Lis segue pelo longo corredor e logo chega em frente à porta. Ela para em frente, coloca a mão na maçaneta, respira fundo e dá duas batidas na porta. Ela escuta uma voz grave mandando entrar. Ela gira a maçaneta e dá de cara com um jovem rapaz. Ela se surpreende, pois não esperava alguém tão novo para ser diretor de um hospital. Mesmo assim, ela entra e senta na cadeira em sua frente.
— Prazer, Lis. Me chamo Jack Hart, sou cardiologista e diretor deste hospital.
— Já fiquei sabendo.
Os dois conversam bastante e Jack passa tudo que Lis precisará saber sobre o hospital. Ele fala que ela irá ficar sendo supervisionada pela Dra. Acácia Connolly, uma renomada obstetra que tem especialização em gravidez de alto risco. Lis fica muito satisfeita e, após ser instruída onde fica a sala da doutora, ela se dirige ao alojamento para se vestir e segue até a sala da Dra. Acácia.
Acácia trabalha no hospital há sete anos. Hoje, ela tem trinta e três anos e sente que a idade está exigindo muito dela. Ela tem urgência em se casar, sempre foi vaidosa e gostou de se destacar no que faz para chamar a atenção de Jack. Até agora, não teve sorte com ele, mas ela nunca desiste de nada facilmente. Sempre investiu pesado em suas armas de sedução para tentar conquistar o milionário. Acácia é muito bonita, tem 1,74m de altura, corpo escultural, olhos verdes, pele clara e longos cabelos loiros cacheados que lhe dão um charme a mais. Ela se veste com requinte e elegância fora do comum. É cobiçada por seus colegas de trabalho, mas nunca dá mole para nenhum deles, pois seu foco sempre foi Jack. Qualquer funcionária que ela considerasse uma adversária à altura, ela fazia da vida dessa mulher um inferno até que não aguentasse mais e pedisse transferência para outro hospital.
Lis b**e na porta e, após alguns segundos, uma voz manda ela entrar.
— Olá, meu nome é Lis... — ela é interrompida por Acácia.
— Sim, já sei quem você é. Entre... — Acácia faz um sinal com a mão para que Lis se aproxime. — Sente-se aí que já falo com você.
Lis se senta na cadeira ao lado da mesa de Acácia e fica pensando na grosseria que a colega acabou de fazer com ela, mas prefere pensar que foi sem querer. Acácia continua com a cabeça baixa, o olhar fixo em alguns papéis, e Lis se sente um pouco incomodada. Depois de alguns minutos, alguém b**e na porta e Acácia, sem nem olhar para a porta, pede para a pessoa entrar. Lis observa e vê uma enfermeira que traz mais alguns papéis e entrega a Acácia, que, mesmo sem olhar, fala com ela.
— Eva, por gentileza, mostre onde é o consultório da Dra. Lis e explique tudo que ela terá que fazer. Se surgir alguma dúvida, esclareça para ela. Só venha até mim se realmente precisar de algo... — Acácia finaliza sua fala e continua com o que estava fazendo.
— Tudo bem, doutora! Vem, Lis, que vou te auxiliar em tudo que você precisar.
Lis acompanha Eva e sai da sala um pouco frustrada. Do lado de fora, Eva fala com Lis, observando sua insatisfação.
— Não ligue para a Dra. Acácia, ela é assim mesmo. Com certeza, acreditou que você seria uma adversária para ela aqui dentro. Mas não se preocupe, estarei aqui sempre que precisar.
— Como assim adversária? Mal falei com ela!
— Não sei, mas pelo jeito que ela te tratou, pensei que fosse isso. Mas deixa pra lá. Vamos, esse aqui é o seu consultório.
Lis olha ao redor e gosta muito do ambiente. É um lugar com bastante luz natural e um bom espaço para trabalhar. Eva fica parada aguardando por ordens, e Lis tenta entender o que Eva faz ali, até que resolve perguntar.
— Obrigada! Mas posso saber o que você faz aí parada?
— Ah, sim, me desculpe! Eu farei parte da sua equipe e estou esperando suas ordens... — Eva explica.
— Ah, entendi. Já tem alguma paciente para mim?
— Sim, tem, mas está marcada para as dez horas. Não quis marcar muito cedo para que a senhora se situasse bem.
— Que gentileza a sua. Então, traga todos os prontuários das pacientes marcadas para mim, que vou dar uma revisada.
— Certo, mas já vou avisando que a Dra. Acácia passou mais da metade de suas pacientes para você, para que ela pudesse descansar mais. Estou muito feliz por poder ficar com você.
— Eu é que fico feliz por ter você em minha equipe, uma simpatia dessa. E olha, não precisa me chamar de "senhora", tá? Só "Lis" está ótimo... — ela diz sorrindo.
Eva sai pela porta feliz da vida, pois viu como Lis seria bem diferente de sua atual chefe. Ela estaria no paraíso agora.
Eva é uma mulher muito simpática, carinhosa e adora fazer amizades. Ela está sempre disposta a ajudar toda e qualquer pessoa. Mesmo sendo uma belíssima mulher, com cerca de 1,56m de altura e pesando 57 quilos, com pele morena e cabelos levemente ondulados na altura da cintura, ela não tem namorado, pois se dedica ao seu filho e ao seu trabalho. Nas horas livres, ela passeia no parque ao ar livre. Eva é amada por todos no hospital, sempre muito prestativa, mesmo não tendo uma boa condição financeira. Ela faz o impossível para proporcionar o bem-estar necessário ao seu filho.
— Doutora, eu trouxe os prontuários das pacientes. Qualquer dúvida, pode me ligar. Este é meu número... — ela diz, deixando seu contato anotado em um papel em cima da mesa.
— Obrigada! — Lis responde, baixando a cabeça para observar os prontuários.
Lis passa todo o tempo livre revisando os prontuários, pois quer estar totalmente preparada quando suas pacientes chegarem. Ela não quer deixar passar nada. Depois de alguns minutos, Eva b**e na porta e entra na sala.
— Doutora, a sua primeira paciente chegou. A senhora vai atender agora ou vai esperar para o horário marcado?
— Pode mandar entrar! Não tem problema.
Eva abre a porta e manda a paciente entrar e sentar em frente a Lis, que começa seu atendimento imediatamente. Tudo ocorre dentro do esperado, e Lis fica muito contente com o resultado. Essa paciente está apenas com a pressão arterial um pouco alterada, e Lis acha melhor pedir que ela a monitore todos os dias durante um mês para descartar a hipótese de hipertensão.
As demais pacientes adoraram Lis, pois ela foi muito amável e atenciosa. Ela conseguiu agradar até a mais exigente das pacientes com seu jeito meigo de ser. Sua barriga ronca e, ao olhar no relógio, ela constata que já está passando um pouco do horário de almoço. Então, ela pega suas coisas e segue para o corredor do hospital, onde se depara com Eva.
— Oi, doutora! Tudo bem com você?
— Eu já falei para você que "Lis" está de bom tamanho... — Ela diz, sorrindo.
— Tudo bem, vou tentar me acostumar.
— Queria pedir a você, se não for muito incômodo, para me mostrar onde é a lanchonete.
— Sem problemas, vou ficar lá perto mesmo. Sempre almoço sentada no gramado, lá perto... — Eva diz, mostrando sua marmita.
— Ah, você não pode me deixar comer sozinha, logo hoje, no meu primeiro dia. Vem comer comigo, e pode deixar que eu pago, já que é um favor que você vai me fazer.
— Mas, doutora!... — Lis interrompe.
— Eu não aceito "não" como resposta. Vamos!
Eva vê que não tem saída e resolve ir com Lis almoçar no refeitório. Ao chegar, Lis atrai toda a atenção dos médicos que estão lá, e fica com as bochechas rosadas de tanta vergonha. Mas Eva contorna a situação, e as duas se sentam em uma mesa no canto. Logo, o garçom chega, e as duas fazem seus pedidos. Enquanto esperam, Eva aproveita para contar um pouco sobre cada um que está lá.
A comida chega e as duas começam a almoçar. Lis acha o tempero do lugar muito bom, enquanto Eva se delicia, pois quase nunca almoça ali. Sem cerimônia, Jack, acompanhado de outro médico, se aproxima das duas. Lis percebe que Eva fica sem jeito, mas tenta contornar a situação: "Foi bom sim, Eva me ajudou muito com minha adaptação". Jack fica curioso e pergunta sobre Acácia, mas Lis responde que só a viu uma vez e que Eva tem sido sua maior ajuda. Acácia chega à lanchonete e, ao perceber Jack próximo a Lis, fica vermelha de raiva, mas tenta disfarçar e se aproxima com um sorriso no rosto. Ela coloca um braço em volta da cintura de Jack, interrompendo a conversa, e diz que cre que Lis se saiu muito bem e que ajudou em tudo que ela precisava. Todos ficam constrangidos, pois sabem que Acácia está mentindo, inclusive Jack, mas ele resolve se calar. Lis sorri e volta sua atenção para Eva novamente. Por conta de Acácia, que está praticamente em cima de Jack, ele decide sair dali: "Bom, já ten
Lis pede licença e vai até a bolsa para tentar falar com Luísa, mas ao pegar o celular, percebe que está descarregado.— Droga! — ela diz, frustrada.Jack, que está observando, resolve intervir.— O que aconteceu?Lis olha desconcertada para o aparelho inútil.— Descarregou...", ela diz, com a cabeça baixa.— Você sabe o número? Ligue do meu...", ele estende a mão com o celular.Lis pega o celular, pois não tem alternativa, mas para ela já estava abusando demais da hospitalidade de seu chefe. Jack não tinha obrigação com ela. Além do mais, ela mal o conhecia e não sabia nada sobre ele. Ela liga para sua irmã, que já está muito preocupada, explica tudo o que aconteceu e diz que irá pegar um táxi para voltar para casa.Ao desligar, ela vê Jack massageando as têmporas, como se estivesse com dor. Ela estende a mão, entregando o aparelho, enquanto recolhe suas coisas.— Agradeço mais uma vez, mas realmente tenho que ir. Vou ficar te devendo essa...", ela diz, já perto da porta de saída."—
“Droga porque essas coisas só acontecem comigo, logo no meu primeiro dia de trabalho, eu passar por uma dessas, também a burra aqui, ver que está tudo escuro e ainda segue em frente, e o que a Luiza falou realmente é verdade, eu tenho que agradecer que ele estava passando por lá, se não eu sei lá o que aqueles caras teriam feito comigo, ele é um verdadeiro Cavalheiro e não se aproveitou de mim em nenhum momento, isso eu não posso negar, além de ser lindo, isso eu também não posso negar” — lis pensa suspirando.— Lis como você esta? Eu disse a você que poderia te pegar na volta para casa, por que você não aceitou? Sabe que se tivesse acontecido alguma coisa com você a sua irmã teria enlouquecido, não sabe, iria colocar toda a culpa em mim. — liam fala chegando na sala.— Sei disso liam, mas você sabe que detesto incomodar, não é verdade, esse é o meu jeito cara, você já sai do escritório tão tarde, e sempre vem correndo para casa, por conta das crianças, eu não quero incomodar de jeito
Lis olha para Leon e ele para rapidamente de correr, atrás da Belinda, Lis tem bastante jeito com criança, principalmente com seus sobrinhos, que obedecem Lis mais do que até a própria mãe, só basta um olhar dela, para que eles parem na hora de fazer o mal feito, Luísa acha isso incrível nela, pois muitas vezes Luiza passa o dia todinho gritando com eles, mas eles continuam fazendo errado, mas com Lis é diferente e nem ela sabe o porquê eles obedecem desse jeito a sua tia.— O que foi que eu lhe disse, seu menino levado, que não é para você, está implicando com a sua irmã, ela é sua irmã mais nova Leon e precisa muito de você, você tem que cuidar dela, e não está correndo atrás dela ameaçando. — Lis diz o abraçando.— Nossa acho incrível como ele te obedece, eu passo o dia todinho falando com ele, e ele continua fazendo a mesma coisa, você só basta só olhar, e ele para na hora, me conta, aí vai que segredo é esse, vai por favor estou precisando saber urgentemente, pois não aguento mai
Lis se despede de Eva e segue para a lanchonete. Ela está com muita fome e não quer ficar sem comer. Como de costume, ao entrar, alguns médicos e enfermeiros a olham. Lis, sendo muito tímida, sente-se envergonhada e senta-se à mesa com a cabeça baixa, tentando evitar todos os olhares. Depois de um tempo, ela percebe alguém se aproximando e, achando que seja o garçom, levanta a cabeça para fazer o seu pedido. No entanto, ao olhar, percebe que é ninguém menos do que Jack! Seu coração acelera e começa a palpitar. Ela não entende por que está sentindo isso e pensa que pode ter algum problema no coração. Jack olha nos olhos de Lis.— Desculpe, não sou o garçom, mas se você desejar, posso fazer o seu pedido no balcão com prazer. É só você me dizer o que quer e eu vou lá agora mesmo!— Oh! Não precisa se desculpar. Achei que você fosse o garçom. Não se preocupe, eu mesma posso fazer o meu pedido. — Ela diz envergonhada.Jack olha para Lis e nota não haver ninguém sentado à sua mesa. Ele deci
Luísa termina o jantar bem a tempo, um pouco antes de Liam chegar. Ele sobe para tomar um banho, enquanto ela põe a mesa. Após o jantar, Lis está bem cansada, mesmo assim ela decide brincar com seus sobrinhos. Depois de brincar com eles, ela resolve subir para o seu quarto para descansar um pouco mais e dormir um pouquinho mais. Ao subir para o quarto, ela começa a lembrar daquele beijo que deu em Jack. Ela toca os dedos em seus lábios, lembrando dos lábios de Jack. Aquilo é como se fosse um sonho para ela, mas ela nunca imaginava se apaixonar por ninguém tão cedo, já que planejava estudar um pouco mais e fazer até uma especialização. Porém, como pensar em mais nada se aquele homem estava tirando toda a sua atenção? Ela suspira enquanto deita na cama e olha para o teto.— Ai, como eu queria ter você aqui agora em meus braços para a gente poder continuar aquele beijo. Fui uma boba em sair daquele carro correndo com medo do que pudesse acontecer. Sei que você é meu chefe, mas não posso
Liz levanta da cama arrastando-se, com um olho aberto e outro fechado, e vai até o banheiro para tomar um banho e se despertar. Ela tira sua roupa e joga no cesto de roupa suja, ligando o chuveiro na água fria para acordar mais rápido. Liz entra rapidamente embaixo do chuveiro, dando um pequeno pulo devido à água fria que bate em seu corpo, enquanto reflete:“Talvez minha irmã tenha razão e eu seja apenas uma criança no corpo de um adulto. Olha só como tomo banho, pulo mais do que qualquer coisa, parece até a Berlinda tomando banho.” — ela sorri consigo mesma.Após terminar o banho, Liz pega a toalha, se seca e vai até o closet para escolher o look do dia. Ela opta por uma calça preta e uma blusa amarela, além de uma sapatilha para se sentir confortável. Liz penteia os cabelos e faz um coque alto. Em seguida, pega sua bolsa e desce correndo as escadas até a cozinha.— Bom dia, mana! Como você está? — Ela fala dando um beijo na bochecha de Luiza, que fica surpresa.— Você já acordou, g
Liz sai do consultório e segue em direção à cantina. Ela está muito cansada, pois seu trabalho foi dobrado, e terá a mesma quantidade de pacientes à tarde. Ela não esperava que Acácia fosse fazer isso com ela e se pergunta onde essa mulher está, já que nem apareceu no hospital. Ao chegar na cantina, Liz procura uma mesa mais reservada e se senta, aguardando o atendente chegar para fazer seu pedido de almoço. Ela olha para todas as mesas em busca de Jack, mas não o vê em lugar nenhum.“Que estranho! Ele sempre está por aqui, e hoje, por mais que eu olhei, não o encontrei em canto nenhum. Será que ele está junto com Acácia? Não é possível. Isso é coisa da minha cabeça. Agora é bem estranho nem Acácia aparecer, nem ele aparecer, como se os dois estivessem juntos em algum lugar”, pensa Liz, curiosa.O atendente chega, e ela faz o pedido. Em pouco tempo, seu almoço chega, e ela come rapidamente para poder descansar um pouco mais. Liz se levanta da cantina e decide dar uma volta pelo hospit