Fazia um bom tempo que Gavin não saía para se divertir. Desde a morte de seu pai, dez anos atrás, tornara-se responsável pelos negócios e por cuidar da fazenda e da família. Desta, principalmente depois que Steve morreu e deixou sua mãe devastada. Era bom vê-la sorrir novamente, ao olhar para ele e Meredith, enquanto segurava a netinha nos braços. Apesar de nunca ter reclamado de suas incumbências, era bom poder se ver livre de preocupações e apenas relaxar.
Encostado no balcão, enquanto Justin lhe preparava um drinque, Gavin simplesmente não conseguia tirar os olhos de sua mulher. Ela estava com os cabelos castanhos e sedosos soltos, e tinha feito alguns cachos, o que a deixava com um ar ainda mais delicado de princesa. Usava um vestidinho leve, floral, de verão, e ele jurava que assim que chegassem em
Justin olhava para Farrah enquanto ela vasculhava sua bolsa em busca das chaves de sua casa. Já estavam bem na porta, apenas ainda não tinham saído do carro. Até ali tudo estava indo bem. Tinham conversado pouco, até porque Farrah estava sonolenta, afinal, já passava das três da madrugada, e tudo que ele tinha que fazer era deixá-la dentro da segurança de seu lar. Para sua sorte, ela ainda estava bem acordada, então, não teria que carregá-la, como já tinha feito tantas vezes. Não que não gostasse de tê-la nos braços. Na verdade, era a única chance que tinha para isso, e era exatamente esse o problema. A sensação de tê
Os sons noturnos da fazenda sempre o fascinaram. Era por isso que, talvez, ficasse tanto tempo em silêncio. Ao longe — mas não tão longe assim — conseguia ouvir os animais conversando em sua língua secreta, provavelmente organizando seu motim, como em A Revolução dos Bichos, de George Orwell. Naquele instante, também ouvia passos. Alguém se aproximava, trazendo um cheiro que Gavin simplesmente odiava: cigarro. Ali na fazenda ninguém fumava, então, ele sabia que só havia uma pessoa no mundo, abusada o suficiente para atazaná-lo daquele jeito, ainda mais sabendo que já estava bastante irritado. — Quantas vezes vou precisar pedir que não venha fumar na minha casa? — perguntou assim que a pessoa se aproximou o suficiente.
Gavinsorriu enquanto ela se levantava de seu colo e pegava a babá eletrônica,levando-a consigo. Em seguida, pegou a mão do marido e guiou-o até o quarto dosdois. Apesar de gostar das ousadias e dos momentos mais selvagens de Gavin,sabia que daquela vez seria terno, lento e cheio de amor, porque era assim quese sentiam um pelo outro. E Meredith sabia que ambos estavam precisando decarinho.Gavin fez com que ela parasse ao lado da cama, para que pudesse tirar sua roupalentamente, dando atenção a cada peça, cada detalhe. Meredith sentia-sevenerada conforme ele observava seu corpo des
Um barulho fez Meredith despertar de súbito. Poderia ser apenas o produto de um sonho, uma impressão, mas algo lhe soava estranho; sua mente lhe alertava isso. Gavin ainda dormia ao seu lado, parecendo imerso em um sono profundo, e ela pretendia não acordá-lo, até porque não sabia se se tratava apenas de uma paranoia de sua cabeça ou se era sério. Contudo, enquanto se levantava da cama, novamente o som penetrou seus ouvidos. E veio acompanhado por um choro de neném. Era Maddy. O barulho vinha ad babá eletrônica, que, por sorte, ela tinha levado consigo. Seu primeiro pensamento foi: havia alguém no quarto de Maddy. Ela não podia esperar que Gavin despertasse para ver o que esta
Meredith sentiu Gavin beijá-la de manhã. Sentiu também quando este se levantou da cama, mas não não teve condições de acompanhá-lo, pois sentia-se completamente exausta. O que se tornou mais uma pista de que poderia estar realmente grávida. Contudo, buscou todas as suas forças e abriu os olhos, deparando-se com uma rosa vermelha descansando sobre a almofada de Gavin. Apesar de se sentir um pouco desanimada, não conseguiu deixar de sorrir. Aliás, Gavin tinha esse poder sobre ela. Até suas lembranãs lhe proporcionavam os sorrisos mais sinceros e radiantes. Sem ter como enrolar mais, levantou-se da cama, vestiu um robe e desceu, sabendo que seu dia seria longo e ch
Gavin chegou em casa cansado, mas satisfeito. Tinha fechado um bom negócio e estava ansioso para ver sua esposa que, em breve, lhe daria um filho. Isso era algo que ele simplesmente não conseguia tirar da cabeça e que tinha estampado um sorriso constante em seu rosto. Foi direito ao quarto deles, mas Meredith não se encontrava. Decidiu, então, que ela deveria estar com Maddy e foi logo para lá, mas apenas encontrou sua mãe com o bebê no colo, brincando, rindo e feliz. Era uma cena linda, mas ele queria saber de sua esposa. Por isso, aproximando-se das duas, beijou a cabeça de Wendy e a da sobrinha também, cumprimentando-as. — Olá, querido. Como foram as coisas? — Wendy sorriu.&n
Chegaram rapidamente na casa de Jenny, porque Justin, que já tinha fama de constantemente meter o pé no acelerador, tinha se empenhado bastante em chegar ao seu destino o mais rápido possível. Saltaram do carro e bateram na porta. A própria Jenny abriu-a e ficou assustada ao ver aqueles três homens ali, principalmente por Gavin estar entre eles. — Jenny, onde está Meredith? Está com você? — sem nem esperar ou cumprimentá-la, ele foi logo perguntando, não tendo tempo a perder. — Não, ela saiu daqui por volta de uma da tarde. Não chegou em casa ainda? — ela também se preocupou. 
Viver era uma grande aventura. Talvez a maior de todas, porque você nunca sabia o que viria em seguida. Se há oito meses alguém tivesse dito a Meredith que ela se casaria com um Randall e que teria um filho com ele, ela diria que a pessoa estava louca. Mas ali estava ela, na fazenda, sentada no colo do marido, com um barrigão de seis meses, observando o pôr-do-sol. Bernard e John Hardy II tinham morrido no incêndio. Apesar de parecer culpado, John, pai, defendeu-se dizendo que não sabia o que o filho andava fazendo e pediu desculpas à família Randall em uma visita, mas claro que quase implorou para que não mencionasse o que ele chamou de atos impensados de seu filho para ninguém. Justin deduziu que, naquela noite em seu bar, quando ele falou sobre seu pai estar obc