Bianca Almeida Comecei a arrumar as minhas coisas depois de ter certeza que todos já tinham ido. Não demorei ou fiquei enrolando para arrumar, aproveitei esse meio tempo para conseguir uma passagem de volta para Nova York e graças a Deus estava tudo ao meu favor. Precisei adiantar o máximo possível para não perder o voo, procurei esvaziar minha mente e manter a calma. Tudo precisa acontecer por um motivo, sei das faltas que iria sentir, mas se quiserem me ver e Christopher permitir será bom demais ver as crianças novamente. Antes de entrar no avião tomei um remédio para poder dormir, ficar pensando e repassando tudo que passou não iria me fazer bem. Sorrir ao entrar na área econômica, os lugares não estavam cheios, poderia até imaginar que está na primeira classe. Ri com meu pensamento. O remédio não demorou para fazer efeito e dormi tranquilamente.Quando cheguei em Nova York já era a noite, fiz todo o processo para pegar minha mala e seguir para a cobertura que estava ficando do C
Christopher BrewerJoguei o celular da Danielle contra a parede, vendo o aparelho se despedaçar e cair no chão. Bianca não me respondia por nada, muito menos visualizava as mensagens e quando finalmente consigo falar com ela é essa a resposta que tenho?! Já tive que aguentar horas naquele evento com mau-humor tão grande que precisei me afastar das pessoas uma vez e outra, e ao chegar aqui não vejo nem sombra da Bianca. Suas coisas não estavam mais no quarto, ela não estava em nenhuma parte do hotel e quando tive certeza que pegou o avião para Nova York quase surtei de vez.Respirei fundo, deitando a cabeça para trás. Podia ouvir um choro baixo e tinha certeza que era a Lilia, ela não parava de perguntar pela Bianca. Passei a língua pregui&
Bianca AlmeidaTomei um remédio para febre e fui me deitar novamente, não sei porque essa mudança repentina. Estava tão bem ontem, peguei chuva ou teve uma mudança drástica no clima. Será que estou tendo alguma reação da comida de Milão? Ah, Milão. Estou quase colocando como meta morar lá. Dormir novamente em uma facilidade muito grande, acordei com barulho do meu celular tocando. Não queria levantar para pegar meu celular, o lugar que aluguei é de três cômodos no mínimo e ainda conseguimos ser bem menor do que o meu antigo apartamento. Meu celular estava no balcão que dividia a pequena sala com a minúscula cozinha, não tenho um problema com o lugar, mas estou sentindo falta do meu apartamento.Me levantei relutante e atendi sem saber quem era, meu corpo doía e a febre não havia passado.— Alô?— Bianca? — Conheço essa voz. — Sou eu, Joseph. Podemos conversar?Faço uma careta, não que esteja incomodada pela ligação. Era apenas um incômodo dessa febre repentina, balancei minha cabeça c
Christopher Brewer— A gente podia fazer isso? — Pedro perguntou, cismado.— Vocês querem Bianca de volta, não querem? — Fechei a porta do minúsculo apartamento.— Mas não é invasão domiciliar quando a gente entra em um lugar sem a permissão do dono? — Danielle perguntou, confusa.— A gente será preso?! — Lilian arregalou seus olhos castanhos e abraçou o pescoço da irmã com força. — Não quero ser presa, Dani. Eles dão torta de maçã? — Ela está no colo da Danielle.Chegamos de madrugada em Nova York, eles não estavam se aguentando de sono. Não conseguiram dormir durante o voo como de costume e tive que convencer eles a dormir primeiro. Assim ganhava tempo para saber onde Bianca estava morando agora. Precisei prometer para cada um que assim que encontrasse Bianca iria acordá-los e todos iriam juntos, não poderia sair de casa sem eles. A promessa é dívida e eles sabem quem eu cumpro. Dito e feito, acordei meus filhos e seguimos até esse pedacinho de mundo. A segurança estava reforçada, m
Bianca AlmeidaOs três seguiram à risca o pedido do pai. A Sra. Molloy olhava para as crianças, desacreditada. Danielle e Pedro pegavam tudo que foi pedido para a Sra. Molloy e colocava em cima da mesa para mim. Lilia para não ficar de fora, pegar as coisas pequenas e que não fosse de vidro. Um ajudando o outro colocando tanta coisa em cima da mesa que com certeza eu não comeria.— Gente, eu agradeço, mas…— Xiu! — Lilia me olha aborrecida. Sempre é bom fazer uma boa alimentação depois que vem do médico. — Papai sempre me falou isso.Resolver obedecê-la.— Posso pelo menos lavar minhas mãos? As crianças se entreolharam e por fim concordaram. Me levantei caminhando lentamente até aqui fora lavar minha mão, confesso que estou melhor do que eu esperava. Talvez tenha realmente sido emocional os meus sintomas. Estava feliz de ver as crianças novamente e a gente ficou afastada apenas 24 horas, mas a possibilidade de não ter mais a convivência de antes me machucava. Voltando para a mesa, ol
Bianca AlmeidaTerminei a minha torrada com meu estômago embrulhando. Não, deixarei essas crianças. Christopher não consegue ver a víbora que essa mulher é, sei que ela é uma pessoa de anos na sua vida. Suspeitava desde a primeira vez que vi eles dois juntos que alguma coisa entre eles acontecia. Nunca perguntei diretamente ao Christopher sobre a relação deles, mas quando ele falou sobre a exclusividade logo imaginei que não estaria com ninguém. Descartei Margot durante esse tempo, agora tenho motivo suficiente para colocar ela de volta nessa suspeita.Se existiu ou não, ela quer estar na vida do Christopher e ser a próxima Sra. Brewer. Esse é o medo da Danielle e acredito que de seus irmãos. Eles sabem quem é Margot. A sua própria afilhada não quer Margot como madrasta. Margot é apenas madrinha da Danielle, a madrinha do Pedro e da Lilia é a mãe do Christopher.Um funcionário aparece me chamando e avisa que Christopher quer me ver no escritório dele. Agradeci e fui. Margot demonstra
Christopher BrewerNamorar, noivar, casar e ter uma família… Que porra a Bianca pensa que está falando? Quem é esse homem? Com certeza é aquele que estava pensando no dia em que fomos ao mercado. Conta hipocrisia ter um homem ao lado dela e pensar em outro. É uma sem vergonha! Filha da… ela tem coragem de falar assim, na minha cara. Afastei todos que poderiam entrar no meu caminho e no dela para agora descobrir que tem um amor do passado? Não é aquele cara que ela trabalhava, aparentemente o cara realmente é gay e está em um relacionamento. Agora, quem é esse maldito que ela pensa em colocar em sua vida novamente?As palavras de sua boca sairão em uma certeza, sem dúvidas, sem um tremor na sua voz. Queria que ela se desse, demonstrasse alguma incerteza, alguma fraqueza e não veio. Não quero que seja uma mulher fraca ou insegura, mas eu queria que as suas palavras fossem uma mentira.Quero que me protejam da mesma forma que faria pela pessoa, ela falou. Comprei um prédio por essa mulhe
Bianca Almeida.— Não. — Erguei o dedo no ar. — Pode parando.— Precisamos testar antes de comprar para as crianças. — Joseph apontou a arma cheio de água em minha direção.Estamos em uma loja de brinquedo, ele pediu a minha ajuda para comprar algumas coisas para as crianças e nos últimos dias construímos uma amizade ótima. Algumas semanas atrás, Joseph me ligou perguntando como estava sendo a minha volta como babá das crianças. Desde aquele dia a conversa foi acontecendo e a gente vem se vendo constantemente. Ainda mais quando contou sobre os problemas na empresa. a briga entre os irmãos Brewer tem estado pior a cada dia. Christopher faz parecer que a culpa é do irmão mais novo, Joseph desconfia que alguém está desviando dinheiro, mas não consegue achar essa pessoa e muito menos conversar sobre esse assunto com seu irmão mais velho.— Mas você não tem que testar esse presente em mim!— Ah, Bianca… — Joseph abaixa a arma de brinquedo, me aproximei dele. Nesse pequeno momento ele s