Ela não respondeu nada, estava se sentindo péssima fisicamente e emocionalmente, vomitando muito, insegura com a questão financeira, as parcelas do seguro desemprego estavam acabando e no barzinho ela não era registrada, nem tinha nenhuma segurança, ainda pagava seiscentos reais da moto no mês.Apareceram duas interessadas, uma namorava e a outra era solteira, conversando com elas, Duda achou que seria melhor, a que era solteira, em uma semana Mikaely viajou e a Fran se mudou, ela trabalhava em comércio, era conhecida de Duda, de um outro trabalho.De início já pareceu bastante organizada, quis fazer uma compra por conta dela, com o vale alimentação do trabalho, na sexta feira, enquanto Duda foi trabalhar, Fran levou alguns amigos pra casa, fez um churrasco na garagem, com música alta, bastante bebida, Duda passou mau no trabalho e saiu mais cedo, quando chegou não gostou, mas não disse nada.Guardou a moto e foi direto deitar, passou mais mau com o cheiro de cigarro e narguile, Crist
Lyan contou tudo, só faltou falar a cor da roupa dela, Cristofer só foi ficando com um péssimo julgando sobre ela, teve até medo de ser exposto de alguma forma, por causa de ser policial e já estar envolvido em problemas graves com a ex.Duda ficou até tarde dançando curtindo, acabou tomando copão, saiu em fotos com a colega, onde apareciam o copo na mão, ela estava cansada de lidar com tudo sozinha, não pensou muito bem em nada e nem se importou com o que Cristofer ia pensar. Ainda era meio da semana, ele viu tudo, na sexta feira ela foi a um pagode, já tinha ganho dinheiro pro aluguel do mês, mas precisava de mais, foi com uma colega mais doida que ela, que ainda fazia programa, era bem vulgar com silicone, toda tatuada, ambas foram com roupas chamativas, Duany não tinha barriga nenhuma aparecendo, já estava no terceiro mês de gestação. Foi de vestido curto agarrado, salto alto, muito bem maquiada com batom vermelho, olhos carregados de rímel, postou fotos e vídeos, se divertindo
Cristofer foi embora com a mente fervilhando de pensamentos de vingança, a raiva que sentia por Duda não se dissipava, e ele estava determinado a fazer com que ela parasse com aquelas vendas perigosas. Cada passo que dava, mais se convencia de que precisava tomar uma atitude drástica para impedir que ela continuasse com suas ações imprudentes. A imagem de Duda, ofendida e desafiadora, só alimentava ainda mais seu desejo de vingança, para elevar seu ego, Cristofer sabia que não poderia deixar isso tudo passar em branco, caso fosse o pai do bebê principalmente. Duda chegou em casa ainda nervosa, as palavras de Cristofer ecoando em sua mente, se jogou na cama e exausta, acabou adormecendo rapidamente. No dia seguinte, acordou apenas na hora do almoço, sentindo uma preguiça que parecia pesar em seus ombros. Decidida a dar um tempo das vendas perigosas que tanto ajudavam a sua vida, pegou a moto e foi encontrar seu fornecedor à tarde.
Duda ficou confusa com a situação e, sentindo o peso da pressão, decidiu mentir, negando que estivesse carregando algo suspeito. O policial a observou atentamente e, sem desviar o olhar, perguntou se podia confiar nela ou se deveria chamar uma policial mulher para revistá-la. A tensão no ar só aumentava e Duda sabia que suas palavras e ações naquele momento poderiam ter consequências importantes, estragando o resto de sua vida.Duda continuou negando com firmeza, mantendo sua posição, o policial, percebendo sua insistência, debochou, sugeriu que ela tomasse muito cuidado dali em diante, para não se colocar em problemas maiores. Ele devolveu o documento a ela e, com um tom de advertência, a mandou ir para casa e dormir cedo, como uma boa menina. Duda sentiu um misto de alívio e inquietação enquanto se afastava, refletindo sobre a tensão do encontro e o conselho que recebeu, teve certeza que foi coisa do Cristofer.Ele soube da
Começou chover forte do nada, ela abriu o portão, o deixou entrar mas parou na garagem - Acho que sim, então, eu tinha um ultrassom agendado, super importante. - Tipo assim, tem data certa na gravidez, pra poder fazer.- Aí foi desmarcado em cima.- Ele serve pra ver se o bebê tem alguma má formação. - Identifica síndrome de Down. Foi guardando as coisas na pasta cabisbaixa, ele ficou olhando sério meio sem entender - O médico do pré natal está achando que tem algo errado com a gravidez?- Ou você acha que tem?- Não entendi Duany. Que exame é esse? Ela se irritou, foi para o corredor que ia para a porta da entrada - Não, faz parte dos exames de rotina.- Espera vou pegar a guia.Entrou correndo na chuva, tudo estava escuro sem energia, ela foi até o quarto com uma vela, demorou alguns minutos procurando os papéis, ele entrou logo atrás observando tudo, tentou acender a luz no interruptor, olhou a rua pela porta da sala, para ver se estava apagado.Ela voltou com a vela na mão,
Ela colocou a panela no fogo, se sentindo muito envergonhada pela situação de estar sem energia - Não precisa, vou ser rápida.- Nem tô suja mesmo, é que pra ir em médico, tem que ir bem né, sabe. Foi para o quarto separar a roupa, não sabia o que vestir, a maioria das roupas estavam sujas acumuladas da semana toda passada, ele foi sentar na sala pensativo, pensando que não poderia ter engravidado alguém pior, tudo nela estava o irritando, principalmente o jeito de falar e não resolver nada. Ela foi tomar banho de caneca, ele aproveitou para olhar a geladeira e o armário, foi espiar ver se tinha comida, tinham poucas coisas no armário e a geladeira estava vazia, só com água e margarina, ela não ouviu nada, tomou banho rápido muito indisposta, saiu do banheiro com a boca até roxa tremendo de frio, passou por ele enrolada na toalha.Foi se trocar no quarto de porta fechada, colocou calça jeans, croped de mangas compridas, uma blusa bem q
Logo que o ultrassom começou, deu para ver o bebê inteiro deitado de barriga para cima, já todo formadinho, Cristofer sorriu espontaneamente atento assistindo - Duany olha lá ele! Ela estava deitada olhando para o teto nervosa, ficou achando ele tinha algum problema, quando o viu começou chorar sutilmente, ficou quieta o tempo todo, a médica avisou quando podiam filmar, ela olhou para ele, por estar com o celular descarregado, ele não pegou o celular, perguntou se o bebê estava se desenvolvendo bem.A médica disse que sim, explicou sobre o exame, comentou que ele quase estava abaixo do peso, mas ainda dentro do padrão para as semanas, falou quando deveria dar para descobrir o sex o dele, dali algumas semanas. O ultrassom logo acabou, em momento algum Cristofer se aproximou com qualquer gesto de afeto, para a amparar Duda enquanto chorava, saíram juntos do consultório, ela continuava enxugando os olhos, ao saírem da clínica, ele começou mexer no
Ela continuou comendo, abaixou o olhar chateada - Comigo não tem sido, sei que está descontente com a gravidez.- Já percebi, que não temos afinidade e que não sou o tipo de mulher que você gosta, pelo menos pra relacionamento sério. - Só que eu não fiz de propósito e o tempo todo, você procura algo errado, para apontar.- Pode ser a sua válvula de escape, eu não sei.- Só não acho justo, comigo. O modo que me tratou hoje, no ultrassom. - Eu só queria que estivesse lá, pra me apoiar, fiquei super nervosa mesmo.- Porque eu não fiz esse filho sozinha e nem te escolhi pra te dar um golpe.- Você diz que eu te falto com respeito, pelo meu modo de falar.- Mas você faz pior, fica me chamando de Duany de propósito, antes não chamava assim, sempre é rude, ou irônico. - Corrige o que eu falo, critica a minha roupa, me julgou como uma pu ta de beira de estrada, que vive na pior e não vale nada.