Saber que Alex era um vampiro me deixou sem norte, foi como se tudo que ele tivesse me contado fosse mentira, como se eu tivesse sido enganada o tempo inteiro. Logo após isso a pequena bomba que ele soltou em minhas mãos, ser o rei da Inglaterra. Eu estava abrigando o rei da Inglaterra em minha casa, qual a chance disso acontecer? Nenhuma! E mesmo assim aconteceu.
Quando ele me deixou ali naquela floresta eu pude ouvir o ecoar do seu sussurro, sua voz dizendo que me ama. Meu coração idiota respondeu tão depressa que eu não tive tempo de processar. Arrastei os meus pés de volta para casa e encarei tudo vazio. Foi apenas uma semana mas parecia que seria para sempre. Que todos os dias que eu abrisse a porta do meu quarto encontraria a casa mergulhada em fumaça por causa dos ovos queimados, ou ter que separar roupas para ele poder trabalhar. Eu achei que nunca acabaria, acabou.
Chorei encostada a porta, chorei por ter mando ele ir embora e não ter tido força para
9 meses depoisNaquela noite em que Alex foi embora Izzi e Jurgem descobriram que eram companheiros, aquilo foi o que salvou Jurgem de perder uma batalha para uma das lobas mais fortes de sua alcatéia. Izzi e ele não demoraram tanto discutindo, firmaram o laço e ela engravidou de um lindo e forte menino que nasceu faz dois meses.O vazio que todos que partiram deixaram em mim ainda estava ali, ainda doía, latejava, me sufocava. Todas as noites eu chorava e tinha pesadelos, eu queria o abraço dele, o sorriso dele e não tive. Alex nunca mais voltou. A biblioteca virou meu lar, eu passava horas depois do expediente ali dentro, as vezes nem fazia nada. Apenas sentava no balcão de atendimento e ficava olhando o lugar por onde todos os que eu amava passeavam, minha mente progetando imagens de sorrisos e antigas conversas.Ela virou meu cemitério particular, era ali que eu conversava e chorava sozinha, que eu pedia
Demorou horas para que eu chegasse perto da vila, tinha saído na madrugada e viajado a manhã inteira de carro na velocidade máxima permitida, embora que uma vez ou outra eu tivesse apertado um pouco mais o acelerador. As palavras de James ainda circulavam minha cabeça fazendo com que o nervosismo para encontrar Ebby aumentasse. Ensaiava diversas frases que eu poderia dizer a ela, comvence-la a vir comigo, mostrar que sou seu companheiro e cuidaria dela. Independente de todas as falas que eu ensaiasse sabia que, ao estar frente a frente com ela novamente as palavras sumiriam da minha boca.Fiz reserva em um Motel na Beira da estrada, deixei minha mala lá e segui com o carro para a vila que não ficava tão distante daqui, se chegasse lá correndo provavelmente seria atacado pelos betas da ronda. Não queria causar alvoroço. Parei o carro distante e fiquei observando a movimentação do início de tarde, lembrando como era bom trabalhar com Ebby na biblioteca. També
Alex... vê-lo novamente foi como abrir uma antiga ferida e, ao mesmo tempo colocar um remédio para a dor. Ele voltou, voltou por mim. Estava tão diferente, mais forte, seus cabelos dourados pareciam brilhar mais, estava bem vestido. Um rei, era exatamente o que ele parecia. A confusão dentro de mim se agitou, por um lado eu queria gritar e dizer que ele era um idiota, mas por outro lado eu queria abraça-lo, afundar meu rosto em seu peito como tinha feito durante aquela semana. Por que quando eu estava com ele a dor sumia, a solidão ia embora. Alex afastava meus fantasmas. — Sempre linda, Loren. – meu corpo tremeu e esquentou ao ouvir sua voz rouca e baixa, ele estava triste, podia sentir. Meus sentidos apurados de loba detectaram isso, meu companheiro acha que J.J. é meu filho. Imaginar isso me fez rir, eu nunca ficaria com Jurgen. — Voltou para me buscar? – sussurrei, ele deu dois passos em minha direção, aquele sorriso lateral em seu rosto me deixava um leve nervosismo. — Sim.
O dia hoje será cheio, faltam apenas seis meses para eu ser nomeado o rei suplente e tudo já começa a andar nos trilhos.Meu pai morreu há um mês de câncer, queria dizer o contrário mas, dinheiro não compra tudo. Por muito tempo sabia que minha hora iria chegar e não seria feliz, pois perder um pai não é algo que faça seu peito inflar de orgulho. Ronald Alexander Turner foi o melhor rei que essa Inglaterra já teve, jamais chegarei aos seus pés e isso me assusta o povo pode não me querer por ver o quão diferente sou dele.- Príncipe! Acorde. - James passa por mim que estou parado em uma das janelas do palácio e bate em minha cabeça com força.- Sinto
Três meses, era apenas isso que faltava para ter a coroa de rei, nada poderia estragar esse momento, ao menos era isso que eu dizia a mim mesmo diariamente. A não ser a família de Lammona que está sempre em meu encalço. Ela é uma das jovens mais ricas e bem sucedidas de meu reino, encantadora e bela, mesmo assim me dá nojo. O motivo é simples e claro, suas intenções, sua personalidade, nada nela chega de fato a me agradar ou ao meu lado sobrenatural. Após todo aquele constrangimento com James seu pai tem vindo várias vezes oferecer sua companhia em minhas viagens e reuniões, eu aceito por educação mas não suporto ficar ao lado daquele velho, sabendo que ele só está fazendo isso para tentar uma aproximação e descobrir meus reais pensamentos e interesses.Mais uma vez estou parado de frente a janela do meu quarto, olhando
A janela é aberta por James soltando um sorriso satisfeito, hoje seria o dia em que me tornaria o imperador, o rei. Talvez fosse apenas um título comparado a qualquer outro, mas para mim não, era o meu destino, era algo que eu almejava desde criança. Sim eu faria sacrifícios a partir de agora, a cada mísero minuto eu o faria mas ainda sim valeria a pena quando em meus devaneios mais obscuros eu visse meu pai aprovando cada um dos meus passos.Ao sair do meu quarto ele deixou uma folha sobre a mesa e fechou a porta, me levantei davagar indo ao banheiro tomar um banho refrescante e deixar minha ansiedade de lado por alguns minutos. A água da banheira estava morna e repleta de espuma, normalmente eu não teria tempo suficiente para um banho tão relaxante, mas hoje não era um dia normal. Respiro pesado ao colocar minha nova farda tão ornada quanto a antiga em um branco reluzente e &uac
Não tinha dúvida nenhuma de que eu amava o sol, a janela do meu quarto estava aberta deixando a luz esquentar minha pele enquanto me dispertava do sono aconchegante. Acordar cedo não é algo que eu venero mas depois que eles partiram se tornou necessário, e uma coisa que me lembrava a animação deles em ter os primeiros raios de sol apenas para si. Se eu fechasse os olhos podia ver mamãe dançando na sala, papai rindo enquanto prepara o café da manhã e idólatra sua esposa. Se respirasse fundo, ainda podia sentir o cheiro de ovos fritos e panquecas meio queimadas. Levantei devagar abrindo a porta do quarto e me separando com a casa silenciosa e vazia. Tudo bem, eu sabia que nada iria mudar apenas porque a saudade me bateu.Depois de um bom banho e ovos quentes na barriga saio para a biblioteca da pequena vila Avon. As pessoas me cumprimentam em todos os lugares, era bom morar aqui, era um lugar pequeno e afastado demais da civilização para que algo pudesse interferir em
Reuniões, falatório, discussão, dor de cabeça. Estou andando pelos corredores do palácio massageando as têmporas doloridas depois de uma reunião de quase quatro horas sobre a importância do turismo. Nosso país ganha milhares de euros por ano apenas com pessoas entrando e tirando fotos, um insignificante parlamentar idiota queria restringir nossas áreas mais famosas por um capricho. Resultado, gritarias e discussões até eu realmente me alterar e mandar todo mundo calar a maldita boca.Já faz uma hora que o almoço está sendo servido nos restaurantes e eu praticamente corro para a ala real, estaria sozinho e poderia beber um belo copo de sangue quente enquanto como igual um animal. Estava tranquilo até abrir a porta e notar convidados indesejados; a família de Lammona deveria esta em qualquer um dos quinze restaurantes espalhados pelo palácio mas não na minha mesa. Fitei cada um com os olhos semicerrados de raiva e ela se encolheu como um coelho a