Todos se levantam empolgados. Jack continua muito ansioso, e suas mãos estão bastante suadas. Lis olha para ele, abrindo um sorriso, tentando acalmá-lo, mas ele está praticamente uma pilha de nervos por ser pai de primeira viagem.— Querido, não precisa ficar tão nervoso assim. Nossas mãos estão suando em bicas! Que tal você relaxar um pouco, respirar fundo? Tenho certeza de que vai ser melhor para você. Daqui a pouco, desse jeito, você vai acabar tendo um infarto! Imaginem só, um médico cardiologista tendo um infarto! Veja só que coisa inusitada que iria acontecer. Respira, amor. Você vai apenas ver o nosso bebê, só isso. Não precisa ficar assim.— Frida segura o braço de Jack, dando-lhe um pouco de apoio também.— É isso mesmo, filho. Calma, desse jeito você vai ficar muito estressado. Não vejo por que você está assim. Não é necessário.Jack abre um sorriso forçado, tentando se mostrar um pouco mais calmo, mas, na realidade, por dentro continua muito ansioso.A médica pede para que
Era um menino, nosso pequeno Lucca, deixando toda a família feliz e emocionada com o herdeiro. Essa última ultrassom que Lis fez foi a mais esperada por toda a família, e até mesmo Beatriz veio para descobrir qual o sexo do seu sobrinho, e todos ficaram muito surpresos ao saber que seria um lindo menino. Frida, embora quisesse uma menina, para ela estava de bom tamanho. O importante era que viesse com bastante saúde, e ela já o amava desde o momento que descobriu que ele estava para vir ao mundo. Jack estava em uma felicidade só, pois o seu sonho estaria se realizando. Seu primeiro filho, seu primogênito, seria um menino, igual a ele. Embora se também tivesse sido uma menina, ele iria amar igual. Chorar também se tornou algo comum na vida de Lis. Ela chorava até vendo um passarinho no céu, o que deixava Jack muito preocupado com ela. Toda vez que ela chorava, ele achava que seria algo grave que estava acontecendo e já ficava extremamente nervoso. E toda vez quando ela dizia ser apena
Sua sogra, vendo que Lis tinha se acomodado muito, a arrastava para todo tipo de coisa que descobria, como aulas de hidroginástica, muito yoga e até mesmo Tai Chi Chuan, tudo para melhorar seu bem-estar, ou como Lis gostou de pensar, aumentar seu cansaço e estresse. Lis só ficaria bem quando tivesse com seu bebezinho nos braços.Nas noites, não dormia tranquila. A barriga de Lis estava tão grande que não tinha uma posição confortável. Lis comprou um travesseiro de corpo, mas Jack nem deixou Lis terminar de falar a respeito e vetou a ideia imediatamente.— Se você tem que ficar agarrada a alguma coisa para dormir, vai se agarrar a mim — vociferou. — Não vou dividir nossa cama com um travesseiro gigante — apontou. — Nem a cama, nem você. — Lis não entendia esses ciúmes de Jack, achava até engraçado.— Sinceramente, eu não sei por que isso da sua parte. Você, quando deita na cama, praticamente é uma pedra, não se move para nada, e eu que tenho que ficar aqui sem conseguir dormir direito
Quando Jack parou o carro em frente à emergência de qualquer jeito, saiu do carro, deixando-o todo aberto e logo pegando Lis em seus braços. Assim que passou pela porta de emergência, um dos médicos de plantão o viu e já foi gritando ordens para socorrer Lis. Não deixaram Jack acompanhar Lis logo no início do atendimento, pois ele era casado com ela e isso era contra a ética. Meia hora depois, um enfermeiro chamou Jack para que fizesse companhia para Lis, mas antes que Jack entrasse no quarto, o médico que atendeu Lis já tinha deixado Jack ciente da situação e as coisas não eram nada animadoras. A única coisa que Jack conseguiu fazer foi mandar uma mensagem breve de texto para Luiza, pois não sabia o que fazer nem como agir.Assim que Jack abriu a porta depois das duras palavras da médica, foi direto para a mulher pálida sobre a maca e ligada a uma máquina que a ajudava a respirar para controlar a pressão, que estava altíssima naquele momento. Jack sabia que aquilo não era um bom sina
Luísa abraça Jack ainda mais forte e, depois de um tempo, solta-o e vai para o lado de Liam, que também está ali com cara de pesar. Luísa se abraça a ele e continua inconsolável, mas sabe que tem que ser forte para auxiliar o seu cunhado e a sua irmã, depois da grande dor que os dois terão que passar.Jack está aflito e começa a gastar sua energia caminhando de um lado para o outro. Se Jack ficar parado, irá enlouquecer. Todos ali não conseguem dizer quanto tempo passou, mas parecem horas ou até mesmo dias. Luísa olha para o telefone e responde a algumas mensagens que chegaram naquele momento. Ela olha para Jack e dá uma direção.— Já avisei à sua mãe e ao seu pai, e também à sua irmã. Sua mãe disse que iria pegar o jatinho e estará aqui em breve. Sua irmã virá de carro com seu cunhado e as crianças. Pedi para que passassem na sua casa e deixassem suas coisas lá para depois virem para cá para o hospital. Infelizmente, agora não tem mais nada o que fazer, temos que esperar e ver o que
Luísa estava inconsolável. Acabara de perder um sobrinho, e ainda sua irmã estava em coma sem data para acordar, o que a deixava ainda mais aflita. Ao olhar nos rostos dos demais familiares que estavam lá, ficava cada vez mais deprimida, por saber que aquilo realmente estava acontecendo e que não era apenas um sonho ou algo do tipo. Logo em seguida, chega Beatriz acompanhada de Benício. Ela já havia passado na casa de Lis e Jack, deixado as crianças com a babá, e vieram diretamente para o hospital. Luísa levanta da poltrona correndo em direção a Beatriz, dando um abraço muito forte nela. As duas choram juntas, e Luísa sussurra em seu ouvido, informando-a que perderam o pequeno Lucca. Beatriz fica inconsolável, e as lágrimas lavam seu rosto. Benício segue em direção a Liam, perguntando por Jack, sendo informado que está em uma sala em observação, por passar mal. Benício então pede para que o levem até lá, pois ele também quer dar conforto a Jack, embora saiba que neste momento nada do
Frida anda pelo hospital como se estivesse sem rumo. Já fazia algum tempo que ela não tinha tanta alegria assim, desde que Beatriz teve seu último neto, e agora achava que novamente iria poder ter a mesma alegria que teve na gravidez de Beatriz. Mas o que aconteceu com Lis lhe deu uma rasteira terrível, que Frida não sabia se iria conseguir se recuperar. Olavo estava preocupado com sua mulher, pois vê-la naquela situação não era de seu costume, pois sabia que Frida sempre tinha tudo sob controle, mas dessa vez estava mal por deixar que aquilo acontecesse.— Meu amor! Que tal irmos para a casa do Jack e descansarmos mais um pouco lá? A gente pode tomar um banho e você comer alguma coisa, querida. Não adianta mais ficarmos aqui, você sabe muito bem que não poderemos fazer nada na situação em que a Lis está. Somente um milagre é que pode trazê-la de volta para nós. Nosso neto nós já perdemos, então nos resta agora poder descansar um pouco e nos recuperarmos para apoiar o nosso filho. Voc
Samuel passa algumas horas conversando com seu amigo, tentando confortá-lo. Por mais que tente falar coisas com ele, sabe que nada, nenhuma palavra, pode arrancar essa dor que ele está sentindo neste momento. Mas pelo menos está tentando distraí-lo, para que ele não pense tanto assim na dor que está sentindo. Benício e Liam seguem juntos para casa, para ficarem com as crianças, enquanto Frida e Beatriz seguem para cuidar de tudo que será necessário para fazer o velório e enterro do pequeno Lucca. Jack continua totalmente inconsolável, e por mais que Beatriz tente se aproximar dele para conversar, ele não quer falar com ninguém. Contínua em um canto isolado e até mesmo como se não estivesse em si. As lágrimas escorrem em seu rosto constantemente. Os dias se passam e Jack não sai do hospital por nada. Sua mãe, sua irmã, sempre estão indo e vindo da casa de Jack para o hospital, mas ele se recusa a ir embora do lado de Lis e continua lá todo momento.A primeira coisa que Lis viu quando a