Em minutos, o investigador é informado do que havia acontecido e segue para a sala do delegado. Assim que chega, é interrogado pelo mesmo.— Vi que você foi até a cela da detenta para falar alguma coisa para ela e, essa coisa que você disse, acabou levando-a a cometer algo tão horrível como aconteceu. Tenho certeza de que deve ter sido algo terrível, pois ninguém teria coragem de tirar a própria vida do jeito que ela fez, sem um bom motivo. Preciso que me conte o que foi que vocês conversaram para que eu possa colocar nos autos. E não venha me dizer que não disse nada, porque nas filmagens está bem claro que houve uma conversa e, logo depois que você saiu, ela estava muito nervosa e acabou fazendo isso.— Eu não entendo porque vocês estão surpresos com o que essa psicopata fez. Sinceramente, eu não tenho nenhuma surpresa a respeito disso. Eu já imaginava que ela seria capaz de fazer isso, até algo pior. Eu apenas fui lá para dizer que o crime não compensa e que as maldades que ela fez
Enquanto Jack conversava com Lis, Frida, Luiza e Liam chegaram ao hospital. Olavo preferiu ficar em casa por conta das crianças, pois, querendo ou não, ele ainda se sentia um pouco ameaçado e preferia prevenir do que remediar. Frida foi levada até o quarto onde estavam, e assim que a viu, correu para lhe dar um abraço.— Meu amor, como você está magrinha, meu Deus, abatida. Olha só esses olhos, como estão fundos. Disseram que você estava desidratada, mas eu não sabia que estava nesse ponto. Aquele homem realmente mereceu o fim que teve. Como ele pôde deixar você chegar a esse estado? Isso não era amor que ele sentia por você. Poderia ser qualquer outra coisa, mas amor, não era.— Dona Frida, a senhora não imagina o que eu passei nas mãos daquele psicopata. Ele não era o mesmo Samuel que eu conheci no hospital, ou no enterro do Jack. Ele se tornou alguém totalmente diferente, insano. O olhar dele era distante, um olhar de louco, sabe? Psicopata. Ele estava completamente fora de si. — E
Jack fica aterrorizado com o que acaba de ouvir. Ele não imaginava que Acácia pudesse agir de tal forma, tirando a própria vida. Isso era algo fora da concepção de Jack. Ele fica totalmente sem ação, sem saber o que fazer, porque, embora estivesse sentindo um grande ódio por Acácia, na realidade, não esperava que aquele fosse o fim para ela.— Jack, o senhor está aí? Jack, aconteceu alguma coisa? O senhor está aí? — o investigador chama, ao perceber o silêncio do outro lado da linha.— Oh! Estou, sim. Não se preocupe. É que me pegou de surpresa essa notícia. Sabe, eu não esperava que ela pudesse atentar contra a própria vida desse jeito. Meu Deus, que coisa incrível. Eu imaginava que essas pessoas pudessem chegar a tal ponto... misericórdia. Realmente existem pessoas totalmente sem noção no mundo, e esses dois eram assim.Eles continuam conversando, e o investigador tenta tranquilizá-lo, dizendo que agora o casal está livre de qualquer ameaça. Samuel está morto, assassinado pela políc
Lis passa a manhã toda no quarto das crianças, interagindo com elas. Ela brinca, jogando-as para cima, tentando fazer graça, e seus filhos se divertem muito, soltando risadas gostosas, fazendo com que ela sorria como uma bobona. A felicidade está estampada em seu rosto, por estar ali, junto aos seus filhos. Já perto do almoço, Frida sobe até o quarto das crianças para avisar Lis que a refeição já está pronta e que ela pode descer para comer, já que chegou em casa cedo e nem ao menos tocou na comida.Lis diz a Frida que prefere ficar ali com seus filhos e, se ela quiser, pode descer para comer. Pois, naquele momento, não sente fome alguma. Na realidade, a única necessidade que sente é de estar perto dos pequenos.Já é tarde quando Jack chega em casa, e Frida, muito preocupada, corre direto até ele para contar o que está acontecendo.— Cadê a Lis, mamãe? Onde ela está?— Me diga onde ela está, você sabe muito bem. Ela está me deixando extremamente preocupada! Desde que chegou pela manhã
Lis Bailey sempre foi uma garota muito feliz e sonhadora. Após a separação de seus pais, ela sofreu com a doença de sua mãe, que entrou em uma depressão profunda após a separação. Anos depois, ela acabou falecendo, deixando Lis sob a tutela de sua irmã mais velha, Luísa Bailey, que na época tinha apenas 18 anos. Apesar de ter apenas 15 anos, Lis sempre se virou como pôde para ajudar a sua irmã a manter a casa. Com uma beleza ímpar, seus 1,76 de altura e 59 quilos mantinham suas curvas acentuadas. Sua pele branca e seus olhos pequenos, mas marcantes, a deixavam com um ar de menina, e seu sorriso largo enfeitiçava qualquer um. Seus cabelos castanhos claros, levemente ondulados na altura da cintura, a deixavam com um ar jovial. Sua mãe as deixou muito bem amparadas, mas as duas não queriam viver somente da herança deixada por ela. Lis fez faculdade de medicina, pois seu grande sonho era poder ajudar as pessoas. Ela conseguiu se formar com louvor aos 24 anos e foi fazer residência médica
Lis segue pelo longo corredor e logo chega em frente à porta. Ela para em frente, coloca a mão na maçaneta, respira fundo e dá duas batidas na porta. Ela escuta uma voz grave mandando entrar. Ela gira a maçaneta e dá de cara com um jovem rapaz. Ela se surpreende, pois não esperava alguém tão novo para ser diretor de um hospital. Mesmo assim, ela entra e senta na cadeira em sua frente.— Prazer, Lis. Me chamo Jack Hart, sou cardiologista e diretor deste hospital.— Já fiquei sabendo.Os dois conversam bastante e Jack passa tudo que Lis precisará saber sobre o hospital. Ele fala que ela irá ficar sendo supervisionada pela Dra. Acácia Connolly, uma renomada obstetra que tem especialização em gravidez de alto risco. Lis fica muito satisfeita e, após ser instruída onde fica a sala da doutora, ela se dirige ao alojamento para se vestir e segue até a sala da Dra. Acácia.Acácia trabalha no hospital há sete anos. Hoje, ela tem trinta e três anos e sente que a idade está exigindo muito dela. E
A comida chega e as duas começam a almoçar. Lis acha o tempero do lugar muito bom, enquanto Eva se delicia, pois quase nunca almoça ali. Sem cerimônia, Jack, acompanhado de outro médico, se aproxima das duas. Lis percebe que Eva fica sem jeito, mas tenta contornar a situação: "Foi bom sim, Eva me ajudou muito com minha adaptação". Jack fica curioso e pergunta sobre Acácia, mas Lis responde que só a viu uma vez e que Eva tem sido sua maior ajuda. Acácia chega à lanchonete e, ao perceber Jack próximo a Lis, fica vermelha de raiva, mas tenta disfarçar e se aproxima com um sorriso no rosto. Ela coloca um braço em volta da cintura de Jack, interrompendo a conversa, e diz que cre que Lis se saiu muito bem e que ajudou em tudo que ela precisava. Todos ficam constrangidos, pois sabem que Acácia está mentindo, inclusive Jack, mas ele resolve se calar. Lis sorri e volta sua atenção para Eva novamente. Por conta de Acácia, que está praticamente em cima de Jack, ele decide sair dali: "Bom, já ten
Lis pede licença e vai até a bolsa para tentar falar com Luísa, mas ao pegar o celular, percebe que está descarregado.— Droga! — ela diz, frustrada.Jack, que está observando, resolve intervir.— O que aconteceu?Lis olha desconcertada para o aparelho inútil.— Descarregou...", ela diz, com a cabeça baixa.— Você sabe o número? Ligue do meu...", ele estende a mão com o celular.Lis pega o celular, pois não tem alternativa, mas para ela já estava abusando demais da hospitalidade de seu chefe. Jack não tinha obrigação com ela. Além do mais, ela mal o conhecia e não sabia nada sobre ele. Ela liga para sua irmã, que já está muito preocupada, explica tudo o que aconteceu e diz que irá pegar um táxi para voltar para casa.Ao desligar, ela vê Jack massageando as têmporas, como se estivesse com dor. Ela estende a mão, entregando o aparelho, enquanto recolhe suas coisas.— Agradeço mais uma vez, mas realmente tenho que ir. Vou ficar te devendo essa...", ela diz, já perto da porta de saída."—