a pess
Um amor por contrato para o CEO Henry Davis Levo o copo de uísque à boca enquanto olho a foto do meu casamento. Emanuele, minha falecida esposa, fora a mulher mais bela que já tive a oportunidade de ver e a amei de forma alucinada durante todos os anos em que convivemos. Ainda a amo, na verdade. Casei-me com ela ainda muito jovem, com 20 anos, e logo depois tivemos o nosso único filho, Michel. Fui feliz com ela até o dia de sua morte há 10 anos. A sua perda fora a dor mais intensa que já senti. Algo que não desejo nem para o meu pior inimigo. Emanuele morreu decorrente de um acidente de carro quando ainda morávamos em Nova York. Após passar três dias internada, recebi a notícia de que seu quadro havia se agravado e, para minha tristeza e infelicidade, ela não resistira e morrera, levando minha vida com ela. Dessa união feliz que tivemos, nasceu Michel, o meu único filho. Ele já tem 40 anos, nunca se casou e me dá muitos cabelos brancos com sua vida promíscua. Sua vida é d
Agatha Olhei para o homem à minha frente e me perguntei pela décima vez, — desde o momento que aceitara me encontrar com ele. —, o que vi de diferente em sua pessoa que me fez se apaixonar? Ele é mesquinho e sem escrúpulos. Enganou-me, traiu e me humilhou da pior forma que um ser humano poderia fazer a outro. Guilherme, o pai do meu filho, me iludiu e depois que tirou minha inocência, — que era a única coisa que ele queria de mim —, me largou como se eu fosse um nada, me acusando de querer lhe dar o golpe da barriga. O pior absurdo que eu podia ouvir de alguém que me enganou e insistiu até me ter em sua cama. Nunca quis ser dele, — não estava pronta o suficiente para entregar minha virgindade —, mas na minha mente de menina tola, eu deveria me entregar. Ser dele por completa, afinal éramos namorados. Guilherme era mais velho e dizia ter suas necessidades de homem feito. Que precisava de sexo e se eu o amava, deveria me entregar a ele. Eu não estava preparada para isso, mas Gui
Michel Quando meu pai veio com essa história de casamento arranjado, eu quis jogar tudo para o alto e dizer que eu renegava minha herança, mas que não me sujeitaria a isso. Era algo insano e louco, e ele, com certeza, não estava com suas faculdades mentais em perfeito estado para me obrigar a fazer tal coisa. Porra! Como eu iria me casar com uma mulher que não amo só para dar um neto aquele velho doido? Porque meu pai não deve estar bem! Ele foi ao conselho de sócios, colocá-los contra mim para que eu pudesse me casar e dar a merda de um neto a ele. E ainda teve a cara de pau de colocar a minha mãe, — única mulher que preenche meu coração —, na história só para me fazer ceder ao seu capricho. Estou odiando meu velho nesse momento. Fora a merda do ultimato mais sem noção que eu já recebi na vida! Ou me caso e lhe dou um neto, ou ficarei na sarjeta sem um centavo do que é meu por direito. Sim, meu, porque sou seu único herdeiro, então, tudo o que ele construiu e dei seguimento m