Christopher Brewer— Cara, onde você estava esse final de semana? — Bruno Portinari, pergunta assim que chegam nossos pedidos.— Também estou curiosa para saber, Sr. Brewer. — Margot estreitou seus olhos em minha direção, enquanto cortava a carne no seu prato.Bruno ligue para Nova York neste final de semana e cheguei a ver algumas mensagens dele e uma ligação, mas acreditei que não era nada de mais. Também tinha algumas da Margot, Bianca e eu mal pegamos no celular nesse final de semana. Tanto é que a única ligação que ela atendeu foi da Lilia. Aproveitamos muito a companhia um do outro, era um nível de intimidade surreal que aumentou depois desse final de semana. Já conseguimos ficar na presença um do outro sem pressão alguma ou timidez, mas confesso que esses dois dias com ela superou minhas expectativas e acredito que para Bianca também.— Por que não avisou que veria? — Comi um pouco da minha salada, irritado.Toda a minha paz de espírito estava indo embora.— Porque você sempre
Bianca AlmeidaNossa, Bruno é muito divertido. Fiquei um pouco sem jeito em sua presença, não conhecia ele, mas a mudança de humor das crianças ao vê-lo mudou completamente. Até Lilia esqueceu de mim por tempo, brincamos tanto e lembrei até no meu tempo de infância. Danielle deixou completamente o seu celular de lado, corremos tanto pela casa e a risada preencher o lugar. Esse com certeza era o melhor padrinho das crianças, não sei qual é a relação delas com o Joseph, mas sei que também gosto muito do tio. Bruno é um homem alto e cheio de sorrisos, com ele com certeza não tem tempo ruim. Logo fiquei à vontade ao seu lado, Sra. Molloy ficava de longe apenas olhando e por pouco não conseguimos convencê-la a brincar também.As crianças estavam na piscina à nossa espera. Conversava animadamente com Bruno, ele estava mexendo no celular.— Você tem que ir para a Alemanha. — Ri. — É sério, Bianca! Você vai adorar lá. Ok, é um pouco mais frio, mas na última vez que as crianças foram amaram. V
Bianca AlmeidaPeguei um táxi indo para o endereço que Danielle me passou. A cada segundo as coisas pioravam, o garoto que a Danielle gostava tem 17 anos e eles estão em um motel. Me segurei tanto para não ligar para Christopher, porque sei que ele daria um fim na existência desse garoto. Danielle está escondida no banheiro, me disse que não estava se sentindo mais confortável com a decisão que tomou e que queria ir embora. Mandei ela não desligar a ligação e ficar dentro daquele banheiro até que chegasse lá. Danielle não era nem maluca de desligar.— Por favor, fique calma. — dizia.— Calma?! Danielle, você passou de todos os limites.— Ele não me tocou… não fez nada… — Sussurrou.— E o que acha que ele fará quando você abrir essa porta? — Calma é uma coisa que não existe em mim nesse momento. — Se você realmente se sentir à vontade com ele, diria que não quer mais e pediria para ele te levar embora. Mas sabe muito bem que isso não acontecerá, ele ficará falando coisas bonitas para t
Não consegui dizer mais nada. E talvez tenha ficado nítido para os homens quanto as palavras da Danielle me afetou. Muito provavelmente não sou nada além de uma babá para ela, mas me esforcei para ter uma aproximação com Danielle. É capaz do próprio Pedro me aceitar mais do que a sua irmã mais velha, ele é um pouco distante e quer ser independente do ponto de vista dele, mas ainda assim consegue me aceitar como sua babá. Com a Danielle é tudo moeda de troca, se não faço o que ela quer, então não sirvo para ela.— Danielle. — Christopher a chamou.Danielle me olha pela última vez antes de sair batendo seu pé em direção ao escritório do seu pai. Christopher me olha antes de seguir com sua filha. Cheguei a dar três passos na direção deles, mas Bruno entrou na minha frente.— Você não vai querer entrar lá.— Mas… — Senti minhas lágrimas.— Ei! — Bruno me abraçou, deitei minha cabeça em seu peito. — Danielle deve ter chegado ao extremo para que você tenha trazido até aqui e falado com Chri
Christopher Brewer— Se vocês não entrarem naquele avião, deixarei todo mundo para trás. — Gritei chamando atenção das crianças que pareciam nunca ter viajado na vida. Bianca não estava conseguindo conter a animação deles. Danielle era quem estava mais animada já que não tinha contato com mais ninguém além da família e os professores a um bom tempo. Serão quase oito horas de viagem com essa turminha. Tem lugar para cada um e não precisa olhar para a cara de ninguém. Pedro já estava irritado com a Lilia, porque a Lilia queria levar o seu ursinho falante e é realmente estressante aquele urso. Bianca convenceu Lilia de não levar.Danielle foi a primeira a entrar. As crianças estão muito bem familiares com esse avião, porque é nosso. Nossas viagens e principalmente as mais longas são feitas nesse avião, tem dois quartos disponíveis e uma área médica. A parte dos bancos parece uma sala presidencial. Lilia na última vez vômito no quarto todo e dessa vez verifiquei pessoalmente se ela não h
Bianca AlmeidaEstamos em Milão, nossa chegada foi tranquila. O tempo não estava muito bom, ficamos no hotel e só podemos ver um pouco de Milão pela janela. As crianças foram as que mais ficaram tristes, porque pensaram que assim que chegarmos já estaríamos andando pela cidade. No hotel fiquei em choque com o tamanho do quarto, era um próprio apartamento tendo cinco quartos disponíveis e em cada quarto tem o seu próprio banheiro. Uma cozinha muito bem compacta com uma sala de jantar, a sala dava dois do meu apartamento. No dia seguinte Christopher saiu bem cedo, com o tempo melhor conseguir passear com as crianças e mais três cuidadoras.Passeamos pela catedral Gothic Duomo do Milano, precisei segurar Lilia que queria tocar em tudo que via. Todos os olhos estavam nela para não sermos expulsos.— Vocês sabiam que Duomo de Milão é uma das maiores catedrais católicas do mundo? — A nossa guia dizia. — Tem mais de 157 metros de largura, 11.700m² e capacidade para mais de 40 mil pessoas.As
Bianca Almeida— Ah, que fofura! — Margot entrelaçou seus dedos com do Christopher, puxando ele para mais perto de nós. — Olha, o que seus filhos fizeram por você.Não passo para o lado quando ela se aproxima mais, passando por mim. Margot tem aquele ar de soberba que consigo ver de longe, escolhi me afastar e olhar a família um pouco mais distante do que pretendia. Christopher chega a me olhar algumas vezes, mas continuo mantendo a minha distância.— Papai, papai, olha o quadro que fiz para você. — Lilia entregou o desenho que fez para o pai. Christopher está sentado perto da mesa recebendo seus presentes. — O da Dani é bonitinho também, vai ser de um homem com nome estranho. Finge estar feliz quando receber, tá?Se Lilia queria que essa conversa ficasse apenas ela e seu pai, minha menina falhou. Danielle que virou seus olhos e se aproximou do seu pai entregando um quadro do tamanho médio.— É um quadro do Pietro Verri. — Danielle sorri para Christopher e abaixou um pouco a cabeça. E
Bianca Almeida No dia seguinte foi uma dorzinha de cabeça porque tinha que arrumar as três crianças e deixá-las preparadas e devidamente arrumadas a tempo. Lilia bebeu tanta coisa pela manhã que agora a tarde não parava de querer ir ao banheiro. Tenho evitado Christopher, não respondi suas mensagens e muito menos uma de suas ligações. Ele queria falar comigo, mas sei que não era sobre as crianças. Então decidi me dedicar ao meu trabalho e apenas isso. Quando voltei do banheiro com Lilia, Danielle e Pedro não estavam mais no quarto. — Ah, não. — Sussurrei agoniada. Aqueles dois estavam cochichando um com o outro desde que acordaram. — Lilia, onde foram seus irmãos? — Lilia começa a fazer a sua cara de inocente. — Lilia! Precisava descer com todos eles daqui a uma hora e justo hoje escolheram dar trabalho? Estávamos nos saindo tão bem nessa viagem. Lilia balançou a cabeça, ela não iria dizer. De mãos dadas seguimos pelo apartamento à procura do Danielle e Pedro, seja qual fosse o pl