Eu havia saído da sala de Lorenzo completamente aérea.. Tão aérea que eu acabei errando algumas planilhas de fornecedores que eu estava fazendo, tive que refazer tudo umas duas a três vezes.. Na verdade foram quatro vezes. Aquela conversa me deixou nervosa, e que diabos foi aquilo de dizer que eu não estava totalmente livre? Eu não sei o que deu em mim, por um momento eu quase pensei em lhe falar sobre Gio. Tamanho era o efeito que aquele homem mantinha sobre mim.. Ele me fazia testar a minha própria sanidade e os limites do meu corpo. Quando eu estava perto dele.. Partes de mim se acendia sem que eu tivesse o mínimo controle sobre aquilo. Parecia até que eu era uma marionete, pronta para cometer as loucuras que fizemos anos atrás.. Santo Deus eu precisava ir a uma igreja, aquilo não era normal.. O que o deus italiano fazia comigo era além dos limites que eu poderia suportar. Ainda tinha aquela bendita ideia de sairmos.. Eu poderia fazer aquilo, sim.. Mas também tinha Quim. Eu não q
Eu ainda estava me sentindo aérea, depois de ter sido encurralada por Lorenzo.. Podia sentir o cheiro dele ainda no meu sistema. Claro que eu sabia do que ele estava falando ao me perguntar aquilo, mas eu não me deixei de sentir.. Bem eu não raciocina a direito perto daquele homem. Eu não sabia até que ponto aquilo poderia ser perigoso para mim e para a minha sanidade mental se é que eu ainda tinha o mínimo daquilo.. Depois de todos os acontecimentos recentes, era muita coisa em tão pouco tempo. Depois da abordagem nem um pouco sutil de Lorenzo, eu não voltei a vê-lo enquanto me mantinha focada no trabalho. Sabia que ele estava resolvendo alguma coisas com Átila fora dali, Lorena havia me falando quando veio me entregar uns documentos da Passione. Eu procurei manter o meu interesse bem oculto, pois sabia que Lorena gostava de uma fofoca e de ficar sonhando acordada com a vida alheia. Eu passei uma boa parte do meu dia, resolvendo alguns fornecimentos para o Tortelline... Laura não g
—Eu te convidei.. Com a ideia de você esquecer os seus problemas, não foi para você trazê-los para cá —Julia falou, enquanto eu a ajudava preparar algo para nós comermos. Bem na verdade eu só estava atrapalhando mais do que outra coisa, tendo em vista que ela precisou me chamar atenção pela terceira vez. —Quer falar alguma coisa Gabriela? – ela questionou, estávamos sozinha na cozinha. Diogo tinha ido levar Gio para tirar um cochilo revigorante.. A casa era incrível, tinha dois quarto.. Uma sala com uma cozinha americana integrada, uma bela varanda com uma boa vista para a praia e o pôr do sol. —Eu sei é.. —parei de falar, eu não havia contado a Julia o que havia acontecido, principalmente por saber que ela não simpatizava nenhum pouco com o pai de Gio. Desde o ocorrido naquela sala, eu procurei evitá-lo como se ele fosse o próprio coisa ruim.. Não foi nenhum pouco fácil, mas eu o fiz.. Precisava daquela assimilação eu.. Na verdade é que eu passei a me sentir completamente desejosa
Fechei a porta da minha casa atrás de mim, eu não tive forças para dar mais um passo.. Me recostei ali e deixei os meus soluços saírem na segurança do meu lar. Eu estava chorando de frustração.. Por ter criado expectativa de uma situação que eu não sabia se quer o que esperar. Ouvir aquilo me abalou, mas também me fez tomar uma atitude.. Eu precisava contar a ele, também não iria conseguir continuar trabalhando para o pai do meu filho.. Teríamos uma conversa decisiva, pelo menos eu não iria carregar mais comigo a culpa de não ter contado a ele sobre Gio, estava decidido!Limpei as minhas lágrimas, estava na hora de me levantar de cabeça erguida.. Hoje eu não voltaria mais para o escritório. Amanhã eu iria lá, apenas para ter uma conversa com Lorenzo.. Pedir a minha demissão e nunca mais iriam me ver. No meio de tudo aquilo tinha Quim, em pensar que eu havia aceito o convite de ir ao bar karaokê com ele.. Acho que não seria mais possível daquilo acontecer, principalmente por ter esco
O meu corpo inteiro tremia.. Apesar de eu estar sem roupa, não era a corrente de ar frio que me fazia tremer. A pergunta que abandonou a boca de Lorenzo.. O jeito que ele me olhava, como se já soubesse de tudo.. Exatamente tudo o que eu não tive coragem de lhe contar até o presente momento, também sobre o motivo de eu ter saído do escritório do jeito que saí.. Até mesmo o motivo de eu ter fugido do hotel dois anos atrás. Engoli a seco e peguei a minha blusa, vestindo-a de qualquer jeito.. Enquanto ele não se desviava de mim. Vi o lábio inferior dele tremer.. Eu não era a única que tremia ali, mas sabia que ambos tinham motivos diferentes. Um pensamento me veio, de que eu poderia inventar uma história. Um outro pai, mas nada daquilo seria possível tendo em vista que o meu filho era muito parecido com o pai.. Além do mais seria muita crueldade da minha parte, ele poderia não querer o filho.. Mas tinha todo e qualquer direito de saber a verdade. Limpei uma lágrima que rolou e puxei um
Eu.. Tinha imagino milhares de vezes como aquilo iria acontecer, mas na minha imaginação nenhuma cena chegava aos pés daquela que se desenrolava a minha frente. Quando Giovanni começou a estranhar tudo aquilo, ele já estava ficando irritado.. Pois mexia os bracinhos e as pernas totalmente descontrolado. Me aproximei e o peguei, mesmo que Lorenzo tenha relutando um pouco para soltá-lo.. Mas finalmente se livrou do transe em que parecia estar desde que pegou o meu bebê no colo. Ele me olhou, na verdade ele olhou o jeito que Gio veio para o meu colo.. A forma como ele se aquietou ao sentir o meu calor. —Giovanni.. Giovanni Nolasco é o nome dele! —falei e me filho me olhou ao ouvir o seu nome, ele me deu um sorriso doce e voltou a deitar a sua cabeça em meu ombro. Vi ele abrir a boca e novamente seus olhos se encheram d’água, me fazendo franzir o cenho com aquela sua reação. Eu havia escolhido um nome de origem italiana.. Mas não era para tanto, bem na verdade eu deveria saber que era p
Estava segurando uma bolsa de gelo contra o meu queixo, no lugar onde o irmão de Gabriela havia me acertado desprevenido.. Eu descobri só depois de apanhar, que ela tinha um irmão e que esse irmão queria me ver morto.. Aquilo era bem visível, tendo em vista que eu estava com o meu queixo doendo como o inferno. A verdade é que pouco me importava aquela dor física, Para mim era o de menos.. Diante de tudo que eu acabava de descobrir, eu tinha um filho.. Um filho, eu.. Era surreal pensar que a minha família estava me pressionando por um bambino e eu já o tinha, aquilo era totalmente inacreditável. Era muita coisa para assimilar.. Muita coisa para digerir e dizer, mas eu não conseguia fazê-lo. Quando Gabriela me disse o nome do bambino e ela se assimilou a sua imagem.. Era como se eu estivesse vendo o meu Nonno, eu parecia com ele e Giovanni era uma cópia perfeita nossa. Em pouco tempo que eu segurei ele no colo, senti como se eu tivesse estado com ele desde que ele nasceu.. Ele era meu
—Posso saber por que todos resolveram me agredir? .. Eu não sabia de nada – Lorenzo falou enquanto segura o lugar que Julia havia lhe acertado um tapa. Não sei se por ter sido tão forte, ou por ter sido de surpresa.. Mas o impacto fez Lorenzo virar o rosto quando, a mão delicada de Julia o acertou em cheio. Fique um tempo tentado entender o que aconteceu... O que estava acontecendo, Helen não tinha o direto de avisá-los.. Quem deveria fazer aquilo era eu, depois de tudo acertado com Lorenzo. Pelo visto as coisas não seriam tão fáceis assim, eu deveria já ter imaginado e esperado por aquilo.—Você sabia muito bem o que estava fazendo quando a seduziu —meus olhos se arregalaram levemente e eu olhei para Julia.. Como se ela estivesse louca, o que eu não duvida em nada. De onde ela havia tirado aquela ideia de que eu fui seduzida.. Se não fosse as circunstâncias tão sérias eu iria morrer de rir das suas palavras sem fundamento. Vi Lorenzo empalidecer, não sabia se ele estava assustado ou