Camila narrando:O calor do corpo dele sobre o meu, o jeito como suas mãos deslizavam pela minha pele, a forma como ele me olhava, como se estivesse reencontrando algo que sempre foi dele... Tudo isso me fez esquecer do mundo lá fora. Naquele momento, só existíamos nós dois.— Camila... — ele murmurou contra meus lábios, sua voz rouca, carregada de desejo e saudade. — Eu senti tanto a sua falta.Eu não consegui responder, só puxei ele mais pra perto, sentindo o coração martelando no peito. O beijo dele se aprofundou, e suas mãos desceram pela minha cintura, apertando de leve, como se quisesse ter certeza de que eu era real.Cada toque, cada carícia, reacendia algo dentro de mim que eu achei que tinha morrido há muito tempo. Minha respiração estava entrecortada, meu corpo respondia ao dele como se nunca tivéssemos passado esses anos separados. Eu senti quando ele deslizou os dedos pela minha coxa, me puxando mais pra ele, o olhar intenso, carregado de emoção.— Camila... — ele sussurro
Camila narrando :Continuação:Meu corpo ainda tremia, minha respiração estava pesada, mas o desejo dentro de mim não tinha diminuído nem um pouco. Olhei para Guilherme, que me observava com aquele sorriso carregado de desejo e satisfação. Eu sabia que ele queria, e eu também queria mais.Com um movimento rápido, empurrei ele suavemente para trás, invertendo as posições. Agora era minha vez de tomar o controle. Ele me olhou surpreso por um instante, mas logo um sorriso brincou no canto de seus lábios, como se estivesse adorando minha iniciativa.Me inclinei sobre ele, capturando sua boca num beijo profundo, sentindo suas mãos firmes segurando minha cintura. Meu corpo deslizou sobre o dele, e minha boca começou a trilhar um caminho lento e provocante pelo seu queixo, descendo pelo pescoço, sentindo sua pele quente sob meus lábios.— Camila… — Ele sussurrou, sua voz rouca e carregada de desejo.Continuei descendo, meus lábios explorando cada centímetro do seu peito, minhas unhas desliza
Guilherme narrandoMeu corpo ainda estava colado ao dela, minha respiração pesada, tentando se normalizar depois da intensidade do que acabamos de viver. Camila estava debaixo de mim, os olhos fechados, a pele corada, os lábios entreabertos, como se estivesse absorvendo cada sensação.Passei a mão pelo rosto dela, afastando uma mecha de cabelo, e ela abriu os olhos devagar, me encarando com aquele olhar que sempre me prendeu.— Isso nunca acabou… — repeti baixinho, sentindo meu peito apertar com a verdade que aquelas palavras carregavam.Camila respirou fundo, desviando o olhar, e eu soube que ela estava tentando organizar os pensamentos. Mas eu não queria que ela fugisse de novo.Me afastei apenas o suficiente para deitar ao lado dela, puxando-a para meu peito. Ficamos ali, em silêncio, apenas sentindo o calor um do outro.— No que você tá pensando? — perguntei, deslizando os dedos suavemente por sua cintura.Ela demorou um pouco para responder, como se estivesse escolhendo as palavr
Guilherme narrando :Ficamos ali por alguns minutos, nossos corpos ainda colados, a água quente escorrendo sobre nós, lavando tudo ao redor, menos a intensidade do que acabamos de viver. Meu coração ainda batia forte, a respiração dela ainda estava acelerada contra meu peito.Segurei o rosto de Camila com as mãos, forçando-a a me encarar. Seus olhos estavam brilhando, misturando desejo, confusão e algo mais que eu não conseguia decifrar.— Eu não quero que isso seja só um momento, Camila — falei baixo, com sinceridade.Ela piscou algumas vezes, como se tentasse processar minhas palavras, e suspirou, desviando o olhar por um segundo.— Guilherme… — começou, mordendo o lábio, como se escolhesse as palavras certas. — A gente se perdeu uma vez, e eu tenho medo de acontecer de novo.Passei o polegar suavemente por sua bochecha, sentindo sua pele quente.— A gente se perdeu porque armaram para separar a gente — corrigi. — Mas agora, eu não vou deixar mais nada nos afastar.Ela fechou os olh
Camila narrando :Olhei para trás e vi Gabi sentada na cadeirinha, balançando as perninhas com um sorriso enorme no rosto. O jeito que ela olhava para Guilherme, cheia de admiração, me dava um nó na garganta. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, esse momento chegaria, mas vê-los juntos assim, como pai e filha, ainda era algo que mexia muito comigo.— Tá feliz, filha? — perguntei, sorrindo para ela pelo retrovisor.— Muito! Eu vou comer camarão de verdade, mamãe! O papai disse que eu posso comer quantos eu quiser!Revirei os olhos, rindo baixinho.— Você vai acabar passando mal de tanto comer.— Nada! — ela retrucou, rindo. — Eu sou forte!Guilherme soltou uma risada ao meu lado, me lançando um olhar divertido.— Deixa ela aproveitar, Camila.Suspirei, cruzando os braços.— Você vai mimar essa menina, eu tô vendo.— Claro que vou! Eu perdi sete anos da vida dela, agora tenho que compensar.Engoli em seco, desviando o olhar pela janela. Ele sempre falava disso, e por mais que fosse ve
Camila narrandoChegamos ao shopping e, assim que entramos, Gabi começou a olhar tudo com os olhos brilhando. Para ela, aquilo era um parque de diversões.— Onde vende tablet, papai? — ela perguntou, segurando a mão de Guilherme e quase puxando ele pra frente.Ele riu, apertando os dedinhos dela.— Calma, princesa. Vamos primeiro ver um modelo legal, escolher direitinho.Gabi concordou, mas já estava cheia de energia, olhando as vitrines com curiosidade.Eu caminhava ao lado deles, um pouco em silêncio. Era estranho estar ali, como uma família, depois de tantos anos. As pessoas que olhassem de fora jamais imaginariam a bagunça que tinha sido a nossa história.Entramos em uma loja de eletrônicos, e um vendedor logo veio nos atender.— Boa tarde! Como posso ajudar?Gabi nem esperou a gente falar.— Eu quero um tablet!O vendedor riu, lançando um olhar divertido para nós.— E qual você quer, mocinha?— Um bem legal, que tenha joguinhos e dê pra ver vídeos!Guilherme se abaixou ao lado de
Camila narrando :Peguei a mão da Gabi e saí dali o mais rápido que pude, meu coração martelando no peito, minha visão embaçada pelas lágrimas que eu tentava segurar.— Camila, espera! Vamos conversar! — Guilherme veio atrás de mim, sua voz carregada de desespero.Mas eu não parei. Eu não queria ouvir mais nada.— Mamãe, por que a gente tá correndo? — Gabi perguntou, tentando acompanhar meu passo apressado.Respirei fundo, tentando manter a calma para não assustá-la.— A gente só tá indo pra casa, filha — respondi, a voz embargada.— Camila, por favor! — Guilherme insistiu, me alcançando e segurando meu braço com delicadeza, mas firme.Parei no meio do estacionamento e virei para ele, sentindo o sangue ferver.— O que foi, Guilherme?! O que mais você quer? Me humilhar mais um pouco?!Ele passou a mão pelo cabelo, frustrado.— Eu ia te contar! Eu só... Eu só não sabia como!— Ah, que ótimo, né? — Ri sem humor. — Ia me contar quando? Depois que a gente já tivesse junto de novo? Depois q
Guilherme narrando:Saí do prédio da Camila sentindo um peso no peito, como se estivesse carregando o mundo nas costas. Entrei no carro e bati a porta com força, soltando um suspiro pesado.Minha cabeça estava uma confusão. Eu sabia que essa conversa ia ser difícil, mas ver o olhar da Camila, a decepção, a raiva… aquilo me destruiu.Dirigi até o hotel sem nem prestar atenção no caminho. Meus pensamentos estavam a mil. Camila precisava de tempo, e eu ia dar isso a ela, mas não ia desistir. Eu nunca desisti de nada na minha vida, e não seria agora que eu faria isso.Estacionei o carro no subsolo do hotel e fui direto para o meu quarto. Assim que entrei, joguei as chaves na mesa e passei as mãos pelo rosto, tentando controlar a raiva que começava a crescer dentro de mim.Jamile.Ela fez isso de propósito. Ela esperou o pior momento possível pra jogar aquela bomba na Camila, pra estragar tudo. Ela sabia o que estava fazendo.Tirei a camisa e joguei no chão, indo direto pro banheiro. Ligue