O negocio era, tudo bem que eles não eram perfeitos, e nunca foram apesar de amarem um ao outro, nunca foram totalmente fieis a esse amor, houve outras pessoas para cada um. E ninguém iria colocar em palavras os pensamentos do capitão que imaginava a única mulher que gostava em meio a inúmeras que passou por sua cama, e Amice, ah, ela tinha feito muito coisa para tê-lo. Orgulhava-se? Nem de tudo, mas não seria a mesma coisa que encontrar Alexandre, por exemplo, não existia de fato amor entre os dois para surtar. Mas com Jasper, ah sim, ela surtaria.Todos os olhos daquela sala bateram na garota com seu vestido bonito sem qualquer volume, os cabelos rosados espalhavam por seu rosto e ombros caindo como se fosse infinito. A linha nos lábios denunciava que não estava ali para brincar. Os olhos perolados quase verdes caíram sobre o homem sentado no centro da extensa mesa com um mapa grandioso, marcado e revirado por todos os homens nas duas laterais da mesa. Jasper dobrou o pescoço para o
A calmaria do mar às vezes podia assustar, mas nada como navegar por aquelas águas bonitas e negras conhecendo lugares novos. Já fazia mais alguns meses desde que estiveram em terra firme, onde deixou que as garotas que um dia foram exclusivas, dos dois homens mais importantes do navio, ficaram para trás. Uma página a ser virada, pois só de lembrar que uma noite antes daquelas mulheres desceram e finalmente se verem livres, ainda orquestraram uma briga escandalosa, onde Amice não fez questão de levantar um dedo para machucar a outra, mas deixou que elas fossem ameaçadas de serem jogadas ao mar. Seria uma visão perfeita, mas Amice ainda tinha um bom coração. — Já está sabendo? - Isabel abriu a porta da cabine com tudo que podia, entrou massageando sua barriga grande já prestes a nascer. Amice ergueu o olhar para amiga logo ficando de pé para receber a mulher — Estaremos em terra firme em breve. — E tu aguentas andar com essa b
— Ela gosta de exibir que terá um filho, deixando outros que não terão com desejo - contou de lá. Amice sentou na cama pensando naquelas palavras, será que uma dessas pessoas era ele? Esperou que Jasper saísse para finalmente lhe perguntar: — Essa pessoa que sente desejo de ter um filho quando a ver, é meu lorde? Jasper parou em frente à cama e se fosse outro, procuraria se vestir, mas não precisou. Deixou-se entre os lençóis trazendo sua mulher para cima de si. Gostava de vê-la ali, diante de sua visão. — Quem sabe? — Queres um filho? Um filho de verdade? Meu e seu? - Perguntou, o coração já estava para saltar pela boca. — Achas que é uma má ideia? — Não. Acho que é uma boa ideia. Vemos ter um filho. Quando Jasper lhe avisou que a Aldeia do Gelo não tinha esse nome atoa. Amice deveria ter levado mais sério, uma vez que colocou seu vestido mais longo e com mangas cumpridas que t
— Me chamo Eira, significa Neve em nossa língua. — Amice Dickson - Estendeu a mão para a mulher… Jasper a olhou de canto e seu olhar chegou até Isabel que riu. — Significa que sou esposa do Capitão. — Esposa do capitão… - Repetiu a outra trocando olhares com Jasper que balançou a cabeça. Voltou a encarar a mulher — Devo dizer que é uma grande honra saber que fui trocada por uma mulher como você. É muito bonita, digna de navegar com o Lorde. — Obrigada. - Agradeceu se agarrando ainda mais em um dos braços de seu capitão. — Se quiserem, posso acompanhar as mulheres até a grande casa de nosso lorde, tenho certeza que meu pai tem negócios a tratar com os homens. - Eira voltou a falar, sendo mais simpática que o normal. Não iria esconder o quanto ficou triste por não poder mais dormir suas noites de natal nos braços do capitão a qual tinha tanto apresso e esperava o ano todo pelo momento, no entanto, ficara feliz por e
— O que? - Eira questionou com os olhos grandes em cima da mulher que mal se mexeu. Não iria abaixar a cabeça, tão pouco deixar que aquela história lhe atingisse de alguma forma. — O que foi? Acha que isso me preocupa de alguma forma? - Eira expirou fundo. Jasper tinha razão em amar uma mulher como aquela, afinal, não estava diante de qualquer garota de puteiro a qual convivia. — Vamos então. - Deu as costas a Amice que a seguiu para fora do quarto e saiu da casa depois de falar para Isabel que precisava de um pouco mais de ar. Claro que não iria querer respirar o ar congelado daquela aldeia, mas não encontrou uma desculpa melhor para sair da casa quentinha e gostosa para se aventurar por aquele lugar. A noite estava chegando aos poucos, bonita, chamativa, pelo visto, as coisas aconteciam com mais rapidez. O dia mal acordava algumas pessoas, logo a escuridão cobria todas as montanhas dando lugar a luzes nas barracas e um ar mais sereno.
— Como assim saíram? - Jasper perguntou outra vez, os olhos grandes em cima da gravida que comia tranquilamente. — Não disse para onde iam? — Lorde Dickson, não precisava ficar preocupado. Amice precisava tomar um ar, e disse que voltaria em breve. O que achas que aconteceu? — Eu não sei - Bradou mais forte. Zangado, e com uma troca de olhar com seu amigo, voltou para a sala grande se aproximando do fogo que aquecia toda a casa — Eu não gosto disso. — Amice tem vida própria, Jasper - Eliott avisou ao homem que ainda andava por todo aquele lugar inconformado. — Dentro do Navio não tem tanto lugar pra ela caminhar. Talvez ela quisesse conhecer a aldeia. — Eu poderia fazer isso, apresentar toda a aldeia para ela. Não gosto da ideia de ela está andando por ai, sendo visada por outros homens, e com Eira. — Está com medo da sua noiva de gelo convencer a Amice de não querer mais casar contigo? - gargalhou e antes de Jasp
Ela encarava sua imagem refletida no espelho emoldurado com ouro e prata.Nunca pensou que se casaria com um contrato assinado por seus pais, e não por amar o homem ao qual se entregaria para sempre. Em nenhum momento, cogitou que sua vida fosse voltada ao século XVI; casando-se obrigatoriamente por interesses entre duas famílias.Já era irritante o bastante, ter que aturar sua mãe, as regras que lhe eram impostas a sua frente, apenas para obedecer. De modo algum conviveu como uma criança, adolescente e, agora, como uma jovem normal. Apenas debaixo de regras e olhares de seus pais. E por isso, não tinha muitos amigos e, não teve experiências o suficiente para contar a seus filhos um dia. Sempre chamou atenção dos meninos, mas nenhuma vez, teve a oportunidade de ir mais além com algum.E naquele dia, ela lamentava não ser dona de sua própria vida. Desceu o olhar tristonho pelo vestido que usava, era bonito, o sonho de qualquer noiva, menos o seu: um tecido leve, branco, com alguns deta
A cada passo que se aproximava o homem parado de estrutura rígida, a estudada de uma forma avaliadora. Vislumbrando-a com mais brilhos no olhar do que no salto da sua ex-namorada sentada a sua direita.Havia visto uma foto antiga da sua bela noiva, e mandando dois homens atrás dela, somente para que tirassem fotos de sua pessoa. Ele não era tão burro de dizer sim na primeira oportunidade. Mas, nenhuma das fotografias que lhes foram trazidas, mostrava a real beleza que a menina ostentava naquele momento épico.O vestido branco ela bonito, sem decotes ou glamour, e se tivesse sido a noiva a escolhê-lo, ele havia aprovado sua escolha; nada muito chamativo gostava disso. Ângelo queria privacidade e um casamento calmo, sem que nenhuma rede de tevê o interrompesse, mas para seu desgosto, sua mãe fez questão de não deixar apenas uma rede de tevê entrar, e sim todas.Ela dizia que seria o único casamento que faria de seu filho, e que teria que ser épico, o melhor casamento daquele século, e e