- Será que tem fobia? – Me perguntei em voz alta.
- Bem... Só entrando para saber. – Ele admitiu, finalmente subindo os três lances de escada, receoso.
Enquanto David Dulevsky ia andando pelo corredor estreito, mesmo com o fato de o ônibus ser leito, percebi sua hesitação. Certamente estava arrependido por ter pego aquele voo, na classe econômica para me fazer companhia. Temi que ele pudesse desistir e descer, deixando-me completar o trajeto sozinha.
Mas não. Apesar de receoso, foi até os últimos bancos do ônibus, que estavam vazios, e escolheu um deles. Afastou-se para que eu pudesse ocupar o lugar à janela e depois sentou-se ao meu lado, imediatamente ajustando o encosto e o assento, certificando-se de que suas pernas, não tão longas a ponto de ficarem desconfortáveis, ficassem bem afastadas do banco da frente.
- Quanto você tem de altu
Ele riu, com certa melancolia:- Costumo dizer que ódio é uma palavra muito forte. E tento nunca a usar porque não desejo que Élida cresça com este sentimento no coração. Não que eu ache que minha irmã deva perdoá-la, mas também não quero que odeie nossa mãe porque imagina que eu sinta isto, assim como nosso pai sentiu. Então... Eu não desaprovaria um contato entre as duas, para que Élida pudesse tirar suas próprias conclusões com relação com relação à mãe.- Minha pergunta foi se você odeia sua mãe... – Franzi a testa – E devo entender que não?- Não odeio... Mas também não amo. Para mim ela é uma pessoa como outra qualquer, daquelas que você encontra na rua e cumprimenta, mas não tem nenhum tipo de relação afe
Porém a pessoa que chegou a levantar de sua poltrona não veio em direção ao banheiro. Pegou algo no bagageiro acoplado ao teto e sentou-se novamente.David me olhou e ajeitei-me junto dele, encontrando seu pau e passando a masturbá-lo, a fim de retribuir a gozada perfeita. Abri meus lábios e recebi sua boca, arrancando-lhe imediatamente um gemido, audível só para mim.Por que me certificar de que aquele momento era tão prazeroso para ele me deixava tão feliz?O sexo com David Dulevsky era diferente e me vi fazendo coisas que até então nunca havia aprendido ou sequer sabia que existiam, tipo chupar sua língua com força, como se fosse seu pau, enquanto minha mão seguia o mesmo ritmo da boca. As mãos dele puxaram com força minha cabeça, enquanto sua língua se aprofundava mais e mais entre meus dentes, até que senti o líq
- Exceto o fato de ser o seu chefe? – ela franziu a testa – Nada!- Mas você poderia perguntar mais, não é mesmo?- O que gostaria de saber sobre David que ainda não sabe?- Tudo... Qualquer coisa.- Não seria melhor perguntar diretamente ao CEO da D.D?- Talvez haja segredos que ele não tenha me contado.Ela riu:- Se são segredos, certamente você não saberá, ou deixariam de ser.- Mentiras...- Acha que ele mente para você?- Olhando em seus olhos acho que não... – lembrei exatamente da forma como ele me encarava e chegou a me dar um frio na barriga – No entanto tudo aconteceu tão rápido... E ainda tenho um pouco de dificuldade para acreditar nas pessoas depois do que aconteceu comigo.- Em primeiro lugar, não acho que foi rápido demais entre você e David. Faz mais de
Verbena retornou com uma xícara de café puro fumegante e algumas frutas em um prato. Falava e eu não conseguia prestar atenção em nenhuma palavra que proferia.- Duda, está tudo bem? – Aquela frase foi a que me tirou do transe.Peguei o celular e entreguei-lhe. Verbena leu rapidamente e o pôs na minha frente com o visor virado para baixo.Finalmente consegui olhar em seus olhos, morrendo de vergonha. Minha médica e única e melhor amiga bebeu o café e disse:- Até o canalha do Andress pôde se explicar. É claro que você deixará David também contar sua versão, não é mesmo?- Será que não entende que eu fui o “sexo sem compromisso” dele?- O que garante que “ela” não foi o sexo sem compromisso dele?- As duas foram o sexo sem compromisso dele? – Franzi a
POV DAVID- Bebê? Que bebê? – Fiquei completamente confuso, não entendendo nada do que estava acontecendo ali.- Pelo visto não abriu seu celular hoje. – Maria Eduarda falou com a voz estranhamente rude e depois procurou um lugar para sentar-se, afastada de todos os demais.Peguei meu celular no bolso e antes que pudesse desbloquear a tela para ler as notícias, Tumalina pegou-o da minha mão:- Fui enganada por um repórter – explicou – E acabei falando mais do que devia. E saiu na mídia.- O que... Você falou? – Senti a fúria dentro de mim.- A verdade – ela levantou os ombros – Que estamos noivos e vou ter um bebê seu.Primeiro eu fiquei sem reação. Senti meu coração acelerar de tal forma que achei que pudesse ter um ataque cardíaco. Então lembrei que eu não transava com Tu
Percebi um garoto sentado de frente para nós, que não conteve o riso. Fiquei imaginando o que passava pela cabeça dele ao rir da minha irmã. Talvez eu devesse mandar Orlando pesquisar sua vida e certificar-se se tinha amor a ela.- Pois bem, Zaud! – o guia o olhou, trocando a ordem de apresentação – Você agora!O garoto de olhos claros e cabelos escuros, magricelo, abriu a boca:- Sou Zaud e podem me chamar de Zaud. Meu sobrenome não tem importância alguma – riu – Tenho 16 anos. E desde sempre acompanho o trabalho do meu tio como guia ambiental. Amo a natureza na forma virgem, a qual o homem nunca tocou. E meu sonho sempre foi conhecer a floresta da Ilha do Portal. E sim, já ouvi muito falar sobre o lago dos desejos – olhou para minha irmã – Então não creio que seja impossível encontrarmos este lugar.- É a primeira ve
- TumbaLinda? – Élida não se conteve – Ophiophagus Hannah é simplesmente... TumbaLinda? Como não pensei nisto antes?- Ophio... que? – Tumalina enrugou a testa, confusa.- Ophiophagus Hannah é o nome científico de uma espécie de cobra. – O jovem Zaud fez questão de mostrar seus conhecimentos.- Você apelidou minha filha de cobra? – Maya olhou para Élida.- Ela é só uma criança! – Falei de forma alta e grosseira com Maya, que imediatamente calou-se.- Ok, me desculpem... – Maria Eduarda levantou as mãos – Eu sempre a chamei assim, porque não conseguia pronunciar corretamente seu nome. Mas eu posso dizer... TumaLinda – errou novamente e fiquei em dúvida se foi proposital ou não – Enfim, não estamos aqui para discutir o nome ou apelido de TumbaLinda. Desejo continuar...
POV Maria EduardaEu estava saindo pela porta de vidro, para acessar a área externa do armazém quando senti alguém me puxando pelo braço. E deparei-me com Andress. Seu semblante era sério e me pareceu mais magro do que de costume:- Eu nunca desejei ser seu inimigo, Duda.- Então não deveria ter agido como se eu fosse a pior pessoa que já conheceu na vida, Andress.- Eu não agi mal... Não tenho culpa se não entendeu nada das minhas justificativas, Duda.- Ainda acha que há justificativas para tudo que fez para mim? – Ri, com escárnio, incrédula com o cinismo dele.- Sinceramente, sim. Embora não acredite, eu gosto de você.Arqueei a sobrancelha, desordenada:- Então por favor, nunca mais goste de ninguém na sua vida. O seu “gostar” é cruel, desumano e destruidor.Ashley vol