—Eu te convidei.. Com a ideia de você esquecer os seus problemas, não foi para você trazê-los para cá —Julia falou, enquanto eu a ajudava preparar algo para nós comermos. Bem na verdade eu só estava atrapalhando mais do que outra coisa, tendo em vista que ela precisou me chamar atenção pela terceira vez. —Quer falar alguma coisa Gabriela? – ela questionou, estávamos sozinha na cozinha. Diogo tinha ido levar Gio para tirar um cochilo revigorante.. A casa era incrível, tinha dois quarto.. Uma sala com uma cozinha americana integrada, uma bela varanda com uma boa vista para a praia e o pôr do sol. —Eu sei é.. —parei de falar, eu não havia contado a Julia o que havia acontecido, principalmente por saber que ela não simpatizava nenhum pouco com o pai de Gio. Desde o ocorrido naquela sala, eu procurei evitá-lo como se ele fosse o próprio coisa ruim.. Não foi nenhum pouco fácil, mas eu o fiz.. Precisava daquela assimilação eu.. Na verdade é que eu passei a me sentir completamente desejosa
Fechei a porta da minha casa atrás de mim, eu não tive forças para dar mais um passo.. Me recostei ali e deixei os meus soluços saírem na segurança do meu lar. Eu estava chorando de frustração.. Por ter criado expectativa de uma situação que eu não sabia se quer o que esperar. Ouvir aquilo me abalou, mas também me fez tomar uma atitude.. Eu precisava contar a ele, também não iria conseguir continuar trabalhando para o pai do meu filho.. Teríamos uma conversa decisiva, pelo menos eu não iria carregar mais comigo a culpa de não ter contado a ele sobre Gio, estava decidido!Limpei as minhas lágrimas, estava na hora de me levantar de cabeça erguida.. Hoje eu não voltaria mais para o escritório. Amanhã eu iria lá, apenas para ter uma conversa com Lorenzo.. Pedir a minha demissão e nunca mais iriam me ver. No meio de tudo aquilo tinha Quim, em pensar que eu havia aceito o convite de ir ao bar karaokê com ele.. Acho que não seria mais possível daquilo acontecer, principalmente por ter esco
O meu corpo inteiro tremia.. Apesar de eu estar sem roupa, não era a corrente de ar frio que me fazia tremer. A pergunta que abandonou a boca de Lorenzo.. O jeito que ele me olhava, como se já soubesse de tudo.. Exatamente tudo o que eu não tive coragem de lhe contar até o presente momento, também sobre o motivo de eu ter saído do escritório do jeito que saí.. Até mesmo o motivo de eu ter fugido do hotel dois anos atrás. Engoli a seco e peguei a minha blusa, vestindo-a de qualquer jeito.. Enquanto ele não se desviava de mim. Vi o lábio inferior dele tremer.. Eu não era a única que tremia ali, mas sabia que ambos tinham motivos diferentes. Um pensamento me veio, de que eu poderia inventar uma história. Um outro pai, mas nada daquilo seria possível tendo em vista que o meu filho era muito parecido com o pai.. Além do mais seria muita crueldade da minha parte, ele poderia não querer o filho.. Mas tinha todo e qualquer direito de saber a verdade. Limpei uma lágrima que rolou e puxei um
Eu.. Tinha imagino milhares de vezes como aquilo iria acontecer, mas na minha imaginação nenhuma cena chegava aos pés daquela que se desenrolava a minha frente. Quando Giovanni começou a estranhar tudo aquilo, ele já estava ficando irritado.. Pois mexia os bracinhos e as pernas totalmente descontrolado. Me aproximei e o peguei, mesmo que Lorenzo tenha relutando um pouco para soltá-lo.. Mas finalmente se livrou do transe em que parecia estar desde que pegou o meu bebê no colo. Ele me olhou, na verdade ele olhou o jeito que Gio veio para o meu colo.. A forma como ele se aquietou ao sentir o meu calor. —Giovanni.. Giovanni Nolasco é o nome dele! —falei e me filho me olhou ao ouvir o seu nome, ele me deu um sorriso doce e voltou a deitar a sua cabeça em meu ombro. Vi ele abrir a boca e novamente seus olhos se encheram d’água, me fazendo franzir o cenho com aquela sua reação. Eu havia escolhido um nome de origem italiana.. Mas não era para tanto, bem na verdade eu deveria saber que era p
Estava segurando uma bolsa de gelo contra o meu queixo, no lugar onde o irmão de Gabriela havia me acertado desprevenido.. Eu descobri só depois de apanhar, que ela tinha um irmão e que esse irmão queria me ver morto.. Aquilo era bem visível, tendo em vista que eu estava com o meu queixo doendo como o inferno. A verdade é que pouco me importava aquela dor física, Para mim era o de menos.. Diante de tudo que eu acabava de descobrir, eu tinha um filho.. Um filho, eu.. Era surreal pensar que a minha família estava me pressionando por um bambino e eu já o tinha, aquilo era totalmente inacreditável. Era muita coisa para assimilar.. Muita coisa para digerir e dizer, mas eu não conseguia fazê-lo. Quando Gabriela me disse o nome do bambino e ela se assimilou a sua imagem.. Era como se eu estivesse vendo o meu Nonno, eu parecia com ele e Giovanni era uma cópia perfeita nossa. Em pouco tempo que eu segurei ele no colo, senti como se eu tivesse estado com ele desde que ele nasceu.. Ele era meu
—Posso saber por que todos resolveram me agredir? .. Eu não sabia de nada – Lorenzo falou enquanto segura o lugar que Julia havia lhe acertado um tapa. Não sei se por ter sido tão forte, ou por ter sido de surpresa.. Mas o impacto fez Lorenzo virar o rosto quando, a mão delicada de Julia o acertou em cheio. Fique um tempo tentado entender o que aconteceu... O que estava acontecendo, Helen não tinha o direto de avisá-los.. Quem deveria fazer aquilo era eu, depois de tudo acertado com Lorenzo. Pelo visto as coisas não seriam tão fáceis assim, eu deveria já ter imaginado e esperado por aquilo.—Você sabia muito bem o que estava fazendo quando a seduziu —meus olhos se arregalaram levemente e eu olhei para Julia.. Como se ela estivesse louca, o que eu não duvida em nada. De onde ela havia tirado aquela ideia de que eu fui seduzida.. Se não fosse as circunstâncias tão sérias eu iria morrer de rir das suas palavras sem fundamento. Vi Lorenzo empalidecer, não sabia se ele estava assustado ou
—Você.. Só pode estar ficando louco! – afirmei ao alcançar os lenços humedecidos, fui para o lado de Gio onde o havia colocado na cama. Ele estendeu os bracinhos para mim, mas daquela vez eu não iria pegá-lo no colo.. Se eu o fizesse era capaz até de deixar o meu pequeno cair, senti que eu estava trêmula depois do questionamento de Lorenzo.. Eu não tive nem capacidade de olhá-lo, ou iria estrangular ele. —Nada do que eu faço ou deixe de fazer diz respeito a Quim.. Nem a você e nem ninguém! —Voltei a afirmar enquanto desviava o lenço para que Gio não pegasse. Fui passar para jogar o lenço no lixo e ele agarrou o meu braço. —Bella.. Me desculpe, eu não quis que essa pergunta parecesse insinuar nada – ele falou segurando o meu braço, estava entre ele a cômoda onde ficavam as coisas de Gio.. Por aquele motivo eu ficava ainda mais próxima a ele. —Eu.. Eu não quero nenhum outro homem perto do meu filho.. Nem de você! – abri a minha boca para falar, mas as palavras pareciam estarem presas
Nem preciso dizer que o clima no escritório, não mudou em nada.. Pelo contrário os olhares só ficaram pior com o decorrer daquele dia. Eu ainda não tinha visto Lorena, fui informada que ela teve um compromisso fora dali.. Também não havia sinal de Lorenzo, ou Átila. Quanto a não ver Lorenzo.. Eu não achava uma coisa ruim, pois aquilo me permitia sondar o que estava acontecendo.. Mas também me assombrava por medo do que ele poderia dizer, não que eu tivesse vergonha do meu filho... Ou de ter tido um filho com ele, mas eu tinha medo do preconceito contra e mim e principalmente contra Gio. —Gabriela —levantei a minha cabaça para ver, Quim.. Parado em frente a minha mesa. Eu estava tão distraída com os meus pensamentos que nem se quer o ouvi se aproximar.. Bem acho que se uma fanfarra se aproximasse de mim, eu não seria capaz de ouvir à nada e nem ninguém na minha imersão de pensamentos. —Estou atrapalhando? – ele perguntou com o mesmo ar tímido que era uma gracinha.. Eu balancei a minh