Um barulho fez Meredith despertar de súbito. Poderia ser apenas o produto de um sonho, uma impressão, mas algo lhe soava estranho; sua mente lhe alertava isso. Gavin ainda dormia ao seu lado, parecendo imerso em um sono profundo, e ela pretendia não acordá-lo, até porque não sabia se se tratava apenas de uma paranoia de sua cabeça ou se era sério.
Contudo, enquanto se levantava da cama, novamente o som penetrou seus ouvidos. E veio acompanhado por um choro de neném. Era Maddy. O barulho vinha ad babá eletrônica, que, por sorte, ela tinha levado consigo.
Seu primeiro pensamento foi: havia alguém no quarto de Maddy.
Ela não podia esperar que Gavin despertasse para ver o que esta
Meredith sentiu Gavin beijá-la de manhã. Sentiu também quando este se levantou da cama, mas não não teve condições de acompanhá-lo, pois sentia-se completamente exausta. O que se tornou mais uma pista de que poderia estar realmente grávida. Contudo, buscou todas as suas forças e abriu os olhos, deparando-se com uma rosa vermelha descansando sobre a almofada de Gavin. Apesar de se sentir um pouco desanimada, não conseguiu deixar de sorrir. Aliás, Gavin tinha esse poder sobre ela. Até suas lembranãs lhe proporcionavam os sorrisos mais sinceros e radiantes. Sem ter como enrolar mais, levantou-se da cama, vestiu um robe e desceu, sabendo que seu dia seria longo e ch
Gavin chegou em casa cansado, mas satisfeito. Tinha fechado um bom negócio e estava ansioso para ver sua esposa que, em breve, lhe daria um filho. Isso era algo que ele simplesmente não conseguia tirar da cabeça e que tinha estampado um sorriso constante em seu rosto. Foi direito ao quarto deles, mas Meredith não se encontrava. Decidiu, então, que ela deveria estar com Maddy e foi logo para lá, mas apenas encontrou sua mãe com o bebê no colo, brincando, rindo e feliz. Era uma cena linda, mas ele queria saber de sua esposa. Por isso, aproximando-se das duas, beijou a cabeça de Wendy e a da sobrinha também, cumprimentando-as. — Olá, querido. Como foram as coisas? — Wendy sorriu.&n
Chegaram rapidamente na casa de Jenny, porque Justin, que já tinha fama de constantemente meter o pé no acelerador, tinha se empenhado bastante em chegar ao seu destino o mais rápido possível. Saltaram do carro e bateram na porta. A própria Jenny abriu-a e ficou assustada ao ver aqueles três homens ali, principalmente por Gavin estar entre eles. — Jenny, onde está Meredith? Está com você? — sem nem esperar ou cumprimentá-la, ele foi logo perguntando, não tendo tempo a perder. — Não, ela saiu daqui por volta de uma da tarde. Não chegou em casa ainda? — ela também se preocupou. 
Viver era uma grande aventura. Talvez a maior de todas, porque você nunca sabia o que viria em seguida. Se há oito meses alguém tivesse dito a Meredith que ela se casaria com um Randall e que teria um filho com ele, ela diria que a pessoa estava louca. Mas ali estava ela, na fazenda, sentada no colo do marido, com um barrigão de seis meses, observando o pôr-do-sol. Bernard e John Hardy II tinham morrido no incêndio. Apesar de parecer culpado, John, pai, defendeu-se dizendo que não sabia o que o filho andava fazendo e pediu desculpas à família Randall em uma visita, mas claro que quase implorou para que não mencionasse o que ele chamou de atos impensados de seu filho para ninguém. Justin deduziu que, naquela noite em seu bar, quando ele falou sobre seu pai estar obc
Era um dia chuvoso... como todos os dias de velório deveriam ser. Por baixo de um imenso guarda-chuva, que ela nem sabia quem estava segurando, observava as pessoas ali presentes. Todos vestiam negro, como se um convite tivesse sido enviado, informando o tipo de traje para a ocasião. Até os malditos guarda-chuvas eram pretos. Meredith não conhecia nem a terça parte daquelas pessoas. Acreditava que muitos dos presentes não conheciam Mallory como ela deveria ter sido conhecida. Como merecia ser lembrada. Aquelas pessoas e suas lágrimas de crocodilo não conheciam o som de sua risada, não sabiam nada sobre os sonhos que tinha, não tinham a menor noção do quanto era in
Ele era um homem de hábitos matutinos. Gostava de acordar às primeiras luzes da manhã, quando o sol, ainda preguiçoso, começava a despontar lentamente no horizonte. Apreciava imensamente sentar-se à varanda da casa, observando os homens trabalhando, sabendo que em breve estaria com eles, nas tarefas diárias, mas, logo assim que despertava, precisava passar um tempo com uma caneca de café forte e sem açúcar na mão. Sentia que havia algo de muito tranquilizante naqueles momentos, pois tinha a oportunidade de pensar na vida. E a verdade era que ultimamente sua mente não parava um segundo. Tinha muito no que pensar. Sentia falta do irmão, precisava proteger a sobrinha e agora ainda havia mais um pensamento em s
Sim. Sem dúvida ela era bonita. Sentado sobre o pequeno muro da estebaria, Gavin analisava a foto que tinha nas mãos. Claro que seu maior foco era a sobrinha, aquela linda neném que ― com sorte ― muito em breve estaria sob seus cuidados, mas não podia ignorar a bela mulher que a sustentava nos braços. O detetive a tinha fotografado de cima, o que possibilitava ver perfeitamente o rosto do neném, contudo, também era possível distinguir perfeitamente o tom castanho mel de seu cabelo, o tom claro de sua pele, que fazia com que ela parecesse um pêssego macio, e os olhos ― desses ele se lembrava muito bem, por causa do tom inigualável que ficava entre o verde e o amendoado ― estavam voltados para baixo
ALGUNS DIAS DEPOIS... Era um desastre... Havia contas e mais contas sobre a mesa de jantar. Nenhuma carta sequer. Nenhuma oferta de ajuda de algum amigo distante caridoso ou algum prêmio, herança... nada de boas notícias. Sua cabeça estava prestes a explodir. Ela podia jurar que estava ouvindo o tic-tac da bomba em seu ouvido, quase em câmera lenta. Torturante. Uma batida na porta se misturou ao choro de Madeline, que parecia compartilhar do desespero da tia. Como se ela entendesse alguma coisa. Atendeu à porta e ficou aliviada ao ver Jenny. Estava um pouquinho atras