— Eu não quero que faça isso. Você, Alexandre, ambos me chamaram de egoísta, e sim, eu sou. Eu quero você, quero me casar com ele, mas meu coração é seu. Eu prendo os dois, magoou os dois, vocês dois me amam, e eu não faço nada por nenhum. Talvez a escolha certa seja eu... Voltar a viajar. Certeza que vocês merecem uma pessoa melhor.— Como? Como a gente não merece você? - Amice abaixou os olhos querendo repor todo o ar que estava perdendo ali diante de Jasper. Ele estava como na noite passada, exalando beleza, transbordando sua masculinidade para todos que o visse sentado perante a luz do luar. — Porque fez uma coisa idiota? Todo mundo, todos os dias fazem escolhas idiotas.— Não Jasper. Não é por isso. Eu prometi, eu dei a minha vida, a minha vida por uma noite com você. Eu dei minha palavra de que casaria com ele caso ele me desse à noite com a pessoa que eu amo. - O Dickson sorriu novamente abaixando a cabeça. — Meu Lorde, você sempre foi o tipo de homem que teve tudo em suas mãos
— Ele é uma criança bonita. - Murmurou devagar enquanto admirava o garoto dormindo serenamente em sua cama rodeada de lençóis azuis com desenhos de barcos e ancoras por todo mundo. — Bonita demais para ser chamada de criança - Falou outra vez levando os olhos para a lua no céu. A brisa fria da noite chegava ali no quarto do menino bagunçando os cabelos longos e dourados como o do pai. — Ainda não acredito que tenho um filho. - Por fim, olhou para a mulher parada na porta do pequeno quarto que logo o convidou para sair.A casa era pequena, mas com todas as mordomias que Arthur poderia ter dado a prima. Embora Isabel por muitas vezes tenha negado sua ajuda, não dizia não para sempre uma vez que tinha a criança para cuidar. Elliot seguiu a mulher da sua vida agora parando na sala graciosa com pequenos desenhos espalhados.— Eu não espero que você me aceite. - Avisou vendo-a sorrir e virar em sua direção — Eu acho que não tenho o direito de me sentar aqui e querer que você me aceite de vo
Quando Amice pisou naquele lugar, todos os olhos voltaram para si. Ainda que o casaco cobrisse seus longos cabelos, era difícil não reconhecer os fios róseos que escapavam pelo capuz. Haviam caminhado pela cidade e até comprado algumas coisas, dormido em uma tenda bonita e conversado com algumas mulheres e amigas que conhecia. Pensou a noite toda sobre seu noivado que acabou e o quanto se sentia livre e feliz por deixar tudo de lado. As amigas e conhecidas nem acreditavam que ela tinha desistido de tudo, pois qualquer uma ali daria tudo de si para se casar com um lorde e ser sua lady mais preciosa.Mas claro que ela sempre deixaria claro para qualquer um entender que não adianta a gente viver uma vida que não é nossa, e nem do nosso interesse. Desceu os pequenos degraus olhando com gosto para todo lugar antes de ver Celestia do outro lado do balcão. Caminhou até ela mostrando seu doce sorriso e sentou em uma das bancadas, sorriu mais ainda ao vê-la lhe servir uma bebida, a sua preferi
A claridade do sol invadindo seu quarto muito o incomodava. E como o deixava zangado. O som do navio em alto mar cortando a água com sua força brutal o faziam voltar a ter um sono relaxado. Tornou a fechar os olhos para voltar a dormir, mas algo o fez soltar da cama na mesma hora. Sentiu o coração acelerar a falta de ar o pegar com força, e então tateou toda cama buscando unicamente encontrar aquela mulher junto de si, e agradeceu aos deuses quando a viu. Seu cabelo jogado entre o tecido branco do lençol e escuro da roupa de cama, os fios rosados enfeitava cada parte com luxo. Era bonito e grandioso.O lençol claro cobria apenas sua bund- deixando as costas expostas e bonitas amostras. As marcas em suas costas denunciavam o quanto tinham se amado. Era o terceiro dia em que estavam viajando e não havia um minuto sequer que se lembrava de ter saído da sua cabine para saber se todos tinham subido com segurança e ou que tudo estava em seu devido lugar na ausência. Eliott com certeza cuido
Os seguiu pelo extenso corredor até chegar em outro mais arrumado em cores vermelhas e com algumas portas pintadas de prata assim como o resto do navio. Podia dizer que aquele corredor era de casais, ou melhor, de pessoas mais importantes dentro daquilo lugar com certeza. Caminhou pelo corredor admirando alguns quadros espalhados até chegar a um que a faz parar de uma vez. Novamente, a silhueta de uma mulher indo em direção ao pôr-do-sol era nitidamente revigorante, desde as pernas bonitas e a cintura bem curvada até os cabelos róseos. Céus. Será que existiam mais daqueles quadros além dos que estavam no quarto de Jasper? Ela sempre se perguntou e ali estava sua resposta.Continuou a caminhar até encontrar uma das portas entreabertas e bem ali parou, podia ver claramente a mulher sentada na cama olhando para Eliott que lhe contava alguma coisa. Então ela sorriu não ligando para o que o homem dizia e tentou outra vez tirar o casaco grande desabotoando cada botão enquanto sorria malicio
O negocio era, tudo bem que eles não eram perfeitos, e nunca foram apesar de amarem um ao outro, nunca foram totalmente fieis a esse amor, houve outras pessoas para cada um. E ninguém iria colocar em palavras os pensamentos do capitão que imaginava a única mulher que gostava em meio a inúmeras que passou por sua cama, e Amice, ah, ela tinha feito muito coisa para tê-lo. Orgulhava-se? Nem de tudo, mas não seria a mesma coisa que encontrar Alexandre, por exemplo, não existia de fato amor entre os dois para surtar. Mas com Jasper, ah sim, ela surtaria.Todos os olhos daquela sala bateram na garota com seu vestido bonito sem qualquer volume, os cabelos rosados espalhavam por seu rosto e ombros caindo como se fosse infinito. A linha nos lábios denunciava que não estava ali para brincar. Os olhos perolados quase verdes caíram sobre o homem sentado no centro da extensa mesa com um mapa grandioso, marcado e revirado por todos os homens nas duas laterais da mesa. Jasper dobrou o pescoço para o
A calmaria do mar às vezes podia assustar, mas nada como navegar por aquelas águas bonitas e negras conhecendo lugares novos. Já fazia mais alguns meses desde que estiveram em terra firme, onde deixou que as garotas que um dia foram exclusivas, dos dois homens mais importantes do navio, ficaram para trás. Uma página a ser virada, pois só de lembrar que uma noite antes daquelas mulheres desceram e finalmente se verem livres, ainda orquestraram uma briga escandalosa, onde Amice não fez questão de levantar um dedo para machucar a outra, mas deixou que elas fossem ameaçadas de serem jogadas ao mar. Seria uma visão perfeita, mas Amice ainda tinha um bom coração. — Já está sabendo? - Isabel abriu a porta da cabine com tudo que podia, entrou massageando sua barriga grande já prestes a nascer. Amice ergueu o olhar para amiga logo ficando de pé para receber a mulher — Estaremos em terra firme em breve. — E tu aguentas andar com essa b
— Ela gosta de exibir que terá um filho, deixando outros que não terão com desejo - contou de lá. Amice sentou na cama pensando naquelas palavras, será que uma dessas pessoas era ele? Esperou que Jasper saísse para finalmente lhe perguntar: — Essa pessoa que sente desejo de ter um filho quando a ver, é meu lorde? Jasper parou em frente à cama e se fosse outro, procuraria se vestir, mas não precisou. Deixou-se entre os lençóis trazendo sua mulher para cima de si. Gostava de vê-la ali, diante de sua visão. — Quem sabe? — Queres um filho? Um filho de verdade? Meu e seu? - Perguntou, o coração já estava para saltar pela boca. — Achas que é uma má ideia? — Não. Acho que é uma boa ideia. Vemos ter um filho. Quando Jasper lhe avisou que a Aldeia do Gelo não tinha esse nome atoa. Amice deveria ter levado mais sério, uma vez que colocou seu vestido mais longo e com mangas cumpridas que t