Não era uma questão de fixação, Grady. Era sobrevivência. Apertei as mãos com força, tentando, de alguma forma, tirar forças de dentro de mim. Mas a verdade é que não sabia mais de onde buscar coragem.

— Não sei por que você insiste em reviver tudo isso, Grady — murmurei, minha voz quase perdida. — Já não importa mais.

Ele me olhou, a expressão carregada de uma dor que eu sabia ser real, mas que ainda assim não conseguia compreender totalmente.

— Holly, eu... não sei por que, mas isso importa. Essa história toda ainda me corrói. Eu vi Megan tremendo daquele jeito, e... não consigo entender. Que tipo de mãe você foi para permitir que sua própria filha sofresse esse tipo de violência emocional?

A dor de cabeça que já me afligia se intensificou, e meu rosto ficou ainda mais pálido. Fechei os olhos com força, tentando controlar a onda de náusea que ameaçava me engolir. Aquelas palavras... ele me atingira onde mais doía. Eu mesma já me perguntara tantas vezes isso, sem nunca encontrar uma