Ouço algo batendo, conversas distantes, há um cachorros latindo ao longe, o que é estranho, pois meus vizinhos não têm cachorros.
Mexo-me e sinto meu corpo doer, forço meus olhos a abrir, mas eles estão pesados, minha cabeça lateja e dói. Continuo de olhos fechados e sem me mover quando as vozes ficam mais próximas a mim e posso ouvir o que eles falam.
— O que faremos com ela? — alguém pergunta, mas não reconheço a voz. É um homem.
— O patrão disse para cuidarmos dela que logo estaria aqui para dar um jeito nela. — o outro responde.
— Ela bem gostosa, um pouco gorda para o meu gosto, mas inda assim bem gostosinha com toda essa bunda grande que ela tem, poderia nos divertir até o chefe chegar — sua voz ao sugerir isso me causou arrepios e a bile subiu por minha garganta.
— Não, cara, quem enc
— Oi! Trouxe a sua comida.Estava quase adormecendo em meio à dor e o choro quando um jovem de uns 16 anos entrou pela porta do quarto imundo onde eu estava com uma bandeja de comida nas mãos. Olhei de relance para ele e voltei a colocar minha cabeça entre as pernas.— Não estou com fome — forcei minha voz para que saísse de forma audível.— Mas você tem que comer, dona. — falou de forma calma, arrisco dizer até gentil, o que me chamou atenção para olhá-lo melhor e vi que em sua cintura havia uma arma. Temi.— Não entendo a preocupação, afinal vocês me sequestraram, não? — falei com deboche.— Eu sei, mas mesmo assim não quero que passe fome. — ele colocou a bandeja sobre a cômoda e no mesmo instante minha barriga voltou a roncar.— Sei que está com fome,
A cada dia, hora e minuto passado sem saber onde Amely estava-me corroía, me enlouquecia. Já fazia dois dias que ela havia sido sequestrada e não tínhamos obtido nenhum noticia de onde ela estava.— Para de ficar andando de uma para o outro que eu já estou ficando tonto — falou meu irmão e ao receber meu olhar mortal levantou as mãos em rendição.— Filho, calma ficar desse jeito não vai resolver — minha mãe tentou me acalmar.— Já faz dois dias, mãe. Já era para os sequestradores ter entrado em contato.— Não consegui rastrear o colar que seu a ela?Depois que me acalmei na festa lembrei que pedi um colar com rastreador, contudo não ajudou muito.— Sim, porem o colar não estava junto com ela, já havia repassado ele a outros bandidos. Na certa quem a levou sabia que eu tinha co
Eu estava sonolenta, mas sentia uma mão passear por todo meu corpo, lembrei-me de onde estava e meu corpo estremeceu, porém, não de um jeito bom. Forcei-me a sair daquela liturgia a qual me encontrava e me afastar de quem quer que fosse que me tocara sem a minha permissão.— Não me toque — gritei ao me levantar em um pulo conseguindo fazer meu corpo reagir.— Qual foi gata, só estava vendo se estava viva — o bandido por nome de caolho falou sorrindo de forma nojenta.— Se me tocar novamente eu te mato — falei tremendo de raiva.— Eu posso fazer o que eu quiser com você, dona. — sua voz saiu raivosa — Só estamos nós dois aqui e sei muito bem que quem nos contratou para sequestrá-la a vai matar quando receber o resgate. Qual o problema de eu me diverti antes de você morrer?Sua feição mudou e se tornou malicio
Estava me preparando para ir me encontrar com o sequestrador da Amely quando o delegado me ligou e disse que recebera uma denúncia anônima de onde era o cativeiro dela.No mesmo instante meu peito se encheu e esperança e eu respirei aliviado. Teria Amely de volta em meus braços, só esperava que ela estivesse viva e bem.Quis ir até lá para conferir com meus próprios olhos que ela estava bem, contudo não poderia arriscar colocar tudo a perder e ela sair ferida, sem falar que a denúncia poderia ser falso e apenas uma distração para a polícia, então eu teria que seguir o plano inicial.Acertamos todos os pontos da entrega do dinheiro e como iria se dá a prisão do sequestrador.Estava entrando no meu carro quando Amely desceu de um táxi gritando por mim.— Marcooos.Corri até ela que pulou em meus braços. O al
Descemos as escadas do primeiro andar da casa do Marcos e entramos na sala, pude ver que sua mãe conversava com um homem que me era familiar, mas não vi seu rosto para ter certeza de quem se tratava e de onde eu o conhecia.— Vamos à cozinha para você comer algo primeiro.Marcos fala e desvio o olhar das pessoas a minha frente e o olho.— Sim, estou realmente com fome.Pego na mão da Helena e nos encaminhamos para a cozinha. Ao chegar vejo a mesa cheia de comida, tem bolo, sanduíches, queijo, presunto, chás, sucos e uma bandeja com vários tipos de frutas.Eu realmente estou com fome então não me faço de rogada e me sirvo de sanduíches e suco. Helena também se serve, porém, de bolo e suco de laranja. Marcos me acompanha nos sanduíches.Após comermos voltamos para a sala, Carmem leva Helena para brincar, pois, nossa conver
Durante todo o meu relato tinha momentos em que eu achava que iria desmoronar ao contar tudo então Marcos me abraçava e falava palavras que me acalmava. Depois de todo o meu relato e Gustavo ouvir tudo atentamente, ele se despende.— Marcarei um dia para você ir dar seu depoimento formal, você precisa descansar agora e não se preocupe que irei fazer de tudo para colocar Fernando na cadeia. É uma promessa.— Obrigada. E quanto aos outros? Antes que sair de lá da favela onde ficava meu cativeiro, ouvi sirenes e carros da policia chegando.— Ah! Sim, meus policiais conseguiram prender três responsáveis por lhe manter presa, porém um levou um tiro na perna e como ele ainda é menor de idade vai para o Degase quando receber alta.— Menor? O Jeferson foi baleado? Ai meu Deus — coloco a mão na
Ouvir todo o relato da Amely sobre tudo o que sofreu na escola quando ainda eram bem jovens, trouxe a toma algo que eu não gostava de sentir: raiva, ódio, vontade de matar quem a humilhou com minhas próprias mãos.Eu não sou adepto da violência, longe disso, eu sou da paz, mas o que fizeram com ela não pode ficar em pune. Saber que todos de alguma forma pagaram pelo que fizeram me trouxe uma sensação de paz, mas falta o pior, Fernando tem que pagar com sangue tudo o que fez e ainda pensa em fazer com ela.Ser apenas preso não fará jus ao que ele merece e é por isso que eu sai da sala deixando Amely abraçada com sua mãe e fui ligar para o Dylan, ele é quem vai me ajudar a acabar com a raça do Fernando.— Marcos, que surpresa receber uma ligação sua — fala a atender no segundo toque.
— Nossa que namorada mais gostosa essa minha — Marcos fala e me dá uma tapa na bunda.Estávamos na minha casa e ele estava esperando eu terminar de me arrumar para irmos a comemoração de aniversário do melhor amigo do irmão dele.— São seus olhos — falo fazendo charme e lhe dando uma piscadela.— Adoraria deixar essa comemoração para lá e me perder agora mesmo nessas suas curvas.Ele me agarra por trás, coloca meu cabelo de lado liberando meu pescoço para poder ter acesso a ele, beija o mesmo e depois assopra o lugar que seus lábios carnudos tocaram me arrepiando toda e fazendo meu centro pulsar.— Não vejo a hora de tirar esse seu vestido e te foder todinha.Ele passe a sua mão pelas minhas coxas e tenta tocar minha cal