Era um dia chuvoso... como todos os dias de velório deveriam ser. Por baixo de um imenso guarda-chuva, que ela nem sabia quem estava segurando, observava as pessoas ali presentes. Todos vestiam negro, como se um convite tivesse sido enviado, informando o tipo de traje para a ocasião. Até os malditos guarda-chuvas eram pretos.
Meredith não conhecia nem a terça parte daquelas pessoas. Acreditava que muitos dos presentes não conheciam Mallory como ela deveria ter sido conhecida. Como merecia ser lembrada.
Aquelas pessoas e suas lágrimas de crocodilo não conheciam o som de sua risada, não sabiam nada sobre os sonhos que tinha, não tinham a menor noção do quanto era inteligente, doce e espirituosa. A grande maioria ali somente a julgava como sendo a garota fácil e promíscua que acabou na cama de Steve Randall ― da mesma forma como muitas outras tinham acabado. Porém, para seu azar, ela fora a única a receber uma consequência como presente: uma gravidez. Ou seja, exibira publicamente, por nove meses, a prova de seu erro.
E agora aquela consequência era real, tangível... e orfã.
Ao pensar na pequena criatura, de apenas três meses de idade, olhou inconscientemente para o carro terrivelmente velho onde sua amiga, Jennifer, a esperava, cuidando da menina.
Claro que amava a criança. Era, agora, seu único elo com a irmã, a única família que lhe restara. Pensar nisso fez com que estremecesse. Não que as perspectivas fossem boas antes, mas agora eram, no mínimo, caóticas. Teria que lidar com um bebê recém nascido sem nenhum tipo de ajuda. Desde que a gravidez fora descoberta, tinha conseguido um segundo emprego, mas como iria dar conta de trabalhar em dois turnos tendo que cuidar de uma criança? Não ganhava o suficiente para contratar uma babá e nem sabia nada sobre recém nascidos. Mal sabia se um bebê de três meses podia ser deixado aos cuidados de uma babá.
Estava perdida! Em todos os sentidos da palavra.
O velório foi breve e bonito, mas Meredith não chorou uma lágrima sequer. Não porque não sofresse, mas porque não saberia por onde começar. Havia muitas mágoas acumuladas em seu coração, era impossível escolher apenas uma de cada vez. Somente prometeu que cuidaria de sua sobrinha, que a tornaria uma mulher de bem.
Assim que terminaram o cortejo e chegaram ao local onde Mallory seria enterrada, Meredith percebeu que outra pessoa estava sendo sepultada ali perto. Sentindo-se um pouco aérea, começou a observar a outra família, como que para tirar o foco de sua mente de seus próprios problemas.
Tudo que conseguia ver era um homem moreno e muito, muito alto, de costas, amparando uma mulher mais velha ― talvez sua mãe ― em seus braços. Ela parecia estar prestes a desabar, chorando copiosamente, mas ele se mantinha firme como uma rocha, oferecendo-lhe apoio. Por um instante, de forma quase inconsciente, ela sentiu um estranho desejo de também ter alguém para confortá-la daquela forma. Alguém que a abraçasse e sussurrasse em seu ouvido que tudo ficaria bem, mesmo que soubesse que era uma mentira deslavada. Naquele momento, ela acreditaria e faria toda a diferença.
Mas tinha que se ater à realidade: estava sozinha. E não apenas ali, naquele cemitério.
Os minutos seguintes passaram de forma acelerada. Meredith sentia-se entorpecida pela dor, por isso, nem sequer percebeu seus movimentos seguintes. Só quando sentiu o peso de uma mão em seu ombro foi que voltou a si, como quem acorda de um sonho de súbito.
Demorou um pouco para voltar a si, mas quando o fez, virou-se na direção da pessoa que a chamava e viu um homem, com uma silhueta muito parecida com aquele que amparava a mulher mais velha com tanta devoção.
― Você é Meredith Hart?
Como ele sabia seu nome?, foi a primeira coisa que ela pensou ao ouvir a pergunta. Contudo, após um momento de hesitação e depois de estudar o rosto do homem à sua frente, acabou lembrando quem ele era. E isso fez com que Meredith fechasse a cara, não muito satisfeita com a abordagem.
― Sabe quem eu sou? ― ele perguntou.
― Sei. É irmão de Steve.
Era difícil não conhecer alguém em uma cidade pequena como Summershade. Ainda mais se esse alguém fosse praticamente o dono de todo aquele lugar. Sua fazenda praticamente sustentava todos os habitantes dali, e ele alugava propriedades para tantas famílias que era possível que já até tivesse perdido as contas de quanto dinheiro ganhava por mês.
Pena que dinheiro não comprava caráter, pois o irmãozinho caçula dele precisava de um pouco.
E Meredith sequer se importava por estar falando mal de um rapaz falecido.
― O que quer? ― cruzando os braços, Meredith tentou usar de sua expressão mais ameaçadora; o que era ridículo, uma vez que ele tinha pelo menos o dobro de seu tamanho.
― Quero conversar com você. Tem um minuto?
Ele era muito educado ao falar, mas ela não estava disposta a ceder. Tudo que vinha daquela família estava relacionado a dor e sofrimento.
― Não. Não tenho. E não acho que tenhamos nada para conversar.
O homem, que ela sabia se chamar Gavin, suspirou impaciente. Provavelmente não era muito tolerante a teimosia. Então, exatamente por isso, ela iria ter o prazer de deixá-lo irritado.
― Meredith, minha mãe quer ver a menina. Temos direito a isso ― apesar de não parecer muito paciente, Gavin mantinha-se calmo e controlado.
― Ah, agora vocês querem falar sobre direitos? Seu irmão engravidou a minha irmã e teve coragem de oferecer dinheiro para que ela abortasse... ― Não, ela não podia chorar. Não podia se permitir fragilizar-se diante daquele homem. ― Desculpa, mas sua família não está na minha lista de amigos, não esperem um cartão de natal ou alguma guarda compartilhada.
― Nós não sabíamos dessa gravidez até que Steve nos falou, e sua irmã já estava com sete meses!
― Em uma cidade como esta? Difícil acreditar que não ouviram as fofocas.
― Steve nos disse que o bebê não era dele. Que Mallory queria dar o golpe da barriga ― Gavin falou com certo embaraço.
A forma como Meredith recebeu aquela informação funcionou como um soco no estômago. Um daqueles fortes que chegam a roubar o ar de quem é atingido.
― Mallory não era nenhuma oportunista. Ela se apaixonou por Steve desde que chegamos nesta maldita cidade. Ele se aproveitou dela. Ela era virgem! ― Meredith elevou o tom de voz e percebeu vários olhos pousarem nos dois, surpresos com a explosão da moça.
― Isso não vem ao caso agora. O fato é que queremos que a criança faça parte da nossa família. Vamos lhe dar nosso sobrenome.
― Ah, por favor! Você mal sabe o nome dela. E quanto a um sobrenome, ela já tem: o meu.
Gavin coçou a cabeça, mais uma vez sem paciência. Não queria jogar sujo, mas se fosse a única alternativa, não hesitaria.
― Meredith, sei que sua situação financeira é delicada, criar um bebê é muito custoso. Sei também que vive sozinha. Como vai dar conta?
― Vou saber lidar com tudo isso... ― orgulhosa, ela insistiu, falando uma bela mentira.
― Acredito que sim, mas estou te oferecendo uma alternativa.
― Não quero nada que venha de vocês. Por causa de seu irmão, Mallory está morta.
― Não! Foi um acidente onde, aliás, ele também perdeu a vida ― finalmente ele se mostrou indignado.
― Ela estava no carro dele, com ele dirigindo embriagado. Ela queria conversar, pedir ajuda, por isso foi àquela droga de festa, já que ele não atendia aos telefonemas e não a recebia. ― Lá estava ela chorando. E para o inferno com o orgulho! Precisava desabafar.
― Está vendo? Sua irmã reconheceu que precisava de ajuda. Por que não reconhece também?
― Ela foi pedir ajuda à sua família e olha o que aconteceu ― Meredith apontou para a cova de Mallory. ― Aceitar qualquer coisa de vocês é como fazer um pacto com o diabo.
Não era uma coisa bonita a se dizer, mas ela sequer pensou antes de falar. E claro que a primeira resposta foi o silêncio.
Quase arrependida do que tinha dito, Meredith ficou observando a reação de Gavin Randall. Sabia que ele tinha um apreço muito grande por sua família, o que podia ser compreendido pela forma como protegia a mãe da dor. Ela mesma teria ficado indignada se ouvisse qualquer pessoa ofendendo aqueles que amava. Apesar disso, de saber que lhe devia um pedido de desculpas, as palavras simplesmente não saíam.
Havia certo desconforto na expressão de Gavin, como se ele estivesse se controlando para não lhe responder exatamente como ela merecia. Mas, como o cavalheiro que era, manteve-se em sua postura. Depois de ficar parado por alguns minutos, colocou a mão no bolso e de lá tirou um cartão de visitas, entregando-o a Meredith logo em seguida.
― Aqui está o meu cartão. Por favor, pense com cuidado e me ligue para marcarmos um lugar e uma data para nos conversarmos. Pense na menina...
― O nome dela é Madeline.
― Eu já sabia... ― ele respondeu muito sério, tentando demonstrar que se importava. Depois virou-se e saiu de perto de Meredith, voltando para sua mãe, que estava sendo amparada por um jovem rapaz loiro..
E assim que se viu sozinha, Meredith observou o cartão que tinha em mãos e suspirou. Sabia que Maddy merecia uma vida muito melhor do que a que ela poderia lhe dar. Apesar disso, não sabia se aquela família poderia lhe dar algo que ela tinha de sobra: amor.
***
A mesa de jantar parecia um pouco mais pesada depois que Meredith jogou algumas contas sobre o tampo velho de madeira. Ao menos, pensar nelas trazia-lhe uma baita dor de cabeça. Tinha suas contas de consumo, as contas atrasadas da maternidade e as do velório. Era irônico ter que arcar com despesas de nascimento e morte ao mesmo tempo.
― Meredith, ela não para de chorar. Já troquei a fralda, já dei mamadeira... Acho que ela quer a mãe.
Jennifer, a única pessoa com quem Meredith podia contar, trazia a neném do quarto. Maddy realmente estava chorando há uns bons minutos sem parar. Normalmente era uma criança calma, mas naquela manhã, em especial, a menina estava agitada.
Sem paciência, Meredith se aproximou de Jennifer.
― Infelizmente ela não pode ter a mãe. Vai ter que se contentar comigo ― ao falar aquilo, ela tirou o bebê do colo da amiga e começou a tentar acalmá-la.
Enquanto Meredith caminhava com Maddy no colo, Jennifer observava os papéis sobre a mesa e pegou alguns em suas mãos. Junto deles estava o cartão de visitas de Gavin. Ela também o pegou e o analisou.
― Acho que você é louca por não procurá-lo.
Jennifer soltou a frase de repente, sem que Meredith esperasse. Quando deu por si e percebeu sobre o quê ela estava falando, mostrou-se desolada, quase cansada daquele assunto.
― É por causa dessa família que minha vida está destruída.
― Amiga, esse tal de Gavin não tem nada a ver com a história. Não foi ele quem engravidou sua irmã.
― Mas também não fez nada para ajudá-la ― explodiu, e Maddy começou a chorar de forma ainda mais agoniada. Meredith começou a balançá-la com mais ímpeto.
― Você está sendo orgulhosa.
― Talvez, mas não posso dar a eles o direito de aproveitar o melhor de Maddy quando não quiseram ajudar Mallory durante a gravidez.
― Mas eles vão ajudar financeiramente.
― E vão querer tirar Maddy de mim! ― ela apertou a menina nos braços, como se assim pudesse protegê-la.
― Ah, querida! ― Jennifer se aproximou de Meredith e colocou a mão em seu ombro, tentando confortá-la. ― Eles podem tirá-la de você de qualquer forma. Têm dinheiro, bons advogados... além disso, você é sozinha. Lá, a Maddy teria uma avó, tio e empregados para cuidar dela.
― De que lado você está? ― indignou-se.
― Do lado da razão. Talvez fosse melhor se entregasse a guarda de Maddy para eles. Ela teria uma vida bem melhor.
Ouvir tal afirmação feriu Meredith profundamente, não só pelo fato de ser uma constatação bem amarga de que ela não seria capaz de criar a própria sobrinha com um mínimo de decência, mas também por ser algo que ela já sabia. Porém, ouvi-lo de outra pessoa era bem mais frustrante.
Com a alma partida, olhou para a carinha da neném, que finalmente e subitamente tinha parado de chorar. Iria intepretar aquilo como um sinal.
― Já perdi Mallory. Não tenho mais ninguém. Não posso perder Maddy também.
Havia tanta dor naquela frase, que Jennifer sentiu o coração derreter.
― Eu sei, querida. E saiba que pode contar comigo para tudo. Posso cuidar de Maddy para que possa trabalhar.
― Não posso te pagar...
― Não estou pedindo dinheiro. Sabe que David trabalha o dia inteiro, e eu só cuido dos meninos. Não vai ser nenhum problema.
― Obrigada. Por tudo.
E finalmente as lágrimas surgiram. Quentes, poderosas, rasgando suas emoções como lâminas de tristeza.
Sentindo o peito queimar, ela olhou novamente para Maddy. A garotinha finalmente tinha adormecido, com certeza cansada de tanto se lamentar. Ela não tinha culpa de nada. Não tinha pedido para nascer, muito menos naquela situação tão complicada. Assim como Meredith, ela também estava sofrendo, a seu modo, a perda da mãe. Exatamente por isso, portanto, queria dar àquela menina tudo que ela teria com a mãe: carinho, uma infância feliz e atenção. Faria qualquer coisa para lhe dar isso. A qualquer preço.
Ele era um homem de hábitos matutinos. Gostava de acordar às primeiras luzes da manhã, quando o sol, ainda preguiçoso, começava a despontar lentamente no horizonte. Apreciava imensamente sentar-se à varanda da casa, observando os homens trabalhando, sabendo que em breve estaria com eles, nas tarefas diárias, mas, logo assim que despertava, precisava passar um tempo com uma caneca de café forte e sem açúcar na mão. Sentia que havia algo de muito tranquilizante naqueles momentos, pois tinha a oportunidade de pensar na vida. E a verdade era que ultimamente sua mente não parava um segundo. Tinha muito no que pensar. Sentia falta do irmão, precisava proteger a sobrinha e agora ainda havia mais um pensamento em s
Sim. Sem dúvida ela era bonita. Sentado sobre o pequeno muro da estebaria, Gavin analisava a foto que tinha nas mãos. Claro que seu maior foco era a sobrinha, aquela linda neném que ― com sorte ― muito em breve estaria sob seus cuidados, mas não podia ignorar a bela mulher que a sustentava nos braços. O detetive a tinha fotografado de cima, o que possibilitava ver perfeitamente o rosto do neném, contudo, também era possível distinguir perfeitamente o tom castanho mel de seu cabelo, o tom claro de sua pele, que fazia com que ela parecesse um pêssego macio, e os olhos ― desses ele se lembrava muito bem, por causa do tom inigualável que ficava entre o verde e o amendoado ― estavam voltados para baixo
ALGUNS DIAS DEPOIS... Era um desastre... Havia contas e mais contas sobre a mesa de jantar. Nenhuma carta sequer. Nenhuma oferta de ajuda de algum amigo distante caridoso ou algum prêmio, herança... nada de boas notícias. Sua cabeça estava prestes a explodir. Ela podia jurar que estava ouvindo o tic-tac da bomba em seu ouvido, quase em câmera lenta. Torturante. Uma batida na porta se misturou ao choro de Madeline, que parecia compartilhar do desespero da tia. Como se ela entendesse alguma coisa. Atendeu à porta e ficou aliviada ao ver Jenny. Estava um pouquinho atras
Pela primeira vez na vida, Meredith sentia medo do amanhecer. Assim que abriu os olhos, que tinha fechado por apenas alguns segundos, no momento em que Maddy cochilou, depois de ser acordada pelos berros do despertador, percebeu o quanto aquela noite mal dormida iria lhe prejudicar o dia inteiro. Não apenas estava desesperadoramente exausta, mas também não sabia o que fazer. Maddy estava mais calma, mas já acordada, dentro do bercinho. Não tinha muito tempo a perder, mas decidiu ficar parada por alguns minutos apenas olhando aquela linda bebezinha. Imediatamente, seus olhos se encheram de lágrimas. Sentia-se cada dia mais perdida, pensando que os sacrifícios que fazia acabariam não dando em nada. Perguntava-se
A sensação era de uma péssima ressaca. Mas ela sabia que não tinha bebido. Seu corpo estava mole, dolorido, e sua garganta estava seca, arranhando. Precisava de água, mas não tinha coragem de se levantar. A cama estava mais macia do que nunca, e os lençóis cheirosos e limpos, parecendo novos. Nem parecia a sua cama. Outra coisa também fazia com que aquele momento fosse um verdadeiro paraíso: Maddy estava quieta, tranquila e... Um flash de memória surgiu em sua mente. Tinha encontrado Gavin Randall na saída de seu trabalho. E o pior: tinha entregado Maddy para ele. Meu Deus! Tinha colocado a sobrinha nos bra&cc
Foi uma voz, exatamente cheia de amor, que a fez olhar para a porta dentro do quarto. ― Maddy, vovó voltou com seu leitinho quente e... Wendy entrou com uma mamadeira enrolada em uma fralda e ficou surpresa ao ver Meredith ali. ― Me desculpa, eu não deveria ter entrado aqui. Eu só queria vê-la... ― explicou-se, sentindo-se uma intrusa. ― Não tem problema. Você é bem-vinda aqui, Meredith. Ela parecia sincera, principalmente ao sorrir. Havia algo naquela mulher que fazia com que Meredith gostasse dela, por mais que tentasse evitar.&
A impressão que tinha era que ela tinha dormido por dias. Talvez meses, mas fazia apenas oito horas que a tinha colocado na cama. Passara a noite inteira em seu quarto, novamente, observando-a. A febre tinha cessado, e, quando ela acordou, parecia mais forte, mais saudável. Especialmente quando quase deu um pulo ao vê-lo ali. ― Você me assusta, sabia? ― ela falou, colocando a mão no peito. ― Desculpe. Não foi minha intenção ― ele disse muito sério. ― Preciso conversar com você. ― Comigo? ― Meredith não podia imaginar qual seria o assunto. Suspeitava que tivesse a ver com Maddy. 
Quando chegaram, ele insistiu em entrar com ela para deixá-la totalmente em segurança. Assim que abriram a porta, no entanto, percebeu nos olhos dela toda a solidão que aquela casa significaria dali em diante. ― Parece tão maior... tão vazio... ― ela não tencionava dizer nada, mas foi quase um pensamento alto demais. ― Meredith... ― Gavin colocou a mão em seus braços e a virou para si. ― Você não precisa ficar aqui. Pode voltar comigo até que se acostume com a ideia. ― Não vou me acostumar se não estiver aqui. Ele suspirou. ― Ent&a