Capítulo 5

Ainda que ansiosa e apreensiva, ela estava adorando estar com alguém novo, Lyan estava chegando, morava lá no mesmo condomínio, foi entrando sorrateiro de propósito, para os pegar no flagra como o planejado, quando entrou na cozinha, começou rir fingindo surpresa

- Oii, não queria atrapalhar, desculpa aí gente. Foi mal.

Voltou para trás, Duda se assustou, se escondeu abraçada, Cristofer se manteve próximo a ela, olhou para trás rindo

- Eeeee podia bater antes de entrar.

Lyan foi voltando para a sala ainda rindo

- Mas eu bati cara. Vocês não ouviram, estavam ocupados demais por aí tá ligado!

Cristofer a beijou no rosto, olhando nos olhos com um sorriso safado

- Desculpe por isso, acho que acabamos de perder um jogo. Ou não!

- Podemos jogar outro, onde todos saem ganhando.

Ela foi levantando as alças da blusinha, toda desconcertada se sentindo constrangida

- Não! De boa. Da licença, por favor?

Ele se afastou, a ajudando descer da pia

- Vamos conversar la Duda, ficar de boa, mas ele pode ir embora, se você preferir.

- Ouuu não.

Ela ficou realmente em dúvida, se tinha entendido algo errado, sorriu sutilmente cabisbaixa

- Achei que era um encontro. Nosso!

Ele se afastou sério, agindo no impulso se deixando levar por seus desejos sórdidos obscuros

- E é, se você quiser.

Ela ficou séria ainda sem entender, Lyan voltou para a cozinha, com um sorriso debochado

- Se vão me ignorar, vou embora.

Se aproximou para a cumprimentar, com beijo no rosto

- Oi tudo bom? Sou o Lyan, primo do Cris.

- É um grande prazer, te conhecer.

- Esse mala só estava falando de você. E não mentiu!

Ela o achou também bonito, cheiroso, com um perfume mais forte amadeirado, gostou do sorriso dele, o olhou fixamente cínica sacando quais eram as intenções dos dois

- Prazer, sou a Duany, mas pode me chamar de Duda.

- O que ele estava falando? De mim?

Cristofer foi preparar um copo de bebida para Lyan, enquanto seu primo se aproximou mais de Duda, encostou ao lado de braços cruzados

- Ahhh que você é muito gata, simpática.

Ela perguntou e o que mais, ele a olhou fixamente com um sorriso safado descarado

- Vai ter que me mostrar!

Ela não gostou muito, achando Cristofer manipulador, tomou o resto da bebida de uma vez só, foi para a sala

- Acho que não!

Cristofer estava na lavanderia ouvindo a conversa dos dois, voltou para dentro, serviu Lyan, perguntou se ia rolar, ele balançou a cabeça que não rindo, o chamou de doido, foram para a sala rindo, Duda já tinha calçado os tênis, estava em pé na porta, mexendo no celular, foi indo mais para fora, assim que os dois se aproximaram

- Preciso ir embora, a minha amiga me mandou mensagem. Tá com um problema lá!

- Como faço para sair na calçada Cristofer?

Ele se arrependeu de imediato, foi saindo com ela desconcertado

- Não, calma Duda, vamos comer. Você acabou de chegar!

Ela foi indo em direção ao portão irritada, extremamente arrependida de ter se permitido conhecer alguém

- A marmita? Vão dividir?

- Eu não gosto desse tipo de coisa.

- Se você soubesse como foi difícil pra mim, tomar coragem para sair com alguém, não iria nunca armar uma palhaçada dessas.

Ele entrou na frente, a segurando sutilmente pelos braços

- Calma Duda, não é nada disso.

- Entendeu tudo errado.

- Fica aí, ele mora aqui do lado, já vai embora.

- Por favor, me dá uma chance de me desculpar!

Ela continuou parada perto do portão, decepcionada

- Se desculpar pelo o que?

- Se eu entendi, tudo errado?

- Olha nos meus olhos e fala de novo, que não estavam de sacanagem pro meu lado?

Ele a olhou fixamente, sério e tranquilo

- Não ia rolar nada, que você não se sentisse confortável de fazer.

- Eu não devia ter feito isso.

- Me da cinco minutos, ele vai embora e a gente continua de onde parou.

- Gostei muito de você, e sinceramente?

- Faz tempo que eu não tento curtir com ninguém.

Ela respondeu irônica irritada

- Gostou e chamou seu primo pro nosso meio?

- Cara, a gente acabou de se conhecer. Vacilou e muito!

- Meu uber chegou, abre o portão aqui, por favor?

Ele se aproximou todo sem jeito para abrir

- É, tem razão. Sinto muito!

- Me deixa te levar, como o combinado.

- Posso me explicar.

Ela foi saindo séria sem esconder sua insatisfação

- Não precisa, já vi o suficiente. Boa noite! Tchau Cristofer.

Saiu sem olhar para trás, entrou no uber arrasada, começaram a chegar mensagens de Elano, possesso querendo saber a onde ela tinha ido, sem pensar direito, ela foi para casa distraída, desceu na esquina e foi caminhando beirando a guia, quando estava chegando no meio da rua, levou um susto com Elano saindo de um lote vazio.

Ele se aproximou em instantes a segurando pelo braço muito hostil, perguntou com quem ela estava, de imediato ela tentou se soltar, com medo de ser agredida novamente, pode notar que ele estava fora de si, disse que estava na casa do pai.

Ele não acreditou, sentiu o cheiro do perfume de Cristofer nela, a levou para o final da rua, dizendo que era a última vez que ela ia o fazer de trouxa, começaram a discutir, em uma parte escura perto de um ginásio de esportes, exausta de lidar com ele, ela o enfrentou, trocando ofensas, t***s e socos, não imaginava que aquela seria a pior de todas as brigas.

Ao tentar correr e ir para casa, foi surpreendida com golpes de canivete, cortou os braços, mãos, ela o empurrou aos prantos, tentando correr, gritou por ajuda.

Cristofer tinha ido logo atrás, para se certificar de que ela havia chego bem, estava chegando na rua e os viu brigando de longe, quando se aproximou em alta velocidade, Elano saiu correndo e ela caiu ensanguentada, um vizinho e ele a socorreram, Mikaely saiu no susto desesperada também.

Foram para o hospital, Cristofer foi de carro, o pai de Duda chegou rápido transtornado, querendo saber o que tinha acontecido, Mikaely pediu para Cris não ficar lá, porque podiam julgar sua amiga, como a errada, apesar de tudo.

Ele trocou o contato com Mikaely e foi embora louco para ajudar e ir atrás de Elano, ligou para um amigo da polícia e já bolaram um plano, para fazê-lo ser preso por outros motivos.

Duany não teve ferimentos graves, por sorte, fez mais um boletim de ocorrência, ficou se sentindo culpada por tudo, como se tivesse culpa.

Elano não se entregou, ficou foragido, sendo acobertado pela família, dois dias depois quando ela recebeu alta, foi para a casa do pai, se recuperar e também ficar mais segura.

Deixou o celular desligado evitando as fofocas, Cristofer estava querendo fazer contato e sem saber como se aproximar, resolveu falar com a amiga dela, perguntou se poderia ir vê-la, conversar um pouco, Mikaely deu o recado e Duda disse que não queria, porque não estava com cabeça pra nada daquilo.

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