Pela primeira vez eu não precisei fazer forças para trazer um filho ao mundo.. E esse fato me assustou, eu estava bem e não estava esperando ter a minha filha naquele momento e nem sob as circunstâncias, mas ela aconteceu e Ana veio ao mundo prematura e aquilo também foi o que me assustou, me colocou um medo a um nível irreal. Eles não deixaram Lorenzo ficar na sala, mas tudo aconteceu tão rápido que acho que nem tivemos tempo de protestar.. Em um momento estávamos ali, no outro eu estava sob o efeito de anestesia tendo a minha filha. —Como você está se sentindo meu amor? —Lorenzo perguntou ao entrar no quarto —Eu acabei de ver a nossa pequena através do vidro.. Ela é tão linda e pequena, mas é perfeita —ele falou e eu sorri, ainda estava me sentindo um pouco grogue pelo efeito da anestesia. —Eu queria vê-la novamente —falei e ele pegou a minha mão e depositou um beijo ali. —Ela ainda não pode sair.. Mas eu vou dar um jeito nisso —ele falou e eu sorri. —Obrigado querido —ele b
Gabriela Seis meses depoisAna estava tão linda.. Nem parecia a mesma bebê que ficou na incubadora, era a mais nova da casa e o mais novo xodó de todos. Ela tinha um apego especial a Lorenzo.. Por falar nele, o meu marido ficou um pouco estranho depois que um parente de Serena entrou em contato com a gente.. Acho que no fundo ele tinha um pouco de culpa dentro dele, mas a pequena Ana o ajudou a curar aquilo e o aproximou bem mais dos pais dele.. Que são totalmente enlouquecidos pela mais nova, mas sem deixar de tentar estragar os mais velhos.—Isso não é verdade.. Nós somos a maioria agora – voltei a mim ao ouvir a voz de Luna, estava encantada vendo a minha pequena comer as suas frutas da introdução alimentar.. Ela amou aquela fase com toda e qualquer comida que lhe foi ofertada.—Ana ainda não tem poder de decisão —Gio protestou e eu olhei para Lorenzo querendo entender quem tinha ensinado aquilo a ele.. Pelo jeito que o meu marido deu de ombros, entendi que ele não fazia a mí
Quatro anos... Quatro longos e malditos anos que eu ralei muito na faculdade de administração. Bem, os números são a minha praia, mas eles são e foram a minha maior dor de cabeça nesses quatro anos. Mas agora eu estava me formando. Eu nem podia me conter, tamanha a felicidade; eu queria agora arrumar um emprego e sair do apartamento do meu irmão. Amo o meu irmão, e ele é a única família que eu tenho. Nós perdemos os nossos pais em um acidente de avião, isso já tem dez anos. Eu tinha apenas quatorze anos, e Diogo tinha apenas vinte e quatro anos. Diogo foi o único responsável por mim, ele não abriu mão da minha guarda para ninguém. Mesmo que como pediatra em formação, ele não tinha muitas condições. Mas ele deu o jeito dele. Eu sempre apreciei isso e fiz valer cada moeda que ele investiu em mim. Nunca perdi um ano na escola, nunca dei despesas extras, pois sabia que ele se matava de tanto trabalhar para fazer tudo por mim… Por nós. Era um sonho dos nossos pais nos ver formados. Diog
A minha cabeça estava a ponto de explodir. Flashs do que aconteceu vinham e iam com facilidade. Era só eu abrir os meus olhos e era tomada de assalto por várias coisas que aconteceram na noite. Já era de manhã? Não havia claridade nenhuma no quarto. Quarto? Merda…O que foi que eu fiz? Será que eu estava tão louca assim para ir para a cama de um estranho?! Um estranho muito gostoso, afinal. É, pelo visto eu fui sim. Sentei na cama, o deus italiano dormia profundamente ao meu lado. Peguei o meu celular que estava em minha bolsa, e já eram quase seis da manhã. Aquilo significava que eu só havia dormido por um hora desde que chegamos a esse quarto de hotel. Tudo o que fizemos foi matar o nosso desejo de maneira desenfreada e enlouquecedora. Ele se mexeu na cama, me lembrando que eu tinha que dar o fora dali o mais rápido possível. Tudo tinha sido muito incrível, mas apenas uma loucura que não vai voltar a se repetir. Eu nem sequer sei o nome dele, e nem ele o meu. Assim é bem melhor! C
— Está bem. Você, minha melhor amiga, e o meu irmão… — Disse e repeti aquilo na minha cabeça. Não era estranho. Era só… Estranho pra caralho. Eu não sabia como colocar aquilo em palavras. Não que eu tivesse alguma coisa contra. Amava Diogo e Julia na mesma proporção. Só não entendia o fato de eles esconderem isso de mim até agora. — Não faz essas caretas, Gabi. — Ela pediu, e eu nem sabia que estava fazendo careta. — Simplesmente aconteceu. — Ela falou com a voz um pouco baixa. — Desde quando? — Perguntei olhando diretamente em seus olhos. Ela balançou a cabeça, aquilo significava que tinha algum tempo que eles… Era a minha melhor amiga e o meu irmão, tudo bem. Tudo bem! Aquilo não era nenhum bicho de sete cabeças, ninguém iria morrer por aquilo. Eu dava graças a Deus por estar tão relaxada, caso contrário eu poderia ter um pequeno surto. — Tem um mês. — Ela explicou, e eu arregalei os olhos. Um mês, tem um mês que eu viajei para fazer um trabalho com a minha turma de administraç
—Eu vou matar.. O desgraçado! – ouvi a voz de Diogo completamente alterada, eu entendia ele completamente.. Diogo era a minha família, ele sentia como um pai e uma mãe ao mesmo tempo.. Mas o lado que estava falando agora era o lado cem por cento pai. As lágrimas começaram a banhar o meu rosto, ouvi Julia falar alguma coisa e correr para mim, me amparando.Eu chorava por desespero da minha situação.. Estava grávida, possivelmente. Eu não sabia nem o nome do pai do meu filho, não sabia onde o encontrar e o meu irmão estava decepcionado comigo... Na única vez que eu decido ser irresponsável e me entregar aos meus desejos e aos meus sentimentos bobos acontecia aquilo. Maldito destino.. Maldito!—Mantenha a calma.. Olha o estado em que Gabriela está – ouvi a voz de Julia e seus braços me rodearam. Ela sabia que o pai dessa criança poderia estar muito longe agora.. Eu não seria a primeira mãe solteira da história, mas com certeza eu seria a mais burra de todos os tempos. – Ela não precis
Quando nasce um bebê uma mãe também nasce! Eu ouvi tanto isso durante a minha gravidez.. Só que o meu filho não precisou nascer para que o meu lado maternal nascesse. Mesmo antes de ver o rosto dele... Sim era um menino, um lindo e forte menino. Que demorou quase sete horas para nascer. Eu já sabia que o amava com todas as minhas forças, enquanto ele crescia dentro de mim, mas eu só fui entender completamente o que queriam dizer.. Quando ouvi o choro dele, quando o segurei em meus braços.. Aquela pequena coisinha, coberto de sangue.Eu não havia escolhido um nome.. Por não saber se seria uma menina, ou um menino, porém foi só olhar para ele que eu já sabia que nome lhe dar.. Giovanni, esse seria o nome do meu bebê. Giovanni Nolasco, eu sabia que aquele era um nome de origem italiana.. Mas não poderia ser diferente, aqueles cabelos negros e os olhos que me lembravam duas safiras.. Eu não poderia escolher um nome diferente, ele me lembrava o deus italiano. —Como vai essa mamãe? —a en
Os primeiros meses com o meu filho passou tão depressa.. Eu piscava os olhos e ele esticava um pouco, talvez fosse apenas o meu lado mãe boba que estivesse enxergando aquilo... Mas quando Diogo e Julia me falou o mesmo, eu tive certeza que ele realmente estava crescendo. O meu coroação só faltava explodir a cada mês.. Saber que ele já estava completando um ano, me deixou tão melancólica. Eu havia saído com ele da maternidade.. A apenas algumas horas, pensar que já iria fazer dois anos que eu o descobri crescendo dentro de mim. Mais um pouco e o meu filho já estaria indo para a faculdade.. Eu tinha que controlar o meu lado dramático, eu havia aperfeiçoado o meu drama com o tempo.. Também havia o meu lado mãe super protetora e muitos outros lados que eu acabei descobrindo. No fim estavam certo quando diziam que quando um bebê nasce uma mãe também nasce... Só que no meu caso, várias mães surgiram dentro de mim, as vezes eu nem sabia controlá-las. —Ele está tão lindo.. Nem parece que