Arthur não foi trabalhar naquele dia. Suas lojas estavam em expansão, já não eram mais somente vestidos de grife e exclusivos e que eram vendidas nelas. Ele ampliou seus negócios e agora era dono de vários shoppings pelo país. Ninguém sabia disso a não ser ele mesmo e seus advogados e acionistas.
Naquela noite Arthur preparou o jantar. Era simples, mas ele queria cozinhar para sua família.Não demorou muito para ouvir a campainha, mas não saiu da cozinha. Julieta iria gostar de abrir a porta para Alice.
Assim aconteceu, Julieta abriu a porta e abraçou Alice com força e Helena também. As convidou para entrar, mas mal deram alguns passos João Pedro correu para abraçá-las.
- Alice, posso levar mi
Os meses que se passaram foram muito bons, Arthur cuidou de Alice como nunca havia feito. Toda sua atenção estava nela e nos filhos, incluindo o que não havia nascido ainda. Alice tinha desejos incomuns de madrugada e Arthur nunca negou de buscar nenhum deles. Um dia ela quis comer jabuticaba e Arthur correu por diversos mercados e feiras até encontrar. Teve uma vez que ela quis comer alfajor Uruguaio e Arthur andou 500 km para encontrar e levar para ela. Um dia os dois estavam deitados na cama, faltando alguns dias para o bebê nascer e Arthur perguntou para Alice:- Nós podíamos nos casar. Você não acha?- Você está falando sério?- Claro que estou. Vamos fazer uma casa nossa. Que não seja na casa que você morou com
Alice com seus 1,75 de altura está sentada na sala de espera da igreja com um buque de rosas vermelhas na mão, os seus cabelos negros como a noite preso num coque de noiva e os velhos verde esmeralda cheios de lágrimas pela dúvida que tinha se deveria ou não entrar por aquele corredor.- Eu não posso fazer isso. Ele já fez muita coisa comigo. Se eu ficar aqui ele vai terminar comigo. -Pensava ela. Vou sair daqui antes que seja tarde.Antes que voltasse atrás na sua decisão Alice saiu pela porta lateral da igreja, desceu os degraus e foi para o ponto de taxi que ficava ao lado da igreja. Deu o endereço da sua casa e o taxi saiu pelas ruas da pequena cidade e logo chegou.-Espere por mim, por favor. – O taxista apenas assentiu.Quando Alice entrou em sua casa deu uma olhada nos móveis velhos que j&aac
Quando Alice percebeu que o ônibus tinha parado já estava na capital. O céu já estava escuro e as luzes da cidade já brilhavam para mostrar que estava em um lugar totalmente diferente. Até mesmo a rodoviária era muito maior que na sua cidadezinha, com muitos ônibus parados e passageiros embarcando e desembarcando.Ela saiu do ônibus arrastando a sua mala e resolveu ligar o celular para olhar a hora. Uma pessoa com muita pressa esbarrou nela, mas nem olhou e correu na direção de outro ônibus parado ali. O celular que estava na mão de Alice caiu no chão longe dela e trincou a tela.- As pessoas aqui não olham para onde estão indo, passam pela gente como furacão. – Resmungou ela.Quando estava juntando o celular no chão, ouviu um choro desesperado de uma criança. Olhou em vo
Alice respira fundo e toca a campainha. Ao longe se ouve passos se aproximando rapidamente. Um homem alto, loiro de olhos cor de avelã abre a porta. Ela sente um arrepio quando olha para ele e ao mesmo tempo fica fascinada pelos seus traços perfeitamente esculpidos. Porém, quando ele vê Alice ali parada o encarando quase de boca aberta, fica furioso:-Quem é você? Como te deixaram entrar no condomínio? Pago por segurança e primeiro meu filho some e depois alguém que não conheço bate em minha porta.Alice dá um passo pra trás com medo do que ele possa fazer e se arrependeu de ter um coração bom e querer ajudar o garoto. Ela suspira e depois toma coragem de falar.- Desculpe incomodá-lo, senhor. Eu encontrei um garoto que disse morar aqui e o trouxe. – Falando isso ela tira João Pedro
Arthur que está no topo da escada observando- a antes de descer quando ouve o telefone. Ele pára e espera para que ela possa falar ao telefone antes de o ver.-Alô! Oi, mãe!- O que você fez Alice? - Uma voz preocupada do outro lado da linha.- Eu sei mãe, eu não deveria ter fugido. Só que não podia casar com aquele homem. Eu não queria passar o que passei nos últimos anos pelo resto da minha vida. - Ela fala isso e lágrimas começam a rolar pelo seu rosto.- Então é verdade. Nós achamos que você falou só para não se casar com ele.- Eu contei pra vocês a verdade, mas vocês preferiram acreditar nele e não em mim. Eu não pude fazer mais nada além de fugir.-Desculpa, filha!
Alice sai de perto do patrão e repara em como ela é bonita, mas se veste de uma forma desastrosa. Quando ela volta ele fala:-Vou pedir para uma loja mandar alguns uniformes para você amanhã. Você poderia me dizer o seu tamanho.- Eu uso tamanho médio, mas eu gostaria que não fosse saia ou vestido, por favor.- Certo. Vou pedir calças para você. Pode ser?- Sim. Obrigada. Vou para cozinha, qualquer coisa é só chamar. – Alice saiu e foi para a cozinha lavar as louças que deixou depois de preparar o café.- Alice, você ficou? - Disse João Pedro, correndo para abraçá-la.- Sim, fiquei para cuidar de você. - Ela falou isso abaixando- se para retribuir o abraço. - Agora vá tomar seu café
Chegando na cozinha, passou pela mesa do jantar e viu que estava limpa assim como toda a cozinha, mas não viu nem rastro da Alice: “Julieta deve ter voltado”. Serviu um copo de água e quando estava tomando escutou gritos e correu para ver de onde vinham. Era um quarto de empregada.- Não, por favor pare. - Gritava Alice- Eu não quero.Arthur achou que alguém estava no quarto com ela e abriu a porta para socorrê-la, mas ela estava tendo um pesadelo e estava muito perturbada, então ele resolveu acordá-la.- Alice acorda, você está sonhando. – Ele disse enquanto sentava na beirada da cama. Olhando bem para ela percebia-se que chorou até adormecer e deve ter pensado em coisas que a atormentavam. - Alice - ele deu um pequeno chocalho nela.- O quê. - Ela levantou se supetão. - O qu
Na manhã seguinte Alice levantou cedo e foi até a cozinha ajudar Julieta a terminar o café da manhã. Quando terminaram de colocar tudo na mesa Arthur chegou, sentou-se e começou a comer.- Alice, preciso que, as doze e quarenta, meu filho esteja na entrada do condomínio para pegar a carona para a escola. Se você sabe dirigir pode usar um dos carros da garagem.- Sei, sim senhor. Posso te pedir um favor?- Claro, diga.- Preciso consertar meu celular, deixei cair quando encontrei seu filho e quebrou a tela. Se você conseguir o consertar pode descontar do meu salário no final do mês.- Deixe-o comigo e farei isso para você. A propósito, seus uniformes chegaram hoje à tarde.- O que o senhor quer que eu faça enquanto seu filho está na es